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Fundamentos da Terapêutica Farmacológica - Resumo



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Lucas Melo – Medicina Ufes 103
Fundamentos da Terapêutica Medicamentosa
Receita
É a prescrição escrita de medicamento, contendo orientação de uso para o paciente (não necessariamente se limitam qual é o medicamento, a forma, ou a duração, qualquer informação que seja significante deve constar na receita, várias vezes demos a informação de forma oral e não colocamos na receita), efetuada por profissional legalmente habilitado, quer seja de formulação magistral ou de produto industrializado (medicação pronta ou que você mande manipular).
*A receita é um documento, além de apresentar as informações necessárias, ela é um documento legal e pode ser usada em processos judiciais, por isso é fundamental que tudo esteja legível, por isso que hoje em dia é bom fazer a receita impressa.
Notificação de Receita (NR)
Documento que acompanha a receita para autorizar a dispensação de medicamentos constantes das listas A1, A2, A3, B1, B2, C2 e C3 da portaria 344 de 12 de maio de 1998*. 
*Atualizada pela RDC 18, em 28 de janeiro de 2003.
Existem as medicações que necessitam de um documento que acompanhe a receita (não é só a notificação, são os dois, pois a NR é retida e a receita fica com o paciente), responsável por autorizar a dispensação dos medicamentos, sendo que, nesses casos, o nome desse documento é notificação de receita.
Notificação de Receita “A”
É a notificação de maior controle que temos, vai na SESA e pega os blocos de receituário.
· Caberá à autoridade sanitária fornecer o talonário de receita “A”, sua numeração e controle do uso (não pode emprestar para ninguém, pois está cadastrada com o seu nome e CPF, se acontecer alguma coisa você é o co-réu do processo).
· A reposição se fará mediante requisição preenchida e assinada pelo profissional, acompanhada dos canhotos dos talonários já utilizados devidamente preenchidos.
· A NR não pode conter emendas e rasuras. A letra deve ser legível, se não tiver bonitinho, a farmácia devolve e não vende o medicamento.
Nessa NR entram os psicotrópicos, que tem algum tipo de chance de dependência, como opióides, e medicações usadas para déficit de atenção e ansiedade.
Notificação de Receita B
· A NR ficará retida na farmácia e a receita que a acompanha será carimbada e devolvida ao paciente como comprovação da dispensação (o paciente deve levar a receita junto com a NR para comprar o remédio). 
· São medicações que agem no SNC mas tem um menor risco de dependência. 
· A NR não será exigida para pacientes internados.
· Apenas 1 (uma) substância deverá constar por NR.
*Na parte de preencher os dados do comprador, não somos nós, é quem for comprar, na farmácia mesmo, que vai preencher.
A diferença marcante é que a notificação de receita B, você que manda fazer, vai na SESA e pedir uma certa quantidade de liberação de receita, e vai numa gráfica, que não é qualquer uma, e eles imprimem para você.
Principais medicamentos utilizados para essa receita são os benzodiazepínicos.
Preenchendo a Notificação de Receita
1. Identificação do emitente: nome, endereço e tel. 
2. Identificação do usuário: nome e endereço. 
3. Nome do medicamento ou substância, dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade e posologia. 
4. Data de emissão, assinatura e carimbo do prescritor.
Notificação de Receita
Possui validade de 30 dias a contar da emissão. A NR “A” poderá conter a quantidade equivalente a 30 dias de tratamento e a NR “B” para 60 dias.
Receita de Controle Especial
Deverá ser preenchido em 2 vias, é branca e parece um receituário normal, manuscrito ou impresso, apresentando obrigatoriamente os dizeres “1° via – Retenção da Farmácia ou Drogaria” e “2° via – Orientação ao Paciente”, sendo que a primeira fica retida na farmácia.
*Como a medicação especial já tem uma via do paciente e uma via da farmácia, não precisa ir no receituário comum.
Possui validade de 30 dias a partir da emissão e a farmácia deverá carimbar a via do paciente.
Diferente das notificações de receita A e B, em cada receita o prescritor poderá listar no máximo 3 substâncias, e, não necessariamente, as 3 precisam ser de controle especial. A quantidade máxima aceita equivale a 60 dias de tratamento ou 5 ampolas (no caso desta apresentação), as únicas exceções são para antiparkinsonianos e antiepilépticos, para os quais é permitido o equivalente para até 6 meses de tratamento.
Além dos antiparkinsonianos e antiepilépticos, a receita de controle especial também é utilizada para anti-hipertensivos e antibióticos.  
 
Lembrando que são duas vias, uma da farmácia e uma do paciente, são vias idênticas, mas uma identificada como via do paciente e outra como via da farmácia.
Medicamentos Isentos de Prescrição
As categorias de medicamentos que exigem receituário comum e as que não precisam de prescrição se confundem. Como a metformina, que precisa de um receituário básico, mas se você chegar numa farmácia você pode comprar sem a receita, mas a legislação diz que você deveria levar a receita para ser carimbada pela farmácia, isso acontece por conta da falta de fiscalização.
As medicações que fazem parte da categoria de isentas são aquelas que possuem reações adversas com casualidades conhecidas, baixo potencial de toxicidade e de interações medicamentosas, e não deve possuir potencial de gerar dependência química ou psíquica.
Estão amparados pelas RDC’s 138/2003 e 98/2016. 
OBS: Quando coloca uso contínuo na receita, o paciente pode ir retirando os remédios por um ano na farmácia, pois a receita é entregue de volta, e quando for de uso contínuo, deve ser uma receita separada dos medicamentos que vão ser comprados apenas uma vez, mas não precisa ser uma receita para cada medicamento de uso contínuo, todos os de uso contínuo podem ir na mesma receita, apenas separados dos que não são de uso contínuo.