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contratos em espécie - compra e venda docx

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Compra e venda (481 – 504): contrato pelo qual uma pessoa transfere o
domínio da coisa, mediante o pagamento do preço ( art. 481 ). O vendedor
compromete-se a transferir ao comprador a propriedade de um bem móvel ou
imóvel mediante o pagamento de certo preço em dinheiro.
Em nosso ordenamento jurídico a propriedade do bem móvel se transfere com
a tradição, e do bem imóvel com o registro do titulo translativo.
ART. 481. PELO CONTRATO DE COMPRA E VENDA, UM DOS
CONTRATANTES SE OBRIGA A TRANSFERIR O DOMÍNIO DE CERTA
COISA, E O OUTRO, A PAGAR-LHE CERTO PREÇO EM DINHEIRO.
Classificação:
● Bilateral (sinalagmático): marcado pela reciprocidade –
envolvimento reciproco entre as partes.
Cria obrigações para ambos os contratantes, que são ao mesmo tempo
credores e devedores (enquanto o vendedor está obrigado a transferir o
domínio do bem, o comprador tem o dever de pagar o preço acordado). 
● Oneroso: vantagens recíprocas
Ambos os contratantes objetivarem vantagem patrimonial, havendo
sacrifícios e vantagens que se equivalem.
● Comutativo:
Em regra o objeto é determinado, certo e seguro, podendo dar para
antever suas regras. Existe uma equivalência entre o preço pago (prestação) e
a coisa adquirida (contraprestação). É sem risco.
Porém, há uma exceção, pois às vezes poderá ser aleatório, na dúvida
da existência ou do valor de uma das prestações (ex.: venda de colheita
futura).
● Consensual:
Regra - basta o acordo de vontades sobre a coisa e o preço, sem a
necessidade de outro ato solene ou formal para que se origine o vínculo.
Mas, há exceções em que é solene, por exemplo, na compra e venda de
imóveis, torna-se imprescindível escritura pública.
● Típico: está no Código Civil.
● Nominado;
● Translativo de domínio:
O ato dá causa à transmissão da propriedade do bem, e fundamenta a
tradição (bens móveis) ou o registro (bens imóveis).
OBS: REGRA - qualquer objeto, desde que tenha valor econômico, pode
ser passível de compra. Porém, existem limitações legais (exemplo: é
proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade).
Elementos
● Objeto/coisa:
A coisa objeto de compra e venda deve ser lícita, possível, determinada ou
determinável. E ainda deverá ser a coisa alienável, ou seja, estar no comércio.
Deve ser corpórea (móveis ou imóveis). Sendo incorpórea (direitos de
intervenção, de propriedade literária, científica ou artística), é de cessão de
direitos.
Deve ser individuada, ou seja, ter características próprias, determinação de
gênero, qualidade, quantidade...
Deve estar disponível (in commercium). A inalienabilidade impossibilita sua
transmissão (ex.: bem de família registrado como tal, bens públicos gravados
com cláusula de inalienabilidade).
Pode se referir as coisas futuras (contrato aleatório: frutos de uma colheita
esperada).
● Preço:
O pagamento deve ser em moeda corrente, e em caso de ser
convencionado em moeda estrangeira ou ouro, deverá ser convertido na hora
de realizar o pagamento. O preço não pode ser fixado por apenas uma das
partes, mas poderá ser feito por um terceiro de confiança das partes.
Pecuniariedade – deve constituir uma soma em dinheiro, mas nada
impede que seja constituído por coisas representativas de dinheiro ou a
ele redutíveis, como cheque, nota promissória e títulos da dívida pública.
Seriedade – na necessidade de se ter um preço real e verdadeiro,
mesmo que não seja perfeitamente equivalente ao valor da coisa.
Certeza – o preço deverá ser certo ou determinado. É nulo o contrato
em que o preço é fixado ao arbítrio de uma das partes.
Art. 482. A compra e venda, quando pura,
considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as
partes acordarem no objeto e no preço.
Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa
atual ou futura. Neste caso, ficará sem efeito o contrato
se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes
era de concluir contrato aleatório.
Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras,
protótipos ou modelos, entender-se-á que o vendedor
assegura ter a coisa as qualidades que a elas
correspondem.
Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o
modelo, se houver contradição ou diferença com a
maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.
Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio
de terceiro, que os contratantes logo designarem ou
prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a
incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando
acordarem os contratantes designar outra pessoa.
Art. 486. Também se poderá deixar a fixação do preço à
taxa de mercado ou de bolsa, em certo e determinado dia
e lugar.
Art. 487. É lícito às partes fixar o preço em função de
índices ou parâmetros, desde que suscetíveis de objetiva
determinação.
Art. 488. Convencionada a venda sem fixação de preço
ou de critérios para a sua determinação, se não houver
tabelamento oficial, entende-se que as partes se
sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do
vendedor.
Parágrafo único. Na falta de acordo, por ter havido
diversidade de preço, prevalecerá o termo médio.
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se
deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação
do preço.
● Consentimento:
Acordo entre os contratantes capazes sobre a coisa, o preço e as demais
condições. Precisa ser livre e espontâneo. É “capacidade de obrigar-se” pelas
qualidades essenciais apresentadas na proposição.
● Forma: somente nos casos em que a lei exigir.

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