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Tutorial: Alterações Cromossômicas Numéricas

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Módulo: Concepção e Formação do Ser Humano
Problema 09: O “X” que falta
· Explicar as alterações cromossômicas numéricas
As alterações numéricas corresponde ao acréscimo ou perda de um ou mais cromossomos, e são classificadas em dois tipo: euploidias e aneuploidias.
	Euploidias
As euploidias são alteraçõe que envolvem todo o genoma, originando células que contêm um múltiplo exato de 23 cromossomos em seu núcleo ou seja, um conjunto haplóide a mais nas células, além do conjunto normal básico de cromossomos. Na espécie humana, a ocorrência de euploidias é incompatível com a vida. Praticamente todos os casos de triploidia e tetraploidia que chegaram a termo eram de natimortos ou de morte neonatal.
Verifica-se que, entre os abortos espontâneos com alterações cromossômicas, cerca de 19% mostram triploidia e cerca de 4% apresentam tetraploidia.
	Aneuploidias
A aneuploidia ocorre quando o número de cromossomos a mais não é múltiplo exato do número haplóide, em decorrência da não disjunção ou não separação adequada de um ou mais cromossomos durante a meiose. A aneuploidia é a anomalia cromossômica mais comum em humanos, sendo líder das causas de abortamentos espontâneos e defeitos congênitos ao nascimento.
Cerca de 50% dos abortos espontâneos antes de 15 semanas de gestação são cromossomicamente aneuploides. A idade materna avançada continua sendo o fator de risco mais provável para a não disjunção, mas os mecanismos biológicas do fenômeno ainda não estão bem esclarecidos. 
As consequências da não disjunção durantes a meiose 1 e a meiose 2 são diferentes: quando ocorre na meiose 1, os gametas apresentam um representante de ambos os membros do par de cromossomos, um de origem materna e o outro de origem paterna, ou não possuem todo um cromossomo no outro gameta. Quando ocorre na meiose 2, os gametas anormais, com um cromossomo extra, contêm duas cópias do mesmo cromossomo parental.
		Monossomias
Cariótipo em que um dos cromossomos do par não está presente, formando uma constituição cromossômica com 45 cromossomos. A monossomias dos cromossomos autossômicos não são compatíveis com a vida. A monossomia do cromossomo X causa a Síndrome de Turner.
Trissomias 
Constituição cromossômica tem um cromossomo a mais, ou seja, um terceiro em relação ao seu par normal. É o tipo de situação mais comum de distúrbios cromossômicos humanos, ocorrendo em aproximadamente 5% de todas as gestações conhecidas. Um desenvolvimento importante em pré-natal, é a técnica de FISH aplicada às células em intérfase, permitindo um rápido diagnóstico para avaliar aneuploidias para os cromossomos 13,18,21, X e Y, sem a necessidade de culturas de células, pois são estes os 5 cromossomos responsáveis pela maioria da aneuploidias em indivíduos nascidos com vida.
EX: Trissomia do 21, 13, 18, 16, 9 e 8
		Tetrassomias e Pentassomias
Não são compatíveis com a vida. Porém, pode-se observar essas alterações envolvendo cromossomos sexuais. Sempre que houver mais de um cromossomo X nas células, apenas um deles não será inativo, tornando possível a sobrevivência de indivíduos com 48 e até 49 cromossomos.
EX: Síndrome de Klinefelter
· Explicar como é feito o cariótipo e diferenciar normal e anormal 
O exame de cariótipo tem como objetivo a identificação e análise dos cromossomos e suas regiões. O teste é realizado a partir de uma cultura de células que possibilita a obtenção de metáfases (células em divisão) e posterior coloração dos cromossomos com bandeamento. Através das bandas cromossômicas é possível a identificação de aberrações cromossômicas numéricas e/ou estruturais, equilibradas ou desequilibradas, totais ou parciais. O cariótipo é recomendado para casais que procuram aconselhamento genético. Mesmo diante do desenvolvimento de exames genéticos complexos, de alta sensibilidade e especificidade, o cariótipo ainda é considerado o principal exame de triagem genética. Trata-se do ponto de partida no diagnóstico de malformações congênitas ou suspeita de síndromes e é essencial na determinação do tratamento e no prognóstico de muitas doenças onco-hematológicas. Isso se deve principalmente por permitir uma visão geral do genoma com um baixo custo, permitindo o diagnóstico ou direcionando para exames mais complexos que se façam necessários.
· Definir Síndrome de Turner
Síndrome de Turner é a anormalidade dos cromossomos sexuais mais comum nas mulheres, ocorrendo em 1 a cada 1.500-2.500 crianças do sexo feminino nascidas-vivas. A constituição cromossômica pode ser ausência de um cromossomo X (cariótipo 45,X), mosaicismo cromossômico (cariótipo 45,X/46,XX), além de outras anomalias estruturais do cromossomo X. 
As anormalidades típicas da síndrome de Turner incluem baixa estatura, disgenesia gonadal, pescoço alado, linha posterior de implantação dos cabelos baixa, fácies típica, tórax alargado com aumento da distância entre os mamilos, linfedema, cúbito valgo, tireoidite autoimune com ou sem hipotireoidismo, anormalidades renais, cardiovasculares e auditivas, além de deficiência cognitiva em algumas atividades, embora a inteligência média seja considerada normal. Baixa estatura é o achado mais comum da síndrome de Turner. Caracteristicamente há retardo leve do crescimento na fase intra uterina, redução progressiva da velocidade de crescimento durante a infância e marcada ausência de crescimento na fase puberal. Pacientes com síndrome de Turner não tratadas apresentam altura média na idade adulta de 136 a 147 cm4.
· Referências
Muluf, Sharbel; Riegel, Mariluce. Citogenética Humana, 2011
Ministério da Saúde, Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Síndrome de Turner
DLE, Genética Humana e Doenças Raras, Cariótipo - Citogenética

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