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PÓS-GRADUAÇÃO Gestão Ágil de Projetos PÓS-GRADUAÇÃO Fundamentos e contextualização de projetos nas organizações Bloco 1 Raquel Carnivalle S. Melillo Projetos • Projetos podem ser entendidos como empreendimentos, presentes no cotidiano das organizações, que irão resultar em produtos específicos, demandando esforços novos. Fonte: adaptada de ilyast/iStock.com; akindo/iStock.com; VectorFun/iStock.com. Figura 1 – Da ideia ao resultado Fundamentos e características dos projetos • Objetivos bem definidos. • Esforço temporário. • Comprometidos com a mudança. • Equipes competentes e habilidosas. • Recursos limitados. • Concomitantes com outros projetos. (MAXIMIANO, 2002; MENEZES, 2007; KERZNER, 2009). Fonte: Metamorworks/iStock.com. Figura 2 – Projetar Tipos de projetos • Tangível e qualificável: será criado um produto físico, um item ou componente específico, como um dispositivo novo, um aplicativo ou o motor de um veículo. • Intangível: decorrente da capacidade de realização de um serviço ou evento, como um trabalho acadêmico, a realização de um evento ou a implantação de um sistema de gestão. • Intangível: caracterizado pelo resultado final ou conceito inovador gerado, como uma fórmula, uma teoria ou um conhecimento novo. “Nenhum projeto pertence apenas a uma categoria. Todo projeto sempre combina elementos físicos, conceitos e serviços” (MAXIMIANO, 2002, p. 29). As organizações e os projetos Fonte: Andrii Panchyk/iStock.com. A ideia, geralmente, corresponde a 10% do projeto, no entanto, é a parte mais difícil e depende de conhecimento, criatividade e talento (MAXIMIANO, 2002). Em uma organização, a ideia pode vir de fontes externas ou internas, para atender demandas específicas do mercado ou realizar aprimoramentos. Figura 3 – Ideias inovadoras As organizações e os projetos Fonte: DrAfter123/iStock.com. Muitas são as demandas que levam ao desenvolvimento de projetos: evolução tecnológica, conectividade, competitividade de mercado, globalização etc. Empresas são impulsionadas a se atualizar, investir no novo, mudar, a criar projetos. Diferentes naturezas, complexidades, objetivos e sistemas de gerenciamento. Figura 4 – Origens dos projetos Características da gestão de projetos (KEELING, 2006). Fonte: Sirgunhik/ iStock.com. Fonte: erhui1979/ iStock.com. Fonte: bortonia/iStock.com. Fonte: cybrain/iStock.com. Objetividade e clareza Métricas fáceis Discrição e segurança Mobilidade Características da gestão de projetos Independência de gestão Fonte: wildpixel/ iStock.com. Estilo de liderança Fonte: metamorworks/iStock.com. Desenvolvimento pessoal Fonte: vchal/iStock.com. Fonte: DESKCUBE/ iStock.com. Cuidado com a equipe (KEELING, 2006). Metodologias • Uma metodologia de gerenciamento de projetos nada mais é do que o conjunto de práticas consolidadas e compiladas em um modelo, aceito por grupos ou entidades, que serve como ferramenta de orientação. • O importante ao escolher a metodologia é estudar as opções, experiências e consultar especialistas. • As organizações devem considerar seus recursos humanos, físicos, o timeline e as ferramentas que têm acesso para gerir o projeto. • Deve-se identificar o contexto em que o projeto se insere, e selecionar a melhor opção para geri-lo. PÓS-GRADUAÇÃO Fundamentos e contextualização de projetos nas organizações – Leituras e conceitos Bloco 2 Raquel Carnivalle S. Melillo Gerenciar projetos • Os projetos são os motores das mudanças (DINSMORE, 2003). • Novos esforços temporários, diferentes das rotinas e das atividades costumeiras. Apresentam começo, meio e fim; assim, obedecem um ciclo de vida (MAXIMIANO, 2014). • “A gestão de projetos é mais que meramente delegar atribuições de trabalho a indivíduos e esperar que, de alguma forma, eles alcancem o resultado desejado” (CLEMENTS; GIDO, 2013). • É entender as necessidades, o ciclo de vida, as interdependências e conexões e administrá-las da melhor maneira. Demanda estudos e preparo. Metodologias Fonte: TarikVision/iStock.com. • Ao desenvolver um novo esforço, há muitas atividades interconectadas e interdependentes. • O exemplo mais próximo é de quando você decide montar um equipamento ou objetivo novo que adquiriu sem o manual. • Um conjunto de instruções geralmente aceitas para servir de guia para a gestão das atividades do projeto se faz necessário. Figura 5 – Seguir as instruções Metodologias • O PMI é hoje a maior instituição em quantidade de membros, e seus objetivos envolvem desde a definição de padrões ao apoio profissional, com a condução de pesquisas e fornecimento de acesso às informações e recursos; ampara organizações e profissionais ao oferecer diferentes certificações (PMI, 2017). • A IPMA oferece apenas um tipo de certificação aos seus profissionais, mas em diferentes níveis, e é mais aceita e reconhecida, principalmente em países europeus, sendo que no Brasil é representada pela Associação Brasileira em Gerenciamento de Projetos (ABGP) (IPMA, 2006). Metodologias • A APM criou um novo modelo de gerenciamento de projetos que é baseado em quatro valores principais que irão ditar as diferenças metodológicas dentre as instituições: atender as mudanças constantes, entregar constantemente resultados, enfatizar um ambiente colaborativo e priorizar os indivíduos e suas interações (BECK, 2001). PÓS-GRADUAÇÃO Teoria em prática Bloco 3 Raquel Carnivalle S. Melillo Exemplo prático – Case Fonte: abluecup/iStock.com. • As organizações que buscam se diferenciar no mercado, passaram a investir em centros próprios de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e em parcerias com empresas que trabalham com inovação. • O grande impulsionador é a globalização que torna a área de P&D primordial para a inserção e perenidade no mercado. • No entanto, deixar de investir apenas nos processos e passar a pensar a longo e médio prazos em novas oportunidade e possibilidades de inovar, não é tão simples. • A estratégia de toda a empresa, sofre alterações, e algumas questões devem ser consideradas para que o ambiente organizacional comporte o novo centro de pesquisa. Figura 6 – Procurar respostas Exemplo prático – Case • Criar um PLANO DE NEGÓCIOS para a nova frente de atuação, com análises interna e externa, levantamento de possibilidades e ameaças para que seja criada independência que assegure a perenidade do centro. • Estruturar o formato JURÍDICO E FINANCEIRO para que seja possível adotar os recursos necessários para os projetos. • Contatar STARTUPS ou demais empresas que trabalhem com inovação para estabelecer parcerias. • Pesquisar TENDÊNCIAS e fontes de inovação, bem como oportunidades presentes em suas linhas. Exemplo prático – Case • Definir o SISTEMA DE GERENCIAMENTO de projetos a ser implantado com base nas análises realizadas e no cenário em que a organização se insere. • Seleção, contratação e treinamento de EQUIPES que contemplem as habilidades e competências necessárias ao centro, de maneira a integrar as equipes de desenvolvimento (importante selecionar recursos que conheçam a metodologia de projetos escolhida). • Desenvolvimento de sistemas de ACOMPANHAMENTO E CONTROLE, tanto para as equipes quanto para todas as atividades do centro de P&D. Exemplo prático – Case • Hoje, no Brasil, temos duas legislações de âmbito federal que contribuem e impulsionam a criação de centros de P&D. • A primeira é a Lei n. 10.973 de 2004, conhecida como Lei de Inovação, foi um verdadeiro marco legal da ciência, tecnologia e inovação ao estimular as parcerias entre instituições acadêmicas e o setor produtivo. • Já a segunda, conhecida como Lei do Bem, a Lei n. 11.196 de 2005, cria a concessão de incentivos fiscais às pessoas jurídicas que realizarem atividades de P&D. Exemplo prático – Case • Dessa maneira, incentivos decorrem de frentes diversas seja da demanda do cliente, da pressão do mercado, dalegislação vigente, ou de parcerias com outras empresas. E os resultados demonstram grandes ganhos: • Criação de novos produtos ou serviços em linhas existentes. • Diferenciação do sistema produtivo e criação de novas linhas. • Aperfeiçoamento de produtos e/ou serviços. • Aperfeiçoamento de processos. • Captação e aprimoramento de recursos físicos e humanos. • Destaque no mercado e geração de novas oportunidades de negócios. Exemplo prático – Case Note que neste exemplo, o enfoque foi a adoção de projetos pela criação de centros de P&D. Um exemplo mais contundente e que se torna cada vez mais constante no mercado. Vale destacar, no entanto, que muitas vezes estas atividades não são tão bem planejadas, e vão sendo inseridas aos poucos nas vidas das organizações, o exemplo prático justamente demonstra a importância de estudos prévios e preparação já que há muitas variáveis envolvidas. PÓS-GRADUAÇÃO Dica da professora Bloco 4 Raquel Carnivalle S. Melillo Dica da professora Ao decidir por implantar um sistema de gerenciamento de projetos em sua empresa, faça as seguintes perguntas: 1. Quais as metodologias mais comumente empregadas em meu setor de atividade? 2. Qual a natureza dos projetos que pretendo desenvolver? 3. Há profissionais com experiência de gestão de projetos dentre meus colaboradores? 4. Qual o relacionamento que pretendo manter com as partes interessadas e para quem seria realizado o projeto? 5. De quais recursos posso dispor e qual o tempo que pretendo dispender para o desenvolvimento dos projetos? Referências CLEMENTS, J. P.; GIDO, J. Gestão de Projetos. 2. ed. CENGAGE - CTP Nacional, 2013. BECK, Kent et al. Manifesto for Agile Software Development. 2001. DINSMORE, Paul C. Como se tornar um profissional em gerenciamento de projetos: livro-base de preparação para certificação PMP – Project Management Professional. Editora Qualitymark, Rio de Janeiro, 2003. Referências IPMA. Individual Competence Baseline: Version 3.0. International Project Management Association. 2006. KEELING, Ralph. Gestão de Projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2006. KERZNER, H. Project management: a systems approach to planning, scheduling, and controlling. 10. ed. New Jersey: John Wiley & Sons, 2009. Referências MAXIMIANO, A. Administração de Projetos: como transformar ideias em resultados. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. MAXIMIANO, A. Administração de Projetos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2014. MENEZES, Luís C. de M. Gestão de Projetos. São Paulo: Editora Atlas, 2007. Referências PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK). 6. ed. Newtown Square: Project Management Institute. 2017.
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