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PROCESSO SAÚDE DOENÇA DOENÇA Alteração biológica do estado de saúde de um ser, manifestada por um conjunto de sintomas perceptíveis ou não. A doença não pode ser compreendida apenas por meio das medições fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado da doença é o sofrimento, a dor, o prazer. A doença possui diferentes manifestações. SAÚDE A saúde é silenciosa, geralmente não a percebemos em sua plenitude; na maior parte das vezes apenas a identificamos quando adoecemos. É uma experiência de vida, vivenciada no âmago do corpo individual. HISTÓRIA Durante a Idade Média, prevaleceu a teoria Miasmática, a qual considerava que a doença era causada por certos odores venenosos, gases ou resíduos nocivos que se originavam na atmosfera ou a partir do solo. “Ao final do século XVIII, predominavam na Europa como forma de explicação para o adoecimento humano os paradigmas socioambientais, vinculados à concepção dinâmica, tendo se esboçado as primeiras evidências da determinação social do processo saúde doença. Com o advento da Bacteriologia a concepção ontológica firmou-se vitoriosa e suas conquistas levaram ao abandono dos critérios sociais na formulação e no enfrentamento dos problemas de saúde das populações”. SAUDE X DOENÇA Saúde X ausência de doença Fatores psicológicos, sociais e biológicos; Problemas emocionais e sociais Auto percepção do individuo Organismo vivo = meio ambiente Saúde está relacionada com: higiene, alimentação, amigos, sono, stress, esportes, exercícios, nutrição, estilo de vida, entretenimento; Saúde: “Um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de afecção ou doença”. As necessidades humanas básicas classificam-se em: o Necessidades físicas; o Necessidades psicossociais; o Necessidades espirituais. Teoria da motivação humana: o O comportamento humano é explicado através de cinco níveis de necessidades, dispostas em ordem hierárquica, desde as mais primárias e imaturas até as mais civilizadas e maduras. (Abraham H. Maslow (1908-1970)) o O ser humano, ao alcançar todas as necessidades, atingem também a satisfação necessária para desempenhar melhor as suas atividades. o Ao experimentar alguma satisfação em um dado nível, logo se desloca para o próximo e assim sucessivamente. Necessidades fisiológicas: o Relacionadas à existência e a sobrevivência do ser humano (alimento, água, vestuário, sexo e saneamento). o As necessidades fisiológicas são primordiais. Necessidades de segurança: o Relacionadas à proteção individual contra perigos e ameaças (saúde, trabalho, seguro, previdência social e ordem social). o A necessidade de segurança permite o indivíduo dar preferência pelas coisas familiares, tender por uma religião ou filosofia de vida e pelas rotinas do dia a dia. Necessidades sociais: o Relacionadas à vida em sociedade, englobando necessidades de convívio, amizade, respeito, amor, lazer e participação. o O ser humano tenderá a construir relacionamentos afetivos com o intuito de se sentir integrado, parte de um grupo em sociedade. Necessidades do ego: o Relacionadas à autossatisfação (independência, dignidade, reconhecimento, igualdade, respeito e oportunidades). o Necessidades de alcançarem uma auto avaliação estável, bem como uma autoestima baseada em sua personalidade. o Autoconfiança, força, capacidade e utilidade. Necessidades de auto realização: o Relacionadas à realização integral do indivíduo. o Necessidades de utilização plena das potencialidades, de capacidade e da existência de ideologias. o Tendência do ser humano em realizar plenamente seu potencial Modelo uni casual de compreensão a doença: o O modelo uni causal de compreensão da doença estava baseado na existência de apenas uma causa para o agravo ou doença. o Essa concepção, ao passo que permitiu o sucesso na prevenção de diversas doenças, termina por reduzi-las à ação única de um agente específico. o A desqualificação das questões sociais, mediante o advento da bacteriologia, impediu que fossem estudadas as relações entre o adoecer humano e as determinações econômicas, sociais e políticas. o Modelo curativo e biologicista; Modelo multicasual de compreensão da doença: o Naturalizar as relações entre o ambiente, o hospedeiro e o agente, esquecendo que o ser humano produz socialmente sua vida em um tempo histórico e que por isso, em certos períodos, podem ocorrer doenças diferentes com intensidades e manifestações também diferentes. Após a 2ª guerra mundial explode o surgimento de novas tecnologias, desenvolvimento das ciências e da informática. O aumento das doenças crônicas degenerativas determinam a fragilidade do modelo uni causal e iniciando o modelo multicausal. História natural da doença: o Processo no qual se desenvolvem relações entre o agente patogênico, o suscetível e o meio ambiente, afetando o desenvolvimento normal do ser humano levando-o a criar respostas patológicas e alterações físicas desde a invalidez, passando pela recuperação ou levando à morte. o Este modelo descreve o processo de evolução da doença e estabelece os meios de prevenção e controle, atuando nos três níveis de prevenção: primaria, secundaria e terciaria. o É possível estabelecer medidas de prevenção voltadas tanto para o período pré- patológico como para o período patológico. o Prevenção primaria Inclui o conjunto das atividades que visam evitar ou remover a exposição de um indivíduo ou de uma população a um fator de risco ou causal antes que se desenvolva um mecanismo patológico. Promoção da saúde por meio do atendimento às necessidades básicas do homem e por meio da prevenção de doenças, ou seja, da proteção específica. Promoção á saúde: Saneamento básico; Habitação em condições adequadas; Recreação e lazer; Remuneração adequada e condições de trabalho favoráveis e seguras; Educação sexual; Planejamento familiar. Proteção especifica: Acompanhamento pré-natal; Vacinação contra doenças imunopreveníveis; Controle de vetores; Desinfecção concorrente e terminal; Proteção contra riscos ocupacionais; Cloração da água. o Prevenção secundaria: A detecção de um problema de saúde num indivíduo ou numa população numa fase precoce, por forma a condicionar favoravelmente a sua evolução. Conjunto de medidas voltadas para o período em que a doença já existe, visando impedir sua evolução e complicações. Descoberta e notificação de casos; Emprego de recursos laboratoriais disponíveis no diagnóstico e tratamento prevenindo complicações; Uso de enfermagem domiciliar ou hospitalização, se necessário. o Prevenção terciaria: Reabilitação, reintegração precoce e potencialização da capacidade funcional remanescente dos indivíduos. Fisioterapia e terapia ocupacional; Dietas especiais; Reintegração social; Orientação e supervisão à família no cuidado do doente com deficiência; o A concepção de níveis de prevenção foi incorporada ao discurso da medicina comunitária no Brasil na década de 1960 e orientou o estabelecimento de níveis de atenção nos sistemas e serviços de saúde que vigora até hoje. o O desenvolvimento da medicina no Brasil manteve a predominância de uma prática individual, com enfoque curativo dos problemas de saúde. o Nos países do primeiro mundo, o desenvolvimento da perspectiva de prevenção de doenças direcionou-se aos estudos clínicos e epidemiológicos voltados para doenças não transmissíveis ou crônico degenerativas.
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