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AULA 1- O FENOMENO DO PARASITISMO

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Luanna Borges – Med 104 
Referência Bibliográfica: 
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 13. ed. São Paulo: Atheneu, 2016. Cap. 2,pág 9-11. (Biblioteca 
biomédica) ISBN 9788538802204 
PARASITOLOGIA MÉDICA 
O FENÔMENO DO PARASITISMO 
➔ O parasitismo é um fenômeno porque ele vem se desenvolvendo há milhões de anos. Não é algo novo. 
➔ Consiste em uma relação ecológica entre seres vivos. Essa relação ecológica traz características próprias. Entre 
essas características estão os quadros clínicos, ou seja, as doenças produzidas pelos parasitas nos seres 
hospedeiros. 
➔ Os parasitos não devem ser considerados como inimigos públicos n°1. Na verdade, a relação entre parasita e 
hospedeiro tem a finalidade de manter o equilíbrio entre as espécies. Quando a relação parasita-hospedeiro se 
desequilibra, tem-se os quadros clínicos graves que podem culminar em óbito dos hospedeiros. 
➔ Trata-se de uma relação ecológica que vem se desenvolvendo há milhões de anos. E para que ela seja efetiva, é 
necessário que o parasita tenha certas prerrogativas com relação ao seu hospedeiro. 
 
➔ O QUE É PARASITISMO? 
 
➢ Interação desarmônica ecológica entre indivíduos de espécies diferentes (sempre de espécies diferentes): 
Parasita e Hospedeiro. Estabelece relações ecológicas com seu ou seus hospedeiros. Há vários tipos de 
parasitos e vários tipos de hospedeiros. 
➢ Relações íntimas e duradouras. Esses parasitos e hospedeiros sempre estabelecem entre si relações intimas 
e duradouras. O grau de intimidade da relação é variável, assim como também a durabilidade dessa relação 
é variável. 
• Ex: grau de intimidade: uma fêmea do mosquito aedes aegypti (dengue, febre amarela, zika...) pousa 
sobre a pele da pessoa, introduz seu aparelho bucal e suga o sangue. Essa relação tem uma certa 
intimidade, um grau de intimidade e vai durar no máx. 1 ou 2 minutos se a pessoa não 
espantar/matar o mosquito. 
• Ex 2: o verme da esquistossomose, quando está na fase madura, sexualmente ativo, vai viver nas 
veias mesentéricas do plexo hemorroidal da pessoa, o grau de intimidade que esse parasita 
estabelece com o hospedeiro é imenso. A durabilidade é muito grande, os vermes, macho e fêmea, 
podem viver no organismo da pessoa durante 20 anos/25 anos. 
➢ Dependência metabólica. O grau de intimidade e durabilidade está intimamente relacionado a dependência 
metabólica que um parasito tem pelo seu hospedeiro. Uma forma de dependência metabólica é se 
alimentar. O parasito depende do seu hospedeiro para se alimentar, para se proteger, se reproduzir. 
Inicialmente, essa dependência metabólica é vista como dependência alimentar. 
 
➔ SUCESSO DO PARASITOSMO: 
• Para que a relação entre parasito e hospedeiro seja bem sucedida, existem alguns pré-requisitos: 
▪ Adaptação recíproca: o parasito tem que se adaptar ao seu hospedeiro, inclusive para permitir que o 
hospedeiro tolere sua presença. Caso não haja essa adaptação, a relação tende ao fracasso. O parasito 
trará muitos transtornos para o hospedeiro, o que vai inviabilizar a vida do hospedeiro. Se o hospedeiro 
não sobreviver, o parasito vai a óbito. A relação ecológica se desfaz. 
✓ Adaptação morfológica: relacionada com a anatomia do parasita. 
✓ Adaptação biológica: diz respeito ao comportamento do parasita. 
▪ Compatibilidade: é preciso que haja compatibilidade do parasita com seu hospedeiro. Existe um tipo 
especial de parasito, que é o parasito acidental. Quando o parasito é acidental para o hospedeiro, essa 
compatibilidade cai, ou seja, esse parasito não é especialista para aquele hospedeiro. E essa relação 
tente a trazer transtornos substanciais a saúde do hospedeiro que vão repercutir no sucesso do parasita. 
Ex: existe um verme chamado tênia solium, a solitária, que pode atingir 7 m de comprimento no 
intestino delgado, e ainda assim é compatível com o organismo humano. No caso de outra espécie, a 
tenia saginata pode atingir 14 m no organismo humano, também compatível. Por outro lado, existe um 
verme, chamado echinococcuss granulosus, é parasito de cães e se a pessoa ingere os ovos desse verme 
Luanna Borges – Med 104 
Referência Bibliográfica: 
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 13. ed. São Paulo: Atheneu, 2016. Cap. 2,pág 9-11. (Biblioteca 
biomédica) ISBN 9788538802204 
(que sai nas fezes dos cães) que podem se desenvolver em larvas que no organismo humano é chamado 
de cisto idáticos que pode atingir até 15 cm de diâmetro no cérebro. Isso trará uma incompatibilidade 
imensa do parasita com o hospedeiro. Se esses ovos do echinococcuss granulosus é ingerido por um 
ovino, o cisto idático vai se desenvolver no organismo do ovino, já que o ovino é um hospedeiro 
compatível com a larva desse verme. 
▪ Baixa virulência: é a baixa agressividade do parasita no hospedeiro. Está relacionada com a carga 
parasitaria (carca parasitária = quantidade de parasitos que um hospedeiro tem). Há casos que a 
virulência é alta devido a existência de um ou dois parasitas, como é o caso das larvas o echinococcuss 
granulosus, desse cisto idático no cérebro do ser humano. 
• Para que haja sucesso na relação parasita hospedeiro é preciso que haja adaptação do parasita ao 
hospedeiro e tolerância do hospedeiro em relação ao parasita. Há necessidade de que parasita e hospedeiro 
e parasita sejam compatíveis entre si. Deve haver baixa virulência por parte do parasita, ou seja, baixa 
agressividade. 
• O parasita acidental é sempre agressivo. Se o hospedeiro não é natural, traz problemas. 
 
➔ TIPOS DE HOSPEDEIROS 
• Hospedeiro: Organismo vivo que alberga o parasito. Existem dois tipos básicos de hospedeiro: 
▪ Hospedeiro definitivo: abriga o parasita na sua forma madura, adulta, na forma de idade reprodutiva. A 
forma madura/adulta de um parasita vive no hospedeiro definitivo. É no corpo do hospedeiro definitivo 
que ocorre reprodução sexuada de gametas. 
▪ Hospedeiro intermediário: abriga a forma imatura de um parasita. Ex: larva. Produção assexuada. 
 
➔ CICLOS PARASITÁRIOS: 
Existem ciclos biológicos parasitários diferenciados. Em relação a ocorrência somente de um hospedeiro no ciclo 
ou de mais de um hospedeiro. 
• PARASITO HETEROXÊNICO: é aquele que para se desenvolver necessita de mais de um hospedeiro, ou seja, 
ele vai frequentar um organismo de um hospedeiro na sua fase imatura (ex. na sua fase larvária) e ele só vai 
atingis sua fase madura em outro hospedeiro. Ele tem o hospedeiro intermediário e o hospedeiro definitivo. 
Tem que passar por pelo menos 2 hospedeiros, sendo um intermediário e um definitivo. 
• PARASITO MONOXÊNICO: realiza todo o seu desenvolvimento em um único hospedeiro. Tem apenas um 
hospedeiro. Nesse caso não chama nem de hospedeiro definitivo e nem de hospedeiro intermediário, vai 
chamar de hospedeiro, somente. 
 
➔ HETEROXÊNICO:FILARIOSE LINFÁTICA OU ELEFANTÍASE 
 
A femea do mosquito sugou o sangue de alguém com filariose, as larvas passam para o 
corpo do mosquito, ficam maduras, o mosquito suga outra pessoa e passa a doença. 
O ser humano é hospedeiro definitivo, ou seja, vai abrigar os vermes que causam a 
filariose na fase adulta. Os vermes na fase adulta estarão presentes nos vasos e gânglios linfáticos do ser 
humano. Esses vermes na sua fase larvária se desenvolvem no organismo de um mosquito, que é o pernilongo 
comum que tem nas casas, o culex. O mosquito, ao sugar o sangue do ser humano que tenha filariose, vai ingerir 
as larvas do verme. As larvas vão passar por estagio de desenvolvimento no corpo do mosquito, atingindo uma 
forma infectante para seres humanos. 
Se transfundir o sangue de alguém com filariose linfática para outro individuo, esse indivíduo que recebeu o 
sangue não estará infectado mesmo que as larvas dos vermes fiquem nos vasos linfáticos, porque as larvas não 
conseguem se maturar no humano, elas precisam de um mosquito para sofrer as transformações necessárias e 
amadurecerem. 
Luanna Borges – Med104 
Referência Bibliográfica: 
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 13. ed. São Paulo: Atheneu, 2016. Cap. 2,pág 9-11. (Biblioteca 
biomédica) ISBN 9788538802204 
Um outro exemplo é a tenia, do porco. O ser humano elimina nas fezes os ovos da tenia. Esses ovos devem ser 
ingeridos por um suíno, nesse suíno se desenvolvem as larvas de tenia. Essas larvas de tenia ficarão armazenadas 
na musculatura desse suíno. Quando o ser humano ingere a carne suina contendo as larvas, a tenia adulta se 
desenvolve no organismo humano. Ciclo heteroxênico. 
 
➔ MONOXÊNICO:GIARDÍASE 
 são eliminados nas fezes do hospedeiro. 
É o caso do protozoário da giardíase, a giárdia lamblia. Nesse caso, através das fezes humanas são eliminadas as 
formas de resistência do protozoário que são os cistos. Esses cistos vão contaminar a água e alimentos e esses 
cistos na agua e alimento sendo ingeridos pelos seres humanos vão dar origem aos protozoários que vão 
colonizar o intestino delgado e produzia a doença giardíase. Aqui não há necessidade de passagem de fases 
imaturas desse protozoário em outro hospedeiro. Todo o ciclo dele se desenvolve no organismo do ser humano. 
Do cisto emergem os trofozoítos, as formas ativas do protozoário, que vão se multiplicar, alguns deles vão dar 
origem a novos cistos que vão ser eliminados com as fezes do ser humano. Contaminando água e alimento. Aqui, 
apenas um hospedeiro. 
 
➔ TIPOS DE PARASITOS 
• PARASITO OBRIGATÓRIO: 
- É aquele incapaz de viver fora do hospedeiro. 
- Ex: Plasmodium (malária), Toxoplasma gondii (toxoplasmose). 
 
• PARASITO FACULTATIVO: 
- Exemplo: larvas de moscas que podem desenvolver-se em feridas necrosadas ou em matéria orgânica 
(esterco) em decomposição. Existem moscas, as varejeras, cujas larvas podem se desenvolver em carcaça de 
animais ou em feridas necrosadas abertas no corpo de seres humanos ou de anomais vivos. 
São chamados assim porque eles não são obrigados a viver relacionados a um 
hospedeiro, mas podem fazê-lo. Há um protocolo de tratamento, a terapia 
larval, que utiliza larvas de mosca que atuam como parasitos facultativos para 
desbridar feridas necrosadas como nos casos de pés diabéticos. 
Aqui, temos as larvas de moscas que foram inoculadas em um local adequado 
em quantidades adequadas. As larvas de moscas devoram os tecidos 
necrosados do paciente, auxiliando o tratamento da ferida. As larvas removem 
os tecidos necrosados e estimulam a cicatrização. 
Terapia larval: larvas de C megacephala após 48 hora da aplicação.ex: larvas das MOSCAS VAREJERAS. 
Tentando recuperar a infecção do pe diabético. Essas larvas se alimentam de tecido necrótico. O parasita vai 
desbridar a ferida, estimula a cicatrização e destroem bactérias. As moscas varejeiras adultas tem vida livre, 
não são parasitas. Os adultos são esverdeados, frequentam lixo. As larvas podem agir como parasitos 
facultativos. 
 
• PARASITO OBRIGATÓRIO: 
- É aquele incapaz de viver fora do hospedeiro. 
Luanna Borges – Med 104 
Referência Bibliográfica: 
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 13. ed. São Paulo: Atheneu, 2016. Cap. 2,pág 9-11. (Biblioteca 
biomédica) ISBN 9788538802204 
- ex: Plasmodium, toxoplasma gondii. É o caso do berne (dermatoma gonddi), a mosca adulta do berne tem 
vida livre, mas a larva é parasita obrigatório. 
 
• PARASITO ERRÁTICO OU ECTÓPICO: 
- Não atinge a fase adulta fora de seu hospedeiro natural. 
- Ex: Ancylostoma braziliensis, é o verme de gato. As larvas, invadindo o organismo humano, não conseguem 
completar seu desenvolvimento, não conseguem originar vermes adultos. Determinam o quadro chamado 
“bicho geográfico” ou larva migrans cutânea. A larva desse parasito invade os 
tecidos cutâneos humanos e vai fazendo os caminhos, cavando galerias sinuosas 
que provocam grande prurido (coceira). Se essa larva penetrasse no organismo do 
gato, ela ia completar seu desenvolvimento e ia dar origem a vermes adultos nos 
intestinos dos gatos. No ser humano ela é incapaz de fazê-lo, por isso vai dar um 
quadro clinico acessório que é o de larva migrans cutânea. A larva não vai se 
desenvolver em forma adulta porque está fora do seu hospedeiro natural. 
- Muito comum em períodos de verão, em que as pessoas frequentam praias, solos arenosos, solos de beira 
mar, em locais onde há areia que é frequentada por gatos que lá eliminam suas fezes. 
 
• PARASITO ACIDENTAL: É AQUELE QUE PODE ATINGIR A FASE ADULTA EM OUTRO 
QUE NÃO NATURAL. EX: FASCILO HEPATICA/SER HUMANO 
 
 
➔ ADAPTAÇÕES DO PARASITA AO HOSPEDEIRO: 
• Importante que haja equilíbrio entes as partes. É preciso que haja adaptação reciproca, que o parasita se 
adapte bem ao seu hospedeiro e o hospedeiro tolere a presença do parasita. São de dois tipos: morfológicas 
e biológicas. 
 
➢ MORFOLÓGICAS (anatômica) 
o Quando envolve a anatomiado parasita. Contidas em: 
✓ Degenerações: Degenerações ao longo de sua evolução, o parasito perde estruturas, partes do corpo, o 
que favorece. Perda de estruturas, e órgãos para melhor adaptar ao hospedeiro. 
✓ Atrofias: perde funcionalidade. O parasita pode levar vantagens com isso. Quando há redução de 
tamanho e funcionalidade de determinadas estruturas corporais do parasita. Perde em tamanho e 
funcionalidade. 
✓ Hipertrofias: estruturas, órgão que super desenvolvem-se no organismo do parasita: traz vantagens tb. 
Quando há um super desenvolvimento de determinadas estruturas do corpo do parasita. 
Exemplos de adaptações morfológicas: 
Pediculus capitis – Macho. Piolho de cabeça. Esse piolho tem o corpo achatado dorso 
ventralmente. Esse achatamento leva a uma hipertrofia de determinadas estruturas corporais, ele 
tem um corpo alargado. A maior parte dos insetos tem asas, mas os piolhos são destituídos de 
asas, possível que ao longo da evolução as asas tenham se degenerado, não se sabe ao certo, ou 
simplesmente eram insetos ápteros (desprovido de asas). As pernas são super desenvolvidas, ou 
seja, são hipertrofiadas. Existem garras poderosas capazes de promover uma grande capacidade de 
Luanna Borges – Med 104 
Referência Bibliográfica: 
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 13. ed. São Paulo: Atheneu, 2016. Cap. 2,pág 9-11. (Biblioteca 
biomédica) ISBN 9788538802204 
fixação. Hipertrofia das garras, do corpo. Degeneração potencialmente das asas. Não há órgãos atrofiados. 
Stomoxys calcitrans-mosca dos estábulos. É hematófara (se alimenta de sangue), por isso 
precisa ter um aparelho bucal hipertrofiado para introduzir na pele dos animais e seres 
humanos e se alimentar do sangue. As pernas são bastante desenvolvidas, mas não há 
garras. Ela pousa sobre o corpo, suga sangue e vai embora. Tem o par de asas super 
desenvolvidos, hipertrofiadas. 
Forma adulta de Dermatobia hominis (berne). As pernas são hipertrofiadas, apresenta asas 
robustas, as pernas são bastante fortes e bem mais fortes, robustas do que a da mosca. 
Aparelho bucal atrofiado porque na fase adulta, essa mosca é incapaz de se alimentar, não 
se alimenta. Vive cerca de 12 dias. 
 
 
➢ BIOLÓGICAS (de comportamento) 
o Relacionadas ao comportamento do parasita 
o Capacidade reprodutiva: todo parasito tem uma grande capacidade reprodutiva. Ele se reproduz muito. 
Por ex. a lombriga, que é o verme mais prevalente do planeta terra, uma fêmea é capaz de colocar até 
300 mil ovos por dia. São eliminados junto com as fezes humanas. 
o Variadas formas de reprodução: podem se reproduzir sexuadamente (envolvendo gametas, 
espermatozoides e óvulos) com a produção de ovos ou outros elementos. Podem se reproduzir 
assexuadamente (como é o caso dos protozoários. Ex a giárdia lambia – da giardíase - se multiplica por 
divisão binária que é uma divisão simples em que um ser vivo unicelular - uma giárdia - dá origem a duas 
novas). 
o Tropismos: significa aproximação ou afastamento em relação a uma fonte de estimulo, ou seja, afasta 
ou repele o parasito de um lugar). Háparasitos que precisam passar pelo solo para se desenvolver, como 
o ancylostoma brasiliensis. Junto com as fezes dos gatos, saem as larvas desse verme. Dos ovos desses 
vermes eclodem as larvas que tem que viver um tempo no solo se alimentando de matéria orgânica e de 
microorganismos. Nesse caso o geotropismo é positivo. Existem outros que a passagem pelo solo é 
danosa, nesse caso o geotropismo é negativo, fogem do solo. 
✓ geotropismo(positivo: vai em direção/ negativo: se distancia do local), 
✓ termotropismo (existem parasitos que são atraídos por fonte de calor, pela temperatura corporal, 
temos tropismo positivo, por ex. o mosquito suga o sangue de uma pessoa. Há outros, que em 
determinadas fases da vida, tem termotropismo negativo, vão se afastar de fonte de calor), 
✓ fototropismo, atraídos ou repelidos pela luz. O pernilongo comum é repelido pela luz, fototropismo 
negativo. O mosquito da dengue tem fototropismo positivo, tem sua maior atividade alimentar, de 
deslocamento enquanto há luz. 
✓ quimiotropismo, atração por fontes de substancia químicas. Uma fêmea de mosquito, uma mosca, 
um carrapato, pulga, piolhos vão sugar sangue. Para encontrar o ser eles usam a temperatura 
corporal, usam também nossa emissão de CO2. O CO2 atrai indivíduos hematófagos. 
✓ tigmotropismo, é uma mudança de posicionamento. Da horizontal para a vertical (ex. larvas do 
verme que é do gato, vão subir para o corpo para atingir a pele) ou da vertical para a horizontal (sai 
do corpo e vai para o solo). 
✓ Ex.: o carrapato do boi, a fêmea tem o abdome hipertrofiado e repleto de ovos. Nem as pernas o 
carrapato consegue apoiar no solo. Há uma hipertrofia do abdome porque eles são capazes de 
colocarem milhares de ovos. Desses ovos eclodem os micuins, que são as larvas desses carrapatos 
que vão passar um tempo no solo. Do solo vão escalar os arbustos, as gramíneas e vão ser atraídos 
pela temperatura corporal. Então há o geotropismo positivo porque a fêmea do carrapato faz 
postura de ovos no solo. A larva passa um tempinho no solo, mas ela sobe, ou seja, sogre um 
tigmotropismo porque ela sai da horizontal e se verticaliza (sobe nos arbistos, nas gramíneas e vai 
Luanna Borges – Med 104 
Referência Bibliográfica: 
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 13. ed. São Paulo: Atheneu, 2016. Cap. 2,pág 9-11. (Biblioteca 
biomédica) ISBN 9788538802204 
captar nossa temperatura corporal e o CO2 que exalamos – ela tem um termotropismo e 
quimiotropismo positivos com a pessoa, ela passa para o corpo e vai se alimentar). E isso se repete. 
As femeas do carrapato podem fical no corpo ate atingirem sua forma adulta, como é o caso do 
carrapato do boi e em outros carrapatos, a larva vai descer para sofrer uma muda no solo. As larvas 
de carrapato são muito atraídas pela luz, para se verticalizarem, subir nos arbustos é durante o dia, 
tendo fototropismo positivo. Esse carrapato de boi se reproduzem de forma sexuada, pode por até 
mil ovos. As femeas do carrapato do boi não põem os ovos no organismo do boi, elas vão por os 
ovos no solo – geotropismo positivo. 
 
➔ AÇÕES DO PARASITA SOBRE O HOSPEDEIRO: os parasitos agem sobre o organismo de seus hospedeiros. Essa 
ação é de vários tipos. Correspondendo a essas ações, estão as reações do organismo do hospedeiro. Essas 
reações se traduzem em sintomas: 
•ESPOLIAÇÃO: o parasito usa o hospedeiro para se alimentar, de sangue, de alimentos digeridos, de tecidos do 
hospedeiro, 
• ENZIMÁTICA: o parasito produz enzimas que permitem a ele se alimentar no hospedeiro, se defender no 
organismo do hospedeiro, lisar os tecidos dos quais ele vai se alimentar. Há enzimas proteolíticas que são 
produzidas por parasitas. 
•TÓXICA: os metabólitos dos parasitos, resíduos metabólicos que eles eliminam podem oferecer toxicidade para 
o hospedeiro. Isso pode representar para o hospedeiro reações alérgicas, cólicas intestinais, quadros diarreicos. 
• MECÂNICA: dada pela presença física dos parasitos. Pura e simplesmente eles estarem presentes já representa 
uma ação mecânica, por ex. vários vermes, lombrigas dentro do intestino de uma criança. A presença deles pode 
ocasionar a formação de um bolo de vermes que pode acarretar a obstrução desse intestino. Essa ação mecânica 
pode ser OBSTRUTIVA quando obstrui o fluxo de um órgão ou pode ser COMPRESSIVA quando comprime um 
órgão. O cisto idático é uma larva que pode crescer no cérebro humano e comprime os tecidos cerebrais. 
• IRRITATIVA: estabelecida pelo contato físico do parasita com o organismo do hospedeiro. Na superfície do 
corpo pode-se ter uma reação alérgica, só do parasita entrar em contato com a pele gera prurido/coceira, 
vermelhidão. Pode haver o contato do parasito com a parede do intestino gerando essa ação irritativa e essa 
irritação levar a um quadro diarreico 
•TRAUMATISMO: é toda vez que um parasito produz lesões no seu hospedeiro, trauma. Uma femea de 
mosquito ao sugar meu sangue perfurou minha epiderme, atingiu minha derme gera um trauma pela picada. Na 
leshimaniose, os protozoários se multiplicam nas células do sistema fagocitário mononuclear, os macrófagos, e 
isso vai gerar a formação de feridas na pele. 
•IMUNOLÓGICA: quando o parasito induz uma resposta imunológica no hospedeiro. Se essa resposta for 
desproporcional, ou seja, se não for especifica, isso vai trazer uma serie de transtornos para o hospedeiro. Na 
esquistossomose, os quadros clínicos mais graves estão relacionados a essa potencia e a essa característica 
marcante da resposta imunológica. Se a resposta é especifica o quadro clinico é mais brando. Se ela é um tanto 
inespecífica e desproporcional o quadro clinico na esquistossomose será muito mais grave. 
•INFLAMATÓRIA: quando o parasito induz processos inflamatórios no organismo do hospedeiro 
•ANÓXIA: relacionada a sangue. Quando o parasita se alimenta de sangue, por ex. um verme no intestino se 
alimentando de sangue, ele vai reduzir o fluxo de O2 para determinados órgãos, determinados tecidos. Esses 
tecidos entrarão em anóxia e a morte celular advém disso. Na malária, o plasmódio da malária se multiplica, se 
reproduz nas hemácias, a pessoa vai ter redução da taxa de hemácias o que vai gerar anemia. o mais relevante é 
a falta de O2 para os tecidos cerebrais na malária cerebral, o que gera morte de neurônios, causando lesões 
graves. O parasito está gerando anoxia porque está destruindo hemácias e não havendo hemácias suficientes, o 
fluxo de O2 é reduzido. 
 
✓ AÇÃO ESPOLIADORA - O parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro, para a sua 
alimentação. 
✓ AÇÃO ENZIMÁTICA - Os parasitos produzem enzimas que possibilitam sua nutrição, resistência à ação das 
enzimas do hospedeiro (antiquinases), etc. 
Luanna Borges – Med 104 
Referência Bibliográfica: 
NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 13. ed. São Paulo: Atheneu, 2016. Cap. 2,pág 9-11. (Biblioteca 
biomédica) ISBN 9788538802204 
✓ AÇÃO TÓXICA - Alguns parasitos produzem enzimas ou metabólitos que podem causar reações alérgicas, 
intoxicações, etc. no hospedeiro. 
✓ AÇÃO MECÂNICA - Alguns parasitos podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar 
(provocar obstrução). 
✓ AÇÃO IRRITATIVA - A presença constante do parasito irrita o local parasitado, provocando lesões através de 
seus órgãos de fixação. 
✓ AÇÃO TRAUMÁTICA - Provocada, principalmente, por formas larvárias de helmintos, embora vermes adultos 
e protozoários também sejam capazes de fazê-lo.É a proução de lesões por um parasita. Um berne 
penetrndo na pele de um individuo e provocando lesão furunculosa. 
✓ AÇÃO IMUNOGÊNICA/IMUNOLÓGICA - Os antígenos eliminados pelo parasito sensibilizam os tecidos do 
hospedeiro aumentando a resposta imune que agrava a parasitose.Ex: Malária , Leishmanioses e Doença de 
Chagas, na esquistossomose. 
✓ AÇÃO INFLAMATÓRIA - O parasito ou produtos de seu metabolismo desencadeiam o fluxo de células 
inflamatórias parao sítio do parasitismo (local onde está acontecendo a ação parasitária) .EX: ovos de 
Schistosoma mansoni –determinando a formação de granulomas. É a mais frequentemente identificada. 
✓ ANÓXIA- Grande consumo de oxigênio pelo parasito,por exemplo,pela lise de hemácias, produz redução ou 
interrupção da oxigenação de tecidos ou de órgãos.Ex: Malária e Ancilostomose 
 
O parasito pode fazer mais de uma ação simultaneamente. 
 
- Traumatismo, Ação Enzimática, Ação Tóxica e Espoliação. O mosquito perfurou a pele 
(traumatismo), está sugando sangue (espoliando). Para sugar o sangue ela precisa produzir 
enzimas (ação enzimática). Essas enzimas podem provocar coceira, a ação toxica dessas 
enzimas. Essas enzimas são anticoagulantes. A função de anticoagulação é fundamental 
porque se o sangue coagular, ele não consegue sugar. Anopheles aquasali 
 
- Ação Mecânica Obstrutiva: perdeu esse setor intestinal por conta da obstrução 
 Ascaris lumbricoides. Um intestino delgaod de uma criança de 6 meses de idade 
obistruidas por adultos de áscaris lumbricoides (lombriga) 
 
 
- Ação Mecânica Compressiva 
 Cisticercose ocular- larva de Taenia solium. A presença da larva tenia solium no globo 
ocular humano. Ela deveria estar no suíno, mas usa o ser humano como hospedeiro 
acidental. Causa compressão do globo ocular e comprimindo os tecidos oculares.

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