Prévia do material em texto
Larissa Irigoyen (T16A) ProfºCarolina Patologia II 1 Patologias das Mamas Células que revestem ducto terminal e lóbulos produzem leite. Estroma mamário (é o tecido encontrado ao redor da UDLT – unidade ducto lobular terminal) = Estroma interlobular e Estroma intralobular. - Estroma interlobular: é o tecido conjuntivo e adiposo que está entre os lóbulos - Estroma intralobular: é o tecido conjuntivo e adiposo que está em intimidade com o lóbulo, ou seja, fazem parte dele Lembrar que EDEMA é o acúmulo de líquido no interstício. Alterações cíclicas durante a vida reprodutiva: - Alterações acompanham o ciclo menstrual de forma semelhante ao endométrio - 1ºmetade do ciclo: lóbulos quiescentes = sem atividade. - Após a ovulação ocorre a proliferação e vacuolização das células endoteliais e estroma edematoso que pode gerar inchaço e dor nas mamas. Ocorre a involução caso ocorra a menstruacao. - Gestação: os lóbulos aumentam em número e tamanho se preparando para a produção de leite = hiperplasia sebácea das glândulas do mamilo formando as estruturas conhecidas como Tubérculos de Montgomery proteção da mama através de lubrificação para diminuir o trauma gerado na amamentação. - Involução após a menopausa: tem-se uma produção mínima de estrogênio. O estroma denso da mama jovem é substituído por tecido adiposo = LIPOSUBTITUICAO à mamografia é feita em mamas mais idosas porque o tecido adiposo é mais radio transparente que o conjuntivo permitindo visualizar lesões, na mama mais jovem faz-se ultrassom. ® Disfunções do desenvolvimento • Remanescentes das linhas mamárias: qtds acima do normal = supra mamária por não se ter involução que Larissa Irigoyen (T16A) ProfºCarolina Patologia II 2 podem desenvolver doenças e/ou disfunções. • Tecido mamário axilar acessório: carcinomas de mamas e mastectomias profiláticas. • Inversão mamilar congênita • Gigantomastia/ Macromastia • Reconstrução/ aumento das mamas Reação granulomatosa de tipo corpo estranho a silicone. Em casos de microrrotura, tem a liberação de quantidades pequenas de silicone para o meio externo, com englobamento por macrófagos ou células gigantes multinucleadas no processo inflamatório ao corpo estranho à Pode ainda haver o encapsulamento da prótese de silicone pela liberação de fibrina no processo inflamatório, que acaba por causar cicatrização ao redor da prótese com a deposição de colágeno. Principais sintomas relacionados: • Dor • Lesão palpável • Descarga papilar: saída de líquido pelo mamilo, sendo preocupante quando espontâneo e unilateral. o Galactorréia: saída de leite pelo mamilo com aumento da produção de prolactina. Ou seja, é uma secreção leitosa em mulher não gravida e que não está amamentando. o Tipos de secreção: água de rocha, sanguinolenta, purulenta e galactorréia. CARCINOMA = tumor maligno de tecido epitelial. Principais achados sugestivos de carcinoma: • Densidade: o adensamento do tecido mamário que não deveria ter uma maior densidade, sendo que as lesões neoplásicas geralmente são mais densas do que o tecido normal, podendo ocorrer em lesões benignas (fibroadenomas, cistos, carcinomas invasivos). O Carcionma in situ dificilmente se apresenta como densidade, ele é restrito a Larissa Irigoyen (T16A) ProfºCarolina Patologia II 3 mucosa/epitélio não rompe a membrana basal. • Microcalcificações o Carcinoma in situ: associadas com malignidade o Calcificações benignas: agrupamentos de cistos apócrinos, fibroadenomas e adenomas esclerosante. Calcificações grosseiras e difusas = “em pipoca”. ® Doenças inflamatórias da mama 1) Mastite aguda Lactação Processo inflamatório aguda superativo, ou seja, com pus, ocorrendo por fissuras ou fendas que se tem nos mamilos gerados pela boca do bebê e possui bactérias que entram em contato com essas fissuras causando a inflamação e tratando-se com antibióticos. Devido a dor a mãe para de ofertar essa mama para o bebê levando a drenagem inadequada do sistema em que se tem o acúmulo do leite com deposição de cálcio ou servindo de meio de cultura para bactérias. A drenagem do leite deve ser feita completamente e de forma constante para evitar esse acúmulo. 2) Mastite periductal/ abcesso subareolar recorrente Tabagismo Tem-se a formação de uma massa subareolar eritematosa e dolorosa, em que o epitélio escamoso estratificado queratinoso se estende mais profundamente que o usual (deixando de ficar apenas na parte mais superficial). Com isso, a queratina é produzida pelas células e entope o canal, ficando retida e impedindo a passagem da secreção produzida pelos lóbulos com uma dilatação que pode causar um rompimento e, ao mesmo tempo, propiciando uma infecção por microrganismos por se tratar de um meio de comunicação com o meio externo; Tratamento: exérese/retirada do ducto envolvido e do trato fistular associado. Mesmo após o tratamento, pode acometer outros ductos, por estar relacionada ao tabagismo. Larissa Irigoyen (T16A) ProfºCarolina Patologia II 4 3) Mastite granulomatosa Formação de granulomas nas mamas, normalmente associada a doenças granulomatosa sistêmicas como Wegener e sarcoidose, ou também por doenças infecciosas com microbactérias e fungos. 4) Necrose gordurosa Necrose da gordura da mama = Esteatonecrose. Associada ao trauma ou cirurgia previa. Apresenta-se na forma de uma massa palpável, indolor, espessamento, retração cutânea, densidade mamográfica ou calcificações mamográficas (debree necrótico). Histologicamente, observa-se que os adipócitos estão sem núcleos e aglomerados, sem alguma delimitação. Ao redor, se tem macrófagos e células gigantes multinucleadas que fagocitam (macrófagos xantomizados) os lipídios liberados pela necrose dos adipócitos. 5) Mastopatia linfocítica Associada a Diabetes tipo I e doenças da tireoide (doenças endócrinas). Massas palpáveis, duras, múltiplas ou únicas que são tão duras que pode ser difícil biopsiar (fibrose tão densa com muito colágeno). 6) Ectasia do Ducto Mamário Mulheres que amamentaram algumas vezes à 50 ou 60 anos. Não associada ao cigarro. É apresentada como uma massa periareoar palpável pouco definida e retração cutânea. Resulta do processo de proliferação e involução que essa paciente passa a cada amamentação, causando distorções na arquitetura, dilatando um sistema ductal. Ocorre um espessamento da secreção que contém macrófagos com lipídios. ® Lesões epiteliais benignas 1) Alterações fibrocísticas da mama Larissa Irigoyen (T16A) ProfºCarolina Patologia II 5 Tem áreas fibrosas e com presença de cistos. • Cistos • Fibrose • Adenose 2) Lesões epiteliais/fibroepiteliais proliferativas SEM atipias Não são lesões pré-neoplásicas. • Hiperplasia ductal usual: ocorre uma hiperplasia usual no ducto, não atípica. O epitélio do ducto apresenta mais de 2 camadas de células (geralmente são duas, sendo uma cuboidal e outra basal com células mioepiteliais com características contráteis pelas fibrilas). Mais de 4 camadas: hiperplasia ductal usual moderada ou florida É uma hiperplasia ductal usual florida (possui mais de 4 camadas). Na neoplasia, as células possuem um material genético igual, porém, possuem um pleomorfismo (formas diferentes e deformadas). A mama possui um polimorfismo em casos benignos e, casos malignos, são apresentados pelo monomorfismo (=clonalidade) • Adenose esclerosante: ocorre um aumento do número de ácinos por ducto terminal, mantendo-se a organização lobular. CIST O ADENOSE FIBR OSE Larissa Irigoyen (T16A) ProfºCarolina Patologia II 6 • Lesão esclerosante complexa (cicatriz radiada): são diagnósticos diferenciais de carcinomasinvasivos sendo bastante confundidos. Se apresenta como um adensamento com microcalcificações na mamografia à necessário biopsia. Possui lesões estreladas (cicatriz radiada) e ninho central de glândulas em estroma hialinizado. • Papilomas: Apresentam centros fibrovasculares, com ramificações revestidos por células epiteliais e mioepiteliais. São benignas sem invasão no estroma. • Fibroadeomas: frequentes em mulheres jovens. Lesões bem delimitadas com proliferação do componente epitelial e estromal, sem atipias, podendo ser únicos ou múltiplos. 3) Lesões epiteliais/fibroepiteliais proliferativas COM atipias São lesões pré-neoplasicas • Hiperplasia Ductal Atípica: é presente uma proliferação com 3+ camadas de células, com polimorfismo, ocupando toda a luz do sistema ductal (lúmen arredondado) e em monomorfismo. Lesão limitada ao epitélio, ou seja, não rompe a membra a basal. Larissa Irigoyen (T16A) ProfºCarolina Patologia II 7 Os núcleos possuem uma coloração mais escura, com um mesmo tamanho e monomorfismo. • Hiperplasia lobular atípica: semelhante ao carcinoma lobular in situ, entretanto sem aspectos qualitativos e quantitativos para fechar o diagnostico de carcinoma. A proliferação celular não preenche ou distende mais que 50% dos ácinos dentro de um lóbulo. Se for mais que 50% é um carcinoma lobular in situ. ® Carcinoma de mama Trata-se de uma neoplasia maligna de origem epitelial. Sabe-se que “adenocarcinoma” é uma neoplasia maligna de origem epitelial glandular. Como a mama é formada por epitélio glandular, todo carcinoma de mama é um adenocarcinoma. Hereditário: mutação nos genes BRCA1 e BRCA2, esses genes atuam como supressores tumorais, logo a sua mutação impede que isso ocorra e perde sua capacidade de acao, havendo maiores mutações. Carcionoma Ductal in situ É um carcinoma que é originado a partir do epitélio do ducto e que está delimitado pela membrana basal. Larissa Irigoyen (T16A) ProfºCarolina Patologia II 8 Células mioepiteliais estão conservadas, mas diminuídas em número, indicando que houve ruptura da membrana basal e interação com a MEC. Padrões: 1. Comedocarcinoma 2. Não comedocarcinoma: 3. Doença de Paget: trata-se de uma erupção eritematosa unilateral com crosta, apresentando prurido intenso. As células malignas estendem-se do ducto até a pele do mamilo. Carcinoma Lobular in situ Ele é originado a partir do componente lobular da mama. Presença de células em anel de sinete = MUCINA. São as células do lóbulo que possuem a secreção, ou seja, o leite . Carcinoma Invasivo Tem-se a ruptura da membrana basal e interação das células neoplásicas com a matriz extracelular. • De tipo não especial • Lobular (carcinoma lobular invasivo). Não tem fibrose ao redor Larissa Irigoyen (T16A) ProfºCarolina Patologia II 9 • Com características medulares • Mucinoso (colóide) • Tubular • Papilar • Metaplásico ® Tumores estromais da mama 1. Fibroadenoma Não é maligno Surge do estroma intralobular Lesões circunscritas, móveis, firmes e elásticas 2. Tumor filoide: benigno, malignou ou Borderline 3. Sarcomas: Larissa Irigoyen (T16A) ProfºCarolina Patologia II 10 São tumores do tecido conjuntivo extrínseco da mama Mama Masculina ® Ginecomastia Trata-se do crescimento subareolar semelhante ao botão mamário. ® Carcinoma da mama masculiana É muito raro Mutacao no BRCA1 deve ser pesquisada em todos os parentes de primeiro grau