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NORMAS DE PREPARO 2

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NORMAS DE PREPARO DA EQUIPE CIRURGICA, 
DO PACIENTE CIRURGICO E DO CAMPO 
OPERATÓRIO 
 Todo ato cirúrgico é uma agressão ao organismo, de 
intensidade variável de acordo com a extensão e 
gravidade da intervenção. 
 Os perigos variam com uma série interminável de 
circunstâncias ligadas: 
 A gravidade da operação em si 
 Ao operando (suas lesões e miopragias* diversas) 
 Ao médico, com seu preparo técnico, sua 
responsabilidade e experiência 
 Ao próprio ambiente ou meio cirúrgico, com suas 
facilidades e deficiências de instalações e de 
equipamentos hospitalares. 
*Miopragia: Diminuição da capacidade funcional de um 
órgão em consequência de lesão. 
 O homem vive em simbiose com microrganismos, nas 
floras normais do corpo -> a boca, a faringe, o intestino, 
a pele e os órgãos geniturinários externos. 
 Floras mais ou menos constantes -> evidencia o estado 
de equilíbrio entre o ser superior e esses 
microrganismos. 
 Uma relação simbiótica (Relação mutuamente vantajosa 
entre dois ou mais organismos vivos de espécies 
diferentes) e saprofítica (Seres vivos sem clorofila que 
obtêm os seus nutrientes a partir de tecidos, mortos 
e/ou em decomposição, de plantas ou animais). 
 Desequilíbrio entre esses indivíduos altera o tipo de 
interdependência. 
 Ex.: E. coli – Componente da flora normal do intestino 
que, ao se localizar no aparelho urinário, pode se tornar 
maléfica. 
 É esse tipo de associação entre o homem e um 
microrganismo (bactérias, fungos ou vírus), no qual o 
homem é o hospedeiro, que se dá o nome de infecção. 
Patogenicidade 
 Capacidade do microrganismo de produzir malefícios 
ao homem. 
 De todas as variáveis, a mais constante e atualmente a 
mais temida é a INFECÇÃO 
 A infecção pode se instalar no indivíduo, seja por fontes 
de contaminação extrínseca (fontes externas de 
contaminação) ou intrínseca. 
 Os germes das fontes de contaminação poderão 
infectar a ferida operatória, quer por via direta, quer 
por via indireta. 
 
 
Contaminação por via direta 
 Disseminação por portadores de processos patológicos 
ativos, através do contato direto com o receptor, 
transmitindo microrganismo a partir da face, da pele, 
vias respiratórias, intestinais, genitais, ou através de 
qualquer outra lesão em atividade, como um furúnculo 
ou ferida contaminada, etc. 
Contaminação por via indireta 
 Implica trajeto tríplice: parte do portador ou da lesão 
ativa, e através de um terceiro elemento, transmite-se 
ao receptor. 
 O veículo pode ser o ar, poeira, roupas, utensílios, 
insetos, etc. 
ASSEPSIA 
 Manobra realizada com o intuito de manter o doente e 
o ambiente cirúrgico livres de germes. 
 Deve-se, o quanto possível, manter livre de germes o 
doente, a equipe cirúrgica e o ambiente. 
ANTI-SEPSIA 
 Destruição dos germes. 
NORMAS DE PREPARO DO PACIENTE CIRÚRGICO 
Cuidados para com o doente 
 Muitos são os fatores ligados ao doente que influem na 
maior ou menor possibilidade de contaminação: 
 Idade tem sido considerada predisponente 
(infância e velhice) 
 Alterações metabólicas ou de nutrição 
 Tratamentos prolongados com esteroides 
 Duração da hospitalização 
 Tempo de cirurgia 
 Contaminação ambiental 
 Uso de drenos ou sondas 
 Tamanho da incisão 
 Banho geral, com lavagem de cabeça, axilas e 
genitais (véspera) 
*** Banho no dia da cirurgia tem sido contraindicado por 
aumentar a difusão de germes (Com uso de detergentes, a 
gordura existente na pele é removida e há descamação 
acentuada, veiculando maior quantidade de germes). 
 Troca-se a roupa pessoal e de cama 
 Uso de avental descartável de papel sobre a 
roupa de uso normal 
 Retirada de acessórios, próteses dentárias, 
esmalte, batom, maquiagem, etc. 
 Tricotomia (raspagem de pelos): 
 Deve ser feito no dia do ato cirúrgico ou no 
próprio centro cirúrgico, preferencialmente 
 Cuidado especial deve ser dispensado à limpeza 
e esterilização do aparelho de tricotomia 
(navalhas, giletes) 
 Introduzir o doente na sala de cirurgia sem os 
lençóis e cobertores com que saiu da enfermaria 
ou do quarto 
Cuidados com o campo operatório / local da cirurgia 
 Lavar cuidadosamente (10 minutos) o local a ser 
operado com sabão detergente antisséptico com 
formulações a base de hexaclorofeno ou gluconato de 
cloro-hexidina; 
 Segue-se a antissepsia com álcool, mertiolate ou 
similar; 
 Bom antisséptico é a solução de álcool iodado, porém 
com possibilidade de desencadear processos alérgicos 
na pele. 
 Na prática: 
a) Degermação: Solução detergente a base de 
gluconato de cloro-hexidina a 4%; 
Anti-Sepsia: Gluconato de cloro-hexidina – 
Solução alcóolica a 0,5% ou tópica a 0,2%; 
b) Degermação: Solução detergente de PVPI a 10%; 
Anti-Sepsia: Solução de PVPI (Polivinil-pirrolidona 
iodófora) a 10% ou álcool iodado a 0,5% e 1%; 
 Anti-sepsia do campo operatório: 
 Uso de Soluções de PVPI ou Gluconato de 
clorohexidine, com gaze, delimitando a área a ser 
operada; 
Cuidados da Equipe Cirúrgica 
 Precisa se adaptar a regime de absoluta assepsia 
(representa papel ímpar na gênese das infecções 
adquiridas). 
 Relação direta entre pessoal e infecção tem sido 
relatada. 
 O controle deve sempre ser feito principalmente com 
referência a trato respiratório, pele e períneo 
(Incidências variáveis de S. aureus coagulase-positivas 
entre pessoas de centro cirúrgico). 
 Deve sempre ser vedada a entrada de pessoas 
(médicos, enfermeiros, estudantes, etc.) com lesões 
abertas no centro cirúrgico. 
Preparo da equipe cirúrgica 
Roupas 
 As roupas rotineiras devem ser trocadas antes de 
adentrar o centro cirúrgico, por calça e blusa 
esterilizadas. 
 
Gorros e toucas 
 Devem cobrir todo o cabelo, ser de tecido compacto e 
tamanho suficiente para cobrir totalmente a área pilosa 
da cabeça. 
Máscaras 
 Seu uso generalizou-se logo após sua instituição por 
Von Mikulicz-Radecki (1886). 
 Deve abranger boca e nariz. 
 Mascaras impermeáveis são desaconselhadas. 
 Máscaras com dupla gaze de algodão com 12 tramas 
por cm² têm-se demonstrado satisfatórias . 
 
 
 
 
 
Mãos 
1. Antes de iniciar a lavagem, cortar, se necessário, as 
unhas e limpá-las 
2. Escovar rigorosamente, por pelo menos 7 minutos, com 
antisséptico e água corrente (todas as partes das mãos e 
antebraços devem ser escovadas) 
3. Retirar a espuma várias vezes 
4. Enxugá-las com toalha esterilizada, para remover a 
água e vestígios de sabão residual, sob pena de 
enfraquecer a solução antisséptica 
5. Imergir as mãos e antebraços em recipiente com álcool 
a 95% para completar a remoção de água da pele 
6. Imergir as mãos e antebracos em álcool 70% durante 3 
minutos 
7. Enxugar com toalha esterilizada, colocar avental e luvas 
Aventais 
 O uso de aventais foi proposto por Neuber (1882); 
 Têm sido utilizados aventais de algodão com tramas 
densas e fibras longas, algumas impermeáveis à água, 
mas não ao vapor; 
 São recomendáveis os aventais que têm possibilidade 
de oclusão nos punhos, tornozelos e golas, possuam 
malhas densas, com poros de 10 micra e sejam 
hidrófilos para reduzir a disseminação, sem serem 
impermeáveis ao vapor; 
Luvas 
 Foram introduzidas por Halsted (1889), no entanto, 
somente após trabalhos de Bloodgood (1894) seu uso 
foi totalmente aceito; 
 CUIDADOS
1. Trocar repetidamente durante as operações duradouras 
(a eficiência decresce após ser usada por alguns 
 minutos).
2. Colocar junto a face, de modo a melhor filtrar o ar 
 eliminado;
3. Evitar a expiração forçada – tosse, espirro, assim como a 
 fala.
4. Nunca sair da sala de operação com máscara.
 Embora a proteção conferida pelas luvas seja realmente 
importante, muitas infecções são causadas por furos 
eventualmente não percebidos, como facilmente 
ocorrem em operações torácicas, ortopédicas ou 
neurológicas; 
 A importância desta fonte decontaminação é avaliada 
quando se lembra que a flora permanente aumenta 
rapidamente no ambiente úmido e quente das mãos 
enluvadas; 
 Período de troca: De modo geral, a cada 2 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
Antissépticos líquidos 
Sabões 
 Sais de sódio ou de potássio de ácidos graxos de cadeia 
longa. 
 Atividade bacteriana e bacteriostática especialmente 
contra bactérias Gram-positivas e bacilos álcool-ácidos 
resistentes. Não atua contra bactérias Gram-negativas. 
 Atividade virucida é mínima. 
 Ação irritante para a pele é mínima, sendo por isto 
empregados para a escovagem de mãos e preparo da 
pele na área cirúrgica. 
Álcool Etílico 
 O álcool etílico (70 a 90%) é o mais eficaz dos 
antissépticos. 
 Barato, não irritante para a pele e completamente 
inócuo para o organismo. 
 Ação antisséptica se deve à atividade que exerce sobre 
as proteínas desnaturando-as. 
 Desvantagens: Nenhuma atividade residual e o uso 
contínuo na pele torna-a muito seca. 
Compostos halogenados 
 Tintura de Iodo: 
 Tintura de iodo (1% a 2% de iodo e iodeto de 
potássio em álcool a 70%). 
 Um dos mais potentes e rápidos bactericidas. 
 Apesar de irritante é o melhor antisséptico para a 
pele integra. 
 Germicida de largo espectro, eficaz mesmo contra 
germes anaeróbios esporulados e fungos. 
 Deve-se ter cuidado ao aplicá-lo a áreas extensas 
da pele, assim como em alérgicos. 
 Soluções mais concentradas podem até produzir 
sérias queimaduras 
 O iodo elementar tem sido usado em união a 
moléculas de polivinil-pirrolidona (iodóforos) – 
PVPI a 10% 
 Este atua como elemento solubilizante formando 
um complexo facilmente dissociável quando em 
contato com a pele ou com água, liberando 
lentamente o iodo 
 Não apresenta o incoveniente das reações 
alérgicas. 
 Pouca ação residual. 
 Cloro 
 Combina-se com a água para formar acido 
hipocloroso (HOCL), sendo forte agente oxidante 
e bactericida de ação rápida. 
 Seu derivado, o hipoclorito de sódio a 0,5% em 
solução aquosa (líquido de Dakin), foi e é 
amplamente usado como antisséptico em 
curativos e mesmo em extensos ferimentos. 
 É necessário, para maior atividade, que a solução 
seja recentemente preparada e trocada a cada 2 
horas ou então ministrada por irrigação contínua. 
 Hexaclorofeno 
 Composto bifenólico clorado com forte ação 
bacteriostática. 
 Eficaz contra bactérias Gram-positivas, 
especialmente estafilococos. 
 Seu resíduo é resistente à remoção durante vários 
dias. 
 Cloro de benzalcônio: 
 Composto orgânico amoniacal quaternário, ativo 
contra bactérias Gram-positivas e Gram-
negativas, alguns fungos e certos protozoários. 
 Gluconato de Cloro-Hexidina 
 Com pH entre 5 e 8 é muito ativo contra germes 
Gram-positivos, negativos e fungos. 
 Função esporicida apenas a elevadas 
temperaturas. 
 Ótima atividade residual e mais eficaz que os 
iodóforos. 
 Todas as considerações feitas anteriormente são de suma 
importância para realização asséptica do ato cirúrgico. 
 Nunca esquecer que sem técnica apurada, hemostasia 
cuidadosa, emprego de fios adequados e mínimo de 
traumatismo tecidual, não se conseguem bons resultados 
em cirurgia. 
 Sobretudo, nenhum resultado será obtido se não houve 
educação orientada para os perigos e causas da 
contaminação. 
 
 Os referidos halogenados têm sido recomendados 
para a lavagem e escovagem das mãos pré-
operatoriamente. 
Agentes Oxidantes 
 Peróxido de hidrogênio, água oxigenada, a 10 ou 20 
vol.: 
 Não deve ser indicado ou recomendado como 
antisséptico por ser ineficaz. 
 O permanganato de potássio (KMnO4): 
 Fraco agente bactericida, é usado na diluição de 
1:1.000 e 1:10.000 para irrigações vesicais ou para 
embeber compressa em úlceras crônicas da pele. 
Íons Metálicos 
 Cloreto de mercúrio e nitrato de prata (muitos usados 
antigamente) estão abandonados porque irritam a pele 
e não são eficazes desinfetantes. 
 Os mercuriais orgânicos (Mertiolate) são menos 
populares hoje. 
 Sua avaliação como antissépticos é bastante difícil. Sua 
atividade resulta da afinidade que certas proteínas têm 
por estes íons, o que faz com que bactérias captem 
grande quantidade de íon a partir de soluções muito 
diluídas. 
Formaldeído 
 Em solução aquosa a 37% (formalina) é pouco usada em 
cirurgia a não ser para a anti-sepsia do ar ambiental. 
 Vaporização do gás se faz ao misturá-lo ao 
permanganato de potássio. No entanto, extremamemte 
irritante para os olhos e venenoso – Menos difundido. 
 Na forma sólida (triximetileno) em pastilhas é muito 
usado para a esterilização de aparelhos com motor 
elétrico (serras, trépanos, etc.) 
Antissépticos voláteis 
Óxido de etileno (C2H4O) 
 Substância altamente explosiva. 
 Só deve ser manuseada com equipamento próprio e 
com pessoal treinado. 
 Geralmente é utilizado na forma de misturas. 
 Mistura de oxido de etileno a 11% em Freon - Cryoride 
é preferível por ser mais facilmente manuseável. 
 Usados em Câmaras para esterilização. 
Óxido de propileno (C3H6O) 
 Menos eficiente que o óxido de etileno. 
 Menos explosivo que o óxido de etileno. 
 Tem sido empregado na esterilização de material cirúrgico de 
pequeno porte. 
 O aparelho para seu emprego é mais simples. 
 
 
 
NORMAS DE PREPARO DO MATERIAL CIRÚRGICO 
Esterilização do material cirúrgico 
 A esterilização em conceito absoluto seria o processo 
que garante a completa ausência de vida sob qualquer 
forma. 
 Feita por métodos que empregam o calor e as 
radiações. 
 Antes da esterilização propriamente dita, 3 princípios 
são observados: 
1) Intrumental deve possuir o menor número possível 
de microorganismos; 
2) Todas as suas partes componentes devem estar 
dispostas de forma a serem facilmente acessíveis 
ao agente esterilizante; 
3) O empacotamento: Realizado de tal maneira que 
a esterilização seja mantida até o uso dos 
instrumentos. 
 Baseados nos 3 princípios, a limpeza prévia do material 
cirúrgico é realizada; 
 São 2 os processos de limpeza do instrumental: 
 Manual -> Instrumentos lavados em água fria, com 
detergente, escovando-se cada instrumento com 
escova rígida sob água corrente. 
 Por Ultra-Som -> a limpeza decorre do efeito 
produzido pela passagem de alta frequência na 
água 
 
 
 
 
 
 Processo de esterilização depende de duas 
características: 
1) Poder esterilizante e tempo de ação 
2) Quanto maior o poder, menor o tempo e vice-
versa 
 Tempo de ação: 3 fases 
 Tempo de penetração: Período exigido para que todo 
material atinja a temperatura adequada para 
esterilização; 
 Tempo de manutenção: Período em que a temperatura 
é mantida para que se consiga completa esterilização; 
 Tempo de segurança: Acrescido aos anteriores para 
completar o processo. 
Os antissépticos voláteis, em especial o óxido de etileno, 
são usados para esterilização de material não 
autoclavável: Seringas e sondas plásticas. 
 
Ocorre em 3 fases: 
1) Imersão dos instrumentos no tanque com água e 
detergente (umidificante); 
2) Acão da alta frequência, de 18 a 20 mil ciclos/segundo; 
3) Remoção de detritos pela água. 
**Lubrificação do material é proibida. Exceção, feita com 
silicone líquido lubrificante. 
 
 
Calor Seco 
 Atividade letal do calor seco sobre os microrganismos 
se deve a oxidação do protoplasma celular 
1) Fornos: 
 Processo eficiente 
 Por não ser tão penetrante como o calor úmido, requer 
o uso de temperaturas muito elevadas e tempo de 
exposição muito prolongado 
 Temperaturas muito elevadas podem danificar o 
instrumental 
2) Estufas: 
 Processo semelhante aos fornos. 
3) Infravermelho: 
 Alguns sistemas de fornos utilizam do aquecimento por 
radiação infravermelha 
 Método mais rápido 
4) Flambagem: 
 Não deve ser empregada. 
 Danos causados ao instrumental e não confere 
segurança completa de esterilização.Calor Úmido 
 Age coagulando as proteínas celulares 
 A temperatura de coagulação depende da quantidade 
de água existente nas células. 
1) Fervura: 
 Apesar de amplamente utilizado, não é recomendável, 
uma vez que apresenta resultado incerto, mesmo após 
longo período de fervura. 
 Razões: 
 Ação esporicida não conseguida no tempo usual; 
 Os instrumentos de corte são danificados pela 
turbulência da água em fervura e pelo oxigênio; 
 A simplicidade do processo leva a enganos nas 
marcações de tempo e gera displicência; 
 A contaminação, após o término do processo, é 
geralmente alta. 
2) Vapor Sob Pressão 
 É o procedimento mais difundido e aceito para que se 
obtenha boa esterilização 
 Efeito letal: Temperaturas de 120°C e 132°C, sobre 
pressões respectivas de 775 a 1.400 mmHg 
 Emprego do vapor sob pressão é realizado em 
AUTOCLAVES HORIZONTAIS 
 Autoclaves: Câmara interna (colocado material a ser 
esterilizado) e Câmara externa (câmara de vapor), 
havendo espaço entre ambas (Circulação de vapor) 
 Tempo de esterilização: Aproximadamente 2 horas 
(Tempo de penetração: 60 min / Tempo de 
manutensão: 15-30 min / Tempo de esfriar e secagem 
do material: +- 30 min.) 
FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES DE CADA ELEMENTO DA 
EQUIPE CIRÚRGICA 
 ATO CIRÚRGICO -> Trabalho ordenado, realizado em 
EQUIPE, onde cada qual tem suas incumbências 
definidas, sem exorbitâncias nem omissões. 
 EQUIPE CIRÚRGICA -> Formada pelo cirurgião e seus 
colaboradores. 
Cirurgião 
 Principal executor e o responsável pela intervenção 
cirúrgica. 
 Rapidez de raciocínio 
 Decisões prontas 
 Destreza 
 Atitude de comando 
 Equilíbrio emocional 
 Conhecimento da Anatomia + Fisiologia + 
Fisiopatologia + Anatomopatologia 
 Realiza manobras básicas da cirurgia. 
 Secciona as estruturas, faz a hemostasia e promove a 
síntese dos tecidos até o término do ato cirúrgico. 
 Escolha de colaboradores com os quais tenha afinidade, 
estimulando e elogiando constantemente seu 
desempenho. 
 Coordena o trabalho de toda a equipe. 
Anestesista 
 Escolha do pré-anestésico e anestesia adequada. 
 Autoriza o início da cirurgia e solicita sua suspensão ou 
interrupção na vigência de risco de vida. 
 Vigilância constante do enfermo (durante a cirurgia e 
após). 
 Correção das variações da homeostase decorrentes da 
intervenção. 
 Fiscalizar e orientar a recuperação anestésica até que o 
operado tenha condições de manter seus reflexos vitais. 
Primeiro auxiliar 
 Encarregado de colocar o enfermo em posição 
adequada na mesa operatória e de preparar o campo 
cirúrgico. 
 Deve organizar em mesa apropriada seu instrumental. 
 Auxilia o cirurgião nas manobras de hemostasia, 
amarrando os fios das suturas e afastando as estruturas 
de maneira adequada e suave, evitando ao máximo 
traumatizar os tecidos. 
 Deve ter pleno conhecimento dos tempos operatórios. 
 Estar constantemente atento às manobras de sua 
atribuição. 
 Conseguir executar suas tarefas sem interferir com as 
do cirurgião. 
 Em intervenções mais complexas, participa da equipe 
cirúrgica o segundo assistente, que colabora nas 
manobras de afastamento, permitindo ao primeiro 
assistente ter maior liberdade de ação. 
Instrumentador 
 Elemento de maior mobilidade no campo cirúrgico, 
pois mantém contato com as enfermeiras da sala, 
solicitando antecipadamente todo o material 
necessário para a cirurgia. 
 Cuida da mesa do instrumental e participa ativamente 
do ato cirúrgico, suprindo as funções do assistente nos 
momentos em que este se encontra imobilizado 
afastando os tecidos. 
 Deve ter a mesa do instrumental preparada com 
antecedência no início da intervenção, estando os 
instrumentos e o material necessários colocados de 
maneira adequada, numa disposição sistemática para 
seu pronto reconhecimento e utilização. 
 No decorrer da intervenção permanece voltado para o 
campo operatório, tendo nas mãos o instrumento 
próprio para o ato que se realiza no momento, de modo 
a antecipar-se ao pedido do cirurgião. 
 Para a perfeição do seu trabalho é indispensável o 
conhecimento da posição dos instrumentos na sua mesa 
de trabalho. 
 Cumpre a ele manter limpo e ordenado o campo 
cirúrgico, substituindo compressas, colocando gases, 
retirando fios e instrumentos inadvertidamente 
deixados sobre o doente. 
 Encaminhar à enfermeira da sala as peças cirúrgicas 
retiradas no decorrer da intervenção. 
 
Mesa do instrumental 
 No arranjo da mesa do instrumental é preciso distinguir 
a área habitual e a área eventual de pegada. 
 Área Habitual: instrumentos mais utilizados durante o 
ato cirúrgico, correspondendo à diérese, hemostasia e 
síntese. 
 Área Eventual de Pegada: instrumentos específicos da 
cirurgia, utilizados somente em momentos 
determinados. 
 A separação do instrumental visa o conforto do 
instrumentador, aumentando seu rendimento com 
menor estafa. 
 O instrumentador coloca-se em frente ao cirurgião e ao 
lado do assistente, ajustando a mesa do instrumental 
em posição perpendicular à mesa cirúrgica. 
 Existem variações no seu posicionamento. 
Movimento em cirurgia 
 Intervenções cirúrgicas constituem o somatório dos 
movimentos simples e repetidos, característicos das 
operações fundamentais. 
 O movimento durante a cirurgia deve ser medido e 
exato para as funções às quais se destina. 
 Cabe ao cirurgião a escolha da via de acesso mais 
adequada para seu trabalho. 
 O campo operatório deve ser completamente isolado 
da área limitada ao anestesista por meio de campos 
esterilizados para facilitar a mobilidade e evitar a 
contaminação de ferida cirúrgica. 
 O cirurgião deve trabalhar em posição ereta (utiliza os 
movimentos da mesa cirúrgica, ajustando o campo 
operatório à altura dos seus cotovelos e próximo a si). 
 O gesto durante o ato operatório deve ser delicado, 
para minimizar o traumatismo dos tecidos. 
Dedos 
 Com eles se utiliza o instrumental, palpam-se as 
estruturas e apreendem-se os fios da sutura. 
 
Punhos 
 Utilizados nos gestos firmes e precisos (realização das 
incisões e das suturas com o uso do porta-agulhas). 
Antebraços e braços 
 Os movimentos do antebraço e braço possuem maior 
potência, sendo, porém, mais lentos e imprecisos. 
 Empregados quando se necessita de maior força 
(afastamento das estruturas). 
 
 
 
Sinalização e Instrumentação cirúrgica 
 A sinalização cirúrgica elimina a troca de palavras 
durante o ato operatório, evitando a contaminação, e 
garante maior presteza na tarefa do instrumentador. 
 Desnecessária nas equipes bem treinadas, quando já 
existe a previsão do instrumento ou material a ser 
solicitado e torna-se inútil quando o instrumentador 
desconhece os sinais adotados pelo cirurgião. 
 As palavras de cortesia ou agradecimento são 
dispensáveis dada a disciplina que deve comandar o ato 
operatório. 
 Na prática, os sinais são limitados aos instrumentos e 
materiais mais frequentemente utilizados, sendo 
preferível solicitar os demais instrumentos pelo seu 
nome próprio, para evitar indecisões decorrentes da 
falta de compreensão do gesto. 
Bisturi 
1) Pedido feito com a mão direita com a face palmar 
voltada para baixo, com os três últimos dedos fletidos, 
estando o indicador apoiado ao polegar, imitando a 
maneira de segurar o bisturi. 
2) A flexão executada no punho dá a dinâmica ao gesto 
simulando o modo de utilização do instrumento. Findo 
o gesto, o cirurgião realiza a rotação da mão 
colocando-a em posição cômoda para receber o 
instrumento. 
3) O instrumentador toma o bisturi pela ponta, 
apresentando o cabo ao cirurgião. Nesta manobra deve 
ter o cuidado de não colocar a borda cortante do bisturi 
voltada para sua mão, a fim de evitar que o cirurgião 
fira-o ao tomar o instrumento. 
4) A apresentação deve sempre ser firme para certeza de 
que o objeto foi definitivamenteentregue. 
5) Constitui erro não permitir ao cirurgião boa pegada do 
instrumento, fazendo com que venha ajustá-lo sobre o 
campo cirúrgico ou sobre seu próprio avental, num 
movimento parasita que tira a beleza da intervenção. 
6) O bisturi é segurado pelo cirurgião de duas maneiras: 1. 
Como um lápis, quando usado para pequenas incisões 
ou para dissecção; 2. Como um arco de violino, para 
incisões longas retilíneas. 
 
 
Tesoura 
1) A solicitação é feita com a mão direita estendida em 
pronação, tendo os dois últimos dedos fletidos. 
2) O indicador e o médio estendidos executam 
movimento de aproximação e afastamento imitando o 
corte das lâminas da tesoura. 
3) Ao apresentar o instrumento, tratando-se de tesoura 
curva, que é habitualmente usada pelo cirurgião, o 
instrumentador a entrega com a curvatura voltada para 
a mão do cirurgião. 
4) Este utiliza a tesoura colocando os dedos polegar e 
anular nos seus anéis, apoiando-a com o dedo indicador 
e médio. 
5) Para transferi-la para a posição do repouso deve fazê-la 
girar 180° para ser empalmada pelos dedos anular e 
mínimo. 
 
 
 
Deve haver a preocupação constante em abolir os gestos 
imprecisos ou parasitas (utilização dos dedos e das mãos no lugar 
do instrumental apropriado, durante as manobras de dissecção), os 
quais aumentam o traumatismo da intervenção, tirando-lhe toda a 
característica técnica. 
Pinças 
1) O pedido da pinça hemostática é feito com a mão 
direita tendo a face palmar voltada para cima e os 
dedos estendidos. 
2) O instrumentador, tomando as pinças pela ponta, 
entrega-as sucessivamente ao cirurgião, oferecendo 
primeiro as curvas e depois as retas, a menos que haja 
solicitação especial. 
3) As pinças curvas devem ter a sua curvatura voltada para 
a mão do cirurgião. As hemostáticas utilizadas com fins 
específicos devem ser solicitadas pelo nome. 
4) O pedido da pinça anatômica ou da pinça com dente 
de rato é feito com a mão direita ou esquerda, 
executando o movimento de pinça, pela aproximação e 
separação do polegar e do indicador. 
5) Quando se trata da pinça anatômica os dedos 
conservam-se estendidos, e para a pinça de dente 
mantém-se fletidos. 
6) O instrumentador toma a pinça pela ponta deixando 
extensão suficiente para ser entregue em posição de 
uso. 
7) O instrumento deve ser apresentado fechado para 
evitar que o cirurgião, ao segurá-lo, prenda o dedo do 
instrumentador. 
8) Na solicitação destas pinças junto com outro 
instrumento, o cirurgião fará o gesto duplo, 
requisitando a pinça com a mão esquerda. 
9) Nesta eventualidade o instrumentador faz a entrega 
simultânea do instrumental pedido, cruzando suas 
mãos. 
 
 
Fio de ligadura e Fio bobinado 
1) O fio de ligadura é solicitado com a mão tendo a face 
palmar voltada para cima e os quatro últimos dedos em 
meia flexão. 
2) O instrumentador segura as extremidades do fio com as 
duas mãos e coloca-o estendido na concavidade 
formada pelos dedos do cirurgião. 
3) Quando se trata do fio bobinado, a bobina é colocada 
na mão do cirurgião, fazendo o fio passar entre seus 
dedos indicador e médio. 
4) O pedido do fio de sutura com o porta-agulhas é feito 
com o punho tendo os dedos fletidos, executando 
sucessivos movimentos de pronação e supinação, 
simulando a maneira de utilizar o instrumento. 
5) O instrumentador ao entregar o porta-agulhas segura-o 
pela ponta e afasta o fio para que o mesmo não seja 
empalmado junto com o instrumento. 
6) O fio, nas agulhas traumáticas, deve ser montado com 
comprimentos desiguais para fácil retirada da agulha 
após sua utilização.

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