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RIOS Améfrica Ladina_ The Conceptual Legacy of Lélia Gonzalez (19351994)

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RIOS, Flavia. Améfrica Ladina: The Conceptual Legacy of Lélia Gonzalez (1935–1994). FORUM50: 3, p. 75, 2019.
· Pensamento de Lélia Gonzalez em contexto transnacional, haja vista que pensava a América Latina. 
· Flávia Rios endossa que o trabalho de Gonzalez é uma fonte de inspiração e criatividade para coletivos feministas e organizações brasileiras. 
· Lélia Gonzalez em frente à ditadura militar, seu nome esteve na lista do DOPS. 
· Pertenceu ao Instituto de Pesquisas de Culturas Negras (IPCN). 
· Atuou em interface à cultura e a política. 
· Para Gonzalez, a linguagem cultural deve ser subvertida, já que o sexismo, classismo e racismo são resultado de profundas marcas de dominação colonial. Assim, fundamenta o pretuguês, para enfatizar influência africanas. 
Por que Améfrica Ladina? 
· Lélia Gonzalez dedicou-se a analisar cultural, histórico e processos econômicos que passaram os corpos negros. Entre 78 e 85 seus escritos são sobre o legado da escravidão e os efeitos do capitalismo na periferia do Brasil, com foco em questões de raça, gênero e sociedade. Suas reflexões nesse período analisaram formas de resistência subvertendo os grupos dominantes. 
· Na segunda metade da década de 80, Gonzalez expandiu seus horizontes, intensificando suas leituras para a psicanálise, antropologia e história. Rios cita, “Por um feminismo afro-latino americano”, apresentado na Bolívia em 1987, como um marco dessa segunda parte de sua produção, haja vista que Gonzalez passa a pensar a posição de mulheres negras, indígenas e não brancas nesse contexto latino-americano transnacional.
· Uma força política fundamental para o feminismo seria a incorporação de vozes, formas tradicionais de resistência, experiências políticas e narrativas de mulheres indígenas e negras, que Gonzalez chama de americanas. Ela desenvolveu esta categoria para dar conta da identidade coletiva formada por grupos das diferentes sociedades da região. Levando em consideração essa pluralidade étnica e,ao mesmo tempo, buscando solidariedade em comum solo, ela escreveu um artigo intitulado “A categoria político-cultural de amefricanidade ”, que foi publicado no mesmo ano que “Por um feminismo afrolatinoamericano”. 
· Pensar sobre Améfrica Ladina e não América Latina, é/foi uma subversão múltipla. Primeiro porque ela coloca em segundo plano os grupos subordinados pelo sistema patriarcal e colonial no continente. Em segundo, a noção também destaca as experiências e as formas de negros e indígenas. Em terceiro, busca a solidariedade transnacional sem negar as pluralidades territoriais, formações culturais e demográficas de cada país. Em quarto, a ideia de Améfrica Ladina problematiza as categorias e linguagens criados dentro do pensamento colonial. Por fim, representa uma abordagem anti-imperialista para a América do Norte, especialmente contra o propósito político do poder imperialista dominante da região: EUA.

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