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Atividade de Assimilação - Estudos de casos

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Atividade de Assimilação
Docente Mary Santos
Faça a leitura dos estudos de casos abaixo e identifique que tipos de transtornos somatoforme são e suas respectivas classificação no DSM-5, assim também como é feito seu diagnóstico.
Estudo de Caso 1
 Dona Ivone de 54 anos é encaminhada pelo seu clínico para um serviço de psiquiatria no hospital universitário da cidade onde mora. A paciente é acolhida pelo Dr Pedro Lima, residente responsável pela triagem do Serviço de Psiquiatria naquele dia. Apresenta – se um tanto zangada, diz que não tem nada a fazer naquele consultório e que só está lá para agradar seu médico que “pensa que está tudo na minha cabeça”. Diz que consultou esse clínico no ano anterior, período em que o procurou mais de 20 vezes. Afirma que deve ter uma doença grave, pois “não se sente nada bem”.
A paciente se queixa de ruídos estomacais vagos, dores nos tornozelos e pulsos e ocasionais dores de cabeça. O marido, Sr João, que a acompanha na consulta relata que a paciente pesquisava na internet sobre doenças sérias e fatais e levava os artigos quando ia consultar seu médico, convencida de ter alguma das doenças listadas. O marido afirma que a esposa foi extensivamente pesquisada através de exames complementares e que se sentia aliviada por um curto período de tempo depois de cada exame negativo, mas logo voltava a se convencer de que estava doente e marcava outra consulta. No último ano tirou inúmeras licenças no trabalho para ir ao médico. A não ser por estar deprimida e ansiosa em relação a ter uma doença grave, os resultados do exame de estado mental são normais.
Estudo de Caso 2
 Maria de Fátima tem 28 anos e procura o Dr Arlindo, um clínico indicado por uma amiga. A queixa principal é de uma dor de cabeça que “não passa”. Revela dor de cabeça todos os dias no último mês e que só obtém algum alívio deitando – se em um quarto escuro. A dor irradia – se para trás da cabeça. Tylenol e e codeína ajudam um pouco, mas não aliviam completamente a dor. Observa que tem estas dores “pelo menos há 10 anos”, juntamente com dores no peito, nas costas e no abdome. Relata vômitos e diarreia, mais comumente com a dor abdominal, mas às vezes de maneira isolada. Conta que vomitou durante toda sua única gravidez, aos 24 anos. Afirma que também apresenta sensação de amortecimento e formigamento na parte superior dos braços.
 A paciente relatou que já procurou neurologistas, ginecologistas e outros clínicos, mas nenhum encontrou a causa dos problemas. Já sofreu uma cirurgia aos 18 anos devido a uma apendicite. Tem uma filha de 04 anos de idade e não tem sido capaz de trabalhar regularmente nos últimos 05 anos. Trouxe vários resultados de exames laboratoriais e de imagem recentes, todos negativos. Dr Arlindo então, procedeu um exame físico completo. Não encontrou alterações físicas, observou humor deprimido.
Frente a história apresentada e o achado da alteração do humor, Dr Arlindo a tranquilizou sobre alguma patologia grave presente. Ponderou que percebia o intenso sofrimento que as dores lhe causavam. Devido ao quadro depressivo subjacente propôs a introdução de um antidepressivo e retornos mensais para acompanhamento de seu caso. 
Estudo de Caso 3
Luiz Guilherme, 24 anos, foi hospitalizado em um setor de neurologia com uma cegueira de início recente. Refere ter acordado certa manhã totalmente incapaz de enxergar. A equipe médica do Dr Eustáquio avaliou o caso com cuidado e concluiu que não havia uma causa física para aquela queixa e que o paciente estava sadio em outros aspectos. Foi então solicitado um parecer da psiquiatria.
O Dr Marcos, residente de segundo ano, foi escalado para avalia-la. O paciente conta que não sabe porque está cego. Diz que veio de uma cidade do interior para ganhar algum dinheiro e ajudar a sustentar a mãe doente, que era viúva. Ela está doente há vários anos, vivia só, já que Luiz era seu único filho. Apesar de arrumar trabalho ele não conseguiu lhe enviar dinheiro suficiente por ter se envolvido com drogas. A mãe faleceu recentemente, e ele ficou muito abatido, pois não conseguirá vê – lá novamente.
Ao exame do estado menta, o paciente está alerta e orientado globalmente. Sua aparência e higiene são boas, não parece excessivamente preocupado com sua cegueira. Sem alterações evidentes do humor, seus processos de pensamento são normais, nega ideação suicida. O DR Marcos solicita então que Luiz fale mais sobre a morte da sua mãe e de seus sentimentos em relação a sua perda. Após escutar atentamente pondera que algumas pessoas, quando estão submetidas a grande sofrimento, podem apresentar alterações no corpo que melhoram ao longo do tempo. Disse também que gostaria de voltar amanhã para que os dois pudessem continuar a conversa.

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