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2 - Cefalosporinas

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Farmacologia aplicada – Isadora Nunes – Med 101 
 
1 
Cefalosporinas 
Cephalosporium acremonium – isolado em 1948, por Giuseppe Brotzu 
Obtido a partir de um extrato de colônia fungica 
No mar próximo a uma saída de esgoto na costa da Sardenha 
Os filtrados não purificados das culturas desse fungo inibiam o crescimento in vitro do S. aureus. 
Curavam infecções estafilocóccicas e Febre Tifóide 
Cefalosporinas P, N e C no líquido (naturais)  não são mais usadas as cefalosporinas naturais atualmente 
Isolamento do núcleo ativo – ácido 7-aminocefalosporânico + Acréscimo de cadeias laterais = compostos semissintéticos 
muito mais ativos que a substância original 
Cefamicinas são semelhantes só muda um grupo químico (metoxi) 
 
B-lactâmicos: 
Núcleo da cefalosporina é requisito para atividade biológica 
Ácido 7- aminocefalosporâmico (núcleo ativo da cefalosporina C) 
Adição de cadeias laterais produz compostos semissintéticos mais ativos 
Hidrossolúveis e relativamente estáveis em meio ácido  permite ser administrado via oral 
Variam na suscebilidade as b-lactamases 
 
Classificação – gerações 
1º geração: cefalotina (cefalexina (VO)), cefazolina, cefadroxila (VO) 
2º geração: cefuroxima (VO, IV), cefoxitina (parenteral), cefaclor (VO) 
3º geração: ceftriaxona, cefotaxima, ceftazidima 
4º geração: cefepime 
5º geração: ceftaroline, ceftobiprole 
 
Conforme aumenta a geração, aumenta o espectro de ação 
Cefalexina é a forma oral da cefalotina 
Apesar da ceftazidima ser de 3º geração, seu espectro de ação é de 4º 
A partir da 3ª geração não tem drogas VO. 4ª e 5ª geração são exclusivos de uso hospitalar (IV) 
 
Farmacologia aplicada – Isadora Nunes – Med 101 
 
2 
1ª geração – age sobre estafilos (exceto MRSA) e estepto (não tem bom espectro para peneumococo). Serve 
principalmente para doenças de pele e seus anexos 
2ª geração – mantem um bom espectro para estafilos (exceto MRSA) e estrepto e ganha os G- comunitários. Serve para 
pele e anexos, ITU, TGI (gastroenterites) e IVAS 
3ª geração – perde um pouco do espectro para estrepto, ganha espectro para penumococo, mantem para G- comunitários 
e ganha os G- de origem hospitalar. Mantem pele e anexos, ITU, TGI, IVAS e ganha respiratório e SNC. Desvantagem: só é 
encontrada IM e IV 
4ª geração – volta a ter espectro para estafilos , mantem estreptos, G- comunitários e G- hospitalares. Indicação: infecções 
de origem hospitalar e infecções em pacientes imunossuprimidos 
5ª geração – tem espectro para todos os G+, incluído MRSA. Uso restrito aos MRSA 
 
Mecanismo de ação: 
Mecanismo semelhante às Penicilinas 
Inibem a síntese da parede celular bacteriana 
Ligam-se à PLPs ou PBPs 
A partir da ligação as PBPs, elas interferem na síntese da parede celular de peptidoglicano via inibição 
de enzimas envolvidas no processo de transpeptidação. Dessa forma, há o rompimento da parede celular da bactéria 
São bactericidas e bacteriorstáticos 
 
Mecanismos de resistência: 
O principal é a produção de betalactamases  Hidrolise e inativação enzimática 
Alteração nas PBPs 
Impermeabilidade 
Bomba de efluxo  pouco relevante 
As cefalosporinas são indutoras de Betalactamases, particularmente em infecções por Gram – (incluindo Enterobacter e 
Pseudomonas). Ou seja, pode induzir uma bactéria que nunca produziram b-lactamase, a produzir. 
Mais indutoras são as de 2ª e 3ª geração 
As de 4ª geração são indutores Fracos 
 
Características gerais: 
São estáveis em meio ácido 
Têm rápida absorção VO 
Podem ser administradas VO, IV e IM 
São excretadas pelo rim sem processo de metabolização (Exceto Cefpiramida e Cefoperazona) 
Boas concentrações liquórica e intraocular  bom para tratar meningite (3ª geração) e endoftalmite (1ª geração) 
Principalmente 1ª e 2ª geração 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peptidoglicano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima
Farmacologia aplicada – Isadora Nunes – Med 101 
 
3 
 
 
 
Classificação Indicações 
1ª geração  Infecções de pele e tecidos moles por S. aureus e S. pyogenes 
 Profilaxia dos procedimentos cirúrgicos (foco pele) 
2ª geração  Profilaxia para procedimentos colorretais 
 ITU 
 Pneumonia e otite 
 Infecções abdominais, pé diabético e DIP (anaeróbios) 
3ª geração  G- 
 Gonorreia 
 Doença de Lyme 
 Meningite 
 Pneumonia 
4ª geração  Infecções hospitalares 
5ª geração  MRSA e VRSA 
*otite  entra as IVAS 
A primeira opção para ITU são as quinolonas (crianças, gestantes e lactantes não podem usar quinolonas) 
Para meningite dobra a dose (4g/dia) 
 
 
 
Farmacologia aplicada – Isadora Nunes – Med 101 
 
4 
Reações adversas: 
Hipersensibilidade 
Anafilaxia, broncoespasmo e urticária 
Exantema, Febre e Eosinofilia (uso prolongado) 
Reação Cruzada 1 a 20% aos outros b-lactâmicos 
Não há teste cutâneo para prevê alergias 
Hemólise, Coombs + (teste que avalia se há anticorpos contra as próprias hemácias) 
Rara nefrotoxicidade 
Diarreia 
Trombocitopenia 
 
Referencias: 
 Goodman e Gilman Capítulo 53 
 Walter Tavares. Antibióticos e Quimioterápicos para o Clínico. Capítulo 12

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