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Dhara Martins / @acadmedi IST’s Geralmente a abordagem e dx são feitos de forma sindrômica, com base na apresentação clínica do pct, em doenças que causam úlcera genital, cervicite/uretrite, corrimento vaginal, verrugas genitais e ainda em síndromes extragenitais, como no caso de hepatites. DOENÇA INTRODUÇÃO QUADRO CLINICO DIAGNOSTICO DD TRATAMENTO SIFILIS • Treponema pallidum. Bactéria gram-negativa • Primária: única, indolor, com bordas bem delimitadas, base endurecida, fundo limpo e de coloração rosa avermelhada. Grandes e pqn lábios, fúrcula vaginal, mucosa vaginal. A linfadenopatia é regional, unilateral, múltipla, indolor, não supurativa, sem flogismo. Lesão desaparece após 4s. • Secundária: surge entre 4-8s após cancro duro. Manifestando lesões cutâneo-mucosas não ulceradas simétricas local ou difusa. Linfadenopatia generalizada. Pode ter febre, mal-estar, cefaleia, adinamia. As lesões desaparecem entre 4-12 semanas, sem cicatrizes. • Terciaria: surge 3-5anos. Gomas. Manif. neurológicas, ósseas e cardiovascular • Latente: Evolui sem sintomatologia clínica, apenas com sorologia positiva. Pode ser recente (até 1 anos de evolução), tardia (mais de 1 ano) ou indeterminada. • Microscopia de campo escuro – padrão-ouro. • Teste treponêmico: FTA- ABS, elisa • Teste não treponêmico: VDRL • 1 teste treponêmico + 1 não treponêmico • Fissuras, úlceras traumáticas, herpes simples, cancro mole, cancro misto de Rollet (cancro duro + cancro mole), donovanose, farmacodermias e viroses exantemáticas. Doses Penicilina G Benzatina 2,4 milhões UI, intramuscular (1,2 milhões em cada nádega). Doxiciclina 100mg 12/12h VO po 15d Ceftriaxone 1g diaria IM ou IV 8- 10d Tetracilina 500mg 6/6h VO por 30d Penicilina G Penicilina cristalina, 18-24 milhões UI/dia,IV, administrada em doses de 3-4 milhões UI, a cada 4 horas ou por infusão contínua, por 14 dias • Primaria, secundária ou latente recente: Penicilina G Benzatina, em dose única. Ou Doxiciclina OU Ceftriaxone • Terciária ou latente tardia/indeterminada: Penicilina G Benzatina, semanal, por 3 semanas. Ou Doxiciclina OU Ceftriaxone OU tetraciclina • Gestantes: penicilina G benzatina 2,4milhoes UI, IM. Dose de acordo com a fase da doença • Neurossífilis: Penicilina G Penicilina cristalina, 4/4h por 14d. Ou ceftriaxone 2g IV ou IM 10-14d. • O tratamento do parceiro sexual segue a recomendação da sífilis primária. *Os pct devem ser acompanhados de 2- 3 meses no primeiro ano, 6 meses no segundo ano e as gestantes mensalmente, para avaliação de falha terapêutica e necessidade de retratamento. Após o tratamento espera-se, pelo menos, redução de 4x no título do VDRL ao longo de 6 meses. CANCRO MOLE • Haemphilus ducreyi, bacilo gram negativo • Uma ou múltiplas ulceras dolorosas hiperemiadas, com bordas irregulares e eritemato-edematosas, fundo purulento ou irregular, recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido e com tecido granulomatoso ao fundo. • Compromete, principalmente, a genitália externa, mas pode acometer também ânus e, raramente, cavidade oral. • Clínico • Siflis • Azitromicina 1g, via oral, dose única OU Ceftriaxone 250-500mg, intramuscular, dose única. • Gestantes: Ciprofloxacina 500mg, de 12 em 12 horas, por 3 dias. • O tratamento sistêmico deve ser acompanhado de medidas locais de higiene. • Os parceiros devem ser tratados mesmo quando assintomáticos. Dhara Martins / @acadmedi HERPES • HSV-tipo 1; HSV tipo 2 • Causa mais comum de ulcera genital. • Primoinfecção herpética: subclínica e assintomática. • Herpes redicivante: o vírus migra através dos nervos periféricos e promovem erupções em pele e mucosa. • O quadro clínico é menos intenso do que na primo-infecção, sendo precedido por aumento da sensibilidade, prurido, queimação e “fisgadas” nas pernas, quadris e região anogenital. • Clínico • Swab para detecção do HSV Primo-infecção: • Aciclovir 400mg VO, 8/8h 5-10d OU • Valaciclovir 500mg VO, 12/12 5-10d Em recidivante: • Aciclovir 800mg VO, 8/8h 2d OU • Valaciclovir 500mg VO, 12/12 3-5d Pacinte imunossuprmidos • Aciclovir EV 5-10mg/kg de 8/8g 5-7d ou até resolução DONOVANOSE ou Granuloma inguinal • Klebisella granulomatis. Bactéria • Lesões únicas ou múltiplas granulomatosas e ulcerovegetantes em genital, inguinal e perianal. • Evolução lenta, progressiva, indolor e sem linfadenopatia regional • Sangram facialmente. • Clínico • Doxiciclina 100mg, por 3s. OU • Azitromicina 1g, via oral, 1 vez por semana, por 3 semanas OU • Ciprofloxacino 750mg, via oral, de 12 em 12 horas, por 3 semanas OU • Sulfametoxazol 800mg VO 12/12h 3s ou até cicatrizar a lesão LINFOGRANUL OMA VENÉREO • Chlamydia trachomatis bactéria gram negativa • Doença linfoproliferativa, q apresenta F.R.: múltiplos parceiros sexuais, a soropositividade para o HIV e sexo anal. • Fase de inoculação: pápulas ou pústulas na região vulvar → ulcera indolor ou inflamação local. Regride em 3-5d • Fase de disseminação linfática regional → o aparecimento da lesão e corresponde a infecção dos linfonodos regionais, com adenite inguinal, sendo 70% dos casos unilateral. • Fase de sequelas: manif intestinais, obstrução linfática (elefantíase), sudorese noturna, artralgia. • Laboratorialmente: pesquisa de C. tracomatis por PCR ou captura hídriba. • Sorologia IgG positiva não consegue distinguir infecção atual ou passada. • Doxicilina 100mg 12/12 VO por 21dias OU • Azitromicina 1g 1x por semana por 3s OU • Parceiros devem se tratados da mesma forma, qnd sintomatico • Parceiro assint: azitromicina d.unica OU doxiciclina por 7d HPV • Verruga genital – condiloma genital • CA de colo de útero • Latente: sem lesão • Subclínica: lesão dx no papanicolaou e/ou colposcopia c/s biópsia. • Clínica: condiloma acuminado, c lesões aparentes, vegetativas, vascularizadas. Em região de fúrcula, grande e pqn lábios, repineal e perianal. • Maioria assintomática e autolimitada. • Clinico – forma clinica • Colposcopia e/ou Papanicolau – subclinca • Biologia molecular – latente • Fibroma vulvar, pólipos fibroepiteliais, molusco contagioso, papilomatose vulvar não viral, papiloma sifilítico, líquen plano, NIV ou carcinoma invasor. • Deve-se excluir a possibilidade de tratar-se de uma lesão intraepitelial antes de iniciar o tratamento. • Devem ser referidos para colposcopia para DD • Remoção cirúrgica – bisturi, LEEP • Citodestrutivos – podofilotoxina 2x/dia por 3 dias, por 4 semanas. Gestantes: Acido tricloroacético (ATA) ou 5- fluorouracil • Deve-se mudar de opção qnd um pct n apresentar melhora significativa após 3 sessões, ou se as verrugas não desaparecerem após seis sessões. • Imunomodulares topicos: imiquimode a 5% creme, 3x/s até 16s • Vacinca: 2 doses. M:9-14ª, H: 11-14a Dhara Martins / @acadmedi URETRITE • Inflamação da uretra + corrimento mucoide a purulento + dor. • Gonocócica: masculino • Clamídia: mulher • N.gonorrhoeae e Clamidia trachomatis. T. vaginalis e causas traumáticas tbm. Uretrite gonocócica • N. gonorrhoeaw. • Prurido na fossa navicular se estendo, disuria + corrimento abundante Uretrite não gonocócica - clamídia • Labor. Negat para gonococo. • Clamídia • Corrimento mucoide discreto + disuria leve e intermitente. • Complicação: esterilidade, gravidez ectópica, dor pélvica crônica. Uretrites persistentes → resistência bacterian, n adesão ao tt e reinfecção • Q.C + bacterioscopia Gram • PCR • Controle de cura apenas para gestantes – realizado após 3 semanas do fim do tto Gonococica + clamidia: • Criprofloxacina ou ceftriaxona + azitromicina Clamídia: • Azitromicina OU doxicilina OU amox Mycoplasma gentitalium • Azitromicina Doses:Ciprofloxacina 500 mg VO dose única (exc gestante e <18anos) Ceftriaxona 500mg IM, dose unic Azitromicina 500mg, 2comp, VO d. única Doxicilina 100mg VO, 12/12 7d (exc gestantes) Amoxicilina 500mg VO 8/8 7d Tricomoníase • Trichomonas vaginalis. Protozoário. • Corrimento amarelo ou amarelo- esverdeado, abundante, fétido e bolhoso • Ardência, edema e hiperemia. • Pode: disuria, polaciúria e dor pelvica • Clinico. • Medida do pH vaginal, teste de Whiff e microsc a fresco do fluido. • Colposcopia: colpite focal ou difusa em “colo de framboesa” • Metronidazol 2g VO, d.unica + tinidazol 2g VO, d.unica. OU • Metronidazol 500mg VO, 12/12h 7d • Tratar o parceiro + abstinência sexual DIP • Mulheres com dor abdominal inferior • O q.c. geralmente tem inicio durante ou após a menstruação • Dor pélvica: aguda ou insidiosa, bilat. • Corrimento vaginal purulento c/s odor fético • Disuria, dispareunia, náuseas, vômitos, febre, calafrios, metrorragia Classificação de monif • Es. I: com endometrite e salpingite aguda sem peritonite • Es. II: com salpingite e peritonite • Es. III: com salpingite aguda c oclusão tubária ou comprometimento tubo- ovariano. Abcesso integro. • Es. IV: com abcesso tuboovariano roto. • 3 critérios maiores + 1 menor ou 1 critério elaborado • Gravidez ectópica, apendicite aguda, endometriose, torção ou rotura de cisto ovariano, litíase ureteral, mioma uterino e ITU. Alteração endógena, como em vaginose bacteriana. • Estágio I: Ceftriaxona + Doxiciclina + Metronidazol. Ambulatorial • Os restante: hospitalar, com Cefoxitina + Doxiciclina. • Estágio IV: + tto cirúrgico (videolaparoscopia ou laparotomia) Doses: Ceftriaxona 500mg, IM, dose única Doxiciclina 100mg, VO, 12/12, 14 dias Metronidazol 250mg, VO, 12/12, 14d d. Cefoxitina 2g, IV, 4x/dia, por 14 dias
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