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Resum� - Cardiopatia� e� cãe� � gat�� Principais Cardiopatias em Cães Congênitas 1 a 2 % de todas PDA Estenose aórtica Estenose pulmonar, Tetralogia de fallot Estenose AV CIV CIA Displasia da tricúspide Displasia da Mitral Cor triatriatum Dupla via de saída de VD Transposição de grandes artérias Janela aórtico pulmonar Adquiridas Valvulares Endocardiose (é uma degeneração, é a mais frequente) Endocardite (inflamação + infecção – é rara) Cardiomiopatias CMD –grandes cães CAVD – Boxer Miocardite C. Chagásica Neoplásica Outras Dirofilariose (já foi comum, mas não é mais aqui, alta incidência no Japão e rara no Brasil) Pericardiopatias (efusão pericárdica – comuns em cães grandes) ⇨ TODAS VÃO CAUSAR ICC!!!! ENDOCARDIOSE - Doença degenerativa mixomatosa valvar Genético Cocker Processo degenerativo valvar de origem desconhecida que leva a insuficiência valvar e consequentemente processo de ICC. Principalmente em pequenos cães com 10 anos. Enfermidade caracterizada pelo o acúmulo de glicosaminoglicanos na válvula mitral a qual então se torna irregular levando a falhas do fechamento (insuficiência) com consequente retorno de sangue (refluxo sanguíneo para o átrio). Fisiopatologia: degeneração dos folhetos valvares O folheto valvar degenerado e é substituído por tecido mixomatoso com isso a valva não fecha há então refluxo e congestão. Com o aumento da pré-carga há distensão da parede e há hipertrofia excêntrica. Ação de mecanismos compensatórios todos aqueles mecanismos compensatórios da ICC Retém sódio (aumenta volemia, aumenta pré e pós carga) Vê no ECC aumenta a fração de encurtamento e ejeção Sinais clínicos: Esquerda Mitral Tosse, dispneia, ortopneia Direita Tricúspide Efusão pleural, ascite, edema de membro Esquerda pode levar à direita Sinais Clínicos Gerais intolerância ao exercício (porque há menor DC e má perfusão sanguínea); emaciação; sonolência; síncope (arritmia ventricular e hipertensão pulmonar). PROVA! Evolução dos sinais ausência de sinais, tosse noturna, tosse constante, intolerância ao exercício, dispneia, taquipneia, ascite. Alterações nos exames: Eletro AUMENTO AE = P. MITRAL E AUMENTO AD= P. PULMONAR; ALARGAMENTO VENTRICULO= QRS >0,05 ou 0,06 seg; QRS aumentado em DII= >2,5mV; QRS largo com onda Q profunda; Arritmias= CPA, taquicardia atrial paroxística, fibrilação atrial, e também arritmia ventricular (é comum, depende da fase da doença, vistas nas primeiras fases, na fase final são supraventriculares). ASR + MPM associada a P. Pulmonar afecção respiratória Sopro + ASR sistema compensa AUMENTA VD= AUMENTA S AUMENTA VE= AUMENTA Q RX Aumento da área do coração, aumento VE, aumento VD. O AUMENTO DO VD DIREITO causa compressão do brônquio principal esquerdo levando à tosse, distensão venosa pulmonar; a traqueia se desloca, veias ficam congestas de sangue fazendo broncograma. Se isso evoluir, o transudato vai para o interstício e pode atingir alvéolos e é eliminado. Há também aumento do VHS – aumenta de tamanho por que se acumulou sangue nas câmaras cardíacas; Há também edema pulmonar – peri hilar- no início da doença. ECO�espessamento do folheto, aumento do AE, aumento do VE, fração de encurtamento normal ou aumentada indica hipertrofia e o aumenta a da onda R. Diminuição da fração de encurtamento não é bom, indica que a doença já evoluiu muito e houve a ruptura das cordas tendíneas (folheto valvar anterior) – sopro musical Derrame pericárdico por ruptura atrial Valva mitral hiperecogênica (forma de cotonete) Aumento do AE normal é o AE ser do tamanho da aorta – mas nesse caso ele pode chegar a ser duas vezes maior. Dopler vê o refluxo – a regurgitação é maior que o fluxo Dá pra ver a musculatura hipertrofiada no ECO também. Tratamento: IA (ASSINTOMÁTICO) Sem terapia, dieta sênior IB (ASSINTOMÁTICO + ALTERAÇÃO NOS EXAMES) Enalapril + ração sênior II (TOSSE, INTOLERÂNCIA) Furosemida – todo dia até diminuir para dias alternados (para diminuir pré carga) + Enalapril ou Benazepril + Dieta hipossódica moderada + repouso III (SOPRO+DISPNÉIA+TOSSE+INTOLERÂNCIA+SONOLÊNCIA) Furosemida (pode adicionar espironolactona – ação cardioprotetora, compete com o sítio da aldosterona) + Enalapril + Diminuição do sódio + Repouso + Hidralazina + Digoxina (não se indica ela, prefere o pimobendan) ou Pimobendan IV (SOPRO+DISPNEIA SEVERA+EDEMA PULMONAR+INTOLERÂNCIA AO EXERCÍCIO) Furosemida a cada 2 horas com nitroglicerina + oxigênio + repouso+enalapril A doença evolui do lado E para o lado D Cardiomiopatia dilatada Doença miocárdica primária, que aumenta a câmara cardíaca, com arritmia e diminuição da contratilidade. Por conta da contratilidade deficiente ou distúrbio no transporte de cálcio. Animais: Idade acima dos 5 anos, mas ocorre em todas as idades. Sexo ocorre mais em machos (exceto em dobermann e pinscher). Raça Cocker e cães de grande porte como Terra Nova, Mastim Napolitano,Fila Brasileiro, Boxer, São Bernardo, Dogue Alemão e Pastor Alemão. HÁ SEMPRE EXCEÇÕES!!!!!! Etiologia Desconhecida - Alguns falam sobre predisposição familiar (boxer, dobermann, dog alemão); Outros falam sobre fator nutricional (Cocker – deficiência de taurina, deficiência de carnitina – não foi provado mas quando se suplementa com ela melhora o problema); Hipotireoidismo. Genética - Cocker spaniel e boxer Frequente em cães geriátricos Cães grandes (exceto Cocker); Dobermann: síncope e obnubilação –prognóstico ruim morte em 2-3 meses. Acúmulo de cálcio causa distúrbio elétrico arritmia degeneração das miofibrilas morte celular infiltração fibrosa (não contrai) distensão dilatação ventricular leva à regurgitação valvular (válvula fica insuficiente) diminui DC e diminui PA há ativação maior do sist. Nervoso autônomo simpático e do SRAA Leva a retenção de sódio e de água aumenta volemia congestão E e D. Sinais Clínicos Fraqueza, anorexia, intolerância ao exercício, síncope/obnubilação, dispnéia, estertores pulmonares (maior em casos de edema), abafamento das bulhas TPC >2, pulso fraco, pulso variável (arritmia), pulso jugular, hepatoesplenomegalia CASOS CRÔNICOS. Diagnóstico Exame físico Auscultação Alteração nos exames auxiliares ECG P mitral, QRS alongado às vezes com R elevada, segmento ST desnivelado, desvio do eixo cardíaco à esquerda, extra sístoles supraventriculares (Cocker), fibrilação atrial (cães grandes), extra sístole ventricular (doberman e boxer), taquicardia ventricular. HOLTER RX Aumento do coração, aumento do AE, congestão das veias pulmonares, edema intersticial, efusão, edema alveolar (caso mais grave), ICCD HEPATOESPLENOMEGALIA ECO Câmara maior e dilatada e menor contratilidade, fração de encurtamento menor que 28% 20 – 28% QUADRO LEVE 15-20% QUADRO MODERADO <15% QUADRO GRAVE Modo M dilatação de átrio e ventrículo E Hiposinesia incapacidade de contrair - septo não coincide com contração da parede livre desinesia. DOPPLER pode ser visualizado a regurgitação em válvulas atrioventriculares Achados Laboratoriais AUMENTO CKMB, AUMENDO LDH, AUMENTO TROPONINA E, AUMENTO PEPTIDEOS NATRIURÉTICO (ANP OU BNP) – eles são responsáveis por eliminar sódio, é um diurético natural. Diagnóstico diferencial Regurgitação mitral e tricúspide, miocardite, tumores, efusões pericárdicas. Tratamento Depende da IC repouso, dieta hipossódica, diuréticos, inodilatador (Pimobedam), vasodilatadores, antiarrítmicos, cardiomioplastia pulmonar. Efusão Pericárdica Definição: consiste no acúmulo excessivo de líquido no interior do saco pericárdico. Distúrbio diastólico, comum em cães geriátricos, associado à neoplasia ou de causa idiopática. Causas: neoplasias, idiopáticas, infecciosas e ruptura cardíaca. Etiologia: Quando há acúmulo de líquido no pericárdio, elevando a pressão pericárdica acima da pressão atmosférica, o gradiente de pressão transmural e o enchimento ventricular exigirão elevadas pressões cardíacas. A medida que a pressão pericárdica continua a subir, a maior pressão venosa resulta em congestão sistêmica e em edema e o volumede batimento fica reduzido (tamponamento cardíaco), resultando nos sinais clínicos. O ventrículo direito (mais delgado) é mais suscetível a compressão que o ventrículo esquerdo (mais espesso), resultando em sinais clínicos principalmente de ICC direita. Sinais clínicos: colapso agudo, fraqueza, anorexia, letargia, abafamento de bulha. Taquipneia, hepatomegalia, pulso jugular, pulso arterial paradoxo, dispneia, ascite CASOS CRÔNICOS Pulso jugular positivo e hepatomegalia problemas em câmaras direita. Predisposição racial Pastor, Golden RX aumento exagerado do coração, sem degeneração das câmaras, coração globoso. Pode ter efusão pericárdica, efusão pleural, ascite leva a ICCD ECO Derrame entre pericárdio e epicárdio, melhor visualização das câmaras, pode visualizar a causa neoplasia EFUSÃO PERICÁRDICA Líquido recolhido encarcerado não sai com diurético, só sai com punção. Esse líquido impede a diástole adequada e diminui o DC, e acumula sangue nas cavas levando a efusão pleural e ascite. Leva a tamponamento e impede que o sangue entre na câmara. ECG QRS com queda da voltagem, alternância elétrica, segmento TS desnivelado Tratamento: Pericárdio centese (terapia e diagnóstico) – diminui com isso a disfunção diastólica, tem que fazer com o ECG acoplado. Tórax direito, decúbito esternal, 4 a 6 graus ETC, abaixo da junção costocondral, agulha com calibre 14 a 18, fazer exame citológico, cultura e ATB Hemogasometria pH menor que 7,1 indica derrame inflamatório Depende da causa procurar fazer a pericardiocentese, pode ser efusão idiopática. Se repetir punção provavelmente é neoplasia, aí se faz a pericardiotomia. Aplicação de corticoide intrapericárdico ou sistêmico, não se faz isso em veterinária. Cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito do Boxer Histórico - descrita em 1982 É o motivo que os jogadores morrem em estádio, só que em gente hahaha Há uma infiltração de gordura no VD de homens de origem italiana principalmente, sem sinal clínico no começo. Etiopatogenia: deficiência de substância que fazem adesão dos cardiomiócitos, a ausência delas distancia os cardiomiócitos e no espaço fica gordura com isso há arritmia. Apresentação: Forma oculta sem clínica; Forma evidente síncope; Disfunção miocárdica síncope + cardiomiopatia dilatada + arritmia Diagnóstico: Estudo da arritmia, RM (não faz em VET), ECG (vai tá normal, mas se tiver um batimento ectópico 100 % de chance de estar com a doença – presença de extra sístoles). Deve-se contar o número de extra sístoles. Holter aparece mais extra sístoles a noite. NÚMERO DE EXTRA SÍSTOLES 0-20 OK 20-100 REAVALIAR O CASO 100-300 SE FOR SIMPLES É SUSPEITO, TIRAR DA REPRODUÇÃO 100-300 COMPLEXAS – É AFETADO 300-1000 AFETADO >1000 AFETADO Tratamento: PROTOCOLO 1 Sotalol (tratamento de eleição) PROTOCOLO 2 Mexiletine + atenolol ⇨ Repetir holter após 30 dias ⇨ Animal sem clínica + arritmia + provável afetado repetir holter, pode ou não tratar. CARDIOPATIAS DOS FELINOS Congênitas PDA CIV CIA Tetralogia de fallot Cor triatriatum Displasia tricúspide Displasia mitral Estenose aórtica Estenose pulmonar Adquiridas Valvulares mais raras Endocardite Insuficiência Cardiomiopatias mais comum C. hipertrófica C. dilatada Restritiva Hipertensiva Tireotóxica Arritmogênica do VD Miocardites Neoplasias Cardiomiopatia hipertrófica felina Mais frequente nos gatos Distúrbio diastólico Diferenças de outras doenças C.H. Hipertensiva e C.H. por Hipotireoidismo. Sinais: dispneia de início abrupto, anorexia, tromboembolismo (AE aumenta e com isso forma trombos), choque pré-cordial forte, pulso normal ou fraco, sopro. Na ICC (desenvolve ela primeiro) taquipneia, boca aberta, estertores pulmonares (efusão pulmonar), abafamento das bulhas, arritmia (ritmo de galope – 3º ou 4º bulha). Solicitar ECO porque é uma doença muscular. Exames auxiliares: RX Cardiomegalia generalizada, aumento bi atrial, coração de namorados (dois lados comprometidos), congestão venosa pulmonar, edema pulmonar em casos crônicos. CORAÇÃO DE NAMORADO Hipertrofia concêntrica valva insuficiente refluxo do sangue do ventrículo para o átrio aumento átrio – leva a quadro congestivo pulmonar afetando lado D hipertrofia insuficiência lado direito aumenta. O AUMENTO DO ÁTRIO LEVA A TROMBOEMBOLISMO ECG P pulmonar aumentada maior que 0,02 Mv. P mitral larga maior que 0,04 segundos Ondas R elevadas (maior que 0,9 mV) Desvio do eixo para esquerda Bloqueio do ramo esquerdo Arritmia supra ou ventriculares ECO Hipertrofia concêntrica do VE e do septo ventricular (obstrui a saída de sangue pela aorta – estreitamento subaórtico discreto) Modo M define a hipertrofia do ventrículo, dilatação atrial E, dilatação VD com efusão pericárdica, hipersinesia (músculo contrai muito). Onda E é menor que A disfunção diastólica Tratamento: tratar a disfunção diastólica, taquicardia, ICCE, e prevenir tromboembolismo. PARA DISFUNÇÃO Beta bloqueador (atenolol-melhor, propranolol-induz crise asmática) OU Bloqueador de canal de cálcio (Diltriazem). PROVA COMO ATUAM NA DISFUNÇÃO DIASTÓLICA RELAXA A MUSCULATURA DURANTE A DIÁSTOLE E A FACILITA, COM ISSO HÁ PREENCHIMENTO ADEQUADO DA CÂMARA E IRRIGAÇÃO CARDÍACA. TAMBÉM ATUAM NA ARRITMIA. PARA CONGESTÃO Furosemida PARA QUADRO PULMONAR (EDEMA) Nitroglicerina PARA CONGESTÃO PERSISTENTE ENALAPRIL PARA PREVENIR TROMBOEMBOLISMO Aspirina – a cada 3 dias SE JÁ TIVER TROMBOEMBOLISMO Heparina PIMOBENDAN SÓ USAR QUANDO NÃO TIVER MOVIMENTO ANÔMALO DA VALVA MITRAL E NEM HIPERTROFIA DO SEPTO. Hipertrofia Hipertensiva Hipertensão arterial sistêmica; Causa comum de hipertrofia cardíaca; Arteriosclerose dos vasos em todo o corpo; Etiologia a esclarecer; Insuficiência renal; Hipertensão essencial; Manifestação cardíaca; Sinais Azotemia discreta, sopro diastólico, ritmo de galope, hemorragia retiniana, descolamento da retina, vasos tortuosos, ICCE frequente, convulsões, hemorragias intracranianas. ECG Normal ou desvio de eixo cardíaco ECO Hipertrofia ventricular sem dilatação do VE PA normal 135-170 mmHg Tratamento acompanhamento da PA O que funciona? amlodipina Cardiomiopatia tireotóxica felina Hipotireoidismo (sempre deve se palpar a tireoide) Tosse + coração namorado+ neoplasia tireoide+hipertrofia do ventrículo Tratamento: tratar a causa cirurgia ou quimioterapia (metimazol – tapazol) Cardiomiopatia Restritiva RARA Aumento grande do AE FORMA TROMBO (para prevenir aspirina!!) Doença estranha: áreas de fibrose e hipertrofia principalmente endocárdica, efusão, padrão restritivo. Tratamento: pimobendan, diurético (furosemida), enalapril, AAS ou coptogrel.
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