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1 Marcela Oliveira – Medicina 4ª semestre É causada devido a ingestão de agua e alimentos contaminados com o protozoário da Entamoeba histolytica. Após a ingestão dos cistos, esses vão passar por um processo de desencistamento e se transformar em trofozoitos. O trofozoito vai aderir as células epiteliais do intestino grosso, e nesse local ele vai liberar enzimas líticas, que ira destruir a mucosa. Nesta região vai começar a formar ulceras. No inicio vai ter uma reação inflamatória mais discreta, dependendo do tempo de infecção. Vamos visualizar regiões esbranquiçadas, que são ulcerações que vão receber a nomenclatura de “ulcera botão de camisa”, sendo locais de proliferação do trofozoito. Esse trofozoito fica aderido a mucosa e vai liberando as enzimas, destruindo as células, fazendo com que o parasite adentre no tecido. Na imagem, mostra a lesão já envolvendo a parte da submucosa. Podemos ver um infiltrado leucocitário devido ao processo inflamatório, com a migração das células de defesa para destruir os protozoários. Essas ulceras possuem a base larga e o colo mais estreito. 2 Marcela Oliveira – Medicina 4ª semestre Podemos ver o tubo digestivo com suas camadas. Ao se aproximar, podemos ver as criptas intestinais, a submucosa, no qual podemos identificar os trofozoitos. Eles podem ser confundidos com macrófagos, por ter um núcleo bem evidente. Ele pode ter entrado na região da submucosa por meio das criptas ou através das ulceras. É uma parasitose intestinal, decorrente da ingestão de agua e alimentos contaminados pelo protozoário da espécie Giardia lamblia. Após ser ingerido na forma de cisto, vai passar por um desencistamento no estomago, transformando-se em trofozoita. Esse trofozoita ou vai ficar na luz intestinal, livre, ou então aderido a superfície epitelial. Com essa adesão, a depender do numero de protozoários, pode interferir diretamente nas microvilosidades, podendo ser destruídas ou então formar um “tapete” dificultando a absorção de nutrientes. Podemos ver um infiltrado leucocitário que migra para essa região tentando destruir o parasito. Na imagem ao lado, podemos ver uma hiperplasia dos folículos de Galdi, sendo uma característica da giardíase crônica, hiperplasia do tecido linfoide, dificultando a visualização da delimitação desses folículos. 3 Marcela Oliveira – Medicina 4ª semestre A giárdia, não tem poder invasivo, diferentemente da amebíase. Podemos ver vários trofozoitos aderidos a mucosa intestinal, formando um “entapetamento”, que pode lesionar as microvilosidades, destruindo-as. Isso interfere na absorção intestinal. Essa imagem é do intestino delgado, no qual podemos ver uma vilosidade sendo afetada pelo “tapete” de giárdias. Na aproximação da imagem, podemos ver os trofozoitas livres. É uma helmintíase causada pelo Strongyloidíase stercoralis. Sua contaminação se dá pela penetração da larva através da pele. Após sua penetração, ela vai atingir o intestino delgado, onde irá se transformar em femeas partenogênicas, que irão produzir ovos que ficaram depositados na mucosa intestinal, na luz intestinal. Esses ovos se transformarão em larvas que irão ficar nessa luz intestinal. A maioria vai ser destruído pelo sistema imunológico. Nos pacientes imunocomprometidos, podem desenvolver a Hiperinfecção. No qual a população parasitária aumenta muito, resultando em uma obstrução intestinal. Essas larvas vão começar perfurar a parede intestinal, se instalando na mucosa. Podemos ver a larva na mucosa intestinal. Percebemos muitas células de defesa. Na outra imagem podemos ver a larva com um infiltrado leucocitário. 4 Marcela Oliveira – Medicina 4ª semestre É causada pelo Enterobius vermiculares, popularmente conhecida como oxiúros. A contaminação com os ovos, ocorre pelo contato de mãos contaminadas, ou pela ingestão de alimentos contaminados, superfícies contaminadas. Esses ovos são depositados na região anal, e causam muita coceira. Ao cocar, vai permitir a transmissão através das mãos. Uma vez ingeridos, esses ovos chegam a região intestinal, transformando-se em fêmeas e machos que acasalam e produz ovos. A femea gravida faz o oviposição na região anal, e a depender do tempo que eles ficam ali, eles podem eclodir migrando para o apêndice cecal, causando uma apendicite. Nessa apendicite, vai ocorrer um infiltrado inflamatório. O lúmen do apêndice fica dilatado com um processo inflamatório difuso. Na segunda imagem podemos ver uma femea, com bastante ovos, e ao redor um infiltrado leucocitário difuso. 5 Marcela Oliveira – Medicina 4ª semestre É causada pelo Schistossoma mansoni, ocorrendo a penetração da larva cercaria pelo pé em contato com agua contaminada. Ao entrar, ele sofre varias modificações até se formar o verme adulto, que se acasalam. Esses vermes vão habitar as veias mesentéricas superiores, e nessa região é onde vai ocorrer a eliminação dos ovos. Esses ovos atravessam a mucosa intestinal, uma parte vai ser eliminada com as fezes. Porem, uma parte deles, vão ser carregados pela circulação portal, ficando retidos em granulomas, principalmente no fígado, causando uma hepatoesplenomegalia. Nessa imagem vemos um granuloma na região intestinal, que é nada mais do que um acumulo das células de defesa ao redor do ovo do parasita para tentar destruí-lo. Essas células vão instalando ao redor, formando uma massa. Conforme vão agindo, gera uma região de necrose.
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