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Sarampo: doença infecciosa e contagiosa

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ESTHER ANDRADE | TURMA 85 | Fórum integrador IV 
INTRODUÇÃO 
Doença respiratória aguda infecciosa, 
grave (por conta da sua alta 
transmissibilidade) e extremamente 
contagiosa. 
Causada pelo vírus do gênero 
Morbillivirus e família Paramyxoviridae. 
O vírus é composto de um núcleo cápside 
helicoidal que tem um RNA e as proteínas 
polimerase e L. 
EPIDEMIOLOGIA 
É um vírus de ampla distribuição 
mundial, com sua incidência, evolução 
clínica e letalidade aparentemente 
influenciadas pelas condições 
socioeconômicas, além do estado 
nutricional e imunitário dos pacientes. 
Pode-se observar casos esporádicos 
durante todo o ano, mas no hemisfério 
sul é mais comum na primavera e verão. 
Essa epidemia ocorre, normalmente, de 4 
em 4 anos. 
O RETORNO DO SARAMPO 
Cobertura vacinal abaixo do esperado + 
casos importados (imigração, viagens ao 
exterior). 
Imunidade de rebanho: é muito 
importante, pois ao vacinar uma boa 
quantidade de pessoas, os indivíduos que 
por algum motivo não podem receber a 
imunização também são protegidos contra 
essa doença. 
OBS.: o movimento anti-vacina contribui 
bastante para o aumento da doença, pois 
quanto menos pessoas vacinadas, maior a 
circulação viral. 
PATOGENIA 
Colonização das vias aéreas superiores  
Replicação local no trato respiratório 
(epitélio da mucosa)  Disseminação 
linfática  Viremia  Disseminação 
ampla  Conjuntiva, trato respiratório e 
urinário, pequenos vasos sanguíneos, 
sistema linfático e nervoso central  
Células endoteliais infectadas pelo 
vírus mais células T  EXANTEMA 
Manifestações patológicas especiais: 
 Vasculites resultantes do efeito 
das citocinas. 
 Processos devidos à infiltração das 
células de Warthin-Finkeldey no 
trato respiratório, culminando em 
pneumonias intersticiais severas. 
 Lesões encefálicas ocasionadas, 
provavelmente, por reação 
imunológica. 
QUADRO CLÍNICO 
A evolução clínica é marcada por 3 
períodos bem definidos: 1- prodrômico ou 
catarral, 2- exantemático e 3- 
convalescença. 
Período prodrômico 
Duração média de 6 dias. 
Todas as mucosas são comprometidas, 
resultando em um cortejo de sintomas 
muito característicos pela manifestação 
clínica desse comprometimento. Surge 
febre até de 400C, acompanhada de tosse 
produtiva, conjuntivite e fotofobia. Em 
lactentes soma-se vômitos, dores 
abdominais e diarreia. 
Nas últimas 24h desse 
período aparece o Sinal 
de Koplik, que são 
pequenos pontos brancos 
na mucosa bucal, antes 
do exantema. -> sinal 
patognomônico. 
Período exantemático 
Nesse momento há uma piora de todos os 
sinais descritos, com prostração e 
quando o exantema que caracteriza o 
sarampo aparece em surtos sucessivos. 
Surgem manchas 
sobrelevadas, 
maculopapulares, de cor 
avermelhada e distribuição 
cefalo-caudal. 
A febre continua alta, com 
tosse, vômitos, anorexia e 
secreção purulenta dos 
olhos e nariz. Há aumento 
na produção de muco. 
 
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Período de convalescença 
Nesse período as manchas tornam-se 
escurecidas e surge descamação fina, 
lembrando farinha. 
O doente não apresenta mais febre, porem 
a tosse e a anorexia se mantêm por mais 
6-10 dias, podendo agravar-se a 
desnutrição, o que prejudica a 
recuperação. 
CASO SUSPEITO E NOTIFICAÇÃO 
Qualquer paciente com sinais sugestivos 
de sarampo e histórico vacinal 
incompleto, pensar em sarampo. 
SEMPRE FAZER UMA NOTIFICAÇÃO IMEDIATA 
PARA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. 
Condutas frente a um caso suspeito: 
preencher a ficha de investigação de 
doenças exantemáticas, coletar o sangue 
para sorologia, afastar o doente da 
escola, trabalho até o sétimo dia após o 
início do exantema, investigar histórico 
de deslocamentos até 30 dias antes do 
início e história de contato com outros 
casos suspeitos e realizar o bloqueio 
vacinal não seletivo frente a qualquer 
caso suspeito. 
DIAGNÓSTICO 
Sorologia com IgM reagente (ELISA) na 
fase aguda ou IgG na fase aguda ou após 
2 a 3 semanas. 
PCR até o 50 dia após o exantema. 
Exame hematológico no período de 
incubação ou prodrômico, achando 
leucocitose moderada com desvio à 
esquerda. 
TRATAMENTO 
Não há tratamento específico. Trata-se 
os sintomas. 
SOMENTE INTERNAR EM CASOS DE URGÊNCIAS. 
Vitamina A é uma forma de tratamento 
sintomatológico. 
VACINAÇÃO 
A vacina contra o sarampo é feita por 
vírus atenuado. 
Quem pode tomar? Todas as pessoas entre 
1 e 29 anos com 2 doses e intervalo 
mínimo de 30 dias entre elas. 
INFORMAÇÕES IMPORTANTES 
Transmissão: Ocorre de forma direta, por 
meio de secreções nasofaríngeas 
expelidas ao tossir, espirrar, falar ou 
respirar. 
Incubação: 10 dias até o sintoma e 14 
dias até o exantema. 
Transmissibilidade: 4 a 6 dias antes e 
depois do exantema. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
Algumas doenças possuem sinais e 
sintomas equivalentes ao sarampo, que 
são: Rubéola, dengue, enteroviroses, 
eritema infeccioso, zika... Todas essas 
doenças tem como característica o 
exantema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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