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Insuficiência Cardíaca: Causas e Sintomas


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Pedro Adelar - UNIFACS 
INSUFICIÊNCIA CONGESTIVA 
 
A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica complexa e progressiva, de caráter 
sistêmico. 
 É caracterizada pela incapacidade do coração em bombear o sangue adequado para 
as necessidades metabólicas dos tecidos na presença de retorno venoso normal ou 
pela capacidade de realizar o bombeamento suficiente somente na presença de 
elevadas pressões de enchimento (pressão diastólica final) para atender essa 
demanda. 
 
 
 
 
 
Causas: 
▪ HAS 
▪ Endocardite 
▪ Diabetes 
▪ Hipertireoidismo 
▪ Hipertrofia ventricular 
▪ Miocardiopatias (viral, alcoólica, induzida por outras drogas) 
▪ Anemia 
▪ Infarto do miocárdio 
▪ Doença Arterial Coronariana 
▪ Doença Cardíaca Congênita 
▪ Alguns problemas metabólicos (por exemplo: Doença de Paget) 
 
 
Classificação da ICC (NYHA): 
I - Ausência de sintomas durante atividades cotidianas. A limitação para esforços é semelhante 
à esperada em indivíduos normais. 
II - Sintomas desencadeados por atividades cotidianas. 
III - Sintomas desencadeados em atividades menos intensas que as cotidianas ou em pequenos 
esforços. 
IV - Sintomas aos mínimos esforços e em repouso. 
 
Classificação AHA: 
O American College of Cardiology e a American Heart Association (ACC/AHA) 
classificam a insuficiência cardíaca em estágios que enfatizam a evolução e a 
progressão da insuficiência cardíaca ao longo de um espectro contínuo: 
❑ Estágio A: pacientes com alto risco de desenvolver insuficiência cardíaca, sem 
cardiopatia estrutural. 
❑ Estágio B: pacientes com cardiopatia estrutural que ainda não desenvolveram 
sintomas de insuficiência cardíaca. 
❑ Estágio C: pacientes com sintomas passados ou presentes de insuficiência 
cardíaca associados a cardiopatia estrutural subjacente. 
❑ Estágio D: pacientes com insuficiência cardíaca em estágio final e que 
necessitam de tratamento otimizado. 
 
Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr): 
 Na ICFEr (também chamada IC sistólica), predomina a disfunção sistólica global do 
VE. O VE contrai-se mal e esvazia-se de maneira inadequada, levando a volume e 
pressão diastólicos aumentados e fração de ejeção reduzida. Ocorrem muitas 
alterações no uso e suprimento de energia, funções eletrofisiológicas e interação dos 
elementos contráteis, com anormalidades na modulação do cálcio intracelular e 
produção de AMPc. 
 
Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp): 
 Na ICFEp (também conhecida como insuficiência cardíaca diastólica), o enchimento 
do VE está comprometido, resultando em aumento da pressão diastólica final do VE 
em repouso ou durante esforços. A contratilidade global e, portanto, a fração de 
ejeção permanecem normais. Na maioria dos pacientes com ICFEp, o volume diastólico 
final do VE é normal. O aumento da pressão atrial esquerda pode provocar congestão 
e hipertensão pulmonar. 
 
 
Manifestações clínicas: 
Dispnéia aos esforços 
Ortopnéia 
DPN 
Tosse 
Expectoração 
Edema pulmonar 
Cianose 
Fadiga 
Astenia 
Oligúria 
Estertores finos nas bases pulmonares 
Cardiomegalia, taquicardia, pulso alternante, arritmias, baixa reserva 
Confusão, dificuldade de concentração, cefaléia, insônia e ansiedade 
Ingurgitamento jugular 
Hepatomegalia congestiva 
Edema de membros inferiores 
Ganho de peso 
Ascite 
Anorexia 
Náuseas 
Fraqueza 
 
 
Exames: 
Exames de sangue 
Eletrocardiograma 
Ecocardiograma 
Radiografia simples do tórax 
 
 
Exames adicionais podem revelar mais sobre a insuficiência cardíaca ou identificar a 
causa. Estes incluem: 
-Provas de função pulmonar 
-Prova de esforçoImagiologia de Ressonância Magnética Cardíaca (RM) 
-Cateterismo cardíaco e angiografia 
-Técnicas de medicina nuclear 
-Tomografia computorizada multicorte (TAC multicorte)