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TCC Adaiane Alfabetização e letramento (1)


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6
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
ADAIANE APARECIDA DA SILVA
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: LEITURA E ESCRITA NOS ANOS INICIAIS
Taubaté – SP
2019
Adaiane Aparecida da Silva
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: LEITURA E ESCRITA NOS ANOS INICIAIS
Trabalho de Conclusão de Curso de graduação apresentado ao Núcleo de Educação a Distância da Universidade de Taubaté como parte dos requisitos para colação de grau no curso de licenciatura em Pedagogia.
Orientação: Profa. Ms. Josimary de Oliveira Pinto
Taubaté – SP
2019
Adaiane Aparecida da Silva
Alfabetização e letramento: Leitura e escrita nos anos iniciais
Trabalho de Conclusão de Curso de graduação apresentado ao Núcleo de Educação a Distância da Universidade de Taubaté como parte dos requisitos para colação de grau no curso de licenciatura em Pedagogia.
Data: ___ / ___ / ______
Resultado: ____________________________________
BANCA EXAMINADORA
Prof. _________________________________________ Universidade de Taubaté
Assinatura
Prof. _________________________________________ Universidade de Taubaté
Assinatura
Prof. _________________________________________ Universidade de Taubaté
Assinatura
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus por ter me dado, saúde, sabedoria, coragem e força para superarmos todas as dificuldades que sugiram durante o desenrolar do nosso curso acadêmico. E a minha família pelo incentivo e forças que me deram no decorrer do meu curso.
Alfabetização e letramento: Leitura e escrita nos anos iniciais
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo relatar sobre a alfabetização e letramento: leitura e escrita nos anos iniciais, nas escolas, sobre como ocorre o processo de alfabetização nas mesmas. A alfabetização diz a respeito do desenvolvimento de capacidades relacionadas ao ato da leitura e escrita, já o letramento desenvolve a habilidade de utilizar a capacidade de leitura e escrita para responder as exigências da sociedade, por isso se torna fundamental alfabetizar letrando nos anos iniciais do ensino fundamental. A metodologia deste trabalho é de cunho qualitativo. O trabalho tem por finalidade propiciar a reflexão sobre o processo de letramento e alfabetização da criança, assim como dos diversos aspectos envolvidos nesta aquisição, além de proporcionar o conhecimento do processo da escrita como ato dotado de sentido tanto para o leitor quanto para o interlocutor, bem como oferecer subsídios para a prática pedagógica do professor alfabetizador. Com isso a atuação do professor precisa ser planejada, organizada e transformada em um objeto de reflexão no sentido de buscar não só os avanços dos alunos, mas propiciar as condições afetivas que contribuam para o estabelecimento de vínculos positivos entre os alunos, os conteúdos escolares e a vida em sociedade.
Palavras-chave: Alfabetização- Letramento- Professor.
Sumário
1 INTRODUÇÃO	7
1.1 Problema	8
1.2 OBJETIVOS	8
1.2.1 Objetivo Geral	8
1.2.2 Objetivos Específicos	9
1.5 RELEVÂNCIA DO ESTUDO	9
1.6 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO	10
2 REVISÃO DA LITERATURA	10
3. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: DIFERENTES CONCEITOS	12
3.1- O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO	14
CONSIDERAÇÕES FINAIS	15
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS	16
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo abordar sobre a alfabetização e letramento: leitura e escrita nos anos iniciais. A leitura e a escrita são instrumentos de inserção e participação na sociedade letrada, com isso é preciso garantir a todas as crianças esse direito.
Saber ler e escrever possibilita o sujeito do seu próprio conhecimento, pois sabendo ler, ele se torna capaz de atuar sobre o acervo de conhecimento acumulado pela humanidade através da escrita e, desse modo, produzir, ele também, um conhecimento. (BARBOSA, 2013, p.19)
A criança precisa perceber a função social da leitura e da escrita dentro e fora da instituição escolar, por meio das práticas sociais, na sua utilização no dia a dia. O educando precisa vivenciar o ambiente letrado e alfabetizador, para que possa perceber o processo de aprendizagem da escrita como um ato dotado de sentido, tanto para aquele que escreve quanto para aquele que lê.(BARBOSA, 2013)
Com isso, o desafio que se coloca para os anos iniciais do ensino fundamental e o de conciliar estes dois processos, para assegurar aos educandos a apropriação do sistema da leitura e escrita e condições que possibilite o uso da língua nas práticas sociais.
Podemos entender tal relevância no sentido da participação crítica nas práticas sociais que envolvem a escrita, mas também no sentido de considerar o diálogo entre conhecimentos da vida cotidiana, constitutivos de nossa identidade cultural primeira, com os conhecimentos de formas mais elaboradas de explicar aspectos da realidade. (GOULART, 2002, p.52, Revista escola Abril)
Considerando-se que os alfabetizandos vivem numa sociedade letrada, em que a língua escrita está presente de maneira visível e marcante nas atividades cotidianas, inevitavelmente eles terão contato com textos escritos e formularão hipóteses sobre sua utilidade, seu funcionamento, sua configuração. Excluir essa vivência da sala de aula, por um lado, pode ter o efeito de reduzir e artificializar o objeto de aprendizagem que é a escrita, possibilitando que os alunos desenvolvam concepções inadequadas e disposições negativas a respeito desse objeto. Por outro lado, deixar de explorar a relação extra-escolar dos alunos com a escrita significa perder oportunidades de conhecer e desenvolver experiências culturais ricas e importantes para a plena integração social e o exercício da cidadania.
A experiência com textos variados e de diferentes gêneros é fundamental para a comunicação do ambiente de letramento, a seleção do material escrito, portanto, deve estar guiada pela necessidade de iniciar as crianças no contato com diversos textos e de facilitar a observação de práticas sócias de leitura e escrita nas quais suas diferentes funções e características sejam consideradas. Nesse sentindo, os textos de literatura geral e infantil, jornais, revistas, textos publicitários, entre outros, são os modelos que se podem oferecer as crianças para que aprendam sobre linguagem que se usa para escrever. (BRASIL, 1998, p.151-152)
Com isso, a prática educacional deve ser organizada de forma a proporcionar a socialização e o desenvolvimento das potencialidades e das habilidades da criança. Para isso
 “a mediação feita pelo professor durante as atividades pedagógicas devem ser sempre permeadas de procedimentos de acolhimento, simpatia, respeito, apreciação, além de compreensão e aceitação e valorização do outro”.( LEITE; TASSONI,2002, p.20)
Nesse sentido, “entende-se que a ação pedagógica adequada é aquela contemple de maneira articulada e simultânea a alfabetização e o letramento” (BRASIL, 2008, p.13), nos anos iniciais do ensino fundamental, com isso é imprescindível que o professor alfabetizador planeje todo esse trabalho na sala de aula, pois assim ele se orientara e terá uma compreensão mais ampla e minuciosa do processo e desenvolvimento de cada criança.
Dessa forma o presente trabalho propõe averiguar como ocorre o processo da alfabetização. Para tal, esta apresentará um estudo de referências bibliográficas recentes.
1.1 Problema
Como se dá o processo da leitura e escrita de forma significativa para o aprendizado dos alunos?
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Pretende-se elencar a importância da alfabetização e letramento, não de formas dissociáveis, mas sim como um processo único que contribui para o desenvolvimento cognitivo do aluno e o ajuda a se tornar um cidadão alfabetizado e letrado.
1.2.2 Objetivos Específicos
· Busca-se caracterizar conceitos acerca de alfabetização e letramento, para maior esclarecimento das definições, para professores/educadores e especialistas de educação básica;
· Caracterizar boas práticas de ensino, para que os alunos se tornemalfabetizados e letrados de maneira concomitante.
· Codificar informações sobre intervenção do professor no processo de alfabetização dos anos iniciais.
1.2.3 METODOLOGIA
Esta pesquisa é de caráter bibliográfico ocorre o processo de alfabetização.
1.3 DELIMITAÇÃO DO TEMA
Acerca da abrangência da pesquisa, pretende-se elencar sobre conceitualização das expressões e a relevância de desenvolver ações concomitantes aos dois processos mencionados. Busca-se pesquisar as diversidades conceituais do letramento em consonância com a alfabetização, valorizando e dando significado as vivências de cada aluno.
1.3 RELEVÂNCIA DO ESTUDO
 
 Os estudos acerca dos processos de alfabetização e letramento são de grande significado para todos os aspectos cognitivos e sociais presentes nas ações de desenvolvimento da criança. No decorrer do processo ensino e aprendizagem, deve-se valorizar a vivência do aluno, bem como seu conhecimento prévio e as informações que o estudante possui. A alfabetização deve ocorrer neste contexto, valorizando as essências e percepções do estudante, diante do seu entorno. Desta forma a alfabetização precisa assumir um caráter de significado para a vida, para não somente aprender a decifrar códigos, mas, sobretudo permitir ao aluno compreender a formação das palavras e posteriormente forma-las e lê-las de forma interpretativa. O mesmo processo espera-se para a leitura dos textos. O processo de apropriação da aprendizagem está intrinsecamente relacionado às concepções sobre o desenvolvimento humano. Segundo CHAVES (2010) são muitas as formas de compreender o desenvolvimento humano e consequentemente o cognitivo, e que este pode ser influenciado pela interação de diversos fatores, tanto de caráter cultural ou social.
 
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
O presente trabalho inicia-se com a Introdução do estudo, na qual aborda-se a alfabetização e o letramento como práticas da escrita e da leitura. Foram mencionadas as pesquisas ressaltando as competências linguísticas deste, a descrição do problema, dos objetivos, a delimitação do estudo.
A revisão de literatura encontra-se no capítulo sequente. Neste são apresentadas pesquisas de diferentes autores, que orientam este trabalho.
No terceiro capítulo encontra-se a fundamentação teórica, onde relatará as definições da alfabetização e do letramento, o ambiente alfabetizador e suas implicações, e o papel do professor no processo da escrita e da leitura.
O último capítulo apresentam os resultados, devidamente analisados e discutidos, baseados em teóricos e pesquisas de forma contextualizada.
2 REVISÃO DA LITERATURA
Toledo (2012) realizou uma pesquisa relacionada à “alfabetização na perspectiva do letramento” no contexto de escola pública de Juiz de Fora, com alunos do ensino fundamental, verificando a alfabetização em determinado momento histórico, a inserção do aluno no mundo letrado. Sabe-se que é fundamental que as crianças adquiram capacidades inerentes ao sistema dos usos sociais que faz da leitura e da escrita. Os dados coletados afirma que os professores envolve os alunos em situações significativas de leitura e de escrita, de modo que possam perceber a função do aprendizado de ler e escrever.
Martins e Spechela (2012) realizaram um estudo sobre “a importância do letramento na alfabetização”, tratando da origem, conceitos desses processos educacionais. O texto tem como proposta a construção dos conceitos e as contribuições desses dois processos (alfabetização e letramento) trouxeram para a educação. O trabalho evidenciou que o letramento constitui-se um instrumento para melhores resultados na formação das crianças que saem dos anos iniciais do ensino fundamental.
Rubin (2010) realizou uma pesquisa sobre “a alfabetização e o letramento por meio de diferentes portadores de textos” em uma escola da rede pública de ensino de Caxias. Com objetivo de relatar a concepção da alfabetização como um processo contínuo e o letramento têm inicio quando a criança começa a conviver com diferentes manifestações na escrita na sociedade. Os dados coletados abordou a importância de desenvolver práticas de leitura e escrita com diferentes portadores de textos como contribuição para facilitar e promover a construção de habilidades leitoras.
Ribeiro (2009) realizou uma pesquisa sobre “alfabetização e letramento: os impactos da prática docente”, com a finalidade de analisar as implicações da prática docente no contexto das series iniciais do ensino fundamental de uma escola pública da rede municipal de Salvador. Através dos dados coletados apontaram que 
a intervenção pedagógica do professor nas classes de alfabetização só será satisfatória se houver uma formação adequada, sendo este resultado de uma prática docente constituída de conhecimentos teóricos, conceituais e metodológicos aliado na experiência de alfabetizar na perspectiva do letramento.(RIBEIRO, 2009, p.06)
Almeida (2008, p.76) em seu estudo relata que o 
letramento é dar sentido a leitura e a escrita por meio de objetivos preestabelecidos, é ler o mundo real, seja para diversão, informação ou instrução. É também se orientar no mundo, percebendo o sentindo nas placas, letreiros de ônibus, nomes de ruas, interpretando mapas. É descobrir quem se é e onde se pode chegar. 
Soares (2006), em seu livro letramento: um tema em três gêneros discute os conceitos de alfabetização e letramento em suas diversas facetas. De acordo com seus estudos, o ato de aprender a ler e escrever traz consequências sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas e linguísticas para o educando ou para o contexto social em que vive. 
A palavra letramento serve para designar aquele indivíduo que sabe utilizar a competência alfabética, isto é a capacidade de ler e escrever como instrumento para favorecer melhores condições de vida, por meio da prática social.(SOARES, 2006, p.18)
Ferreiro (2001) em sua pesquisa diz das mudanças necessárias para enfrentar as bases da nova alfabetização. 
È preciso reintroduzir, quando considerarmos a alfabetização, a escrita como sistema de representação da linguagem. Atrás disso há um sujeito cognoscente, alguém que pensa que constrói interpretações, que age sobre o real para fazê-lo seu. O aluno é alguém que pensa que constrói interpretações, que age sobre o real.(FERREIRO, 2001, p.12)
3. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: DIFERENTES CONCEITOS
O conceito de alfabetização no ensino aprendizagem quer dizer o sistema alfabético da escrita, que significa na leitura a capacidade de decodificar os sinais gráficos transformando-os em sons, e na escrita a capacidade de codificar os sons da fala, transformando em sinais gráficos.
De acordo com o Dicionário Aurélio (2001) a definição para alfabetizar é “ensinar a ler e escrever”. Com isso alfabetizada é aquela pessoa que domina as habilidades iniciais do ler e escrever, ou seja, leitura decodifica os sons gráficos, a escrita codifica os sons da fala.
Em razão de necessidades políticas e sociais do século passado, esse conceito ampliou-se ainda mais. Segundo Magda Soares (2003, p.10-11), alfabetização é “aquele que sabe usar a leitura e a escrita para exercer uma prática social em que a escrita é necessária”.
Nesta perspectiva, observa-se que a ampliação desse conceito se manifestou também na instituição escolar. Até recentemente, considerava-se que o ingresso do aluno no mundo da escrita se fazia apenas pelo desenvolvimento das habilidades de decodificação e codificação. Seria numa etapa posterior à alfabetização, ou seja, nos anos seguintes que se trabalharia com o uso da língua escrita, com práticas sociais de leitura e escrita.
Alfabetizar não se reduz ao domínio das primeiras letras, a decodificar e codificar. Envolve também o uso da escrita nas situações em que esta necessária, lendo e criando textos. E para essa nova dimensão se cunhou uma nova palavra que é o letramento.
Letramento é, pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, bem como o resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais; é o estado ou condição que adquireum grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da língua escrita e de ter-se inserido num mundo organizado diferentemente: a cultura escrita. Como são muitos variados os usos sociais da escrita e as competências a eles associadas (de ler um bilhete simples a escrever um romance), é frequente levar em consideração níveis de letramento (dos mais elementares aos mais complexos). (BRASIL, 2007, p.11)
O termo letramento é empregado há pouco tempo no campo do ensino da leitura e da escrita “Literacy”, do inglês, traduzido no Brasil por letramento, e apresentado por Magda Soares que explica que a alfabetização e o letramento como duas ações que possuem elementos comuns, porém diferentes no objetivo.
O letramento é um desafio do cotidiano que está para além do saber ler e escrever, ele indica um uso diferencial da leitura e escrita.
O conceito de letramento permite reinventar as práticas cotidianas do alfabetizar. Não pensando no letramento como superação da alfabetização, mas em complementaridade ao processo. De acordo com Frangella (2015, p.75)
Ensinar não é só a ler e escrever, mas fazer uso da leitura e da escrita, ampliando as possibilidades no diálogo intenso com diferentes produções, diferentes gêneros textuais, dando, de fato, espaço para que a leitura e a escrita se façam presentes dentro da escola, o que significa também romper com a ideia de que esse espaço se dá só nas aulas de língua.
Segundo Soares (2006, p.15), 
a palavra letramento serve para designar aquele indivíduo que sabe utilizar a competência alfabética, isto é, a capacidade de ler e escrever, como instrumento para favorecer melhores condições de vida, por meio da prática social.
Por meio dessa ação, melhora seu desempenho sociocultural. Essa condição tem como efeito uma mudança na relação com o outro, tornando diferente seu contexto.(SOARES, 2006, p.15)
O letramento é dar sentido a leitura e a escrita por meio de objetivos preestabelecidos, é ler o mundo real, seja para a diversão, informação ou instrução.(SOARES, 2006, p.18)
É de suma importância a realização de atividades que permitam o desenvolvimento das diferentes estratégias de leitura, que permitam conhecer os caminhos percorridos por cada um na construção da leitura e da escrita. (FRANGELLA, 2015, p.75)
Com isso, é fundamental ressaltar que o trabalho de alfabetização e letramento deve ser desenvolvido concomitantemente e deve ser acompanhado e planejado por uma equipe pedagógica, pois sabe-se que grande parte dos alunos estuda na rede pública de ensino e muitos destes têm um acesso restrito a escrita. Daí a importância da instituição escolar, por meio da mediação da equipe pedagógica, possibilitar aos educandos o contato com diferentes gêneros e suportes de textos escritos.
3.1- O PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Segundo Soares(2006), no decorrer do tempo, várias pesquisas ampliaram as ideias sobre o ato de educar. Nos dias de hoje, percebe-se uma grande preocupação com relação ao desenvolvimento do processo ensino aprendizagem, o que implica em mudanças nos comportamentos, de concepções e de práticas pedagógicas, bem como o papel do professor.
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superiro, em curso de licenciatura, de graduação plena em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco (cinco) primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal. (BRASIL, 1996, p.20)
A formação dos docentes, pelos sistemas de ensino, seja municipal, estadual ou federal é um desafio vivenciado no país. Nesse contexto, faz-se necessário que os profissionais que se dedicam à educação infantil tenham ou venham a ter uma formação acadêmica sólida, que lhes favoreça a ação educativa eficiente, e, ainda, que possam contar com a capacitação permanente em serviço, que lhes propiciará a atuação, por meio de diálogos e debates constantes sobre sua ação pedagógica, para que assim possa corresponder ás necessidades dos alunos.
É fundamental que os professores desejem mudanças e sejam motivados a estabelecer uma ponte de equilíbrio entre a teoria e a prática.
A motivação é um fator fundamental para o aluno, pois move efetivamente toda a aprendizagem dele. O professor deve manter contato com a pesquisa, entender como funciona a apropriação do sistema alfabético de escrita e as implicações da prática pedagógica.(ALMEIDA, 2006, p.45)
No contexto da sala de aula, o que vale a intencionalidade, a proposta do trabalho deve ser construída por meio de intervenção bem fundamentada. É preciso ter um plano de ação, alinhado com o projeto político pedagógico da escola, com a realidade em que o aluno esta inserido.(ALMEIDA, 2006)
Com isso, é importante um planejamento que contemple diversificadas atividades de fala, escuta e reflexão sobre a língua, atividades de produção e interpretação de diferentes textos orais, enfim, organizar atividades que possibilitem aos alunos transitarem das diferentes situações coloquiais que vivenciam no dia a dia.
O objetivo é alfabetizar letrando, ou seja, imerso num contexto em que práticas sociais de linguagem efetivamente são vividas, há também o trabalho especifico voltado para a construção do conhecimento sobre a língua escrita.
As crianças, nas atividades lúdicas, recorrem à oralidade, pelo fato de saberem de memória o texto apresentado. As intervenções feitas problematizam a leitura, exigindo delas a busca por outras atividades contextualizadas e significativas, sem perder de visar à especificidade da alfabetização e das questões que envolvem a aprendizagem da escrita.
Portanto, faz-se necessário que o professor esteja capacitado e conheça bem o processo da alfabetização e do letramento, para propiciar aos alunos uma apropriação da escrita e da leitura com autonomia, criatividade, para vivenciar a leitura e a escrita com seus múltiplos saberes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste trabalho foi apresentar a importância da alfabetização e letramento, não de forma dissociáveis, mas sim como um processo único que contribui para o desenvolvimento do aluno caracterizando boas práticas de ensino.
Foram discutidos no decorrer desse trabalho sobre os diferentes conceitos de alfabetização e letramento e o papel do professor no processo da alfabetização o desenvolvimento da capacidade de decodificar os sinais gráficos, transformando-os em sons, e na escrita a capacidade de codificar os sons da fala; já o letramento voltado para o uso diferencial da leitura e da escrita, compreender o que se lê e escreve, por isso a importância de contemplar de maneira  articulada  e simultânea estes processos. Além disso, abordamos em seguida sobre o papel do professor como fundamental no processo de mediação do conhecimento contemplando o desenvolvimento das potencialidades e das habilidades das crianças.
De modo geral, inferimos que é importante compreender que  alfabetização e letramento não se dissociam e nem são sequenciais. Não há como conceber, também, a ideia de que a alfabetização possa ser substituída por letramento, por isso o que se deve fazer é mediar esses dois processos para que o ensino e a aprendizagem ocorram da melhor forma.
Dessa forma, o educando aprende, interagindo com a escrita, estabelecendo relações entre fonemas e grafemas, codificando e decodificando o signo linguístico. A criança apropria-se do sistema de escrita, juntamente ao letramento, quando sistematiza o conhecimento, aprendendo a usar a língua nas diversas práticas sociais de leitura e escrita.
O importante é decodificar e codificar compreendendo os sentidos do código linguístico, ou seja, compreendendo o que se lê. Mas isso só é possível com a intervenção adequada dos professores.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Judith M. A leitura do mundo por meio dos sentidos: histórias de ensino, aprendizagem. Universidade Federal de Uberlândia, 2008
Barbosa. José Juvêncio: Alfabetização e Leitura.São Paulo; Cortez, 2003.
BRASIL, Lei 9.394 20 de Dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em http: www.planaltolei9394/96. com Acesso em 20 de Out. de 2018.
_______, Ministério da Educação. Secretaria de Educação básica, Pró-letramento- Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Alfabetização e linguagem. Brasília, 2007.
FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 2001.
GOULART, Cecilia Maria. Ler rima com viver: construção de significados. In: Brasil, Ministério da Educação. SEED. Brasília, 1999.
LEITE, Sérgio Antônio da Silva. Alfabetização: em defesa da sistematização do trabalho pedagógico. In LEITE, Sérgio Antônio da Silva; COLLELO, Sílvia M. Gasparin; ARANTES, Valéria Amorim (org.). Alfabetização e Letramento: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2007.
MORAES, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus, 1997.
SOARES, Magda. Letramento: um rema em três gêneros. 2. Ed. Belo Horizonte: Autentica 2006.
TASSONI, E. C. M. (2000) Afetividade e produção escrita: a mediação do professor em sala de aula. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação UNICAMP.
TEBEROSKY, Ana; COLOMER, Teresa. Aprender a ler e escrever: uma proposta construtiva. Porto Alegre: Artmed, 2003.