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Tatiane Lira – MED UFPE Fimose · Conceito: · Enrijecimento na parte distal do prepúcio (fenda prepucial) que impede a retração, dificultando a exposição total da glande. · Anatomia do pênis infantil: · Prepúcio: · Protege a glande. · Se origina por volta da 8ªs, a partir de um espessamento da epiderme sobre a glande. · O crescimento é + rápido dorsalmente que verticalmente. · Todo o processo se completa até a 16ªs e a superfície interna do prepúcio se adere à superfície da glande. · Ao nascimento, quase sempre aderente a glande, firme e não retrátil → criança nasce c/ fimose fisiológica. · Aderência se dá pela camada comum de epitélio escamoso entre a glande e a camada interna mucosa. · Descamação se desfaz gradualmente. · 1a de vida: prepúcio vai se descolando da glande gradativamente e tornando-se + elástico, aumentando o diâmetro do orifício prepucial → exposição da glande quando se provoca a retração do prepúcio até a visualização da coroa da glande. · Etiologia: · Fisiológica: ○ Aderências bálano-prepuciais (prepúcio aderido em alguns pontos na glande s/ estreitamento do orifício prepucial): ○ Excesso de prepúcio: ○ Cistos de retenção de esmegma: coleções amareladas que são secreção sebácea produzida pela superfície interna da pele do prepúcio → descolamento balanoprepucial → secreção se exterioriza (relatada como “massa branca”), devendo ser retirada durante a higiene local. ○ Esse tipo tem resolução espontânea até 5-6a. · Congênita. · Adquirida → trauma, processos inflamatórios → formação de fibrose: ○ Dermatite amoniacal: ○ “Exercícios”: ○ Postite: inflamação do prepúcio por acúmulo de urina e secreções. · Balonamento prepucial: · Prepúcio descolado da glande, mas fenda prepucial pequena-> jato urinário fino e acúmulo da urina. · Parafimose: · Fenda prepucial estreitada e retração forçada que levou a aprisionamento da glande → edema e eritema → tracionar de volta p/ recobrir (bloqueio local/sedação). · Como reconhecer? anamnese + exame físico · Fenda estreitada, não expõe meato uretral ou glande. · Diferenciar fisiológica e patológica. · Conduta: · Expectar. · Orientar pais sobre a evolução natural. · Desmitifica massagens e higienização. · Não existe aumento do risco de neoplasia relacionado c/ a presença do prepúcio. · Indicações p/ o tto: · Não visualização da uretra a 2/3a. · Não exteriorizar a glande até os 6a. · Balanopostite de repetição. · Fimose secundária (anel fibroso). · Parafimose. · Indicação religiosa, cultural, experiência dos pais. · Tto: · Clinico (95%): ○ Betametasona + Triancinolona / Hialuronidase. · Cirúrgico: ○ Postectomia clássica. ○ Postectomia c/ plastibell. · Tto clínico: ○ Uso tópico 2x dia c/ gentil retração. ○ Boa evolução p/ casos s/ anel fibroso importante. · Tto cirúrgico: ○ Anestesia. ○ Cirurgia tradicional: ressecção do prepúcio c/ exposição completa da glande (até sulco baloprepuciano) ○ Dispositivo de Plastibell: c/ 15d cai: ○ Pós-operatório: Edema importante e hiperemia; dor na mobilização e c/ fralda. Resultado final. · Complicações da cirurgia: · Infecções (4-6%). · Estenose do meato uretral. · Recidiva da fimose: preserva parte do prepúcio e cicatriza como anel estenótico. · Fístula ureterocutânea · Sangramentos. · Lesão da glande. · Retenção do plastibell.
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