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Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Radiologia 2 – 2020.2 Princípios de interpretação da imagem radiográfica O diagnóstico do paciente é composto pelo exame clinico (anamnese), exames laboratoriais e exames de imagens, e a partir disso o profissional planeja o tratamento. O exame radiográfico ao ser enviado para o profissional, deve conter as interpretações; eles servem para: OBS.: os exames radiográficos convencionais (bidimensionais) possuem limitações, por isso a depender da hipótese do profissional, deve solicitar as radiografias complementares, de maneira que as imagens sejam perpendiculares entre si. Interpretação radiográfica Processo no qual se procura descobrir todas as informações contidas nas imagens. Condições necessárias para a interpretação de radiografias: • Conhecimento e domínio das técnicas intra e extras-bucais; • Conhecimento da anatomia radiografia e suas variações; • Interpretar apenas imagens de qualidade; • Conhecimento de patologia radiográfica. OBS.: ter muito cuidado no posicionamento do paciente. Radiografia ideal: • Máxima nitidez; • Mínima distorção; • Densidade média; • Contraste médio; • Enquadramento adequado. Condições ótimas de visualização: • Negatoscópio: luz branca; • Ambiente escurecido; • Mascaras opacas; • Lentes de aumento. Montagem das radiografias: • Utilização de cartelas; • Picote: face convexa voltada para frente. Princípios fundamentais 1. A região a ser interpretada deve aparecer totalmente na radiografia e na incidência que melhor reproduza a região radiografada. 2. A radiografia a ser interpretada deve abranger, não somente os limites de uma região suspeita, como também mostrar o tecido ósseo normal que circunda esta região. 3. Conhecimento das estruturas anatômicas e suas variações, bem como lesões patológicas que podem provocar o aparecimento de imagens radiográficas; 4. Sempre que se inicia um tratamento odontológico, há necessidade de um levantamento completo dos arcos dentais e/ou das regiões edêntulas, mesmo que não ocorra uma suspeita clínica. Avaliação sistemática das radiografias: • Identificar a região radiografada; • Identificar a incidência utilizada; • Localizar o lado direito e esquerdo; • Adotar uma avaliação sequencial ordenada (ossos → dentes); Estruturas ósseas > processo alveolar > dentição e estruturas associadas > analise de cada dente na sequência > contagem dos dentes (ausências e supranumerários) > analisar raiz e tecido ósseo adjacente > analisar coroa. • Comparar com radiografias prévias; OBS.: se identificar lesões, em panorâmicas, sugerir imagens complementares. Diagnóstico diferencial radiográfico Identificar a presença ou ausência de doenças (hipóteses de diagnósticos); Fornecer informações sobre a natureza e a extensão da doença; Permitir a formação de um diagnóstico diferencial. Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Radiologia 2 – 2020.2 Descrevendo uma lesão: • Idade, sexo e grupo étnico do paciente; • Densidade: grau de escurecimento a imagem: Imagens radiolúcidas: imagens de estruturas que pouco absorvem radiação X. Imagens radiopacas: imagens de estruturas com maior poder de absorção dos raio-X. • Localização da lesão: periapical, pericoronal, lateral do dente; • Tamanho; • Forma; Unilocular: oval; circular e festonado (dedos de luva – contorna o ápice das raízes); Multilocular (formação de septos que separam os lócus): bolhas de sabão; favos de mel; raquete de tênis. • Contorno das margens (bordas): com bordas definidas, indefinidas e com limites mistos. • Avaliação da cortical óssea: conservada destruída, abalada, expandidas e adelgaçada. • Efeito nas estruturas circunvizinhas: deslocamento, mobilidade e reabsorção radicular. • Tempo de permanência (duração). OBS.: nenhuma característica deve ser avaliada isoladamente. Referências: FREITAS, A.; ROSA, J.; SOUZA, I. F. Radiologia Odontológica. 6ª edição. Artes Médicas. FENYO-PEREIRA, Marlene; CRIVELLO JÚNIOR, Oswaldo; LASCALA, César Ângelo; et al. Radiologia odontológica e imaginologia. [S.l: s.n.], 2013.
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