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Esquizofrenia: Características e Subtipos

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Beatriz Tianeze de Castro | SOI V | P5 - MEDICINA 
 
Introdução 
 
Definição 
 
Transtorno psiquiátrico crônico e, em 
muitos casos, incapacitante, que se 
inicia geralmente em jovens. 
 
Características 
 
Caracteriza-se por diversas alterações 
psíquicas, incluindo do pensamento, da 
consciência do eu, da cognição, da 
volição e do comportamento. 
 
Epidemiologia 
 
 2,7 a 8,3/1000 habitantes. 
 
Etiopatogenia 
 
Fatores Genéticos 
 
O transtorno está associado a um 
padrão de herança complexo poligênico. 
 
Fatores Ambientais 
 
Estressores pré-natais 
Infecções, tanto virais como bacterianas, 
desnutrição e experiências traumáticas 
são estressores, que resultam em uma 
resposta precipitada. 
Período perinatal/neonatal 
Complicações da gestação, crescimento 
e desenvolvimento fetal anormais, e 
complicações no nascimento. 
 
Beatriz Tianeze de Castro | SOI V | P5 - MEDICINA 
Desenvolvimento na infância 
Ocorrência de déficits no 
desenvolvimento cognitivo, da 
linguagem e neuromotor. 
Adolescência 
Uso de maconha está associado a um 
risco 2x maior para o desenvolvimento 
do transtorno. 
 
Hipótese Dopaminérgica 
 
Primeiro 
As predisposições genéticas e 
ambientais da esquizofrenia, 
potencializam o disparo e a liberação 
de dopamina, gerando um estado 
anormal de direcionamento endógeno de 
novidade e saliência a estímulos. 
Segundo 
Consequente a este estado de novidade 
e anormal, o paciente desenvolve 
delírios e alucinações. 
 
 
Apresentação Clínica 
 
Linguagem e Fala 
 
Neologias 
Criação de novas palavras comum em 
todos os tipos do transtorno. 
Ecolalia 
Repetição de tudo que lhe é dito comum 
nas formas desorganizada e catatônica 
da esquizofrenia. 
Mutismo total ou seletivo 
Comuns nas formas desorganizada e 
catatônica da esquizofrenia. 
Fala pastosa e monótona 
Acompanhada da diminuição da 
prosódia (acentuação e entonação), que 
podem ocorrer na síndrome negativa. 
 
Pensamento 
 
Alterações de curso 
Bloqueio e roubo. 
Delírios 
Temática frequentemente bizarra, mas 
com conteúdo variável. 
Desorganização 
Perda dos laços associativos frequente, 
associada a frouxidão das ideias e 
esquizofasia. 
 
Sensopercepção 
 
Alucinações 
 
Beatriz Tianeze de Castro | SOI V | P5 - MEDICINA 
Presentes na forma paranoide, 
principalmente auditivas e com 
características schneiderianas. 
Fenômenos cenestopáticos 
Alucinações táteis e viscerais, por 
exemplo. 
Fenômenos de interpretação delirante 
Paciente acredita, por exemplo, que um 
carro estacionado em frente a sua casa 
está para espioná-lo. 
Fenômenos de percepção delirante 
Por exemplo, o paciente ao andar na 
rua vê um matinho que cresce na parece 
de uma casa e tem, subitamente, a 
certeza de que Deus quer falar-lhe. 
 
Psicomotricidade 
 
Paracinesias 
Posturas bizarras e estereotipias. 
Sinais parkinsonianos 
 Consequente ao uso de antipsicóticos. 
Hipomimia facial 
 Fácies pouco expressiva. 
Outros sinais 
Imobilidade, flexibilidade cérea 
(catalepsia), movimentos hipercinéticos 
e ecopraxia. 
 
Afetividade 
 
Sintomas ansiosos e depressivos 
 Muito frequentes. 
Achatamento afetivo 
Menor capacidade de expressão 
afetiva. 
Embotamento afetivo 
Indivíduo se apresenta indiferente a 
estímulos, com hipomimia facial. 
Incongruência afetiva 
 Expressão inapropriada de afetos. 
 
Volição 
 
Ocorrência de perda de motivação e 
espontaneidade. 
 
História Natural 
 
 
 
Fase Pré-Mórbida 
 
 ♦ Baixa sociabilidade. 
♦ Predileção por atividades 
solitárias. 
 ♦ Ansiedade social. 
 ♦ Alterações cognitivas. 
 
Fase Prodrômica 
 
♦ Estado de apreensão e 
perplexidade. 
 
Beatriz Tianeze de Castro | SOI V | P5 - MEDICINA 
♦ Humor delirante ou trema (“algo 
está para acontecer”). 
♦ Isolamento social. 
♦ Atitudes peculiares e excêntricas. 
 
Fase Progressiva 
 
 ♦ Primeiro episódio de psicose. 
 ♦ Pode ocorrer deterioração. 
 
Fase Estável 
 
 Estabilidade que está sujeita a recaídas. 
 
Subtipos 
 
Paranoide 
 
Predomínio de delírios e alucinações, 
geralmente sistematizados. 
 
Hebefrênica 
 
Predomínio de sintomas de 
desorganização do pensamento e do 
comportamento. 
 
Catatônica 
 
Estado em que há ocorrência de 
sintomas catatônicos proeminentes, 
frequentemente depois de meses ou anos 
de evolução do transtorno em sua forma 
paranoide ou desorganizada. 
Simples 
 
Entidade rara e controversa, 
caracterizada pela ocorrência 
espontânea apenas de uma síndrome 
negativa (ausência de sintomas 
positivos). 
 
Residual 
 
Estado de empobrecimento cognitivo, 
afetivo e volitivo correspondente à fase 
de estabilização do transtorno, 
resultante de anos de evolução da 
esquizofrenia. 
 
Critérios Diagnósticos 
 
Diagnóstico e Estatística 
de Transtornos Mentais 
 
2 ou + sintomas pelo período de 1 mês 
 ♦ Delírios. 
 ♦ Alucinações. 
 ♦ Discurso desorganizado. 
♦ Comportamento grosseiramente 
desorganizado ou catatônico. 
Desde o aparecimento da perturbação 
O nível de funcionamento em 1 ou + 
áreas importantes do funcionamento 
está acentuadamente abaixo do nível 
alcançado antes do início. 
Sinais contínuos de perturbação persistem 
durante, pelo menos, 6 meses 
 
Beatriz Tianeze de Castro | SOI V | P5 - MEDICINA 
O período deve abranger no mínimo 1 
mês de sintomas que precisam 
satisfazer os sintomas da fase ativa e 
pode incluir períodos de sintomas 
prodrômicos ou residuais. 
Transtornos esquizoafetivo, depressivo ou 
bipolar são descartados 
♦ Não ocorreram episódios 
depressivos maiores ou maníacos 
concomitantemente com os 
sintomas da fase ativa. 
♦ Se os episódios de humor 
ocorreram durante os sintomas 
da fase ativa, sua duração total 
foi breve em relação aos períodos 
ativo e residual da doença. 
A perturbação pode ser atribuída 
♦ Aos efeitos fisiológicos de uma 
substância. 
♦ A outra condição médica. 
Transtorno do espectro autista ou transtorno 
da comunicação iniciado na infância 
O diagnóstico adicional da 
esquizofrenia se dá somente se delírios 
ou alucinações proeminentes, além dos 
outros sintomas por pelo menos 1 mês. 
 
Antipsicóticos 
 
Classificação 
 
 ♦ Típicos ou convencionais. 
 ♦ Atípicos ou de segunda geração. 
 
Mecanismo de Ação 
 
Os antipsicóticos induzem os efeitos 
extrapiramidais (efeitos colaterais) 
através do bloqueio dopaminérgico na 
via niagroestriatal. Além disso, 
bloqueiam os receptores D2 na via 
dopaminérgica mesocortical, a qual 
pode cursar com deficiência de 
dopamina em pacientes esquizofrênicos. 
 
Referências 
 
Alvarenga, P.G. D.; Andrade, A.G. D. Fundamentos em 
Psiquiatria. Barueri: Editora Manole, 2008. 
Baldaçara, L.; Tung, T. C. Condutas em psiquiatria. 
Barueri: Editora Manole, 2021.

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