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Slides Macro Pós Keynesiana 17 e 18-08

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Macro Pós Keynesiana 
Parte I - 17/08 
Prof. Denize Silva 
Bibliografia 
• OREIRO, José Luis. Economia pós-keynesiana: 
origem, programa de pesquisa, questões 
resolvidas e desenvolvimentos 
futuros. Ensaios FEE, v. 32, n. 2, 2011 
Páginas 2 a 12 
Seção 2 
Seção 3 
Seção 4 apenas pressupostos teóricos 
 
2 Breve histórico da escola Pós -
Keynesiana 
• 2 vertentes distintas, mas complementares 
• A primeira surge entre 1939-1946 com foco no 
crescimento e distribuição de renda e com objetivo 
de estender a teoria de Keynes para o longo prazo. 
 
• A segunda surge na década de 1970 como reação a 
teoria Novo Clássica e com foco na análise do 
processo pelo qual decisões de Investimento, 
Poupança e Financiamento são tomadas. 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana (Primeira vertente) 
• Trabalhos seminais Harrod (1939), Domar (1946) 
• Keynes anuncia o princípio da demanda efetiva que 
diz que a renda seria uma variável de ajuste entre as 
decisões de S e I, num cenário em que o estoque dos 
bens de capital é fixo ( curto prazo). 
• Harrod e Domar demonstram a possibilidade de 
existência de equilíbrio com desemprego de Keynes, 
mas num cenário em que o estoque de capital está 
crescendo de forma contínua ao longo do tempo. 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana (Primeira vertente) 
• Eles concluem que a obtenção de uma trajetória de 
crescimento estável e com pleno emprego é possível 
mas altamente improvável. 
 
• Dessa forma as eco capitalistas deverão via de regra 
apresentar flutuações no nível de atividade 
econômica. 
 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana (Primeira vertente) 
• A incompatibilidade desse resultado com a experiência 
histórica de 1950-1973 leva autores como Kaldor, 
Pasinetti a desenvolverem modelos em que a trajetória 
de LP fosse estável e com pleno emprego. 
 
• Neste modelos a participação dos salários e lucros na 
renda são variáveis de ajuste entre as decisões de S e I e 
se estabelece um mecanismo pelo qual I pode 
determinar S. 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana (Primeira vertente) 
• Keynes na TG mostra que um aumento exógeno de I 
iria gerar um aumento equivalente de S através do 
efeito multiplicador. 
 
• Kaldor e Pasinetti mostram que uma variação em I irá 
gerar sempre uma variação em S equivalente devido aos 
efeitos da variação de I sobre a distribuição da renda 
entre salários e lucros. ( Eco fechada e sem governo) 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana (Primeira vertente) 
• Robinson (1962) faz a extensão do paradoxo da 
parcimônia para o LP. 
 
• Para Keynes o indivíduo pode aumentar S 
aumentando a fração poupada da sua renda. Isso pq 
a renda do indivíduo independe da sua decisão de 
gastos. 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana (Primeira vertente) 
• No nível macro, se todos os indivíduos reduzem seus 
gastos com C para aumentar S, o efeito final será 
uma redução da renda da economia, de forma que S 
continuará exatamente o mesmo. 
 
• No modelo de Robinson, o aumento na propensão 
marginal a consumir resulta na participação nos lucros e 
nada renda e , dado o grau da utilização da capacidade 
produtiva numa redução da taxa de lucro. 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana (Primeira vertente) 
• Supondo que I depende diretamente da taxa de 
lucro, o resultado é que um aumento na Propensão 
Marginal a Poupar, reduz a taxa de Investimento. 
 
• No LP, um aumento na Propensão Marginal a Poupar 
será seguido de uma redução na taxa I e de S. 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana ( Segunda Vertente) 
• Contextualizando ... 
 
A curva Phillips na 
perspectiva keynesiana 
 
• Uma curva de Phillips mostra a relação existente 
entre desemprego e inflação em uma economia. 
 
• A macroeconomia Keynesiana argumenta que a 
solução para a recessão é uma política fiscal 
expansionista que desloca a curva de demanda 
agregada para a direita. 
 
• Dessa forma as eco capitalistas deverão via de regra 
apresentar flutuações no nível de atividade 
econômica. 
 
 
A curva Phillips na 
perspectiva keynesiana 
 
• O outro lado da política Keynesiana ocorre quando a 
economia está operando acima do PIB potencial. 
Nesta situação o desemprego é baixo, mas os 
aumentos inflacionários no nível de preços são uma 
preocupação. 
• A resposta Keynesiana seria uma política fiscal 
contracionista que desloca a demanda agregada para 
a esquerda. 
 
A curva Phillips na 
perspectiva keynesiana 
 
• O outro lado da política Keynesiana ocorre quando a 
economia está operando acima do PIB potencial. 
Nesta situação o desemprego é baixo, mas os 
aumentos inflacionários no nível de preços são uma 
preocupação. 
• A resposta Keynesiana seria uma política fiscal 
contracionista que desloca a demanda agregada para 
a esquerda. 
 
A descoberta da curva de Phillips 
• Na década de 50, A.W. Phillips, um economista da 
Escola de Economia e Ciência Política de Londres 
(London School of Economics), estava estudando a 
estrutura analítica Keynesiana. 
• A teoria Keynesiana sugeria que durante uma 
recessão as pressões inflacionárias são baixas, mas 
quando o nível de produção está igual ou está até 
mesmo empurrando para além o nível do produto 
interno bruto potencial, ou PIB, a economia está em 
grande risco de ter inflação. 
 
 
A descoberta da curva de Phillips 
 
A instabilidade da curva de Phillips 
• Durante os anos 60, a curva de Phillips era vista 
como um cardápio de políticas. O país poderia 
escolher baixa inflação e alto desemprego, ou alta 
inflação e baixo desemprego, ou alguma combinação 
entre os dois extremos. 
• 1973-1975 A economia dos EUA experimentou 
profunda recessão com aumento de desemprego e 
inflação e o cenário se repetiu na recessão 1980-
1982. 
 
A instabilidade da curva de Phillips 
• Este padrão ficou conhecido como estagflação—uma 
combinação pouco saudável de alto desemprego e 
alta inflação. Talvez mais importante, estagflação era 
um fenômeno que não poderia ser explicado pela 
economia Keynesiana tradicional. 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana ( Segunda Vertente) 
• A segunda vertente surge como crítica a escola novo 
clássica que afirmava que as economias de mercado 
poderiam se afastar da sua posição de equilíbrio com 
pleno emprego devido à fatores institucionais que 
impediam ou limitavam a flexibilidade de preços 
e/ou salários nominais. 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana ( Segunda Vertente) 
• O foco aqui não é a distribuição de renda , mas a 
análise do processo pelo qual as decisões de I , S e 
financiamento são tomadas no contexto de uma eco 
monetária de produção: 
i) a produção demanda tempo 
ii) o futuro é incerto 
iii) O estoque de capital não é maleável 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana ( Segunda Vertente) 
• Os choques adversos da demanda agregada sobre a 
IS ou LM, levaria as firmas à responderem através da 
variação na quantidade produzida e não nos preços, 
fazendo com que a eco se afaste da equilíbrio com 
pleno emprego. 
• Esse afastamento seria temporário, pois no LP preços 
e salários seriam totalmente flexíveis. 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana ( Segunda Vertente) 
• A existência de desemprego e subutilização da 
capacidade potencial produziria uma deflação 
generalizada. 
• O estímulo da renda e do emprego causado pelo 
aumento do C devido ao aumento nos saldos reais de 
riqueza em virtude da deflação (efeito Pigou) , induziria 
o aumento da DA e consequentemente a restauração do 
equilíbrio de pleno emprego 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana ( Segunda Vertente) 
• A TG seria deficiente em não especificar uma ligação 
entre o efeito riqueza , aumento do C e o então 
deslocamento da IS para a direita. 
• Kalecki vai criticar e temos um caso real que 
questiona o efeito Pigou. 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana ( Segunda Vertente) 
•O Japão na década de 1990 tem tx de juros próximas 
a 0 o que deveria acabar com a deflação 
rapidamente. 
• Ocorre um período de grande estagnação do 
consumo, mesmo com nível de preços baixissímo. 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana ( Segunda Vertente) 
• Pigou supôs que a queda nos preços faria o 
consumidor aumentar o C pois se sentiriam mais 
ricos. Mas os japoneses tendiam a adiar o consumo, 
esperando que os preços caíssem ainda mais. 
• Na armadilha da liquidez de Keynes, a tx de juros 
norminal quando próxima a 0 faz com que a PM perca o 
efeito e isso parece explicar melhor a experiência 
japonesa. 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana ( Segunda Vertente) 
• Os agentes não esperam grandes retornos nem de 
investimentos físicos ou financeiros. Eles guardam 
seus ativos em depósitos de CP, ao invés de fazer 
investimento de LP ou consumir mais. 
Macro Pós Keynesiana 
Parte II – 19/08 
Prof. Denize Silva 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana ( Um nova visão de 
mundo) 
• Visão de mundo é definida por Schumpeter como o 
ato cognitivo pré-analítico que define o conjunto de 
fenômenos que devem ser objeto de análise 
sistemática 
• Keynes faz uma ruptura radical com relação ao 
pensamento neoclássico e dá origem a uma nova 
visão de mundo que estaria resumida no conceito de 
economia monetária de produção ( moeda não é 
neutra) 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana ( Um nova visão de 
mundo) 
• Uma vez definida a visão de mundo tem início a 
análise científica propriamente dita. 
• No primeiro estágio, o teórico deve verbalizar ou 
conceitualizar a sua visão de mundo, colocando-a em 
algum esquema ou representação que permita a sua 
posterior manipulação 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana ( Um nova visão de 
mundo) 
• No segundo estágio, deve-se proceder a construção de 
modelos analíticos, os quais nada mais são do que uma 
representação simplificada de uma economia que opera 
segundo os princípios teóricos que foram verbalizados no 
primeiro estágio. 
• Esses modelos serão apresentados na forma de equações 
matemáticas, as quais permitem uma definição precisa das 
relações de causalidade implicadas pelos princípios teóricos 
sistematizados no estágio inicial. 
 
2 Breve histórico da escola Pós –
Keynesiana ( Um nova visão de 
mundo) 
• Somente após a definição dessas relações de 
causalidade é que a teoria poderá ser submetida a 
testes empírico 
• Os resultados desses testes irão validar algumas 
dessas relações de causalidade e rejeitar outras. 
Aquelas relações que forem rejeitadas irão, por sua 
vez, promover uma revisão dos elementos 
constitutivos da visão de mundo original 
 
3. O programa de pesquisa pós-
keynesiano 
• O programa de pesquisa pós-keynesiano, pelo 
menos o programa de pesquisa da segunda vertente 
da escola pós-keynesiana, consiste precisamente em 
desenvolver analiticamente a visão de mundo 
proposta por Keynes ao longo da sua Teoria Geral e 
demais escritos acadêmicos. 
 
3. O programa de pesquisa pós-
keynesiano 
• A verbalização da visão de mundo de Keynes foi feita, 
entre outros, por Davidson (1984) e Carvalho (1992). 
Dessa verbalização resultaram os seis princípios 
teóricos fundamentais que definem o conceito de 
economia monetária de produção. 
 
3. O programa de pesquisa pós-
keynesiano 
• Princípio da produção: Esse princípio estabelece que 
a produção é conduzida por firmas cujo objetivo é 
obter lucros que são definidos em termos 
monetários 
 
3. O programa de pesquisa pós-
keynesiano 
• Princípio da estratégia dominante: Existe uma 
assimetria entre os agentes econômicos no que se 
refere ao poder de tomada de decisão. 
• são as firmas que tomam as decisões fundamentais 
numa economia capitalista : tanto o nível de emprego 
como o nível de poupança depende das decisões das 
firmas de produzir e investir 
• O capital é escasso relativamente ao trabalho e embora a 
capacidade de trabalho seja possuída por todos, o 
controle dos meios de produção não está igualmente 
disponível. 
 
3. O programa de pesquisa pós-
keynesiano 
• Princípio da temporariedade dos processos 
econômicos: a produção é um processo que se 
desenvolve ao longo do tempo calendário. 
• As firmas têm de decidir a respeito do que e quanto 
produzir com base em expectativas sobre a demanda 
futura de seus produtos. 
 
3. O programa de pesquisa pós-
keynesiano 
• Princípio da não-ergodicidade: A incerteza que 
circunda o processo de tomada de decisão nas 
economias capitalistas resulta da não-ergodicidade 
dos processos econômicos 
• A não- ergodicidade impede o aprendizado por parte 
dos agentes econômicos e, portanto, que os mesmos 
sejam capazes de “descobrir” a distribuição de 
probabilidades objetiva dos eventos futuros 
 
3. O programa de pesquisa pós-
keynesiano 
• Princípio da coordenação: As economias capitalistas 
não possuem mecanismos de planejamento central 
através dos quais os planos dos agentes sejam 
previamente coordenados 
• os tomadores de decisão irão adotar 
comportamentos e desenvolver instituições que 
reduzam a incerteza. Entre essas instituições 
destaca-se o sistema de contratos em moeda 
 
3. O programa de pesquisa pós-
keynesiano 
• Princípio das propriedades da moeda: este princípio 
está diretamente relacionado ao anterior no sentido 
de que Keynes afirmava que, para que um complexo 
sistema de contratos em moeda fosse viável, seria 
necessário que a moeda tivesse algumas 
propriedades para garantir sua sobrevivência. 
• Estas propriedades se relacionam essencialmente às 
restrições quanto a sua criação pelos agentes. 
 
3. O programa de pesquisa pós-
keynesiano 
• Pós-Keynesianos não tem sido, contudo, bem sucedidos na 
construção e desenvolvimento de modelos analíticos 
baseados no conceito de economia monetária de produção 
• O progresso científico exige o estabelecimento de relações 
precisas de causalidade, e estas só podem ser obtidas por 
intermédio de modelos formais. 
• Isso tem dificultado o desenvolvimento do programa de 
pesquisa pós-keynesiano e o estabelecimento do mesmo 
como uma alternativa viável ao mainstream. 
Bibliografia 
• NEVES, André Lúcio. Uma análise Pós-Keynesiana do 
regime de metas de inflação sobre a distribuição de 
renda e o crescimento econômico. 2007. Tese de 
Doutorado. Dissertação de Mestrado, Curso de Pós-
Graduação em Desenvolvimento Econômico, 
Universidade Federal do Paraná, Curitiba 
Páginas 63 a 71 
Seção 3.5 Política Monetária nos Pós Keynesianos 
 
3.5 Política monetária e fiscal para pós 
keynesianos 
• As decisões tomadas pelas autoridades monetárias visam a 
determinados objetivos relativos ao uso da liquidez 
disponível, como aumentar o animal spirits dos empresários, 
via redução da taxa de juros, para estimular os investimentos 
e reduzir a taxa de desemprego ( não neutralidade da moeda) 
• As autoridades monetárias dispõem de três instrumentos 
para alcançar os objetivos traçados para a política monetária: 
a taxa de depósito compulsório, a taxa de juros de redesconto 
e open market 
 
3.5 Política monetária e fiscal para pós 
keynesianos 
• Os investidores, por sua vez, podem escolher investir na 
ampliação da cadeia produtiva ou montar um portfólio com 
ativos financeiros de graus diversificados de liquidez 
• A decisão do investidor vai depender de suas expectativas 
quanto ao retorno dos bens de capital e dos ativos 
financeiros. 
• O papel da política monetária, via seus instrumentos, é criar 
as condições necessárias para induzir a decisão do 
empresário, de forma que o objetivo das autoridades 
monetárias seja alcançado 
 
3.5 Política monetária e fiscal para pós 
keynesianos 
• A política monetária é capaz de afetar positivamente o 
crescimento econômico ao induzir a transferência de moeda 
do circuito financeiro para o circuito industrial, ou seja, 
desvincular a moeda da sua função de reserva de valor em 
prol de sua função de meios de pagamento• Porém, a atuação da política monetária se limita apenas ao 
circuito financeiro, afetando os agregados monetários e a taxa 
de juros de forma a sinalizar para os agentes econômicos as 
intenções das autoridades monetárias e, por conseqüência, 
induzir as decisões individuais 
 
3.5 Política monetária e fiscal para pós 
keynesianos 
• A política fiscal atua diretamente sobre o circuito industrial, a 
política monetária age indiretamente sobre este circuito. 
• O sucesso da política monetária ao alterar a configuração no 
circuito financeiro vai depender de como os agentes irão 
incorporar as novas informações em suas expectativas 
subjetivas sobre o futuro 
• Se os agentes acreditarem que a atual política monetária 
reduzirá a rentabilidade que se pode obter no circuito 
financeiro quando comparada com o retorno dos ativos de 
capital, os investidores alocarão os seus recursos na 
acumulação de capital no circuito industrial. 
 
Política monetária e fiscal para pós 
keynesianos 
• Num ambiente de incerteza quanto à trajetória futura do 
sistema econômico, o papel da intervenção, que deve ser 
planejada e não concorrente das atividades privadas, por 
meio das políticas macroeconômicas é assegurar um 
ambiente mais estável quanto ao retorno e a liquidez dos 
empreendimentos de longo prazo, de tal forma que os 
empresários se sintam estimulados a investir. 
 
Política monetária e fiscal para pós 
keynesianos 
• A política monetária, indiretamente, agirá sobre o produto ao 
promover alterações no portfólio dos agentes 
• Desta forma, os pós-keynesianos destacam dois canais de 
transmissão da política monetária na economia, de acordo 
com o circuito financeiro e o circuito industrial: 
• Um é a criação de moeda por parte dos bancos para atender a 
demanda das firmas por crédito na circulação industrial e o 
outro canal é o ajuste no portfólio. 
 
Política monetária e fiscal para pós 
keynesianos 
• A política monetária é, assim, uma forma de intervenção do 
Estado que visa direcionar o uso da liquidez no circuito 
financeiro em prol das variáveis reais no circuito industrial. 
• Porém, o uso da taxa de juros não pode ser exagerado e sem 
fundamentos, pois os agentes formam as suas expectativas 
considerando convencionalmente uma determinada taxa de 
juros ( armadilha da liquidez) 
 
Política monetária e fiscal para pós 
keynesianos 
• Neste sentido, a política fiscal é importante no contexto pós-
keynesiano ao desempenhar a função de estabilizador 
automático, ao suavizar as oscilações na demanda agregada 
oriunda dos efeitos da política monetária.. 
• Ressalta-se que a defesa pelo uso efetivo da política fiscal 
defendida por Keynes ocorre em duas circunstâncias 
diferentes: “o orçamento 67 ordinário [da administração 
pública], (...), deveria estar sempre equilibrado” 
 
Política monetária e fiscal para pós 
keynesianos 
• Já “o orçamento discricionário, ou de capital, seria a 
alavancagem fiscal que o governo poderia ter à sua disposição 
para empurrar a economia em direção ao pleno emprego ou 
para mantê-lo” (Carvalho, 1999, p. 273). 
• Ou seja, o uso da política fiscal pode gerar déficits apenas no 
orçamento de capital, de forma a induzir as ações privadas a 
realizar os investimentos previstos. 
 
Política monetária e fiscal para pós 
keynesianos 
• A defesa pela intervenção decorre do fato de que as ações 
individuais podem não ser benéficas para a sociedade, apesar 
de racionais. 
• As ações do governo devem ocorrer em diversas frentes, o 
que demanda o uso de mais de uma política econômica. Com 
isso, contrário aos ortodoxos, os pós-keynesianos defendem a 
coordenação das políticas macroeconômicas, com destaque 
para as políticas monetária e fiscal. 
• A coordenação entre a política fiscal e monetária significa 
evitar os efeitos negativos da escolha de uma política em 
detrimento da outra 
 
Política monetária e fiscal para pós 
keynesianos 
• Se houver dominância monetária, como defendida pelo 
mainstream, uma política monetária de combate à inflação irá 
elevar a taxa de juros, consequentemente, inibindo os 
investimentos. 
• Se houver dominância fiscal, a passividade da política 
monetária em atender a demanda de recursos para cobrir os 
gastos fiscais causará pressão inflacionária decorrente da 
emissão monetária por parte do banco central e aumento do 
déficit público devido à elevação dos gastos fiscais 
 
Política monetária e fiscal para pós 
keynesianos 
• Se houver dominância monetária, como defendida pelo 
mainstream, uma política monetária de combate à inflação irá 
elevar a taxa de juros, consequentemente, inibindo os 
investimentos. 
• Se houver dominância fiscal, a passividade da política 
monetária em atender a demanda de recursos para cobrir os 
gastos fiscais causará pressão inflacionária decorrente da 
emissão monetária por parte do banco central e aumento do 
déficit público devido à elevação dos gastos fiscais 
 
Política monetária e fiscal para pós 
keynesianos 
• Neste contexto, os pós-keynesianos são contra o regime de 
metas de inflação, pois este, como é adotado nos países, 
ergue-se no arcabouço teórico ortodoxo, em que a moeda é 
neutra e a inflação é um fenômeno puramente monetário. 
• No arcabouço ortodoxo, a política monetária pode e deve ter 
como único objetivo a estabilidade de preços, uma vez que 
não tem impacto sobre as variáveis reais no longo prazo. 
 
Política monetária e fiscal para pós 
keynesianos 
• Neste contexto, os pós-keynesianos são contra o regime de 
metas de inflação, pois este, como é adotado nos países, 
ergue-se no arcabouço teórico ortodoxo, em que a moeda é 
neutra e a inflação é um fenômeno puramente monetário. 
• Fica claro então que a estrutura do regime de metas de 
inflação é contrária à coordenação entre as políticas ao 
subordinar a política fiscal à política monetária.

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