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Metabolismo de Lipídios

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METABOLISMO DE LIPÍDIOS 
LIPÍDIOS: 
o Gordura neutra (triglicerídeos) – apresentam ácidos 
graxos; 
▪ Ácidos graxos mais comuns: 
• Ácido esteárico (saturada); 
• Ácido oleico (apresenta uma dupla 
ligação); 
• Ácido palmítico (saturada); 
▪ Fornece energia para diferentes processos 
metabólicos; 
 
o Fosfolipídios – apresentam ácidos graxos; 
▪ Formam as membranas das células do 
organismo; 
o Colesterol – não apresentam ácidos graxos diretamente, 
porém seu núcleo esterol é sintetizado a partir desses; 
▪ Fornece energia para diferentes processos 
metabólicos; 
▪ Formam as membranas das células do 
organismo; 
TRANSPORTE DE LIPÍDIOS NOS LÍQUIDOS CORPORAIS 
• Durante a digestão, a maioria dos triglicerídeos 
dividem-se, por meio da lipase, em monoglicerídeos 
e ácidos graxos. 
o Lipases: localizadas no enterócito e no 
pâncreas; 
• Após isso, na passagem através das células epiteliais 
intestinais, são ressintetizados em novas moléculas 
de triglicerídeos. Dessa forma, chegam à linfa como 
quilomícrons (compostos por triglicérides, colesterol, 
fosfolipídios e um pouco de apoproteína B, a qual 
aumenta a estabilidade e impede a aderência às 
paredes dos vasos linfáticos). Pelo fato de os vasos 
linfáticos se reunirem no ducto torácico, isso tudo é 
enviado para lá, na junção das veias subclávia e 
jugular; 
• Os quilomícrons deixam o plasma turvo, porém 
possuem meia vida de 1 hora. Eles “desaparecem” da 
seguinte maneira: 
o Ao passar pelos capilares do tecido adiposo, 
do músculo esquelético e do músculo 
cardíaco, há a ação da lipase lipoproteica 
(isso ocorre quando se identifica a presença 
da apoproteína B), a qual hidrolisa os 
triglicerídeos, liberando ácido graxo e 
glicerol; 
▪ Esses ácidos graxos são altamente 
miscíveis nas membranas das 
células (tecido adiposo e tecido 
muscular), e podem ser utilizados 
como combustíveis ou novamente 
sintetizados em triglicerídeos. 
• O transporte dos ácidos 
graxos livres ocorre 
combinada com a 
albumina; 
▪ Os remanescentes dos 
quilomícrons se ligam a receptores 
nas células endoteliais dos 
sinusóides do fígado. A 
Apolipoproteína E na superfície 
desses remanescentes e secretadas 
pelas células do fígado auxiliam na 
depuração dessas lipoproteínas 
plasmáticas; 
“ÁCIDOS GRAXOS LIVRES” SÃO TRANSPORTADOS NO 
SANGUE COMBINADOS À ALBUMINA 
• O transporte de gordura do tecido adiposo para 
outros tecidos ocorre na forma de ácidos graxos 
livres. Esse transporte é conseguido pela hidrólise dos 
triglicerídeos de volta à forma de ácidos graxos e 
glicerol. 
• Essa hidrólise pode ocorrer por dois motivos: 
o Quando a glicose disponível é insuficiente, 
um dos produtos do metabolismo da glicose, 
o α-glicerofosfato, também fica indisponível. 
Pelo fato dessa substância ser importante 
para manter a porção glicerol dos 
triglicerídeos, e resultado é a hidrólise deles. 
o A lipase celular hormônio-sensível pode ser 
ativada por diversos hormônios das 
glândulas endócrinas, o que promove a 
hidrólise rápida dos triglicerídeos. 
• Ao sair dos adipócitos, os ácidos graxos são ionizados 
no plasma e a porção iônica se combina com 
moléculas de albumina das proteínas plasmáticas. 
Assim, os ácidos graxos com essas proteínas são 
chamados de ácidos graxos livres ou não 
esterificados. 
• A concentração de ácidos graxos livres no plasma é 
cerca de 15 mg/dL – 0,45 grama na circulação total. 
o Apesar da pequena quantidade, a 
intensidade de renovação é alta: metade dos 
ácidos graxos livres são substituídos a cada 2 
a 3 minutos. 
Os ácidos graxos saturados são melhores para a 
indústria, pois são sólidos em temperatura 
ambiente. 
o Condições que aumentam a utilização de 
gordura também aumentam a concentração 
de ácidos graxos livres no sangue – se eleva 
por cinco a oito vezes. Isso ocorre 
normalmente em casos de inanição ou 
diabetes melito. 
• Em condições normais, cerca de três moléculas de 
ácido graxo se associam a cada albumina, mas esse 
número pode chegar a trinta, dependendo da 
necessidade. 
LIPOPROTEÍNAS – SUA FUNÇÃO ESPECIAL NO 
TRANSPORTE DO COLESTEROL E DOS FOSFOLIPÍDIOS 
• Depois que todos os quilomícrons tiverem sido 
removidos do sangue, mais de 95% dos lipídios no 
plasma estarão sob a forma de lipoproteínas 
(contendo triglicerídeos, colesterol, fosfolipídios e 
proteínas). 
TIPOS DE LIPOPROTEÍNAS 
• Quilomícrons; 
• VLDLs (muito baixa densidade), com altas 
concentrações de triglicerídeos e moderadas de 
colesterol e fosfolipídios; 
• IDLs (densidade moderada), que são VLDL das quais 
uma parte de triglicerídeos foi removida, então ficam 
aumentadas as concentrações de colesterol e 
fosfolipídios; 
• LDLs (baixa densidade), derivadas das IDLs, com 
remoção de quase todos os triglicerídeos, deixando 
alta concentração de colesterol e média de 
fosfolipídios; 
• HDLs (alta densidade), com concentração elevada de 
proteínas e menores de carboidratos e fosfolipídios. 
FORMAÇÃO E FUNÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS 
• Formadas no fígado, que é onde ocorre a síntese do 
colesterol plasmático dos fosfolipídios e 
triglicerídeos. 
• Pequenas quantidades de HDL são sintetizadas no 
epitélio intestinal, durante absorção de ácidos graxos 
no intestino. 
• Função principal é transportar componentes lipídicos 
no sangue. 
o VLDL transportam triglicerídeos sintetizados 
no fígado para o tecido adiposo. 
o Outras lipoproteínas são importantes nos 
diferentes estágios de transporte dos 
fosfolipídios e colesterol do fígado para 
tecidos periféricos e vice-versa. 
DEPÓSITOS DE GORDURA 
TECIDO ADIPOSO 
• Armazenar os triglicerídeos; 
• Isolamento térmico; 
• Secreção de hormônios (leptina e adiponectina – 
afetam apetite e gasto de energia); 
• Adipócitos armazenam os triglicerídeos em forma 
líquida, pois só dessa maneira a gordura pode ser 
hidrolisada e transportada para fora dos adipócitos; 
• Pode ocorrer também a catalisação dos triglicerídeos, 
quilomícrons e lipoproteínas, havendo ou não a 
liberação de ácidos graxos; 
LIPÍDIOS HEPÁTICOS 
• Degradar os ácidos graxos em pequenos compostos 
que podem ser usados como fonte de energia; 
• Sintetizar triglicerídeos, principalmente a partir de 
carboidratos e algumas proteínas; 
• Sintetizar outros lipídios a partir dos ácidos graxos, 
principalmente colesterol e fosfolipídios; 
• Há grande quantidade de triglicerídeos no fígado por 
três motivos: 
o Durante estágios iniciais da inanição (jejum 
prolongado); 
o Diabetes melito; 
o Outra condição onde a gordura é utilizada 
como fonte de energia, ao invés do 
carboidrato; 
• O fígado pode armazenar grandes quantidades de 
lipídios quando existe lipodistrofia (atrofia ou 
deficiência genética de adipócitos); 
• A capacidade do fígado realizar dessaturação (por 
meio da desidrogenase) dos ácidos graxos é muito 
importante, pois muitos elementos estruturais de 
todas as células contêm quantidades razoáveis de 
gorduras insaturadas, e a principal fonte disso é o 
fígado; 
COMO FONTE DE ENERGIA – ATP 
• Ácidos graxos e glicerol são transportados no sangue 
para os tecidos ativos, onde vão ser oxidados para 
liberar energia; 
• Apenas as células do tecido cerebral e hemácias não 
utilizam ácidos graxos como fonte de energia; 
• Quando o glicerol penetra no tecido ativo, é 
transformado em glicerol-3-fosfato, que entra na via 
glicolítica para metabolização da glicose e então ser 
usada como energia; 
• Os ácidos graxos devem ser ainda mais processados 
nas mitocôndrias para serem utilizados como fonte 
de energia; 
o A entrada dos ácidos graxos na mitocôndria 
ocorre por um transportador (carnitina). 
Depois disso, separam-se do transportador e 
são degradados e oxidados; 
o A degradação ocorre por meio da liberação 
progressiva de acetil-CoA, ou seja, por meio 
da betaoxidação de – além disso, ainda 
quatro átomos de carbono são liberados de 
cada ácido graxo;o A acetil-CoA liberada penetra no ciclo do 
ácido cítrico, associando-se ao ácido 
oxaloacético para formar ácido cítrico, que é 
degradado em dióxido de carbono e átomos 
de hidrogênio. Esses são oxidados pelo 
sistema quimiosmótico oxidativo das 
mitocôndrias. 
▪ Para cada molécula de ácido graxo 
metabolizado para formar 9 
moléculas de acetil-CoA, 32 átomos 
de hidrogênio são liberados. 
▪ Para cada uma das 9 moléculas de 
acetil-CoA que são degradadas no 
ciclo do ácido cítrico, 8 átomos de 
hidrogênio são removidos – 
totalizando 72. 
▪ Desses 104 átomos de hidrogênio, 
34 são removidos pela degradação 
de ácidos graxos pelas 
flavoproteínas e 70 são removidos 
pelo NAD+ sob a forma de NADH e 
H+. 
• Na reação de um de cada 
um dos 34 átomos de 
hidrogênio, uma molécula 
de ATP é sintetizada – 
totalizando 34. 
• Na reação de um de cada 
um dos 70 átomos de 
hidrogênio, 1,5 molécula 
de ATP é sintetizada – 
totalizando 105 
• Além disso, 9 moléculas de 
ATP são formadas no ciclo 
do ácido cítrico. 
• 148 ATP são formadas e 2 
consumidas, totalizando 
ganho líquido de 146 ATP. 
FORMAÇÃO DE ÁCIDO ACETOACÉTICO NO FÍGADO E 
SEU TRANSPORTE NO SANGUE 
• O fígado utiliza uma pequena parte da degradação 
dos ácidos graxos para seu processo metabólico. 
Assim, quando as cadeias de ácido graxo tiverem se 
dividido em acetil-CoA, duas dessas moléculas se 
condensam para formar uma molécula de ácido 
acetoacético, que é transportada pelo sangue para 
outras células. 
• Parte do ácido acetoacético também é convertida em 
ácido β-hidroxibutírico e menores quantidades são 
convertidas em acetona. 
• O ácido acetoacético, ácido β-hidroxibutírico e a 
acetona de difundem facilmente através das 
membranas celulares e, quando entram na célula em 
que atuarão, formam-se novamente moléculas de 
acetil-CoA, as quais entram no ciclo do ácido cítrico. 
CETOSE DURANTE A INANIÇÃO, NO DIABETES E EM 
OUTRAS DOENÇAS 
• As concentrações de ácido acetoacético, ácido β-
hidroxibutírico e acetona podem ficar maiores que o 
normal, condição chamada de cetose – esses três 
compostos são corpos cetônicos. 
• Em alguns casos, como a inanição ou diabetes, os 
carboidratos não são totalmente metabolizados – por 
falta de insulina, por exemplo. 
• Quando o carboidrato não é metabolizado, quase 
toda energia do corpo deve vir do metabolismo das 
gorduras. 
• As células são limitantes na quantidade de corpos 
cetônicos que podem oxidar – uma das mais 
importantes é que um dos produtos do metabolismo 
dos carboidratos é o oxalacetato, necessário para a 
ligação com a acetil-CoA, antes de ir para o ciclo do 
ácido cítrico. Assim, com a deficiência de oxalacetato 
limita a entrada de acetil-CoA no ciclo, o que faz com 
que as concentrações de ácido acetoacético, ácido β-
hidroxibutírico e acetona subam ainda mais, levando 
a uma acidose extrema. 
• A acetona é uma substância volátil, eliminada no ar 
pelos pulmões (deixa com hálito - diagnóstico). 
• Na condição de uma dieta rica em gorduras, o corpo 
de acostuma a usar o ácido acetoacético, sem gerar 
cetose. 
SÍNTESE DE TRIGLICERÍDEOS A PARTIR DOS 
CARBOIDRATOS 
• Quando consumimos mais carboidratos do que o 
usado para energia e do que o possível para 
armazenar em glicogênio, ele é convertido em 
triglicerídeos e armazenado no tecido adiposo. 
• Os triglicerídeos são sintetizados no fígado e 
transportados pelos VLDLs para o tecido adiposo. 
CONVERSÃO DA ACETIL-COA EM ÁCIDOS GRAXOS 
• A primeira etapa para síntese dos triglicerídeos é a 
conversão dos carboidratos em acetil-CoA. 
• Posteriormente, a acetil-CoA e convertida em ácidos 
graxos, com o uso da malonil-CoA e da NADPH 
reduzida como intermediários. 
COMBINAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS COM ALFA-
GLICEROFOSFATO PARA FORMAR TRIGLICERÍDEOS 
• Depois de sintetizados, as cadeias de ácidos graxos se 
ligam ao glicerol (dada pelo α-glicerofosfato, que é 
derivado da degradação da glicose) para formar os 
triglicerídeos. 
 
• Eficiência da conversão de carboidrato em gordura: 
85%. 
IMPORTÂNCIA DA SÍNTESE E ARMAZENAMENTO DAS 
GORDURAS 
• As células têm pequena capacidade de armazenar os 
carboidratos sob forma de glicogênio, porém o 
organismo consegue armazenar grandes quantidades 
sob a forma de triglicerídeos, no tecido adiposo. 
• Cada grama de gordura tem 2,5 vezes mais calorias 
de energia do que cada grama de glicogênio. 
IMPOSSIBILIDADE DE SINTETIZAR GORDURAS A 
PARTIR DE CARBOIDRATOS NA AUSÊNCIA DE 
INSULINA 
• Com a falta de insulina, a glicose não entra nos 
adipócitos, nem nas células hepáticas de modo 
satisfatório, assim pequena quantidade de acetil-CoA 
e NADPH necessárias para a síntese de gordura 
podem derivar da glicose. 
• A ausência da glicose nas células adiposas reduz a 
disponibilidade de α-glicerofosfato, o que dificulta a 
formação de triglicerídeos pelos tecidos. 
SÍNTESE DE TRIGLICERÍDEOS A PARTIR DE PROTEÍNAS 
• Diversos aminoácidos são convertidos em acetil-CoA 
e posteriormente em triglicerídeos, portanto, quando 
ingerimos mais proteínas do que o necessário, elas 
são armazenadas na forma de gordura. 
REGULAÇÃO DA LIBERAÇÃO DE ENERGIA DOS 
TRIGLICERÍDEOS 
PREFERÊNCIA DE CARBOIDRATOS SOBRE AS 
GORDURAS SOBRE AS GORDURAS COMO FONTE DE 
ENERGIA NA PRESENÇA DE EXCESSO DE 
CARBOIDRATOS 
• Quando há muitos carboidratos no corpo, eles são 
usados de preferência aos triglicerídeos como fonte 
de energia. Isso por dois motivos: 
o As gorduras nas células adiposas estão 
presentes sob duas formas: triglicerídeos 
armazenados e pequenas quantidades de 
ácidos graxos livres. Quando quantidades 
excessivas de α-glicerofosfato estão 
presentes (ou seja, pouco carboidrato), o 
que sobra disso se liga aos ácidos graxos 
livres sob a forma de triglicerídeos 
armazenados. Assim, o equilíbrio entre 
triglicerídeos e ácidos graxos livres é 
desviado no sentido dos triglicerídeos 
armazenados – assim, quantidades mínimas 
de ácidos graxos ficam disponíveis para uso 
como fonte de energia. 
o Quando carboidratos estão em excesso, 
ácidos graxos são sintetizados mais rápido 
do que degradados, isso pela grande 
quantidade de acetil-CoA (formada a partir 
dos carboidratos) e pela baixa concentração 
de ácidos graxos livres no tecido adiposo. 
o A primeira etapa (limitante) é a carboxilação 
da acetil-CoA para formar malonil-CoA – 
intensidade é controlada pela acetil-CoA 
carboxilase, cuja atividade é aumentada em 
presença de intermediários do ácido cítrico. 
Assim, quando muito carboidrato está sendo 
usado, esses intermediários aumentam, 
levando ao aumento da síntese de ácidos 
graxos. 
• Dessa forma, o excesso de carboidratos aumenta a 
reserva de gordura. 
ACELERAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE GORDURA COMO 
FONTE DE ENERGIA NA AUSÊNCIA DE CARBOIDRATOS 
• Devido à ausência de carboidratos, há a redução da 
secreção pancreática de insulina. Isso, além de 
reduzir a utilização da glicose, diminui o 
armazenamento de gorduras. 
REGULAÇÃO HORMONAL DA UTILIZAÇÃO DAS 
GORDURAS 
• Liberação de epinefrina e norepinefrina pela medula 
adrenal, durante os exercícios, como resultado de 
estímulos simpáticos. Esses hormônios ativam a 
lipase triglicerídeo sensível a hormônio, presente nas 
células adiposas, o que provoca a ruptura dos 
triglicerídeos e mobilização dos ácidos graxos. Às 
vezes, a concentração de ácidos graxos de pessoas 
que estão fazendo exercícios físicos aumenta oito 
vezes, e o uso deles pelos músculos aumenta 
proporcionalmente – esse processo pode ocorrer 
também em situações de estresse. 
• O estresse faz com que muita corticotropina seja 
liberada pela hipófise anterior, o que faz com que o 
córtex adrenal secrete glicocorticoides. Esses 
hormônios ativam a lipase triglicerídeo sensível a 
hormônio, assim como o exemplo anterior. Quando 
há excesso de corticotropina e glicocorticoide (como 
na síndrome de Cushing), gorduras sãomobilizadas 
até um ponto que ocorre cetose – assim, esses 
hormônios têm efeito cetogênico. O hormônio de 
crescimento tem efeito similar, apesar de mais fraco 
do que a corticotropina e glicocorticoide. 
• O hormônio tireoidiano mobiliza as gorduras, o que 
aumenta o metabolismo energético em todas as 
células do corpo. A redução no acetil-CoA e em outros 
intermediários (dos metabolismos dos carboidratos e 
lipídeos) é estimula para a mobilização de gorduras. 
FOSFOLIPÍDIOS E COLESTEROL 
FOSFOLIPÍDIOS 
• Tipos: lectinas, cefalinas e esfingomielina, nas quais 
na estrutura química há ao menos uma molécula de 
ácido graxo e ácido fosfórico e, em geral, uma base 
nitrogenada. 
• Propriedades físicas: lipossolúveis, transportados por 
lipoproteínas, e empregados para finalidades 
estruturais, como em membranas celulares e 
intracelulares. 
FORMAÇÃO DE FOSFOLIPÍDIOS 
• São sintetizados em todas as células do organismo – 
porém 90% são nas células hepáticas e quantidades 
significativas nas células epiteliais intestinais, durante 
a absorção intestinal dos lipídios. 
• A intensidade dessa formação é controlada 
indiretamente pelo metabolismo de lipídios, porque, 
quando os triglicerídeos são depositados no fígado, a 
formação de fosfolipídio aumenta. 
• A colina, obtida na dieta e sintetizada no corpo, é 
necessária para a formação de lectina, pois é a base 
nitrogenada dessa. 
• Inositol é necessário para a formação de algumas 
cefalinas. 
USOS ESPECÍFICOS DOS FOSFOLIPÍDIOS 
• Componentes importantes das lipoproteínas no 
sangue – na ausência de fosfolipídios, podem ocorrer 
anormalidades no transporte de colesterol e lipídios. 
• A tromboplastina, necessária para iniciar a 
coagulação, é formada principalmente por cefalinas. 
• A esfingomielina, presente no sistema nervoso, age 
como isolante elétrico na bainha de mielina. 
• Fosfolipídios são doadores de radicais fosfato para 
diferentes reações químicas nos tecidos. 
• Participação na formação de elementos estruturais – 
principalmente membranas – nas células do corpo. 
COLESTEROL 
• Presente na dieta normal e pode ser absorvido pelo 
trato gastrointestinal para a linfa intestinal. 
• É capaz de formar ésteres com os ácidos graxos. 
FORMAÇÃO DE COLESTEROL 
• Além do colesterol absortivo pelo trato 
gastrointestinal – colesterol exógeno, há o que é 
formado nas células – colesterol endógeno. 
• Todo o colesterol endógeno, que circula nas 
lipoproteínas do plasma, é formado pelo fígado, mas 
todas as outras células do corpo formam pelo menos 
algum colesterol. 
• A estrutura básica do colesterol é o núcleo esterol, 
sintetizado a partir da acetil-CoA. Por sua vez, o 
núcleo esterol pode ser modificado para formar 
colesterol, ácido cólico (base dos ácidos biliares) e 
muitos hormônios esteroides importantes, 
secretados pelo córtex adrenal, ovários e testículos. 
FATORES QUE AFETAM A CONCENTRAÇÃO DO 
COLESTEROL PLASMÁTICO – CONTROLE POR FEEDBACK 
DO COLESTEROL CORPORAL 
• Aumento na quantidade de colesterol ingerido a cada 
dia pode aumentar ligeiramente a concentração 
plasmática. Contudo, quando o colesterol é ingerido, 
a concentração crescente dele inibe a enzima mais 
importante para a síntese endógena – 3-hidróxi-3-
metilglutaril CoA redutase, formando sistema de 
controle por feedback intrínseco, para impedir 
aumento excessivo da concentração do colesterol 
plasmático. 
• Dieta de gorduras muito saturadas aumenta a 
concentração de colesterol no sangue, 
principalmente quando está associada a ganho de 
peso e obesidade. Esse aumento de colesterol 
sanguíneo resulta do aumento de gordura no fígado, 
que fornece mais acetil-CoA nas células hepáticas 
para produção de colesterol. Assim, para manter os 
níveis normais de colesterol, tão importante quanto 
não o consumir, é não consumir gorduras saturadas. 
• A ingestão de gorduras com alto teor de ácidos graxos 
insaturados diminui a concentração do colesterol. 
• A ausência de insulina ou de hormônio tireoidiano 
aumenta a concentração de colesterol sanguíneo, 
enquanto o excesso de hormônio tireoidiano, 
diminui. Isso ocorre por modificações do grau de 
ativação de enzimas específicas. 
• Distúrbios genéticos do metabolismo do colesterol 
podem aumentar significativamente os níveis de 
colesterol plasmático. Por exemplo, mutações no 
gene do receptor de LDL impedem que o fígado 
remova o LDL rico em colesterol do plasma, o que faz 
com que o fígado produza mais colesterol. As 
mutações no gene que decodifica a Apolipoproteína 
B, a parte do LDL que se liga ao receptor, também 
causa produção excessiva de colesterol pelo fígado. 
USOS ESPECÍFICOS DO COLESTEROL NO CORPO 
• Formação de ácido cólico no fígado, que é 
posteriormente conjugado com outras substâncias 
para formar sais biliares, que promovem digestão e 
absorção de gorduras. 
• Formação de hormônios adrenocorticais, pelas 
adrenais. 
• Formação de progesterona e estrogênio, pelos 
ovários. 
• Formação de testosterona, pelos testículos. 
• Certa quantidade de colesterol é depositada na 
camada córnea da pele e, junto com outros lipídios, a 
torna muito resistente à absorção de substâncias 
hidrossolúveis e à ação de agentes químicos. 
FUNÇÕES ESTRUTURAIS CELULARES DE 
FOSFOLIPÍDIOS E COLE STEROL – ESPECIALMENTE 
PARA MEMBRANAS 
• Formação de estruturas especializadas: membranas. 
o Cargas polares dos fosfolipídios reduzem a 
tensão interfacial entre as membranas 
celulares e os líquidos adjacentes. 
o Lenta renovação dessas substâncias na 
maioria dos tecidos não hepáticos – em 
células cerebrais, contribui com processos 
de memória, por sua propriedade física 
“indestrutível”. 
ATEROSCLEROSE 
• Doença das artérias de tamanho médio e grande, em 
que as lesões de gordura chamadas placas 
ateromatosas se desenvolvem nas superfícies das 
paredes arteriais. 
• Arterioesclerose é o termo geral, que se refere a 
vasos sanguíneos espessados e enrijecidos de todos 
os tamanhos. 
• Lesão de endotélio vascular: aumenta a expressão 
das moléculas de aderências nas células endoteliais e 
reduz sua capacidade de liberar óxido nítrico e outras 
substâncias que ajudam a impedir a aderência de 
macromoléculas, plaquetas e monócitos a seu 
endotélio. 
• Esses monócitos e lipídios circulantes (principalmente 
LDLs) começam a se acumular no local da lesão. 
• Monócitos cruzam o endotélio até a camada íntima 
da parede do vaso e diferenciam-se de macrófagos, 
que ingerem e oxidam as lipoproteínas acumuladas, 
adquirindo aspecto espumoso. Esses macrófagos 
espumosos se agregam no vaso sanguíneo e formam 
estrias de gordura, que é visível. 
• Essas estrias de gordura aumentam e coalescem, e os 
tecidos dos músculos lisos e fibrosos adjacentes 
proliferam para formar placas cada vez maiores. Os 
macrófagos também liberam substâncias que causam 
inflamação e maior proliferação de músculos lisos e 
tecido fibroso na superfície interna da parede 
arterial. Os depósitos de lipídios e a proliferação 
celular podem ficar tão grandes que as placas se 
destacam do lúmen da artéria e reduzem muito o 
fluxo sanguíneo, podendo obstruir o vaso. 
• Mesmo sem a oclusão, os fibroblastos da placa 
eventualmente depositam quantidades extensas de 
tecido conjuntivo denso. A esclerose (fibrose) fica tão 
grande que as artérias enrijecem. Além disso, os sais 
de cálcio se precipitam com o colesterol e outros 
lipídios das placas, levando a calcificações pétreas 
que podem fazem com que as artérias se tornem 
tubos rígidos. 
• Nos locais onde as placas invadem o lúmen com 
sangue circulante, suas superfícies ásperas podem 
levar à formação de coágulos, com resultante 
formação de trombos ou êmbolos. 
 
OS PAPÉIS DO COLESTEROL E DAS LIPOPROTEÍN AS NA 
ATEROSCLEROSE 
AUMENTO DE LIPOPROTEÍNAS DE BAIXA DENSIDADE 
• A elevada concentração plasmática de colesterol sob 
a forma de lipoproteínas debaixa densidade é fator 
importante na etiologia da aterosclerose. A 
concentração plasmática dessas LDLs e elevado teor 
de colesterol é aumentada por diversos fatores, 
principalmente com ingestão de gorduras saturadas 
diariamente, obesidade e inatividade física. Em 
menor extensão, a ingestão de quantidades 
excessivas de colesterol pode também aumentar os 
níveis plasmáticos de LDL. 
HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR 
• Doença que a pessoa herda genes defeituosos para 
formação de receptores de LDL nas superfícies das 
membranas celulares do corpo. Assim, o fígado não é 
capaz de absorver as LDL nem as IDL, o que faz com 
que o mecanismo de colesterol das células hepáticas 
de descontrole, produzindo novo colesterol. Ele deixa 
de responder à inibição por feedback, desencadeado 
pela presença de muito colesterol plasmático. Como 
resultado, o fígado libera para o plasma mais VLDL. 
• A concentração sanguínea de colesterol para esses 
pacientes é de 600 a 1000 mg/dL. 
PAPEL DAS LIPOPROTEÍNAS DE ALTA DENSIDADE NA 
PREVENÇÃO DA ATEROSCLEROSE 
• Lipoproteínas de alta densidade são capazes de 
absorver cristais de colesterol que são depositados 
nas paredes arteriais. 
• Quando uma pessoa apresenta proporção elevada 
entre lipoproteínas de alta e baixa densidade, a 
probabilidade de desenvolver aterosclerose fica 
diminuída. 
OUTROS FATORES DE RISCO IMPORTANTES DA 
ATEROSCLEROSE 
• Inatividade física e obesidade, diabetes melito, 
hipertensão, hiperlipidemia e tabagismo. 
• Teoria de que hormônios sexuais masculinos podem 
ser aterogênicos ou então os femininos são 
protetores. 
• Estudos sugerem que níveis sanguíneos elevados de 
ferro podem levar à aterosclerose, provavelmente 
pela liberação de radicais livres no sangue, que lesam 
as paredes vasculares. 
PREVENÇÃO DE ATEROSCLEROSE 
• Manter peso saudável, ser fisicamente ativo e ingerir 
dieta contendo principalmente gorduras insaturadas 
com baixo teor de colesterol. 
• Prevenir a hipertensão, mantendo dieta saudável e 
sendo fisicamente ativa, ou efetivamente 
controlando a pressão arterial com fármacos anti-
hipertensivos, caso a hipertensão se desenvolva. 
• Controlar efetivamente a glicose sanguínea, com 
insulina ou outros fármacos na presença de diabetes. 
• Evitar fumar cigarros. 
• Qualquer agente que se combine com ácidos biliares 
no trato gastrointestinal e impeça sua reabsorção na 
circulação pode reduzir o grupo total de ácidos 
biliares no sangue circulante. Isso leva à maior 
conversão do colesterol hepático em novos ácidos 
biliares.

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