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- Infecções da epiderme, derme, tecido subcutâneo ou anexos (ex: folículo piloso) por bactérias piogênicas > Mais comumente por S. aureus e S. pyogenes - S. aureus: > 60% da população saudável tem colonização ocasional > Em grande parte das vezes a colonização é na orofaringe > Meio de transmissão: mãos > Toxinas: escarlatina, SSSS, choque tóxico - Streptococcus do grupo A: > 10% da população é carreadora > 20% dos escolares são colonizados > Colonização geralmente se dá na orofaringe e região perianal > Progressão rápida FORMAS CLÍNICAS **IMPETIGO** - Infecção cutânea superficial - Bastante contagiosa - Falta de higiene é fator predisponente - Mais comum em crianças - Prurido atua como um meio de disseminação - "Impetiginização" propicia outras dermatoses - Crosta melicérica -> Sempre deve nos fazer lembrar de infecção bacteriana - Impetigo não bolhoso > 70% dos casos > Infecção por Streptococcus grupo A e S. aureus > Lesão se apresenta como mácula eritematosa > Vésico-pápula > Crostas melicéricas > Adenopatias > Pode haver complicações graves como glomerulonefrite e febre reumática - Diagnóstico > Geralmente é clínico > Dermatose associada > Exames bacterioscópicos e culturais - Tratamento > Limpeza e remoção das costas > Antibioticoterapia tópica ou sistêmica (cefalosporina 1ª geração) **ECTIMA** - Infecção por S. aureus e S. pyogenes - Inicia-se como impetigo -> Negligenciado - Lesão profunda com crosta seca, espessa e aderente - Pode haver ulceração - Evolução com cicatriz - Muito comum em moradores de rua e pessoas com DM Piodermites e Farmacodermias Piodermites Piodermites e Farmacodermias - Impetigo bolhoso > Infecção pelo S. aureus > Apresenta-se na forma de vesículas e bolhas flácidas > Lesões mais duradouras do que no impetigo > Erosão com resto de bolha > Principalmente em recém nascidos e lactentes **ERISIPELA** -Infecção por estreptococos > Entrada por solução de continuidade -> Ulcerações, dermatomicose - Estase venosa e edema facilitam o desenvolvimento = É mais frequente em pacientes com DM, doenças cardiorrespiratórias, hematológicas e imunodeficiências - Placa infiltrada, bem delimitada, bordos elevados, eritema, dor e calor -> Ocorre mais comumente em membros e face - Evolução rápida - Pode haver adenopatias, sintomas sistêmicos, alterações laboratoriais - Pode ocorrer: erisipela bolhosa, erisipela recidivante, elefantíase **FASCEÍTE NECROTIZANTE** - Infecção rara e grave -> Causada por anaeróbios - Traumas de partes moles - Clínica > Febre, toxemia, área eritemato-violácea edematosa que evolui para necrose - Diagnóstico > Cultura, antibiograma e exames de imagem para determinar a profundidade - Tratamento > Antibioticoterapia > Desbridamento cirúrgico **CELULITE** - Acomete o tecido celular subcutâneo -> Solução de continuidade - Causada mais comumente por S. pyogenes e S. aureus - A lesão não é elevada e não tem bordos marcados, é mais dolorosa à palpação - Pode acontecer abscesso e necrose - Febre, risco de choque séptico - Tratamento (também se aplica para erisipela) > Repouso, cuidados gerais com a pele, antibioticoterapia > Hospitalização (pacientes com comorbidades) **SÍNDROME DA PELE ESCALDADA PELO ESTAFILOCOCO** - Doença causada por exotoxinas esfoliativas do S. aureus - Acomete principalmente recém nascidos e crianças - Acontece alguns dias após faringites, conjuntivites, otites ou outras infecções por estafilococos - Apresentação > Febre e eritema difuso > Grandes bolhas flácidas e áreas de erosão - Tratamento: > Antibioticoterapia **FOLICULITES** - Piodermite que inicia no folículo piloso - Facilitada por obstrução ou irritantes químicos e físicos - Acomete pessoas de qualquer idade - Geralmente, o agente infeccioso é o S. aureus > Em indivíduos imunodeprimidos, há presença de outros germes - Foliculite superficial > Pústula ou pápulo-pústula centrada por pelo > Lesões numerosas > Couro cabeludo, face e membros > Forma crosta ao romper - Foliculites profundas > Sicose da barba - Acomete todo o folículo piloso e área perifolicular - Pústulas foliculares evoluem para placas vegetantes - Cronifica e forma cicatriz - Diagnóstico diferencial com tinha da barba > Hordéolo ou Terçol - Infecção profunda dos cílios e glândulas de Meibonius por S. aureus - Tratamento com compressas e antibióticos tópicos - Pseudofoliculite da barba e da virilha > Reação de corpo estranho ao pelo com infecção secundária > Pelo ulotríquio -> Pelo que nasce e se curva para a pele > Depilação frequente - Tratamento: > Não depilar, antissépticos antes e depois, ATB tópicos, antibioticoterapia oral em casos graves **ABSCESSO** - Comumente foliculocêntrico, mas pode se desenvolver em áreas de trauma, queimaduras e catéteres - Cavidade cheia de pus - Tratamento com drenagem e antibióticos **PARONÍQUIA** - Acometimento das dobras ungueais por bactérias e fungos - Propiciada por traumatismo e umidade > "Doença da dona de casa" - Tratamento VO se infecção aguda - Critérios diagnósticos DRESS Farmacodermias EXANTEMA - Erupção eritematosa macular ou máculo-papular - Representa 90-95% das reações dermatológicas a fármacos - Começa no tronco e há disseminação periférica bilateral - Prurido - Resolução entre 7-14 dias - Diagnóstico diferencial > Exantema viral, doenças do colágeno, infecções bacterianas - Drogas que podem causar: > Penicilinas, ampicilinas, sulfas, ARVs, anticonvulsivantes EERUPÇÃO FIXA À DROGA - Mancha intensamente eritematosa, violácea, acastanhada, pode haver edema e tornar-se uma placa ou bolha; há ardor - Acomete locais variados, áreas genitais são envolvidas > Geralmente recorre no mesmo lugar - Manifestações menos frequentes são: febre, mal-estar, dor abdominal - Pode iniciar em até menos de 24 horas se o paciente já estiver sensibilizado - Drogas que podem precipitar: > AAS, fenilbutazona, codeína, AINEs, sulfas, ATB, griseofulvina, fenoftaleína SÍNDROME DE HIPERSENSIBILIDADE - Febre, mal-estar, acometimento dermatológico começa no rosto - Envolvimento sistêmico - Inicia 1-6 semanas após a exposição - Se eosinofilia: DRESS (rash por drogas com eosinifilia e sintomas sistêmicos) - Drogas: anticonvulsivantes, minociclina, sulfas, dapsona, alopurinol > Se anticonvulsivantes: risco familiar ERUPÇÕES URTICARIANAS - Urticas de tamanhos variados e pruriginosas que surgem em menos de 24 horas -> Les]oes efêmeras, geralmente o quadro todo dura mais de 1 dia - Angioedema: unilateral, não-pruriginoso, durando de 1 hora a 5 dias = Mecanismos > Reação por hipersensibilidade imediata a IgE; imunocomplexos III, liberação imediata de histamina - Drogas que podem causar: > IECAs, sulfas, dipirona, AAS, penicilinas, codeína, morfina VASCCULITE - 10% das vasculites cutâneas - Geralmente envolve pequenos vasos - Púrpura palpável, urticária, bolhas hemorrágicas, nódulos, úlceras, necrose digital, erupção Raynaud-símile - Pode estar acompanhada de envolvimento sistêmico: intestino, fígado, SNC - Comum em usuários de drogas - Drogas que podem precipitar > AINEs, anticonvusivantes, fenilbutazona, tiazídicos, alopurinol, sais de ouro, sulfas, AAS PEGA: PUSTULOSE EXANTEMÁTICA GENERALIZADA AGUDA - Placas eritematosas com pústulas estéreis - Acomete face e partes superiores do corpo - Ocorre febre - Aparece 1-3 semanas após o início do tratamento, mas em pacientes jpa sensibilizados em 2-3 dias - Descamação residual após 2 semanas - Diagnóstico diferencial > Psoríase, doença de Sneddon-Wilkinson - Drogas que podem causar: > Itraconazol, AINEs, beta-bloqueadores e antibióticos SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON E NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA - 2-3 casos em 1000000 - Reações graves: erupção máculo-papular coalescente, com formação bolhosa e destacamento da epiderme - Dois ou mais sítios mucosos envolvidos - Poucas diferenças clínicas > SSJ nem sempre acomete as mucosas e NET acomete as mucosas > Geralmente começa insidiosa -> Pode começar só com eritema e ir piorando se o medicamento não for suspenso > HIV e malignidades -> Desenvolvem mais SSJ - Deve-seusar ATB para não evoluir com infecção secundária - Nem sempre são associadas a drogas -> Pode ser por vírus - Sintomas sistêmicos e achados laboratoriais - 5-40% de mortalidade - Preditor de mortalidade NET PRURIDO - Afastar outras causas -> Xerose, paraneoplasia, ansiedade - Acompanha a maioria das reações - Pode ser a única manifestação da reação - Diagnóstico dificultado pois pode haver lesões secundárias ao ato de coçar ERITRODERMIA - Drogas constituem uma das etiologias: aparecimento rápido e tende a regredir com a suspensão - Eritema e edema difusos, escamação esfoliativa, prurido que acometem toda a extensão do tegumento - O que pode precipitar > Banhos e infusões com ervas, sair de ouro, sulfas, barbitúricos, antibióticos MANEJO - Suspender drogas suspeitas - Investigar adequadamente - Tratar prontamente reações graves - Evitar reexposições - Raramente é possível manter drogas em reações leves TRATAMENTO - Corticosteroides -> Uso relativo - Imunoglobulina humana para casos muito graves - Anti-histamínicos -> Pode ser o único em farmacodermias leves - Suporte - Seguir protocolos, porém analisar cada caso individualmente PREVENÇÃO - Observar fatores de risco para a primeira reação - Próximas reações: > Evitar drogas semelhantes ou com reação cruzada, usar identificador, aspectos hereditários (familiares de primeiro grau - considerar principalmente na SSJ/NET e DRESS)
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