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Mairla Tabosa de Oliveira │ Medicina Veterinária │ 6º semestre │ Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos 
 
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Etiologia 
•Esta enfermidade é o resultado da interação de duas 
bactérias: 
•Fusobacterium necrophorum: bastonete altamente 
filamentoso, gram-negativo, anaeróbico, três biovares (A, 
B, C), comum do trato gastrointestinal 
•Dichelobacter nodosus: bastonete gram-negativo, 
anaeróbico, fimbriado. Anteriormente denominado 
Bacteroides. É um parasita obrigatório dos tecidos 
epidermais do casco de ruminantes 
 
Patogenia 
- Inicia com a presença dos agentes e dos fatores 
predisponentes; 
- o excesso de umidade, por exemplo, leva a uma 
hiperqueratose, com maceração e espessamento da pele 
interdigital; 
- o F. necrophorum, presente nas fezes, se instala e 
produz uma leucocidina; 
- o D. nodosus, presente no casco, produzem proteases 
(hidrolisam a elastina, colágeno tipo II, queratina, entre 
outras) que, sinergicamente com o F. necrophorum, levam 
ao "apodrecimento" do casco e seu descolamento 
 
Epidemiologia 
- clima quente (temperado, acima de 10°C) e muito úmido; 
- lesões de casco: penetração da forma larvária de 
parasitas (Strongyloides), terrenos acidentados, 
pedregosos; 
- pastagens altas, solos cultivados; 
- todas as idades são suscetíveis 
• o D. nodosus, o principal agente, não permanece mais do 
que duas semanas na pastagem. 
 
 
Sinais clínicos 
• Forma virulenta: tumefação da pele interdigital, que 
progride a uma necrose que vai invadindo o casco, levando 
a secreção sem abcedação, o casco parece soltar-se. 
• A contaminação secundária pode levar à inflamação em 
todo o membro. A claudicação, em graus variados, está 
sempre presente, podendo chegar a caminhar de joelhos 
ou permanecer em decúbito. 
 
Diagnóstico 
• O diagnóstico é feito baseado nas manifestações clínicas 
e no isolamento, principalmente, de D. nodosus a partir 
secreções da região interdigital. 
 
Tratamento 
• sulfato de zinco associado a um detergente aniônico 
(facilita a penetração do agente). 
• O tratamento parenteral é feito por meio de antibióticos, 
cujos indicados são a penicilina e a eritromicina. 
 
Controle e profilaxia 
• Redução do nível de D. nodosus no ambiente - faz-se, 
ao nível de animais portadores, pelo tratamento dos 
afetados e carreadores, pela vacinação, segregação e 
descarte; e, ao nível de pastagem, pelo uso de pastagens 
limpas e rodízio. 
 • Aumentando a resistência dos indivíduos, pela vacinação 
e seleção. 
• Diminuindo a suscetibilidade dos cascos, pela apara dos 
cascos. 
 • Fornecendo condições ambientais que limite o 
desenvolvimento e disseminação da doença, usando 
terrenos bem drenados, e camas adequadas. 
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