Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANATOMIA II - ANATOMIA DA FARINGE PABLO BERINI LEMGRUBER – MEDICINA FAMINAS A Faringe é órgão tubular que vai desde a base do crânio até o pescoço, mais ou menos a nível de C6, na borda inferior da cartilagem cricóidea. Tem uma camada externa formada por músculos em disposição circular (3) e uma camada interna formada por mucosa e músculos de forma longitudinal (3 também). Essa disposição acontece apenas na faringe, enquanto que no trato digestivo a composição das camadas externa e interna são contrárias. Ela tem função tanto no trato digestivo e no trato respiratório, uma vez que também vai conduzir o ar que entra na cavidade nasal, em seguida nasofaringe, orofaringe e traquéia, conduzindo o ar até as vias aéreas inferiores. Ao mesmo tempo que também faz parte do sistema digestivo a partir da contração de sua musculatura, que auxilia no movimento de deglutição, conduzindo o alimento da boca, em seguida orofaringe, hipofaringe (laringofaringe) e esôfago. Limites Superior: base do crânio, pelos ossos esfenóide e occiptal Inferior: esôfago Posterior: corpos vertebrais e a fáscia pré-vertebral Anterior: mandíbula e língua, osso hióide e cartilagens laríngeas Lateral: processos estilóides e musculatura da própria faringe Camada externa: Músculos M. Constritor Superior Origem: placa pterigóidea medial e rafe pterigomandibular Inserção: rafe mediana da faringe Envolve a naso/orofaringe. M. Constritor Médio Origem: ligamento estilo-hioide e osso hióide (corno maior) Inserção: rafe mediana faringe Envolve a naso/orofaringe. M. Constritor Inferior Origem: cartilagem tireóidea e cricoide Inserção: rafe mediana da faringe Na foto é possível ver que os dois músculos se inserem na linha média, uma estrutura fibrosa chamada de rafe mediana da faringe (de vermelho). Ambos são externamente recoberto pela fáscia bucofaríngea e internamente pela fáscia faringobasilar A inervação desses músculos se faz pelo plexo faríngeo, composto principalmente pelos: ramos do n. glossofaríngeo (IX par craniano) ramos do n. vago (X par craniano) ramos da raiz craniana do n. acessório (XI par craniano) A função desses músculos, em conjunto com os outros músculos da faringe, é a deglutição (empurrando o alimento em direção ao esôfago) visão posterior dos músculos constritores superior, médio e inferior envolvendo as estruturas da nasofaríngea, cavidade oral e laringe, compondo a laringofaringe Camada interna: Músculos M. Palatofaríngeo Origem: palato duro e aponeurose palatina, que forma o palato mole Inserção: cartilagem tireóidea e parte lateral da cartilagem tireóidea, faringe e esôfago M. Salpingofaríngeo Origem: parte cartilaginosa tuba auditiva Inserção: se funde com o músculo palato faríngeo M. Estilofaríngeo Origem: processo estilóide Inserção: cartilagem tireóidea, na parede lateral da faringe * Não precisa decorar os nomes, apenas saber sua origem e inserção Esses músculos elevam e encurtam a faringe, importantes no processo de deglutição e fonação. Esses músculos longitudinais que formam a camada interna são todos inervados, assim como os outros, pelo plexo faríngeo pelos: ramos do n. acessório via n. vago + plexo faríngeo exceção: o m. estilofaríngeo é inervado pelo n. glossofaríngeo. Anatomicamente a faringe se correlaciona com outros órgãos/cavidades do trato aéreo digestivo superior. Por isso é dividida em 3 porções: Nasal = Nasofaringe Oral = Orofaringe Laringe = Laringofaringe (hipofaringe) Nasofaringe Limites: Anterior: coanas + septo nasal Posterior: vértebras cervicais (1ª/2ª) + fáscia pré-vertebral + fáscia bucofaríngea Inferior: palato mole Superior: base do crânio (esfenóide/occipital) Laterais: músculo constritor superior da faringe + fáscia faringobasilar Na parede lateral da nasofaringe tem uma proeminência da cartilagem tuboauditiva que faz comunicação com o ouvido interno, e essa elevação dessa cartilagem recebe o nome de torus tubarius, no interior dessa elevação tem o orifício que comunica com o ouvido interno, o óstio faríngeo da tuba auditiva. Além disso, é nessa proeminência que alguns músculos da faringe se inserem (m. salpingofaríngeo, recoberto de mucosa formado a prega salpingofaríngea, que se funde com o palatofaríngeo com função de elevar a faringe e o palato mole. Na parte mais posterior tem um recesso, como se fosse uma canaleta, a fossa faríngea, que recebe o nome de fosseta de Rosenmuller) Em síntese, as relações anatômicas importantes da Nasofaringe: Trompa de Eustáquio: óstio da tuba auditiva (projeção na parede lateral da nasofaringe) Recesso faríngeo: parte posterior que forma uma fossa/canaleta que recebe o nome de fosseta de Rossenmuller (local mais comum de aparecimento de tumores da nasofaringe) No ápice: se correlaciona com o forame lacero (canal na base do crânio que dá passagem a a. carótida) Anterior: passa o n. mandibular (3ª divisão do n. trigêmeo) Posterior: orame jugular (passagem a veia jugular interna) e os n. cranianos XIX, X, XI (n. glossofaríngeo, n. vago e n. acessório) e canal do hipoglosso (medial) torus tubarius fazendo comunicação da nasofaringe com o ouvido médio e interno Por isso que quando há um aumento de pressão do ambiente, como subir uma serra, descer ou andar de avião, ocorre uma pressão no ouvido. Uma maneira de igualar essas pressões é abrindo a boca para a pressão se igualar na cavidade nasal nasofaríngea e a pressão que está sendo feita na membrana timpânica tende a melhorar (se igualar), melhorando a pressão que se sente no ouvido. Suprimento arterial (prof disse que não vai cobrar) A. carótida externa ramos da a. facial e a. tonsilar ramos da a. lingual ramos da a. palatina ascendente + descendente ramos da a. faríngea ascendente Drenagem venosa plexo faríngeo veia jugular interna Inervação nervos cranianos V2 + IX + X (trigêmio + glossofaríngeo + vago) nervos simpáticos Orofaringe Porção média da faringe Nível 2ª e 3ª vértebra cervical Entre nasofaringe e hipofaringe Comunica cavidade oral com a hipofaringe A orofaringe pode ser dividida em subsítios: - Palato mole - Base da língua - Fossa amigdaliana - Parede posterior (parte da orofaringe que vai estar anterior à coluna recoberto pela fáscia vertebral e pela mucosa) subsídios da orofaringe Palato Mole Limite superior da orofaringe e limite inferior da nasofaringe Inclui a úvula Função de enovelamento da orofaringe impedindo o refluxo de alimentos e líquidos para a cavidade nasal, e também importante para a fonação. Possui uma aponeurose palatina (parte fibrosa) presa ao palato duro que vai dar inserção aos músculos que compõe o palato mole, que são eles: - M. tensor véu palatino - M. palatoglosso - M. palatofaríngeo - M. da úvula - M elevador do véu palatino Marcou de importante nessa imagem: N. glossofaríngeo (correlação anatômica importante com a parede lateral da faringe), que em cirurgias de remoção das amígdalas pode ter lesão nesse nervo, que vai fazer a sensibilidade da parte posterior da língua. Inervação Motora: raiz craniana NCXI via nervo vago com exceção ao m. tensor véu palatino:trigêmio (V3) Sensitiva: nervos palatinos, ramos do nervo trigêmio (V2) Irrigação Artérias e veias palatinas (maxilar) Base da língua e valéculas Porção anterior orofaringe 1/3 posterior da língua e valéculas Pregas glossoepiglóticas mediana e laterais Amígdalas linguais Inervação - Motora: nervo hipoglosso (XII), com exceção ao músculo palatoglosso - Sensitivo: nervo glossofaríngeo Irrigação Artéria Lingual Fossa Amigdaliana Contém amígdalas palatinas (rica em tecido linfóide, mecanismo de defesa, e que dá o aspecto rugoso) Ela está entre pilar amigdaliano anterior (músculo palatoglosso) e pilar amigdaliano posterior (músculo palatofaríngeo), entre eles forma uma fossa (a fossa amigdaliana) onde está presente o aglomerado tecido linfóide (amígdalas palatinas), entre eles. Pilar Anterior e Posterior: Arco palatoglosso: é o próprio músculo palatoglosso Arco palatofaríngeo: músculo palatofaríngeo, delimita a fossa amigdaliana, onde vai ficar a amígdala ou tonsila palatina. Suprimento sanguíneo: 1. Ramo tonsilar da artéria facial 2. Ramos posteriores da artéria lingual 3. Ramos tonsilares das artérias palatinas ascendentes e descendentes 4. Artéria faríngea ascendente Inervação 1. Ramo tonsilar do nervo glossofaríngeo (sensibilidade geral e específica da base da língua) 2. Ramos palatinos do trigêmio (V2) Laringofaringe (Hipofaringe) Limites: Posterior: linha que passa pela epiglote Inferior: esôfago Na parte postero-lateral da faringe a musculatura do constritor inferior, que abraça a laringe, vai se prender na cartilagem tireóide e cricoide vai delimitar um espaço que, quando a laringe fecha o alimento passa pela hipofaringe para se continuar com esôfago, que recebe o nome de recesso piriforme visão posteiror da faringe: passando pela borda superior da cartilagem epiglótica inferiormente pela borda inferior da cartilagem cricóidea, quando alimentamos a epiglote fecha a laringe, a laringe se contrai e o alimento vai passar latero-posteriormente para se continuar ao esôfago, representado na imagem abaixo: Drenagem linfática - Linfonodos retrofaríngeos - Linfonodos parafaríngeos - Linfonodos cadeia jugular - Linfonodos trígono posterior Anel de Waldeyer Estrutura circular, não-contínua, que se forma a partir de vários aglomerados de tecido linfóide (cavidade oral, cavidade nasal, onde temos contato com antígenos do ambiente através da alimentação e respiração, e esse tecido linfóide vai ficar em forma de anel circulando essas cavidades). E por vez esse tecido linfóide se aglomera e forma as amígdalas (tonsilas). Esse tecido tende a ser hipertrofiado em crianças. Amígdala = tonsila temos: amígdala faríngea (adenóide), amídgala palatina (tonsila entre os pilares amigdalianos anterior posterior e tonsilas linguais (base da língua que dá o aspecto rugoso).
Compartilhar