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Pacientes com fraturas pélvicas + hipotensão, possuem alta mortalidade. Quando está associadas a hemorragia, normalmente ocorreu rompimento do complexo ligamentar ósseo posterior (acroilíaca, sacro-espinhal, sacrotuberosa e assoalho pélvico fibromuscular). FRATURAS ESTÁVEIS: Anel Pélvico alinhado e Abertura da Sínfise Púbica < 2,5 cm. FRATURAS INSTÁVEIS: Anel Pélvico deformado ou Abertura da Sínfise Púbica > 2,5 cm. Tipos As fraturas pélvicas são resultado de forças compressivas externas, que podem agir na pelve em três direções: Anteroposterior (AP), Lateral (L) e Vertical (V). COMPRESSÃO AP: associada a motocicleta ou acidente com colisão frontal. Este mecanismo produz rotação externa do hemipélvis com separação da sínfise púbica e ruptura do complexo ligamentar posterior. O anel pélvico rompido se alarga, rasgando o plexo venoso posterior e ramos do interno sistema arterial ilíaco. A hemorragia pode ser severa e com risco de vida. Consiste na condição mais grave. São conhecidas como fratura do “livro aberto”. COMPRESSÃO LATERAL: Envolve uma força lateral a pelve. Nesse tipo, a metade da pelve, gira internamente durante a compressão, reduzindo o volume pélvico e a tensão das estruturas vasculares. Isso pode causar lesões na bexiga e/ou uretra. Raramente resulta em morte, mesmo em caso de hemorragia, com exceção nos idosos, que podem sangrar significamente após o trauma. CISALHAMENTO VERTICAL: Ocorre uma força de cisalhamento de alta energia que culmina no deslocamento vertical da articulação sacroilíaca. Isso interrompe os ligamentos sacroespinhosos e sacrotuberosos, podendo interromper a vasculatura ilíaca e causar hemorragia grave. Avaliação Na avaliação do politraumatizado, a fratura d epelve deve ser suspeitada em todos com instabilidade hemodinâmica importante ou que apresente contusão e equimose de região pélvica e períneo. Outros achados: - Discrepancia no tamanho dos MMII - Um dos membros com rotação lateral - Uretrorragia, metrorragia e sangramento retal O exame primário é o raio-x que identifica a fratura com clareza e permite o planejamento terapêutico. Pacientes estáveis são submetidos à TC que também avaliará lesões associadas. Tratamento Inicialmente deve-se tratar o choque hipovolêmico decorrente da hemorragia e conter a mesma. A hemorragia é contida com a estabilização mecânica do anel pélvico e a contrapressão externa. Assim, o médico pode imobilizar a pelve do paciente, contendo o 1º coágulo, que ira estancar a hemorragia, e impedindo que a pelve se movimente, causando dor e progressão da lesão. Em casos de lesões por cisalhamento vertical, tração longitudinal aplicada através da pele ou esqueleto também pode ajudar a fornecer estabilidade. A embolização angiográfica é empregada em casos de hemorragia arterial relacionada a essas fraturas, que não cessam e causam um choque prolongado e não responsivo. Quando não está disponível ou será retardada, pode ser substituída pelo empacotamento pré-peritoneal. Como a fratura pode causar lesão de alguns órgãos, o FAST ou o DPL é realizado na sala de trauma em busca de sangue intra- abdominal. Caso o exame seja positivo, o doente é submetido a laparotomia, seguida por fixação da pelve. Fraturas estáveis não são abordadas cirurgicamente, sendo tratadas com repouso. As fraturas instáveis necessitam de tratamento cirúrgico, com uso de fixador externo anterior, associado ou não à fixação interna. Trauma Pélvico
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