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Principais Infecções Causadas pelo Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus

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Infecções Causadas pelo Streptococcus pyogenes
⇒ A infecção pelo Estreptococo do grupo A (GAS) pode resultar em diversas manifestações clínicas ⇒
faringites, impetigos, piodermites, erisipelas, escarlatina, síndrome do choque tóxico estreptocócico, fascitis
necrotizante, abscessos peritonsilar e periamigdaliano (supurativos), febre reumática, e glomerulonefrite
pós-estreptocócica.
⇒ Existem muitos tipos de S.pyogenes (mais de 100 identificados) ⇒ Os tipos 1, 3, 5, 6, 18, e 24 estão
associados à febre reumática. Já os tipos 49, 55, 57 e 60 estão associados à piodermite e à glomerulonefrite
pós-estreptocócica.
# A proteção imune é sorotipo-específica (específica para cada tipo).
⇒ O homem é o reservatório natural do Estreptococo do grupo A ⇒ As principais portadoras são as crianças
sadias (alguns adultos também tem).
⇒ A transmissão da infecção ocorre através de gotículas de saliva e secreções nasais liberadas pelos
doentes ⇒ Bactéria fixa-se na mucosa da naso e orofaringe, inicia a colonização e infecção.
# Aglomeração e o contato próximo são fatores epidemiológicos que favorecem a transmissão ⇒
creches, escolas, quartéis militares e residências com grande número de pessoas.
#Existem alguns fatores que aumentam os riscos de ser acometido por uma forma mais grave de
infecção pelo S.pyogenes ((bacteremia, síndrome do choque tóxico, fasciíte necrotizante) ⇒ pneumopatia ou
cardiopatia crônica, HIV+, diabetes mellitus.
⇒ O período de incubação da bactéria muda conforme a "manifestação clínica que irá ocorrer” ⇒ 2-5 dias
para a faringite e 7 - 10 dias para o impetigo por exemplo.
⇒ Escarlatina (Segunda doença)
⇒ Doença exantemática (uma das manifestações da infecção pelo Estreptococo do grupo A).
⇒ Geralmente ocorre associada a uma faringite (raramente, mas pode ocorrer, junto com uma piodermite ou
ferida cirúrgica).
⇒ Mais comum de ocorrer em pré-escolares e escolares, na faixa etária de cinco a 15 anos.
⇒ Manifestações clínicas:
⇒ Período de Incubação⇒ 2-5 dias.
⇒ Na fase prodrômica⇒ doença tem início agudo com febre alta (39 a 40 °C), calafrios, vômitos,
cefaléia, prostração,amigdalite e dor abdominal.
⇒ Faringite estreptocócica (amígdalas
frequentemente estão edemaciadas, hiperemiadas e
recobertas por um exsudato), a úvula também pode estar
hiperemiada, com petéquias, e edemaciada com aspecto
gelatinoso.
⇒ Enantema ⇒ No primeiro dia de
infecção a língua fica com aspecto de “morango branco”
(papilas hipertrofiadas e saburra branca recobrindo sua
superfície). No terceiro dia a lingua fica com aspecto de
“morango vermelho” ou “framboesa” ⇒ saburra
desaparece e as papilas linguais avermelhadas tornam-se evidentes.
⇒ Na fase exantemática⇒ O exantema surge após 24 a
48 horas ⇒ com aspecto eritematoso e micropapular (pele fica
parecendo uma “lixa” ⇒ uma textura áspera). O exantema surge
primeiro no tórax e se estende para o restante do tronco, pescoço e
membros Poupa a região palmoplantar).
# Face e as bochechas ficam hiperemiadas,
contrapondo a região perioral que fica pálida ⇒ sinal de Filatov.
# Nas regiões flexoras da pele o exantema é mais
intenso ⇒ causando aparecimento de linhas transversais⇒ sinal de
pastia.
# Depois de +- 1 semana o exantema vai chegando ao
fim, contudo ele deixa uma descamação fina ( desaparece
inicialmente na face e pescoço e últimos lugares são pés e mãos).
⇒ Diagnóstico⇒ Clínico (identificação dos sinais e exantema típico).
⇒ Em caso de dúvida ⇒ é possível confirmar ou excluir suspeita com a cultura de orofaringe
em meio ágar-chocolate através da realização de swab (sensibilidade de 90-95%). contudo a cultura demora
a ficar pronta.
⇒ Testes rápidos disponibilizam resultado mais rápidos, contudo menos sensíveis e com
maior custo
⇒ Tratamento⇒ Antibioticoterapia com penicilina (visando encurtar o tempo de doença + reduzir a
probabilidade de transmissão da bactéria + reduzir as chances de complicações supurativas e não
supurativas como a febre reumática).
⇒ Medicações sintomáticas (analgesico e anti-histaminicos) podem ser usadas enquanto
paciente tiver sintomas:
⇒ Desloratadina (0,5 mg/ml)
# Penicilina G Benzatina:
⇒ Se < ou = a 27 Kg ⇒ 600.000 unidades IM em dose única.
⇒ Se >27 Kg ⇒ 1.200.000 unidades IM em dose única.
# Caso de alergia a penicilina ⇒ Cefalexina (500mg/5ml):
⇒ Criança ⇒ 0,06-0,25 ml/kg/dose (25-100mg/Kg/dia) VO de 6/6horas por 7 dias.
⇒ Adultos ⇒ 1g VO de 6/6 horas por 7 dias.
⇒ Impetigo ⇒ infecção superficial da pele causada pelo Estreptococo do grupo A.
⇒ Impetigo não bolhoso (crostoso - tipo mais comum) ⇒ Em geral tem início na face (região das
narinas) ou extremidades com traumatismos prévios (picada de inseto, laceração ou lesões causadas por
varicela) ⇒ Lesão inicia como papulovesicular eritematosa,⇒ evolui com formação de pus em seu interior e
crostas espessas cor de âmbar com tendência a confluir.
# Normalmente não ocorre febre ou sinais
sistêmicos.
# Pode ocorre linfadenite regional.
⇒ Tratamento Empírico:
# Impetigo Crostoso com poucas lesões ⇒
Mupirocina 2% creme ------ Aplicar na lesão de 8/8 horas por 7
dias.
# impetigo Crostoso com múltiplas lesões ⇒ Penicilina benzatina (dose conforme peso⇒ < 20
Kg 600.000 unidades IM dose unica e > 20 Kg 1.200.000 unidades IM dose unica)
⇒ Impetigo bolhoso (menos comum - geralmente afeta lactentes) ⇒ Manifesta-se com pequenas
vesículas que evoluem para bolhas flácidas com até 2 cm de diâmetro, em face, nádegas, tronco e períneo⇒
conteúdo da bolha pode se romper (demonstrando case eritematosa brilhante e úmida).
⇒ Tratamento ⇒ Mupirocina 2% creme de 8/8horas por 7 dias
+ Cefalexina 25 - 50 mg/kg/dia VO de 6/6 por 5 dias
⇒ Celulite⇒ infecção aguda da pele, com o acometimento do tecido subcutâneo ⇒
ocorre geralmente devido a uma “porta de entrada na pele” ( agente mais comum ⇒ S. pyogenes e o S.
aureus) ⇒ manifesta-se com eritema (diferente da erisipela,não
apresenta limites muito bem definidos) + edema + dor.
⇒ Tratamento ⇒ Quadros de celulite localizados ( sintomas
sistêmicos ausentes ou leves) ⇒ não há critérios de internação, TTo pode
ser feito com Antibioticoterapia e cuidados locais ⇒ Cefalexina.
⇒ Caso sintomas sistêmicos moderado-grave ⇒
internação hospitalar.
⇒ Erisipela⇒ Infecção bacteriana que acomete derme superior e/ou sub cutânea
(incluindo vasos linfáticos superficiais) ⇒ quadro de início agudo, com febre, mal-estar (geralmente antes do
quadro cutâneo) e uma área eritematosa bem delimitada (inicia com eritema e bolhas superficiais ⇒ evolui
para dor, vermelhidão, edema e rubor).
# Marcadores de gravidade⇒ > 60 anos ; acometimento
facial; sinais de sepse; imunossupressão.
⇒ Tratamento ⇒ Erisipela leve⇒ antibioticoterapia oral (ATB
que cubra estreptococos beta-hemolíticos)
⇒ Erisipela moderada-grave (progressão rápida
; sinais de toxicidade) ⇒ antibioticoterapia parenteral).
⇒ Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócico (SCTE)⇒ forma invasiva da
infecção estreptocócica (choque e falência de múltiplos órgãos).
⇒ Diagnóstico ⇒ Hipotensão + 2 dos seguintes:
− Disfunção renal.
− Coagulopatia.
− Disfunção hepática.
− Insuficiência respiratória.
− Exantema macular eritematoso disseminado.
− Necrose de tecidos moles.
# Critérios clínicos + isolamento de GAS de um local estéril ⇒ caso definido
# Criterios clínicos + isolamento de GAS de um local não estéril ⇒ Caso provavel.
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Infecções causadas pelo Staphylococcus aureus
⇒ O S. aureus (bactérias Gram-positivas, em forma de esferas) é o principal micro-organismo causador das
infecções de pele (impetigo, furúnculos, celulites, abscessos, infecção de feridas, onfalites). Também pode
causar infecções sistêmicas (síndrome do choque tóxico, síndrome da pele escaldada, artrites, osteomielites
e abscessos profundos).
⇒ Síndrome da pele escaldada
⇒ Também conhecida como síndrome de Ritter ⇒ é causada pelas cepas 71 e 55 de S. aureus
⇒ Entre os focos infecciosostemos: nasofaringe, coto umbilical, trato urinário ou lesões cutâneas.
⇒ Essas cepas produzem toxinas epidermolíticas ou esfoliativas A e B, as quais causam clivagem da
epiderme ao nível da camada granulosa da epiderme (devido à imaturidade renal - baixa capacidade de
“excretar” essa toxina os neonatos e lactentes jovens são mais suscetíveis).
⇒ Manifestação Clínica⇒ Ocorre principalmente em < 5 anos ⇒ Intensidade pode variar (pequenas bolhas
localizadas até extensas lesões com comprometimento sistêmico), pode ocorrer febre, irritabilidade e
sensibilidade cutânea antes de ocorrer o exantema (eritema difuso e brilhante, mais acentuado em áreas
periorificiais e flexuras de membros).
# 2 - 5 dias depois do aparecimento do eritema, a pele torna-se enrugada, e começam as
fissuras e destacamento da pele (epiderme pode se destacar com leve pressão - sinal de Nikolsky).
# A cavidade oral costuma não sofrer alteração.
# Mesmo com o quadro, as crianças, geralmente, continuam apresentando BEG.
⇒ Tratamento⇒ TTO sistêmico com penicilinas resistentes à penicilinase (oxacilina) ou vancomicina.
# Oxacilina 100 a 150 mg/Kg/dia dividida em doses de 6/6 horas (máx 12 g/dia)
⇒ Síndrome do Choque Tóxico Estafilocócico
⇒ Síndrome multissistêmica provocada pelo S. aureus produtor da toxina-1 e de enterotoxinas
⇒ Mais comum de ocorrer em mulheres de 15-25 anos que usam tampões vaginais (crianças e homens
podem ser afetados, principalmente a partir de tampões nasais, feridas infectadas, queimaduras)
⇒ Manifestação Clínica⇒ Início rápido com febre, mialgias, vômitos e
diarreia ⇒ Evolução para hiperemia cutânea generalizada (semelhante a
queimadura por exposição ao sol), também acomete mucosa vaginal, oral
(língua em morango) e conjuntival.
# Pode ocorrer disfunção hepática e renal, coagulação
intravascular e comprometimento neurológico.
⇒ Diagnóstico⇒ Presença de 3 critérios maiores (febre > 38.8 °C +
hipotensão + eritrodermia com descamação posterior) associado com 3 ou
+ critérios menores (Inflamação de mucosa oral, lingual, vaginal
ou conjuntival ; vômitos e diarreia ; disfunção hepática ; disfunção renal ;mialgias e elevação de enzimas
musculares ; disfunção neurológica ; trombocitopenia < 100.000 plaquetas/mm3).
⇒ Tratamento⇒ antibióticos anti beta lactamase (oxacilina) ou vancomicina IV.

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