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Leticia Alves Queiroz CURSO CORONAVÍRUS Sars-cov-2: nome do vírus Covid-19: Porque a disseminação começou em 2019. RNA vírus Receptor é ECA- Enzima conversora de angiotensina que encontra-se predominantemente nas vias áreas baixas. Vírus zoonóticos: vírus transmitidos para seres humanos por animais. Pássaros e mamíferos. Morcegos são os principais transmissores. Origem do SARS-CoV-2: Muito pouco provável que foi manipulado em laboratório. Possivelmente ocorreu uma mutação natural do vírus. Início na cidade de Wuhan na China. EPIDEMIOLOGIA ATUAL E GRUPOS DE RISCO Epidemiologia: Propagação, frequência, distribuição geográfica e prevenção. Problemas: perfil de infectividade desconhecido, dificuldade ao acesso a saúde, escassez de exames e testagem apenas de casos graves. Idade: 59 anos Raro em crianças Maior em homens e menores em mulheres Impacto da idade na doença: Pacientes mais idosos a doença evolui para estágios mais graves. Jovens internam bastante apesar de a mortalidade acometer pacientes mais idoso. Comorbidades: DPOC, diabetes, hipertensão, doença coronária, doença cerebrovascular, hepatite B, câncer, doença renal crônica e imunodeficiências. (R0) nº básico de reprodução= Taxa de ataque X contatos Covid-19: R0= 2.2 Quanto mais alto o R0 mais alastrada a doença se torna. Incubação: Tempo médio entre 8 e 14 dias. MECANISMO DE TRANSMISSÃO Pacientes oligossintomáticos e assintomáticos transmitiram bastante o vírus. O contato direto com pessoas sintomáticas transmite o vírus. Doença de vias aéreas inferiores. Gotículas com partículas virais ao serem eliminadas pela tosse podem transmitir a doença. Podem produzir aerossóis que possuem gotículas menores, são produzidos na manipulação das vias aéreas inferiores como intubação, extubação, aspiração traqueal, broquioscopia, traqueostomia. Leticia Alves Queiroz Transmissão por meio de fomites Uma pessoa com o Covid produz uma secreção e se depositam partículas virais em superfícies como maçanetas, roupas, torneiras. Duração do vírus em cada superfície: Aço: Até 5 dias Madeira: até 4 dias Vidro: até 4 dias Plástico: até 5 dias Luva: até 5 dias Na roupa: até 2 dias. Transmissão intra-hospitalar: 29% Diminuição da transmissão: Lavar as superfícies com água sanitária, clorexidina mata o vírus em até 10 minutos, iodo povidine mata o vírus em até 1 minuto e etanol >70% mata o vírus em 30 segundos. ASPECTOS CLÍNICOS Mortalidade • Geral: 0.2-6.6 • Mundial: 4.3% • 70-79 anos: 8% • >80 anos: 15% • Profissionais: 29 % Grupos de Risco • DPOC ou doenças pulmonares • Doenças cardiovasculares (Covid relacionado com danos miocárdicos) • Diabéticos • Hipertensos • Idosos Quadro Clínico • Pode progredir com uma síndrome gripal, mas é predominantemente de vias aéreas inferiores com pneumonias e problemas pulmonares • Febre (nos primeiros dias de sintomas, não é Covid normalmente), fadiga e mialgia • Tosse seca • Falta de ar de tanta tosse • Diarreia (até 30% dos pacientes com Covid, sem ter a infecção de vias aéreas e progredir para um quadro dispneico) • Dispneia e pode evoluir para síndrome respiratória aguda grave • Cerca 10-15% dos casos progridem para intubação • Infecção inicial: febre, diarreia, cefaleia leve. Sinais: linfopenia, aumento de TP, LDH e D- dímero • Fase Pulmonar: Dispneia P/F<300.Imagem alterada, aumento de TGO e TGP e procalcitonina normal (se alterada indica infecção bacteriana associada) • Fase hiperinflamatória: Síndrome do desconforto respiratório, choque e insuficiência cardíaca. Sinais: Aumento de PCR, LDH, IL-6,ferritina, aumento D-dímero, troponina e BNP(?) • Exames laboratoriais: Hemograma: linfopenia, plaquetopenia Coagulograma: Aumento do INR, D-dímero e CIVD Inflamação: PCR, DHL e ferritina Marcador Orgânico: Troponina, creatinina e ureia e TGO e TGP. Leticia Alves Queiroz MANEJO DA COVID-19 NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL Informações Gerais • Clinica semelhante à população geral • Aparentemente não há transmissão vertical. • Aumenta o risco de trabalho de parto prematuro • Aumento da cesárea por cardiotocografia alterada Relembrando conceitos: • Síndrome gripal: Febre+ tosse ou odinofagia+ mialgia ou artralgia ou cefaleia • Tratamento: Oseltamivir 75 mg VO 12/12h 5 dias • Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): Síndrome gripal+ dispneia ou • sat de oxigênio <95% ou exacerbação de doença pré-existente. • Tratamento: Internada+ tratamento de suporte+ Oseltamivir 75 mg VO 12/12h 5 dias • Benefício do uso de oseltamivir (antibiótico) GESTANTE COM SUSPEITA DE COVID-19/MANIFESTAÇÃO LEVE • Isolamento domiciliar 14 dias • Antitérmico (1º paracetamol) • Repouso e hidratação • Oseltamivir se síndrome gripal • Orientar sinais de alarme para retorno Orientações para o pré-Natal ( de maneira geral) • Consultas espaçadas • Sem acompanhantes • Sem transporte público • Questionar sintomáticos • Caso tenha sintomas orientar a procura de um pronto atendimento e atrasar a consulta se possível. • Orientar a tomar a vacina da gripe • Afastamento do trabalho caso tenha contato direto com pessoas infectadas (profissionais da saúde) ou início da licença maternidade precoce. Cuidados com o RN Leticia Alves Queiroz • RN= pessoa em investigação (separar mãe e bebê?) • Lavar mãos e máscara para cuidados e amamentação • Avaliar ordenha/fórmula. • Manter vérnix caseoso por 24h? (ainda em estudo para comprovar a eficácia na proteção do bebê). COMO FAZER O DIAGNÓSTICO DE COVID-19? Definição dos casos: Local: é quando consegue identificar o caso índice Comunitária: Quando não é possível identificar o caso índice, há um grande número de pessoas infectadas. Os casos podem ser divididos em: caso confirmado, caso provável, caso suspeito e caso excluído. Situação 1 Febre +Sintomas respiratórios Via aérea superior: congestão nasal/conjuntival, coriza, odinofagia, tosse, escarro. Via aérea inferior: tosse, escarro, dispneia, sat 02<95%, cianose, tiragem, batimento de asa nasal. Viagem para área afetada< 14 dias Situação 2 Febre ou sintomas respiratórios+ contato próximo de caso suspeito ou confirmado. • < 2m e > 15 min de caso suspeito ou confirmado • Convivência no mesmo ambiente de caso suspeito • Contato eventual (horas) com caso confirmado (visitar, compartilhar sala de espera) Situação 1 + situação 2= Caso suspeito Não apresenta nenhuma das duas situações= caso excluído Situação 3 Febre ou sintomas respiratórios + contato domiciliar com caso confirmado < 14 dias Caso apresente esses sintomas e se encaixe nesse quadro: Caso provável Não se encaixa nesse quadro: Caso excluído rRt-PCR: positivo- caso confirmado/negativo: caso excluído No entanto, alguns guidelines não consideram caso excluído na primeira amostra de Swab negativa em casos com quadros típicos de COVID- 19, pois nos primeiros dias o teste pode ser menos sensível. QUAIS EXAMES SÃO RELEVANTES PARA COVID-19? Etiológicos • rRt-PCR: de acordo com a OMS deve ser feito em todos os suspeitos. No Brasil, é feito em pacientes graves e profissionais da saúde. • IDSA: Associação de doenças infecciosas • O teste deve ser feito em grupos de risco, pacientes graves e profissionais relevantes ao combate da pandemia. • Como é feita a coleta: Leticia Alves Queiroz Swab nasal ou orofaríngeo, escarro, aspirado traqueal e lavado broncoalveolar. Swab nasal: 63% de sensibilidade Swab orofaríngeo: 32% de sensibilidade Escarro: 72% de sensibilidade Aspirado traqueal/lavado broncoalveolar: 93% de sensibilidade • O descarte de COVID não é possível porque a sensibilidade é modificada de acordo com a progressão da doença. • Se Positivo: confirmar COVID • Se negativo: não pode excluir COVID • Testes rápidos - Sangue, anticorpos, swab nasal e orofaríngeoe antígeno. - Tempo de exame: 15 min Sequenciamento Viral • Avalia a sequência genômica do vírus. Confirmação viral, identificação de mutações e não é feito de rotina para todos os pacientes (não é muito útil no P.S) • Painel viral :utilizado para diagnóstico diferencial, mas não exclui COVID-19. • Sorologia: Em estudo, amostras pareadas (2 semanas). Ideal para casos suspeitos com PCR negativo. • Cultura: Cultura viral não é recomendada. Cultura bacteriana deve ser coletada em pacientes graves para DDs. PROGNÓSTICOS Mais comuns: Linfopenia, ferritina aumentada, PCR, DHL e D-dímero. Menos comuns: anemia, neutrofilia, plaquetopenia, TGO/TGP, bilirrubinas, CPK, procalcitonina, TP/TTPa, disfunção renal. Associados a mortalidade: linfopenia persistente (indica miocardite viral), troponina elevada, Ferritina/DHL/Il-6, SOFA elevado (avalia disfunções orgânicas), dímero D elevado (pode não estar associado a mortalidade porque 50% dos pacientes possuem D- dímero elevado). Não pode esquecer de pesquisar superinfecção bacteriana- procalcitonina, hemocultura, escarro/LBA, padrão de imagem. Covid-19 não cursa com derrame pleural. Miocardite é um fator prognóstico relevante- Pedir troponina, ECG/ECO (pacientes graves). Insuficiência respiratória é a principal causa de morte- • Pedir gasometria arterial Leticia Alves Queiroz • Raio-X/TC de tórax-infiltrado em vidro fosco. Técnica de coleta de swab para pesquisa viral • 1º passo: Separe o material (3 swabs, um tubo falcon, um frasco de SF 0,9% de 10ml, 1 espátula) • 2º passo: Se paramentar e explicar o procedimento ao paciente. Com máscara N95, luvas, avental, óculos) • 3ºpasso: Coleta da primeira narina • 4º passo: Coleta da segunda narina, introduzir na narina e girar o swab e após isso quebrar na marquinha vermelha e colocar no tubo falcon. • 5ºpasso: coleta na orofaringe, com uma mão abaixe a língua do paciente com a espátula e com a outra passe o swab na parede posterior da orofaringe. • 6º passo :Preencher o tubo falcon com 3-5 ml de SF 0,9% • 7º passo: Solicitar o PCR para SARS-CoV-2 e “painel viral FERRAMENTAS RADIOLÓGICAS • Raio-X de tórax • Tomografia computadorizada • Ultrassom (point of care) Tomografia Computadorizada Para quem pedir? Segundo o colégio brasileiro de radiologia a indicação é não realizar testes radiológicos em pacientes assintomáticos e sintomáticos leves/moderados (IGM-positivo) e realizar o teste radiológico em pacientes sintomáticos leves/moderados (IGM-negativo ou sem teste) e graves /hospitalizados. Segundo o consenso de radiologistas o teste radiológico de ser feito em sintomáticos moderado/severo (COVID+) (hipóxia e dispneia) e probabilidade pré-teste em situação de recursos restritos. Em um cenário onde há disponibilidade de teste é indicado testar o paciente para o COVID e mesmo dando negativo realizar o teste radiológico. Essa conduta evita contaminação comunitária e auxilia na pesquisa de outras patologias. Pacientes com sintomas leves que não possuem dispneia, não teve ser feito o teste radiológico, com exceção de pacientes maiores de 65 anos, hipertensos, diabéticos, DPOC e imunossuprimidos. Quando pedir? Como? Não devo usar contraste intravenoso, quando o paciente for nefropata porque o iodo é nefrotóxico e quando o paciente for diabético com uso de metiformina porque causa acidose na reação com o contraste. No entanto, a maioria dos pacientes graves de COVID evoluem para insuficiência renal, portanto o ideal é usar contraste APENAS em paciente com risco de TEP (tromboembolismo pulmonar) Padrões e categorias Padrão típico: Opacidades pulmonares multifocais, em vidro fosco ou consolidação bilateral. Ocupa a periferia dos pulmões na parte inferior e posterior. Vidro fosco: Área de aumento da densidade, aumento da opacidade, mas os vasos ainda são visíveis e distinguíveis. Consolidação: Aumento da densidade e da opacidade (mais branca) e não consegue ver os vasos passando naquela região, aparece broncogramas aéreos. Padrão Indeterminado: Possui algumas características do padrão típico, mas não todas. Atenção!! Vidro fosco pode ser pneumonias virais, pneumonia organização e micoplasma. Plataforma: coranacase.org- Tem radiografias de pulmões com COVID-19. Leticia Alves Queiroz Tc atípica: Pensar em outra etiologia Consolidação lobar Linfonodomegalia Principalmente nas cadeias mediastinais paratraqueal, infracarinal. Árvore em Brotamento Preenchimento do bronquíolo distal por um material fluído/denso (sangue, muco,puz e célula tumoral).Pensar em TB. Derrame pleural Lesão Escavada: Quanto mais irregular as bordas das escavações mais indicativo de tumor. Leticia Alves Queiroz Pneumotórax Padrão Negativo: Tomografia normal, mas não exclui COVID porque nos primeiros dias os exames podem aparecer limpos. Evolução e prognóstico Bronquioloactasia: fibrose da região do pulmão Dividir o pulmão em terços Acima da carina= Terço superior Abaixo do nível da carina: terço médio No nível das veias pulmonares: Terço inferior Leticia Alves Queiroz TRATAMENTO O que fazer com IECA e BRA? • O SARS COV-2 se liga ECA2 para entrar na célula. • O IECA age inibindo a ECA e o BRA age inibindo o receptor de angiotensina, levando a um UP regulation ECA2 facilitando a entrada e replicação do SARS COV-2 (hipótese) • Quais são as recomendações para pacientes que utilizam IECA e BRA e estão com COVID-19? Benefícios: Diminuem mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, doença arterial coronariana, nefropatia diabética e talvez diminua a lesão pulmonar em infecções virais. Malefícios: Aumento da replicação do SARS-CoV-2. Manter o IECA/BRA em pacientes com indicação adequada, no entanto mais estudos são necessários para novas recomendações. Terapias antivirais • Lopinavir/Ritonavir Ritonavir: Inibidor de protease Lipinavir: Inibidor do citocromo p450 para aumentar a concentração do Ritonavir. Primeiros estudos com SARS-CoV-2 pareceu reduzir SRDA e morte. Cloroquina/hidroxicloroquina Tem efeito antiviral in-vitro. Remdesevir • Desenvolvido para o vírus ebola • Análogo de adenosina-inibe a RNA polimerase. Inibe in vitro a replicação de coronavírus. Tocilizumab • Inibidor da IL-6. Covid-19 leva a altos níveis de IL-6. Diminuiria a inflamação. Plasma Convalescente • Dar plasma de paciente já curado com imunoglobulinas contra coronavírus. • Raros estudos com MERS • Apenas uma série de casos com 5 pacientes • Cinco pacientes graves, todos intubados e P/F<300 • Receberam 2 transfusões com 200 ml de plasma convalescente, 4 dos 5 eram hígidos. • Resultados: melhora do SOFA, relação P/F, temperatura, carga viral, ventilação mecânica e necessidade de ECMO. Leticia Alves Queiroz *Ibuprofeno (anti-inflamatório não esteroidal): relato de caso de 4 pacientes adultos jovens que evoluíram mal na França. Talvez aumenta expressão de receptor ECA2. LAVAGEM DAS MÃOS: TÉCNICA Qual produto utilizar? Água e sabão quando tiver maior sujidade e álcool sem sujidade visível. O sabão pode ser líquido ou em barra e o álcool pode ser líquido (60-80%) e gel/espuma:>70% A lavagem das mãos deve ser feita de 40-60s e a utilização do álcool de 20-30 s. Microbiota transitória: Se localiza na camada mais superficial da pele, por um curto período, a remoção pode ser feita com higienização simples. Ex: Estreptococos, estafilococos, bacilos gram negativos. Microbiota Residente: se localiza nas camadas mais profundas por maior período, são resistentes a água e sabão e são parcialmente removidas com antissépticos. Ex: Estafilococos coagulase e bacilos difoteróides. Técnica Leticia Alves Queiroz Os cinco momentos para a higienização das mãos PRECAUÇÃO PADRÃO, POR GOTÍCULAS E AEROSSÓISPrecaução padrão: Higienização das mãos :com álcool ou água e sabão. Luvas e avental: Quando for ter contato com sangue, líquidos ou itens contaminados. Trocar de luvas entre procedimentos. Após o uso lavar as mãos. Máscara e óculos: Procedimentos que corram riscos de respingos. Leticia Alves Queiroz Material Pérfuro -Cortante: manusear com cuidado os materiais pérfuro cortantes. Realizar o descarte em recipientes rígidos e resistentes à perfuração e nunca ultrapassar o limite indicado no recipiente. Ambiente e equipamentos de assistência: Realizar limpeza e desinfecção ou esterilização, de acordo com a classificação do artigo, após o uso e entre pacientes. Seguir os procedimentos de rotina para adequada limpeza e descontaminação das superfícies ambientais. Precauções Específicas: Contato: Indicação para infecção (ou suspeita de infecção) ou colonização por germes passíveis de transmissão por contato direto. Luvas e Avental: Durante toda a manipulação do paciente ou contato com superfícies. Internação do paciente: em quarto privativo ou em quarto com paciente que apresente infecção pelo mesmo microrganismo. Equipamentos de cuidado ao paciente :De uso individua ou deve ser higienizado na troca de pacientes pois não há equipamentos disponíveis para todos os pacientes. Ambiente: Deve ser submetido à desinfecção com álcool a 70% (ou produto compatível com a natureza da superfície) a cada plantão. Visitas: Restritas ou reduzidas e transporte do paciente limitado. Aerossóis e gotículas: Podem ser transmitidas por aerossóis: Varicela, sarampo, tuberculose e herpes zoster localizado ou disseminado no imunocomprometido. Aerossóis Máscaras: Utilize máscaras, óculos, avental descartável e luvas quando houver risco de contato com sangue e secreções. Indicada máscara N95. Internação: Quarto privativo com pressão negativa para que os aerossóis não saiam. Filtragem do ar com filtros de alta eficiência. Alternativa: Quarto privativo, com as portas bem fechadas e boa ventilação ( janelas abertas). Gotículas Patógenos que podem ser transmitidos por gotículas: Parotidite, coqueluche, rubéola, SRAG. Precaução: Máscara cirúrgica Chega até no máximo 1 m Transporte de pacientes: Limitado, máscara para o paciente. Utilize máscaras, óculos, avental descartável e luvas quando houver risco de contato com sangue e secreções. Máscara cirúrgica. No coronavírus a precaução deve ser feita para gotículas e superfícies (precaução de contato) Precaução de aerossóis: Quando for realizar os procedimentos de IOT, VNI (ventilação não invasiva), traqueostomia, BMV, broncoscopia. Utilizar máscara N95 e face shild. As precauções devem ser feitas em caso de suspeita e confirmado de Covid-19 Antes de interromper Leticia Alves Queiroz Resolução da febre ( sem antipiréticos)+melhora dos sintomas respiratórios+ 2 testes negativos em amostras sequencias de nasofaringe com intervalo >24h. COLOCAÇÃO E RETIRADA DE EPIS Norma regulamentadora nº6: Equipamento de proteção individual é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e saúde no trabalho. • Máscaras (cirúrgica ou de proteção respiratória), avental ou capote, luvas, óculos ou protetor facial ou touca e gorro. • Ordem de colocação: avental ou capote, máscara, touca, óculos ou protetor facial e luvas. • Primeiro reúna todo o equipamento que irá precisar e higienize as mãos. Após cada passo higienize as mãos. 2- Máscaras 2.1 Máscara cirúrgica: Não reutilize, evite tocar na parte de frente da máscara e troque a máscara a cada atendimento ou quando estiver úmida ou com alguma sujidade visível. Leticia Alves Queiroz Leticia Alves Queiroz Verificar a integridade e tamanho das luvas. Não reutilizar luvas e higienização das mãos. Retirada dos EPIs Luvas, avental ou capote, gorro ou touca, óculos ou protetor facial ( no quarto) e a máscara de proteção respiratória (fora do quarto). Leticia Alves Queiroz Leticia Alves Queiroz ORIENTAÇÕES PARA CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE COVID -19 Síndrome Gripal: febre de início súbito + tosse ou dor de garganta ou dificuldade para respirar+ artralgia ou mialgia ou cefaleia (pelo menos mais de um). Em crianças < 2 anos pode ser caracterizada por febre de início súbito e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal) Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) dispneia ou desconforto respiratório, saturação de O2< 95% em ar ambiente e descompensação de doença de base. Em crianças: batimento de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. Isolamento domiciliar: síndrome gripal, sintomas respiratórios, COVID-19 confirmado sem sinais de gravidade e contato íntimo com COVID-19 confirmado. Leticia Alves Queiroz Leticia Alves Queiroz Se a pessoas infectada ou suspeita precisa de cuidados • Apenas 1 familiar • O mais hígido • O cuidador deve utilizar uma máscara descartável e trocá-la caso fique úmida ou com secreções. • Não pode receber visitas. FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO Ideal Leticia Alves Queiroz Real O que recomendar? Para pacientes em cuidados em casa: Quarto ventilado, limitar cômodo do paciente, limitar o número de cuidadores, incentivar higienização das mãos, usar papel toalha descartáveis, máscara cirúrgica para paciente sempre, máscara cirúrgica para os que entrarão em contato com o doente. Usar luvas quando em contato com fluídos corporais, não reutilizar máscara e luvas, lavagem diária e desinfectar de superfícies em contato com o paciente e orientar procurar pronto socorro de sinais de alarme. Suporte de oxigênio: Medidas não invasivas Suporte Respiratório Primeira decisão: Como está meu paciente? Tem indicação de IOT: Como fornecer oxigênio? Cateter de oxigênio: 25-40% de oxigênio, fluxo máximo 5L/min, pode provocar irritação da mucosa. Máscara de oxigênio:35-50 %, fluxo 5-10 L/min, retenção de CO2 em baixos fluxos. Pode provocar aerossolisação. Máscara não reinalante: Possui reservatório de oxigênio, possui uma válvula que abre quando o paciente inspira e fecha quando ele expira. Flush Rate: Pressão de oxigênio até 95% Quanto maior o fluxo maior a chance de produzir aerossóis. Dispositivo Bolsa-válvula-máscara: Evitar ventilar manualmente. Evitar a ventilação não invasiva- Pode gerar aerossolização. Pouca evidência em IRpA hipoxêmica. Sem necessidade imediata de IOT: Leticia Alves Queiroz INTUBAÇÃO Quando? A- Via aérea (rebaixamento de via aérea) B- Oxigenação C- Curso da doença (queimadura de vias aéreas, anafilaxia). Doenças que podem dificultar o acesso da via aérea posteriormente Como? Sequência rápida de intubação 7 P’s 1ºP: Preparação Paramentação Adequada: gorro, óculos/face shield, N95+ máscara cirúrgica, avental impermeável e luvas. Material testado: Plano A, B, C. Se a intubação não funcionar o que vai fazer e deixar o material pronto para realizar o procedimento dos outros planos. Drogas preparadas: Drogas para IOT e resgate (nora). 2ºP: Pré-oxigenação “Denitrogenar” (aumentar a quantidade de oxigênio, tirando o nitrogênio)o pulmão: 3-5 minutos. Bolsa-válvula-máscara: Com filtro, sem ventilar ativamente. Importante: Lembrar de conectar o oxigênio no dispositivo. Acoplar bem a máscara: apoiar a região tenar na máscara e utilizar os outros dedos para elevar a mandíbula. 3ºP: Pré- Otimização Corrigir hipotensão, considerar a lidocaína. Considerar fentanil: Causa hipotensão, tórax rígido e apneia. É indicado em casos de hipertensão intracraniana e emergências hipertensivas 4ºP: Paralisia com Indução Sedação: Preferir droga cardioestável (Cetamina/etomidato) Bloqueio Neuromuscular: Succinilcolina/Rocurônio,aumenta chance da primeira tentativa e inibe a tosse. 5ºP: Posicionamento Coxim occipital Posição: Sniffing Position, alinhar o plano da laringe e da cavidade oral. 6ºP: Passar o tubo e confirmar Intubador mais experiente, videolaringo se disponível e confirmar com capnógrafo. 7º P: Pós-intubação Ventilador com filtro, radiografia de tórax pós-IOT e caso seja necessário desconectar Clamp. Não intubei e agora? Medidas de resgate: Bolsa- válvula-máscara e resgata a via aérea. Opções: Máscara laríngea para não causar tanta aerolização. Em último caso cricotireoídeostomia. Drogas da sequência rápida de intubação Leticia Alves Queiroz Drogas de Sedação Etomidato: Cardioestável, coringa. Dose: 0,3 mg/Kg 70Kg= 21 mg Ampola: 20mg/10ml Quetamina: Pode induzir hipertensão (é bom em alguns casos de intubação), broncodilatador, analgésico. Efeitos adversos: Pode induzir hipertensão e alucinações Dose: 70 Kg= 105 mg, ampola 100mg/2 ml+8 ml de AD. Propofol: Broncodilatador, anticonvulsivante. Efeitos adversos: Hipotensão Dose: 1,5 mg/Kg 70 Kg=105 mg Ampola 200mg/20ml Midazolam: Causa hipotensão e duração prolongada não é recomendada como primeira opção. Drogas de Bloqueio Succinilcolina: Efeito rápido (3-5 min). Tem risco de hipercalemia* (principalmente em pacientes com Up-regulation de potássio ou de seus receptores– AVC, ELA, doenças musculares). *Causa despolarização da placa motora Dose: 1,5 mg/Kg.70 Kg= 105 mg. Frasco 100mg +10 ml. Rocurônio: Não causa hipercalemia, mas possui efeito prolongado o que traria um tempo muito grande de bloqueio para o paciente que ficaria sem ventilação. Dose: 1-1,5 mg/kg. 70kg= 70-105 mg. Fentanil: Diminui o reflexo simpático. Causa hipotensão, apneia e tórax rígido. Recomendado para hipertensão intracraniana e emergências hipertensivas. Dose: 3 mcg/Kg.70 kg=210mcg.ampola de 250mcg/5 ml= 4 ml, em 1-2 minutos. CRICOTIREOIDOSTOMIA COM BOUGIE Quando realizar? -Não intubo e não ventilo -Contraindicações: Crianças < 10 anos, trauma de via aérea (fratura de laringe) Como realizar o procedimento? Material: Bisturi, Bougie e tubo 6. Localizar a cartilagem cricóide e marcar a altura da incisão. Realizar a incisão longitudinal e horiziontal (0,5 cm para a esquerda e 0,5 cm para a direita). Verticalizar o bisturi para dar abertura para inserir o bougie e após a inserção do bougie, retirar o bisturi e inflar o balonete e o procedimento acaba. COMO RACIOCINAR DIANTE DE UMA VIA AÉREA DIFÍCIL 1) Quando intubar o paciente? Avaliar a patência da via aérea, verificar insuficiência respiratória e avaliar o curso da doença. A – Paciente tem falência de manter patência e/ou proteção de via aérea? Se o paciente estiver falando (via aérea pérvia), reflexo de tosse (colocar as mãos na fúrcula do paciente), e reflexo de deglutição (colocar água em uma seringa e ver se o pct deglute). Em caso de não responsividade da via aérea IOT. B- Falência de manter oxigenação ou ventilação? É candidato a VNI (pct DPOC, edema agudo de pulmão) Se sim, observar e se não IOT. C-Curso clínico que antecipa necessidade de IOT? Hematoma em expansão, anafilaxia e rouquidão possível edema de glote deve intubar. 2) Há preditores de VA difícil? VA difícil Leticia Alves Queiroz L Look Externally (Distorção anatômica, trauma na face, angioedema E valuete ( 3-3-2) Coloca 3 dedos entre os dentes do paciente- Distância do mento ao osso hioide- distância do osso hioide a cartilagem cricóide. Uma ou mais destas medidas inferiores ao esperado indica laringoscopia difícil M allampati Verificar de consegue ver a úvula, os pilares amidalianos, o palato mole e o palato duro. Dependendo do que é possível enxergar recebe uma classificação de I a IV e entre III e IV indica uma laringoscopia difícil. O bese/ostruction N eck mobility : Paciente politraumatizado com colar cervical, não consegue hiperestender o pescoço do paciente. Upper lip bite test: Pede para o paciente morder o lábio superior com os incisivos inferiores. Bolsa-Válvula- Máscara difícil R adiation/Restriction : Paciente que já foi exposto a radiação na região de cabeça e pescoço e tem alguma alteração anatômica por conta disso ou paciente com pulmão comprometido por SARA. O bese/obsruction/obstructive sleep apnea: Mask seal /Male/Mallampati (III e IV): Para contornar essa dificuldade deve-se realizar vedação com 2 mãos, apoiando-se com as regiões tenares ou utilizar papel filme e/ou lidocaína gel para pacientes com barba. Age > 55 anos No teeth: Manter a prótese dentária durante a ventilação ou colocar gazes entre a gengiva e a bochecha. Dispositivo extra-glotico difícil R estricted lungs or mouth ( SARA, microstomia por esclerose sistêmica) O bstruction D istorted airway S hort thyromental distance Cricotireoidostomia difícil S urgery ( Paciente passou por cirurgia de cabeça e pescoço) M ass A natomy R adiation T umor 3) O que fazer diante de uma VA difícil? Leticia Alves Queiroz Intubação acordado Quando fazer? VA difícil e BMV/DEG difícil Não fazer quando VA crash ou Va difícil forçada a agir. Como fazer? Glicopirolato 0,4 mg EV (anticolinérgico) Lidocaína 2 ou 4 % tópica. Lidocaína gel anestesia a cavidade oral, laringe. Quetamina até 1mg/kg EV – Hipnótico e analgésico. Leticia Alves Queiroz VENTILAÇÃO MECÂNICA: COMO COMEÇAR? Ventilação artificial aplicada por meio de um tubo traqueal com o uso de pressões positivas. Como ligar o ventilador mecânico? Regular a válvula de ar (Abre até a marca vermelha) e o fluxômetro de oxigênio. Em seguida verificar se estão ligados no ventilador, montar o ventilador, ligar o ventilador, sempre chegar o ventilador quando chegar no plantão. Utilizar o peso ideal no momento de configurar a máquina pois o pulmão trabalha de acordo com o peso ideal do indivíduo, selecionar o tipo de ventilação invasiva ou não. Leticia Alves Queiroz AJUSTES INICIAIS Tempo de um ciclo respiratório (TI+TE) Modalidades: Determinadas de acordo com o nível de assistência dada ao paciente e a sua participação na ventilação. Modos: Determinados de acordo com a variável limite, que guiará a ventilação. Para a modalidade controlada ou assisto-controlada temos os modos VCV/ACMV (volume controlado) ou modo PCV (pressão controlada) Para a modalidade espontânea tem o modo PSV (pressão de suporte). O paciente foi intubado e agora? Qual modo escolher? O modo que você tem mais facilidade Leticia Alves Queiroz AJUSTES SECUNDÁRIOS Gasometria arterial. Quando? Inicial, antes de intubar.30 minutos após intubar. 30 min após cada ajuste no ventilador. Obs: Se> 3 gasometrias/dia= Obter pressão arterial invasiva. O que devo olhar na gasometria: PC02: O aumento indica que o paciente está retendo CO2, calcula-se o volume minuto. VMIN=(VC-EM) XFR. Deve-se aumentar o VMIN (aumenta o VC e diminui o EM), no VCV aumentar o VC e no PCV/PSV aumentar a Pinsp (pressão inspiratória) ou retirar a “traqueinha”, retirar o filtro HME, reduzir a hiperinsuflação dinâmica em pacientes obstruídos. Tubo de plástico=” traqueinha” VC= volume corrente EM=Espaço morto. PO2 Correção de hipoxemia aumenta a FiO2 ou aumentando a pressão média das vias aéreas. Modo VCV: Aumentar o VC, aumentar PEEP e reduzir o fluxo. Modo PCV/PSV: aumentar a Pinsp, aumentar a PEEP, aumentar Tinsp (modo PCV), diminuir a % do pico de fluxo (modo PSV). Recomendações para COVID-19 Manejo da ventilação mecânica Paciente intubado: Hipoxemia COVID (complacência boa, padrão de vidro fosco isolado na TC, periférico) e SDRA (complacência ruim, padrão vidro fosco, consolidação em zonas pulmonares típicas). EXPERIÊNCIA ITALIANA, PROF.L. GATTIONI Hipoxemia COVID:Vt mais liberal, PEEP de 8-10 cmH2O, evitar FR> 20 ipm e evitar querer elevarPaO2. SDRA: Vt protetor (4-6 mL/Kg), as vezes até 8), PEEP “table”, hipercapnia permissiva, manobras de resgate para hipoxemia. PROTOCOLO PNEUMOLOGIA HCFMUSP Modo de escolha: VCV Leticia Alves Queiroz Set inicial: FiO2, FR inicial:25 irpm/Trigger: - 2cm H2O, fluxo= 30-60 L/min, VC= 6 ml/kg(peso ideal) e PEEP inicial=10. SDRA DIAGNÓSTICO A membrana alvéolo-capilar é composta por pneumócito tipo I e II, pela membrana basal e pelo endotélio. Essa barreira alvéolo-capilar é constantemente atacada por sepse, broncoaspiração, pneumonia, queimaduras, pancreatite, politrauma, TRALI, COVID. Isso destrói a barreira e causa a inundação do alvéolo e a ativação do infiltrado inflamatório que recruta citocinas, neutrófilos o que provoca a inativação do surfactante e o preenchimento com membrana hialina culminando em atelectasia. Baby Lung Critérios de Berlim “ABCD” Agudo :< 7 dias do insulto Bilateral Não Cardiogênico= não totalmente explicado por IC descompensada. Dessaturação:P/F <ou igual 300 com PEEP> ou igual a 5 cm de H2O. SDRA=COVID? COVID: hipoxemia grave + complacência praticamente normal Eupneico ou dispneico; hipocapnia ou hipercapnia, responsivo a óxido nítrico ou não responsivo. Inicio da doença: Perfil L-low (diminuição da elastância e complacência alta, shunt alto, peso pulmonar normal e não é recrutável. Representação tomográfica: vasoplegia, shunt, hipoxemia, aumento de FR, P muscular e VC, aumento Vmin e diminuição pressão de CO2 e tem pouca dispneia. O aumento do esforço da pressão muscular, pressão pleural e pressão transpulmonar leva ao perfil H. Perfil H- High: Aumento da elastância e diminuição da complacência, aumento do peso pulmonar e é recrutável =SDRA. Tomografia: edema alveolar, diminui o Vc, Vmin e aumento da Pco2 provocando dispneia. SDRA diferente de COVID Perfil L-Low: Cateter alto fluxo/VNI, evitar esforço excessivo, diminui a PEEP e tem baixa eficácia prona. Perfil H-high: Tratamento=SDRA. TRATAMENTO SDRA Ventilação protetora Leticia Alves Queiroz Prevenir lesão pulmonar induzida por ventilação(“VILI”) • Barotrauma • Volutrauma • Atelectrauma • Biotrauma Procedimento: ✓ Vc 6 ml/Kg peso ideal ✓ P platô <ou igual 30 cm H2O ✓ Pressão de distensão: < ou igual 15 cm H2O ✓ FiO2 menor possível ✓ Peep ideal conforme FIO2 Ventilação protetora: minimizar sedação, evitar BNM. Assincronia grave refratária: Objetivo manter VM protetora (utilizar BNM nesse caso), controle glicêmico e balanço hídrico equilibrado e tratar causa de base. Prevenção de VILI: RASS 0 A -1 ROSE (2019) :P/F<150 e PEEP> ou igual a 8, sem diferença de mortalidade. O controle glicêmico reduz mortalidade, balanço hídrico deve estar negativado e deve ser feito conforme causa de base. Glicocorticoides na SDRA: SDRA P/F< 200 e < 14 dias. Maior parte dos estudos positivos não usou VM protetora e os únicos dois estudos com VM protetora não demonstraram benefício. Uso de corticoide na SDRA de etiologia viral? • Aumento de mortalidade por influenza e atraso no clareamento viral do MERS. SDRA SUPORTE PARA HIPOXEMIA Relação pressão de oxigênio/ Fio2(não é muito utilizada) Relação P/F Leve: 300-201 Moderada: 200-101 Grave:< ou igual a 100 Alvo de Sat: 88 a 92% VNI: Pode ser tentada em SDRA com P/F > 150, sem outras disfunções e nunca deve adiar a IOT. Particularidades do COVID: Quarto isolado, preparar para IOT. Cateter nasal de alto fluxo: cânulas pequenas e moldáveis, umidificação e aquecimento otimizados, Washout do espaço morto (melhora na ventilação e oxigenação), efeito PEEP (10L/ min: 0,7 cm H2O) e fluxos elevados (até 60 L/min) Quando Usar? IRpA hipoxêmica não hipercapnica. Redução IOT comparado suporte convencional e de mortalidade em 90 dias e pode ser usada para pré-oxigenação apneica. Melhor se tem uma capacidade residual funcional maior com pacientes com IMC menor. PSV • Pode ser feita desde que mantidos parâmetros de VM protetora. • Prona em paciente acordado • Já testado com ou sem VNI. Estudos prévios retrospectivos ou com N pequeno de pacientes, alvo atual de investigação. SDRA HIPOXEMIA REFRATÁRIA A posição prona promove redução da compressão pulmonar pelo coração e pelo diafragma. Pressão transpulmonar aumenta em dorso e diminuiu em região anterior. Otimização da relação V/Q diminui o efeito shunt (alvéolos da região posterior que recebem mais fluxo Leticia Alves Queiroz sanguíneo estarão mais abertos e os alvéolos anteriores que recebem menos fluxo estarão menos distendidos) e diminuição da pós-carga de VD. Estudo- PROSERVA trial (2013): 466 pacientes, RCT multicêntrico/F< 150,> 12h e <33 h IOT. Prona > ou igual 16h/ dia vs. Convencional, redução da mortalidade em 28 dias (16% grupo prona e 33% grupo convencional). P/F < 150 após trial de 12h de VM protetora e requer treinamento da equipe. Contraindicações: Hipertensão intracraniana, PAM< 65 mmHg, sangramento ativo (TGI ou VA), fratura instável de pelve/fêmur/coluna, gravidez, cirurgia traqueia, esternotomia, trauma na face nos últimos 15 dias e TVP com < 2 dias de tratamento etc. Resposta positiva: Aumento do P/F 20 mmHg e diminuição Pco2 2mmHg. Manobra de recrutamento máximo: Estudo ART trial (2017) Não deve ser realizada de rotina e aumento de mortalidade. ECMO (Membrana de oxigenação extracorpórea) • Medida de resgate quando a prona não deu certo, alto custo. • Estudo EOLIA trial (2018): Sem diferença na mortalidade em 60 dias com a utilização de ECMO. Óxido Nítrico Inalatório • Melhora a relação V/Q dos pacientes. • 20% melhora na oxigenação em 60% dos pacientes e reduz pós-carga de VD (Aumento da pO2). Autolimitada (1-2dias). Sem efeito em mortalidade (estudos pré- VM protetora) • Dose de NO: 5 a 20 ppm • NO2 (tóxico): < 2 ppm • Resposta positiva: aumento de 10- 20 pressão de O2 (em até 2 a 4h). Manter até pressão O2 >60 c/FiO2< 60%. • Desmame diminuir para 2 ppm/h -risco de efeito rebote (Cor pulmonale e choque de VD) • Atualmente: Estudos em andamento, uso em hipoxemia refratária a prona, serve para ganhar tempo. SDRA DO INÍCIO AO AVANÇADO Calcular peso predito Fórmula (Peso ideal) Escolher VCV ou PCV VCV VC= 6ml/Kg (mais seguro) FR< ou igual 35irpm. Como saber de meu V.min está bom? Colher GSA com V.min atual: PH 7,35-7,45 – Esse é seu V. min alvo Obs: pH > 7,2 é aceitável se necessário para mantes parâmetros de ventilação protetora. Diminuição pH precisa aumentar V.min e aumento de pH precisa reduzir V.min. Como alterar meu V. min? Diminui o pH quando precisar aumentar o V.min. Aumento da FR ou VC ou diminuição do espaço morto. Obs: Sempre checar auto Peep (pressão expiratória). Quantificar com a pausa expiratória. Pausa inspiratória para medir pressão de platô P< ou igual 30) Protocolo ARDS Network trial (Altura em cm- 152,4) X 0,91+50 (Homem) ou 45,5 (mulher) Leticia Alves Queiroz Escolher Peep ideal Low Peep Table: Titular FiO2 até SatO2 88-92%/PaO2 55-80 mmHg PCV Primeiro verificar o Driving pressuare e seguir os passos da VCV. Nada deu certo/VM protetora impossível Sedação para RASS-5 Bloqueio neuromuscular- Prona-óxido nítrico, ECMO. MANEJO DO PACIENTE CRÍTICO COM COVID-19 Manejo da hipoxemia em ambiente de UTI • Paciente precisa estar isolado para gotículas e contato • Se procedimentos aerossolizantes adicionar precaução de aerossóis. • Alvo de Sat O2 92-96% • Meta-análise em pacientes graves- oxigênio liberal aumenta mortalidade Leticia Alves Queiroz • Loco 2- Estudo alvo de 90% em pacientes com SDRA- aumentou mortalidade • Cateter nasal: Até 5L/min resseca as mucosas e pode areossolizar • Suporte de FIO2 variável (até 40%-4% por litro) • Máscara de Venturi: Colocar o fluxo indicado na válvula. Suporte de FiO2 com a válvula (até 50%) • Máscara não reinalante: colocar ofluxo em flush rate ou 1015 L/min (manter o reservatório sempre cheio). Suporte de FiO2 com a válvula (até 95%) geralmente ponte para IOT. • Cateter nasal de alto fluxo: Pode reduzir mortalidade em ensaio clínico. Em meta-análise reduz IOT.Pode gerar aerossóis e permite PEEP baixo e fluxo de O2 até 60L/min. • VNI: Inferior a cateter nasal de alto fluxo na SDRA e alto potencial de gerar aerossóis. Caso haja indicação como DPOC exacerbado ou edema agudo de pulmão, realizar em ambiente apropriado. • Ventilação mecânica: Ventilação protetora (Vt=4-6 ml/Kg, platô < 30, driving pressure < 15, hipercapnia permissiva.) • Peep guiado pela FiO2 baseada na PEEP table. • Posição prona: Indicada para pacientes com P/F < 150.Pelo menos 18horas e de preferência nas primeiras36-48 horas. • Bloqueio neuromuscular: Indicado para pacientes com assincronias a despeito de RASS-5. • Vasodilatadores pulmonares: São o óxido nítrico e prostaglandinas. • Corticoide: Não tem evidência para pneumonia viral, não deixar de dar corticoide para outras indicações. • ECMO: Evidência duvidosa, mas talvez tenha benefício. • Manejo do Choque: Terapia conservadora com alvo de PAM 65mmHg e com reavaliação após bolus de 250-500 mL, preferência por balanceados como ringer lactato. Droga vasoativa (noradrenalina) terapia conservadora com alvo de PAM 65mmHg e 2º droga vasoativa varia de caso a caso de modo geral utiliza-se vasopressina. Infecção secundária não é tão frequente uso de antibiótico. Oseltamir coinfecção viral pode ocorrer (20 % dos casos), usar em casos de influenza. RIM: Incidência de acometimento dos rins no COVID-19: 2.1 a 2,9%. Multifatorial, causa necrose tubular aguda e a tempestade de citocinas e uso de receptor ECA-2 9 (órgão que possui maior quantidade desse receptor). Manejo: monitorar função renal nos pacientes internados, se piora, solicitar urina tipo 1, relação prot/creatinina, pensar em diagnósticos diferenciais, minimizar agentes nefrotóxicos, cuidados com fluídos apenas se pré-renal e interconsulta dos nefroagudos. No Covid-19 a piora na função renal aumenta 1.06 a 1.2 o risco de morte. • HEMATOLOGIA: Risco de trombose as possíveis causas são inflamação sistêmica, droga crítica e imobilidade e lesão tecidual por lesão viral mediada por ECA-2. • Qual a relação com o pulmão? Microtrombose na vasculatura pulmonar. Leticia Alves Queiroz • E se anticoagularmos? Estudo mostra que não houve diferença de mortalidade exceto em pacientes mais graves. Esse estudo utilizou dose profilática de TVP. • Pesquisa Brasileira: Dose de enoxaparina 40mg SC 12/12h e não indica de rotina (ainda necessita estudos). • CIVD: Dados limitados, mas pode ocorrer em 10% dos pacientes hospitalizados. Geralmente se inicia no 4º dia da admissão hospitalar e relacionado a pior prognóstico ( 71% dos que morrem tem CIVD). Manejo idêntico em relação a outras doenças. Porque ocorre CIVD: liberação de fator tecidual pela inflamação- ativação da cascata de coagulação- consumo dos fatores de coagulação (alargamento TP e TTPA)- fibrinogênio é convertido em fibrina ( formação de micro trombos e trombos maiores)- D- dímero aumente por degradação dos microtrombos. • Laboratório: Plaquetopenia, alargamento do TP e TTPA, diminuição do fibrinogênio e aumento do D-dímero. • Clínica: Trombose+ sangramento. • Tratamento: Pensar em diferenciais. Tratar apenas se sangramento ou alto risco de sangrar (manter plaquetas > 50.000, fibrinogênio> 150, se INR ou R continuar alargado repor plasma fresco) e sem sangramento ativo alvo de plaqueta >10.000. • Ácido tranexâmico e concentrado pró-trombínico são contraindicados. Se trombose, avaliar risco e benefício. Leticia Alves Queiroz
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