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Difusão Pulmonar

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Difusão Pulmonar
É a movimentação aleatória das moléculas dos gases através de uma membrana (do alvéolo para o capilar e vice-versa pela membrana alvéolo-capilar). Ela é um processo passivo, ou seja, não dispende energia, acontecendo através da diferença de pressões, indo de um lugar com maior pressão, para um lugar com menor pressão.
Pressão parcial dos gases (Pp): é a pressão exercida individualmente por um gás dentro de uma mistura com outros gases. O ar ambiente/atmosférico é composto por diversos gases, assim como o ar alveolar também.
PpN2 = 597mmHg; PpO2 = 159mmHg; PpCO2 = 0,3mmHg...
	O nitrogênio não passa completamente pela membrana alvéolo-capilar, pois ele é uma forma de estabilizar o alvéolo. Se tudo que respiramos de oxigênio, que passa pela MAC, passar para o sangue, aconteceria que se extinguiria o oxigênio no alvéolo. O nitrogênio, portanto, confere que um pouco de ar fique no alvéolo e ele fique aberto.
Membrana alvéolo-capilar (barreira hematogasosa)
Não é formada apenas pelos alvéolos, mas sim pela combinação do alvéolo e de seu capilar.
É uma membrana muito rica com mais ou menos 300 milhões alvéolos com uma rede de conectividade com capilares e área de troca gasosa enorme, tendo assim também, uma capacidade de difusão enorme.
O caminho que o oxigênio faz para chegar na hemácia consiste na saída de dentro do alvéolo, na passagem pelo fluido alveolar (surfactante), pelo epitélio alveolar, espaço instersticial e endotélio capilar. O caminho do CO2 é o contrário, começando pelo endotélio capilar. Todas essas camadas, em conjunto, consistem na camada alvéolo capilar.
A membrana precisa estar extremamente fina, pois quanto mais grossa, mais difícil para a difusão. Algumas patologias pulmonares aumentam essa espessura.
Lei de Fick
A difusão de um gás através de uma membrana depende do gás e da membrana.
· A difusão é diretamente proporcional à diferença de gás através dessa membrana, ou seja, se a concentração de um gás de um lado da membrana for X e do outro lado for X/2, teremos uma diferença de pressão. Se aumentarmos essa diferença, aumentamos a efetividade e velocidade de difusão.
· A velocidade de difusão de um gás depende da área de membrana do encontro entre alvéolo e capilar. Se perdermos área de alvéolo, por exemplo em atelectasias onde temos um colapso alveolar e não há mais o contato com o capilar, perdemos efetividade na difusão.
· A solubilidade de um gás também influencia na difusão. O CO2 passa pela membrana muito mais fácil do que o O2, porque o seu coeficiente de solubilidade é maior. Muitas vezes quando temos alguma alteração da membrana em si, quem sofre primeiro, é o O2.
· Apenas a espessura é inversamente proporcional à velocidade de difusão do gás. Quanto maior a espessura do gás, mais difícil será para os gases passarem por ela.
Capacidade de difusão do O2
A transferência de O2 do alvéolo para o capilar é muito rápida, acontecendo no primeiro terço do tempo de contato com o capilar e, nos outros dois terços, todo o ar já foi trocado, o que nos confere uma grande reserva de difusão, para que, por exemplo, em um aumento de débito cardíaco, com a passagem mais rápida da hemácia pelo capilar, essa reserva de difusão seja suficiente para que o ar seja difundido da mesma maneira.
Capacidade de difusão do CO2
A diferença do PCO2 entre o alvéolo e o capilar precisa ser muito menor que a PO2 para que haja a transferência de CO2 do sangue para o capilar. Essa diferença significativa é por conta da solubilidade do CO2, que é 20x maior que a do O2.
Exemplos de difusão alterada
Se há um problema na difusão, ou o CO2 não conseguiu sair do capilar ou o O2 não conseguiu entrar para o capilar ou conseguiram fazer a troca, mas de maneira ineficiente. Com uma difusão alterada, temos uma pressão arterial de oxigênio diminuída e de CO2 aumentada.
· Atelectasia – área de troca;
· Edema agudo do pulmão / fibrose pulmonar – espessura;
· Altas altitudes – diferença de pressão.

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