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TAQUICARDIAS Acadêmica: Juliana Rabelo Critérios de instabilidade · Presença de taquicardia · Presença de sintomas · Os sintomas se devem a FC Sinais e sintomas · Hipotensão · Estado mental alterado · Sinais de choque · Desconforto torácico · Insuficiência cardíaca aguda Manejo · ABCDE · MOV · ECG de 12 derivações · Identificar causas QRS ESTREITO Taquicardia sinusal · FC >150 · QRS estreito · Ritmo regular · Presença de Onda P Condições predisponentes: febre, dor, anemia, hipovolemia por desidratação ou choque hemorrágico, presença de uma possível tireoideopatia no caso de uma crise tireotóxica. Taquicardia supraventricular · FC: >100 · QRS: normal (0,06-0,12s), mas pode ser amplo se conduzida de maneira anormal por meio dos ventrículos. · Ritmo: regular · Onda P: frequentemente ocultas nas ondas T precedentes e difíceis de visualizar. Dica: A TSV pode estar associada à ingestão de cafeína, nicotina, ao estresse ou à ansiedade em adultos saudáveis. Fibrilação atrial Descarga elétrica irregular e rápida de vários focos ectópicos atriais. Nenhuma contração atrial organizada. · FC: atrial > 450, ventricular lenta ou rápida · QRS: normal · Ritmo: irregular · Ondas P: nenhuma onda P real, atividade elétrica caótica. · iPR: nenhum Dica: A FA é normalmente uma arritmia crônica associada à doença cardíaca subjacente. Os sinais e sintomas dependem da taxa de resposta ventricular. Flutter atrial O nó AV permite a passagem de impulsos para os ventrículos nas frequências de 2:1, 3:1, 4:1 ou maior. O grau de bloqueio AV pode ser constante ou variável. · FC: atrial 240-430bpm, ventricular lenta ou rápida. · QRS: geralmente normal, mas pode ser mais amplo se ondas D estiverem ocultas no QRS. · Ritmo: normalmente regular, mas pode variar · Ondas P: as ondas flutter tem aparência de dentes serrilhados (ondas F). Dica: a presença de flutter pode ser a primeira indicação de doença cardíaca, os sinais e sintomas dependem da taxa de resposta ventricular. QRS ALARGADO Taquicardia ventricular monomórfica Complexos QRS em TV monomórfica tem o mesmo formato e amplitude. É classificada de acordo com sua duração em TV sustentada e não sustentada, se o período de arritmia for ou não superior a 30 segundos. · FC: 100-250 · QRS: alargado · Ritmo: regular · Onda P: nenhuma ou não associada ao QRS · iPR: nenhum Dica: é importante confirmar a presença ou ausência de pulsos, porque a TV monomórfica pode ser com ou sem perfusão. A TV monomórfica provavelmente se degenerará em FV ou TV instável se sustentada e não tratada. Taquicardia ventricular polimórfica Complexo QRS em TV polimórfica variam em formato e amplitude. O iQT é normal ou longo. · FC: 100-250 bpm · QRS: alargado · Ritmo: regular ou irregular · Onda P: nenhuma ou não associada ao QRS · iPR: nenhum Torsade de points Esse ritmo é uma variação incomum da TV polimórfica, com iQT normais ou longos. · FC: 200-250 bpm · QRS: alargado · Ritmo: irregular · Onda P: não é identificada · iPR: nenhum Dica: pode degenerar em FV ou assistolia. Causas frequentes são drogas que prolongam o iQT e anormalidades eletrolíticas, como hipomagnesemia. Fibrilação ventricular Atividade elétrica caótica sem despolarização ventricular ou contração. A amplitude e a frequência da atividade fibrilatória podem ser usadas para definir o tipo de fibrilação como grossa, média ou fina. · FC: indeterminada · QRS: nenhum · Ritmo: caótico · Ondas P: nenhuma · iPR: nenhum Dica: sem pulsação ou DC. É fundamental rápida intervenção. Quanto maior a demora, menores as chances de reversão. Atividade elétrica sem pulso O monitor mostra um ritmo elétrico identificável, mas não é detectado pulso. O ritmo pode ter origem sinusal, atrial, juncional ou ventricular. · Frequência, ritmo, ondas P, iPR e QRS: refletem o ritmo subjacente. Dica: as possíveis causas de AESP são embolia pulmonar, IAM, acidose, pneumotórax hipertensivo, hiper ou hipocalemia, tamponamento cardíaco, hipovolemia, hipóxia, hipotermia e intoxicação medicamentosa. Assistolia Total ausência de atividade elétrica nos ventrículos. · FC: nenhuma. · Ritmo: nenhum · QRS: nenhum · Onda P: nenhuma · iPR: nenhum. NÃO CHOCAR ASSISTOLIA!!! Dica: Protocolo de linha reta, checar cabos, ganho e derivações. CONDUTAS INSTÁVEL · Cardioversão elétrica. · Considerar adenosina se QRS estreito regular. Se paciente consciente, realizar sedação: Medicações para sedação: · Etomidato: 0,2 - 0,4mg/kg · Midazolan 0,1 - 0,3mg/kg ate 7,5 – 10mg · Fentanil 2 - 5mcg/kg · Quetamina: 4 - 5mg/kg IM 1- 2mg/kg intranasal ou EV tempo de inicio do efeito de 30-60s, dura 10-20 min Efeitos: Aumenta FC, Aumenta PA, pode ocorrer salivacao. Tipos de ampola (100mg), (2ml) e 10mg(1ml)). Doses iniciais: · Estreito regular: 50-100J (TSPV, Flutter)* · Estreito irregular: 120-200J bifasica, 200j monofasica (fibrilacao atrial)* · Largo regular: 100J (taquicardia ventricular monomorfica)* · Largo irregular: carga de desfibrilação não sincronizada. *Aumentar progressivamente ate a dose máxima do aparelho. ESTÁVEL QRS ESTREITO: · Massagem do seio carotídeo · Manobra vagal · Valsava modificada: soprar seringa de 10ml durante 15 segundos, após elevar MMII durante 15segundos Se regular considerar adenosina: Adenosina · 6mg EV bolus · Puro em three-way seguido de bolus AD · Pode ser diluído em 10ml de SF · Se precisar repetir 12mg Bloqueador dos canais de cálcio se falha da adenosina: Diltiazem · Apresentação: 25 e 50mg · Dose: 2,5mg\min até conversão ou dose máxima de 50mg · Diluir em SG5% [0,5mg\ml] · EV na BIC a 300ml\h Verapamil · Apresentação: 5mg · Dose: 1mg\min até conversão ou dose máxima de 20mg · Diluir em SG5% [0,2mg\ml] · EV na BIC a 300ml\h Beta bloqueador se necessidade de controle da FC: · Esmolol: 0,5 mg em 2 min. · Tartarato de metoprolol: 2,5mg em 2min. Ampola com 1mg\ml, dose máxima de 15mg. QRS LARGO Adenosina · Somente se regular e monomorfico (TSPV com aberrância reverte com adenosina e 4% das TVM). Amiodarona · Infusão rápida: 150mg (01amp) EV em 10 minutos. Repetir conforme a necessidade. · Dose máxima: 2.2g em 24hs · Dose de manutenção: 360mg EV (1mg/min) nas primeiras 6 horas, e 540mg EV (0,5mg\min) por 18h. · 06 amp (900mg) + 232ml SG5%, 16ml\h nas primeiras 6h e 8ml\h nas 18h restantes Taquicardia ventricular – Lidocaina · Apresentação: 10 e 20mg em 20ml · Dose: 0,5-1,5mg\kg, repetir 0,5-0,75mg\kg a cada 5-10mi · Dose máxima: 3mg\kg Torsades de Pointes - Sulfato de magnésio 50% (5g\10ml) Torsade de pointes com pulso: · Dose de ataque: 1-2g + 50-100ml de SF 0,9% EV em 5-60min · Dose de manutenção: 0,5 a 1g EV em 1h, seguir titulando. PCR por Torsade de pointes · Dose de ataque: 1-2g (2-4ml de solução a 50%, diluídos em 10ml de SF 0,9%)
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