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1 Bacilos gram negativos NÃO FERMENTADORES Haemophilus Haemophilus influenzae – pneumonia, otite, meningite, sinusite, epiglotite e bacteremia. Causa importante de meningite. Haemophilus ducrey – cancro mole. É uma ist HAEMOPHILUS INFLUENZAE Bacilo gram negativo pequenos e pleimorficos Anaeróbios facultativos Imiveis. Capsulados ou não: sorotipos capsulares a. b, c, d, e, f. Bactérias fastidiosas: difíceis de cultivar em laboratório - fator C (hemina); fator V (nicatamina adenina dinucleotideo); aquecimento – lise dos eritrócitos e liberação dos fatores V e X e inativação de enzimas que hidrolisam o fator V. Epidemiologia: Cepas capsuladas ou não colonizam transitoriamente as membranas mucosas do trato respiratório Vacinação: diminuição da prevalência de H. influenzae sorotipo b Transmissão: pessoa – pessoa, inalação de aerossóis infecciosos. Fatores de virulência: Capsula polissacaridica antifagocitaria: contem polirribosil ribitol fosfato. Presente no sorotipo b. vacina é como um antígeno PRP purificado Síndromes clinicas: Meningite: H. influenzae tipo b, comum em crianças não imunizadas. Vacinação – redução na incidência. Sintomas semelhante a meningite causada pelo pneumococo e meningococo. Epiglote: inflamação e edema dos tecidos supragloticos. Crianças apresentam faringite, febre e pode ocorrer obstrução das vias arereas. Celulite: presença de placas de coloração vermelha nas bochechas e região periorbital Diagnostico laboratoriais: Diagnostico presuntivo: coloração de gram das amostras de LCR – criança não imunizada. Diagnostico rápido: deteçao de antígenos celular do tipo b a partir de amostras clinicas: soro, urina e LCR. Partículas de látex revestidas com anticorpos são misturadas com a amostra clinica – a aglutinação ocorrera se o PRP estiver presente. Tratamento, prevenção e controle: Iniciado rapidamente: cefalosporinas de amplo espectro – algumas cepas produtoras de beta lactamase. Imunização com PRP capsular conjugado a proteína bacterianas. Vacina pentavalente. Profilaxia com rifampicina – elimina estado portador em crianças com alto risco de desenvolver doença. HAEMOPHILUS DUCREYI Cancroide, cancro mole. Transmissão sexual altamente contagiosa. Apresentam ulceras dolorosas perigenitais e perianais. Diagnostico laboratoriais: Amostra: swab da ulcera cancroide. O ideal é coletar na base e nas bordas indeterminadas adas ulceras. Esfregaço direto Cultura Tratamento: antibióticos. Bordatella pertussis 2 É o agente causador da coqueluche. Ela é uma doença infecciosa aguda. É um cocobacilo pequeno e anaeróbios restrito. Fatores de virulências: Adesinas: hemaglutinina filamentosa (adesão ao epitélio respiratório e macrófagos, aglutinação de hemácias) fimbrias e proteínas de membrana externa (pertactina – adesão e invasão das células do epitélio ciliado). Toxina pertussis: toxina A:B. aumento da produção de cAMP – aumento das secreções respiratórias e muco. Inibe a morte por fagócitos e a migração de monócitos. Leucocitose, linfocitose. Toxina adenilato-ciclase; idem Citotoxina traqueal: (monômero do peptideoglicano): inibição do movimento ciliar e posteriormente destruição das células ciliadas e estimula a liberação de intereucina-1. Epidemiologia: Distribuição mundial. Altamente contagiosa. Tem diferentes fases da doença onde as fases iniciais tem maiores incidência de transmissão. Transmissão: aerossóis infecciosos. Fase catarral principalmente. Crianças menores de 1 anos apresentam maior risco de infecção. Comum em jovens e adultos. Período de incubação: em media, de 5 a 10 dias, podendo variar de 4 a 21 dias. Diagnostico laboratorial: Pode fazer a cultura da bordetella. Também é possível fazer o antibiograma pra ver qual o melhor antibiótico usado no tratamento dessa infecção. A grande desvantagem é a demora para a cultura desenvolver. Tem o teste rápido de detecção de anticorpos fluorescentes. É feito com a amostras do paciente mas pode dar falso positivo. Teste que detectam a presença de anticorpos IgA e IgG tem uma boa especificidade. E a técnica de PCR tem a maior especificidade e resultado rápido. Tratamento, prevenção e controle: Contra ela a gente tem vacina. Então a vacina vai proteger. Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, haemofilus ou hepatite B) ou tetravalente. Imunização: vacina acelular. 3 Eritromicina, claritromicina e azitromicina. Helicobacter É uma bactéria que tem um corpo um pouco curvo, espiralada. Com flagelos polares. Ela precisa se alimentar rapidamente atravessando a barreira de muco que protege o estomago par ela ficar livre do contato de excesso de acido. Curto ou espiralado. Moveis pela presença dos flagelos lofotriquio com bulbo terminal. Produzem uréase. Ela quebra a ureia em amônia e ela neutraliza a acidez do estomago. Pois essa bactéria não tolera bem a acidez. Microaerófilos 39 espécies. HELICOBACTER PYLORI Helicobacter pylori: gastrite, ulceras peptídicas, adenocarcinoma gástrico e linfoma de MALT (linfoma de células B do tecido linfoide associado a mucosa gástrica). Fatores de virulência: Flagelo: importante na motilidade e movimentação da bactéria que ela alcança o local que ela cresce e se multiplica no estomago. Uréase: que neutraliza a acidez gástrica. Lps: resposta inflamatória, associado com a adesão. Proteínas de aderência: adesão na célula hospedeira. Exotoxinas: produz a toxina vacuolizante que vai ser transportada para dentro da célula do hospedeiro levando a formação de vacúolos no interior da célula que vai prejudicar completamente o metabolismo celular. Sistema de secreção do tipo 4: funciona como estruturas semelhantes a um pili que vão permitir uma ponte para passagem de moléculas da bactéria para a célula hospedeira. cagA: proteína transportada através da membrana que quando entra na célula ela induz a produço de interleucina 8 que vai ser uma citocina pro inflamatória que vai desencadear a atração de varias células pro local onde a bactéria cresce e se multiplica. Ela vai ter um remodelamento da actina dentro da célula, desestruturando toda a funças das células do epitélio do estomago. Secreção de enzimas: mucinases, proteases e lipases. Disseminação da bactéria e sobrevivência dela nesse local. Epidemiologia Tem alta prevalência em países em desenvolvimento. Mais de 70% das pessoas são colonizadas por H. pilory mas a maioria é assintomática. Ser humano é o reservatório primário da infecção. Transmissão: via fecal-oral, oral-oral e oro gástrica 4 Infecção geralmente adquirida na infância. Patogenia: Doença: colonização gástrica, inflamação, alteração da produção de acido, neutralização dos ácidos gástricos e destruição celular. Leva a uma resposta inflamatória muito intensa. Altera a produção de acido. Através da condução da encima mucinase e desses flagelos ela se movimenta através da camada de muco e consegue atingir a superfície das células endoteliais. Ali ela encontra um ambiente favorável a seu crescimento e ela não esta exposta a acidez excessiva presente no estomago. E a enzima uréase que ela produz quebra ureia em amônia e CO2, dessa forma o suco gástrico é neutralizado. Ela tem oportunidade de produzir seus fatores de virulência. A resposta inflamatória que é gerada leva a ocorrência a esse dano a superfície do epitélio do estomago. O excesso de amônia é extremamente danoso as células da mucosa. Lesão tecidual: causada pela mucinase, fosfolipase, citotoxina Avacuilizante e proteína Cag A 9interfere com a estrutura do citoesqueleto e induz a produção de interleucina 8 que atrai neutrófilos) Síndromes clinicas: Gastrite, úlcera gástrica, ulcera duodenal, adenocarcinoma gástrico e linfoma de MALT (tecido linfoide associado a mucosa) Pode ocorrer ulcera hemorrágica. Diagnostico: Métodos invasivos: biopsia da mucosa gástrica ou duodenal por endoscopia digestiva – teste rápido de uréase, cultura (demorada / antibiograma) de fragmentos da biopsia gástrica ou imonohistoquimica. Métodos não invasivo: teste respiratório de ureia, pesquisa de anticorpos anti – H pyloris no sangue, detecção de antígenos nas fazes. O paciente ingere uma solução de ureia marcada com carbono 13 ou 14. Estando infectado, o h pylori degrada a ureia em amônia e co2 5 marcado com radioisótopo, ele é absorvido pelo sangue e depois liberado para os pulmões e exalado no ar, o co2 marcado escretado é coletado por analise Tratamento, prevenção e controle: “esquema tríplice”: inibidos de bomba de prótons + claritromicina+ amoxicilina: 2x ao dia 7 dias Resiste à vancomicina e sulfa. O tratamento não exclui a possibilidade de uma nova infecção. Vibrio Vibrio cólera: diarreia intensa aquosa que pode levar a desidratação. A bactéria é capaz de produzir uma toxina colérica. Em forma de virgula. Movel, único flagelo polar. Halofilicas (1 a 2% de NaCl) habitat comum agua do mar. Contamina frutos do mar e peixes. Oxidases e catalases positivos Anaeróbios facultativos Dois cromossomos circulares. VIBRIO CHOLERAE Compreende mais de 200 sorogrupos O. Demais sorogrupos: pequenos surtos de diarreia. Vibrios que não transportam os antígenos O1 e O139, denominados vibrios não aglutinantes. Deve-se fazer a pesquisa de qual sorogruo que é. O O1 é chamado de clássico ou El Tor. Patogênese: Doença não invasiva Transmissão: ingestão de agua ou alimentos contaminados com o V. cholerae – peixes e frutos do mar Dose infectante. Sensível a acidez estomacal. Após atravessar a barreira acida do estomago, o vibrio coloniza o epitélio do intestino delgado, por meio do pilus e outros fatores de colonização, multiplica-se no intestino delgado proximal e produz toxina colérica. Fatores de virulência: Codificados pelo bacteriófago localizado no cromossomos maior do vibrio. Toxina colérica: enterotoxina produzida por cepas virulentas Aumento da concentração intracelular do AMPc, levando a um aumento da secreção de cloro, sódio, potássio e bicabornato na luz intestinal. Síndrome clinica: Infecções inaparentes e quadros leves de diarreia Vomito, diarreia aquosa e abundante, com aspecto de agua de arroz, sem pus ou sangue. Câimbras musculares, tontura e queda de pressão sanguínea. Insuficiência cardíaca e renal. Doentes podem eliminar de 500 a 1000ml de fezes por hora. 6 Aumento da acides dos fluidos corpóreos: excreção de bicarbonato nas fezes. Tratamento, prevenção e controle: Reidratação oral ou intravenosa nos casos mais graves. Azitromocina, doximiciclina, eritromicina, ciprofloxacina – somente quando necessário. Melhoria das condições higiênico- sanitárias. Consumo de agua potável Evitar o consumo de peixes crus e frutos do mar mal cozidos. FERMENTADORES Enterobacterias Bacilos gram negativos Anaeróbios facultativos Não esporulados Fermentadores de glicose Oxidase negativos Catalase positivo Classificação sorológica de acordo com os antígenos que apresentam O, H e K Moveis pelos flagelos Podem ou não ter a presença de cápsula Reduzem nitrato a nitrito: pode ajudar na identificação do grupo de bactérias. No exame de urina tem a caracterização bioquímica da urina e urocultura. A detecção de nitrito- quando tem muito, tem infecção urinaria por enterobacterias. Patogenias: Infecção do trato urinário, infecção intestinal e septicemia. Habitat: Microbiota indígena do colon do humano e de animais São microrganismos ubíquos: solo, agua e alimentos contaminados. Menos de 20 espécies são responsáveis por mais de 95% das infecções Ora ela é primária e ora oportunista. Patógeno primário: microrganismo que vai ser capaz de iniciar um processo infeccioso em um hospedeiro saudável. Não fazem parte da microbiota normal. Patógeno oportunista: bactérias da microbiota normal que por algum quadro de debilidade do hospedeiro vão encontrar uma oportunidade de cresce e se multiplicar causando uma infecção. Fatores de virulência: Flagelo: tem o antígeno H Capsula: que tem o antígeno K LPS Endotoxina: ativação do complemento, liberação de citocinas, leucocitose, trombocitopenia, 7 coagulação intravascular disseminada, febre, diminuição da circulação periférica, choque, morte. Fimbrias: estruturas de aderência Variação da fase antigênica: expressão ou não dos antígenos K e H – proteção da bactéria da morte celular mediada por anticorpos. Sistema de secreção do tipo III: proteínas que facilitam a secreção de fatores de virulência da bactéria no interior da célula hospedeira. Captação de fatores de crescimento: produção de sideroforos que roubam i ferro. Peptideoglicano Pili ESCHEIRICHIA Escheirichia coli: espécie mais comumente isolada no laboratório clinico. Linhagens comensais raramente causam doença. Infecções extra-intestinais: sepse, meningite, pneumonia, infecções do trato urinário. A presença de determinados fatores de virulência, antígenos de superfície, produção de toxina, isso diferencia os grupos. Tem alguns grupos de e. coli que alteram a superfície intestinal. E. COLI ENTEROHEMORRAGICA (ehec) Síndrome clinica: Colite hemorrágica Diarreia aquosa inicial seguida de diarreia sanguinolenta. Dor abdominal intensa (CH) Síndrome hemolítica uremica (HUS) – anemia hemolítica, trombocitopenia e insuficiência renal aguda. Reservatório: trato intestinal de bovinos e ovinos. Fatores de virulência: Proteína formadora de feixe Intimina Histopatologia A/E (aderência destrutiva) 8 Enterohemolisina: marcados de alta virulência. Quando atinge o trato intestinal se liga na superfície das células, produz alguns fatores de virulência e destrói as microvilosidades intestinais. Transmissão: Ingestão de agua e alimentos ontaminados Pessoa- pessoa Period de incubação: 3 a 4 dias Patogênese: Atravessa barreira gastrica – intestino grosso – adesão, proliferação e produção de STX STX absorvida pelo epitélio intestinal e entra na circulação Colón: rompimento de vasos e lesão A/E, diarreia com sangue, necrose e perfuração intestinal. Rim: obstrução dos vasos dos glomérulos – insuficiência renal. Microbiota indígena intestinal que, quando coloniza outros sítios anatômicos, causa infecções como: meningite, infecções do trato urinário, infecções intra-abdominais, pneumonias, osteomielite, septicemia, infecções de tecidos moles. E. COLI UROPATOGENICA (upec) Infecção urinaria Infecções adquiridas na comunidade: Meninas < 10 anos de idade e mulheres entre 20 e 40 nos. (> quantidade de receptores nas células epiteliais e atividade sexual) Mulheres x homens: anatomia Complicação: pielonefrite Infecções adquiridas no hospital: Cateterismo: complicação - septicemia. E. COLI MENINGITE (mnec) É o agente mais comum de meningite neonatal – entre o nascimento e 28 dias. Mortalidade em torno de 15-40% e 50% dos sobreviventes apresentam sequelas. Fator de virulência: Antígeno K1: semelhante ao antígeno polissacarídeo do grupo B de N. meningitidis. Protege a bactéria da fagocitose e ação do complemento.Patogênese: Aquisição no nascimento – deglutição, colonização do intestino – translocação para corrente sanguínea – invasão do SNC. SALMONELLA Grupo mais complexo Mais de 2600 sorotipos descritos Reservatório: seres humanos, aves, gado, repteis, roedores. Dose infectante: alimento ricos em gordura – dose infectante menor. Ela fica no trato intestinal da galinha, logo, os ovos podem estar contaminados. Também coloniza internamente os ovos. Higienização dos ovos. E dentro do ovo é só cozinhar o ovo. Transmissão: orofecal e ingestão de agua e alimentos contaminados. Síndromes clinicas: Gastroenterite: forma mais comum de salmonelose. Febre, náusea, vomito, diarreia sanguinolenta ou não e cólicas abdominais por um período de 7 a 10 dias. Septicemia: comumente observada em pacientes pediátricos, geriátricos e imunocompetentes. Febre entérica: febre tifoide e febre paratifoide. Febre tifoide: período de incubação de 7 a 21 dias. – sintomas: febre alta e prolongada, cefaleia, mal estar geral, dor abdominal, falta de apetite, hepatoesplenomegalia, manchas rosadas no tronco, obstipação intestinal ou diarreia e tosse seca. 9 Perfuração intestinal – hemorragia forma mais grave.
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