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SEMINARIO 7 semestre

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SEMINÁRIO TEMÁTICO: Gestão Escolar e Políticas Públicas 
SUBTEMA: currículo e Escola 
 
 Itapevi, São Paulo, 04/2018
SÉTIMO SEMESTRE DO CURSO DE LINCENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA.
QUARTO GRUPO COM AS SEGUIINTES INTEGRANTES:
Cheila Maceno, RA: 90769
Luciana Garcia, RA: 87192
Deidade Alexandre, RA: 87082
Daniele Pizol, RA: 9000
TUTORA: Germânia Almeida Nascimento
 26 de abril de 2018 em Itapevi, São Paulo
 
 
Sumário 
Capa de trabalho.....................................................................1 pág.
Capa de rosto .........................................................................2 págs.
apresentação...............................................................................3 págs.
Tema desenvolvido: currículo e escola
Introdução ..........................................................................4 págs.
Desenvolvimento.....................................................................5-10. pág.
Considerações Finais............................................................. 11 págs.
Referências Bibliográficas.......................................................12 pág. 
Apresentação 
A palavra currículo é muito familiar a todos nós que trabalhamos nas escolas e nos sistemas educacionais. Devido à familiaridade com o termo, às vezes deixamos de refletir com cuidado sobre o seu sentido. Desse modo, vemos que estão associadas à palavra currículo distintas concepções, que, certamente, provêm de como a educação é concebida historicamente e das influências teóricas presentes no seu entendimento.
Essas concepções refletem diferentes compromissos e posições teóricas. O que podemos afirmar, no entanto, é que as discussões curriculares envolvem os temas relativos aos conhecimentos escolares, aos procedimentos pedagógicos, às relações sociais, aos valores que a escola inculca, às identidades dos estudantes. Cabe ressaltar que as discussões curriculares inevitavelmente recaem sobre questões relativas ao conhecimento, à verdade, ao poder e à identidade (SILVA, 1999), com maior ou menor ênfase.
Entende-se por escola a instituição que se dedica ao processo de ensino e aprendizagem entre alunos e docente. A escola é uma das instituições mais importantes na vida de uma pessoa, talvez também como uma das primordiais da família, já que na atualidade se estabelece que uma criança faça parte da escola desde a sua infância para finalizar aproximadamente na idade adulta.
Introdução 
Introdução ao longo da História surgiram diferentes concepções de currículo. Parte-se neste trabalho do pressuposto de que estas têm subjacentes teorias de justiça social, contribuições filosóficas, sociológicas, psicológicas, antropológicas, e, também, teorias de aprendizagem e de ensino. Como os pressupostos não são explicitados, corre-se o risco de estagnarem-se as discussões, obstruindo os estudos no campo do currículo. A riqueza dos estudos neste campo decorre do caráter conflitual das diversas concepções de currículo, objeto do presente trabalho. Orientam o desenvolvimento do trabalho questionamentos sobre as matrizes teóricas dos estudos de currículo e seus pressupostos desde suas origens até as últimas décadas do século XX e início do século XXI. O currículo é uma praxe, não um objeto estático. Enquanto práxis é a expressão da função socializadora e cultural da educação. Por isso, as funções que o currículo cumpre, como expressão do projeto cultural e da socialização, são realizadas por meio de seus conteúdos, de seu formato e das práticas que gera em torno de si. Desse modo, analisar os currículos concretos significa estudá-los no contexto em que se configuram e através do qual se expressam em práticas educativas. A história das concepções de currículo é marcada por decisões básicas tomadas com o intuito de (1) racionalizar, de forma administrativa, a gestão do currículo para adequá-lo às exigências econômicas, sociais e culturais da época; (2) elaborar uma crítica à escola capitalista; (3) compreender como o currículo atua, e (4) propor uma escola diferente seja na perspectiva socialista, seja na perspectiva libertária.
No presente trabalho abordarei sobre o papel da escola no sistema educativo. A escola é uma instituição pública ou privada onde se a ministra o ensino, e deve ser um espaço que propicie ao aluno oportunidades para aprender de maneira criterioso, segura, confortável, saudável e desenvolver o processo de produção cultural, tendo em vista uma participação ativa histórico, social, político, económico e científico. O professor é a pessoa que ensina para tal ele tem de ser formado para desempenhar a sua profissão com eficácia. A formação do professor implica o desenvolvimento de competência e capacidade para a sua vida profissional.
Desenvolvimento 
Essa organização do currículo se tornou necessária porque, com o surgimento da escolarização em massa, precisou-se de uma padronização do conhecimento a ser ensinado, ou seja, que as exigências do conteúdo fossem as mesmas.
No entanto, o currículo não diz respeito apenas a uma relação de conteúdo, mas envolve também:
“questões de poder, tanto nas relações professor/aluno e administrador/professor, quanto em todas as relações que permeiam o cotidiano da escola e fora dela, ou seja, envolve relações de classes sociais (classe dominante/classe dominada) e questões raciais, étnicas e de gênero, não se restringindo a uma questão de conteúdos”. (HORNBURG e SILVA, 2007, p.1)
Veiga (2002) complementa
“Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito.” (VEIGA, 2002, p.7)
Assim, isso implica que essa organização – feita principalmente no projeto-político-pedagógico de cada escola – deve levar em conta alguns princípios básicos da sua construção. Entre eles o fato de, como já dito, o processo de desenvolvimento do currículo ter sido cultural e, portanto, não neutro. Sempre visa privilegiar determinada cultura e, por isso, há a necessidade de uma criteriosa análise e reflexão, por parte dos sujeitos em interação, no caso as autoridades escolares e os docentes com o mesmo objetivo, baseando-se em referenciais teóricos.
O currículo não estático pelo contrário, ele foi e continua sendo construído. A reflexão sobre isso é importante, porque, conforme Veiga (2002, p. 7) afirma, “a análise e a compreensão do processo de produção do conhecimento escolar ampliam a compreensão sobre as questões curriculares”.
Hoje em dia, a organização do currículo escolar se dá de forma fragmentada e hierárquica, ou seja, cada disciplina é ensinada separadamente e as que são consideradas de maior importância em detrimento de outras recebem mais tempo para serem explanadas no contexto escolar.
Vários autores apontam para a possibilidade de o currículo não ser organizado baseando-se em conteúdos isolados, pois vivemos em um mundo complexo, que não pode ser completamente explicado por um único ângulo, mas a partir de uma visão multifacetada, construída pelas visões das diversas áreas do conhecimento. A organização, do currículo deve procurar viabilizar uma maior interdisciplinaridade, contextualização e transdisciplinaridade; assegurando a livre comunicação entre todas as áreas.
Os tipos de currículos: currículo formal, oculto, paralelo, oficial ou real.
Currículo formal: refere-se ao currículo estabelecido pelos sistemas de ensino, é expresso em diretrizes curriculares, objetivos e conteúdos das áreas ou disciplina de estudo.
Currículo oculto: É o termo usado para denominar as influências que afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalhodos professores
Currículo real ou oficial: é o currículo que acontece dentro da sala de aula com professores e alunos a cada dia em decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino
Visto que o currículo é uma questão tão importante no aspecto escolar, este passou então a ser visto “como um campo profissional de estudos e pesquisas” (HORNBURG e SILVA, 2007, p.1). Por isso, surgiram muitas teorias curriculares.
Correia e Dias (1998, p. 115) mostram que apesar de essas teorias não serem perspectivas acabadas, “elas convertem-se em marcos orientadores das concepções sobre a realidade que abarcam, e passam a ser formas, ainda que indiretas, de abordar os problemas práticos da educação.”
Citando diversos autores com teorias curriculares distintas, Correia e Dias nos fornecem uma visão mais ampla dos papéis que o currículo ou curriculum pode abarcar:
“a teoria técnica do curriculum expressa o curriculum como um plano estruturado de aprendizagem centrado nos conteúdos ou nos alunos ou ainda nos objetivos previamente formulados, com vista a um dado resultado ou produto (Pacheco, 1996). De acordo com a primeira perspectiva, o curriculum centra-se nos conteúdos como produtos do saber culto e elaborado sob a formalização de diferentes disciplinas. Mas o curriculum pode também expressar-se, de acordo com as concepções de curriculum propostas por Gimeno Sacristán (1991), através das experiências e dos interesses dos alunos, sendo entendido como um meio de promoção da sua autorrealização. E, por último, o curriculum pode ser entendido como um plano de orientação tecnológica que se prende com aquilo que deve ser ensinado e como deve ser, em ordem a um máximo de eficiência. Neste sentido, o professor é um mero "operário curricular" que tem a tarefa de executar um plano.” (CORREIA e DIAS, 1998, p. 115).
É na escola que coisas da maior importância em nossas vidas acontecem. Inevitavelmente, ela deixa de ser apenas um campo de troca de conhecimentos e adentra uma esfera emocional, onde permeiam outros tipos de trocas, principalmente as afetivas.
Digo isso com referência às relações que nela se estabelecem, pois na escola acontecem às primeiras relações fora da família e, nesse processo que marca uma “segunda sociabilidade”, alguns conflitos por vezes emergem. Estes afloram, principalmente, quando a criança percebe que deixa de ser única e começa a se enxergar como parte de uma situação coletiva, a conviver entre iguais e diferentes. 
A atenção exclusiva que antes era só dela passa a ser pulverizada em média com outros trinta alunos em sala de aula e se isso, por um lado, é decepcionante, também, por outro, contribui para o amadurecimento emocional da criança. Nesse sentido, o ambiente escolar deixa de ser mero espaço de aprendizagem formal e torna-se palco de frustrações, realizações, encontros, disputas, competitividade e dificuldades de relações interpessoais. 
Pode-se afirmar que a escola é o segundo ambiente mais importante na vida social de um ser humano. É lá que, com a ajuda dos educadores e pais, que um sujeito vai se constituindo como ser pensante, questionador. A escola poderá conservar isso, despertando em seus alunos potenciais criativos, curiosidades, talentos ou poderá minimizar todas essas formas de expressão da subjetividade da criança. 
Penso que a melhor forma de educar é levar o conhecimento de mãos dadas com o afeto, como me sugere o que vejo no cotidiano. As crianças conseguem ter um melhor rendimento quando são olhadas com carinho, respeito e sabem que alguém está se importando realmente com elas, seja em casa ou na escola. 
Quando a criança expressa algum comportamento que a faz diferente de outros alunos, há nisso a expressão de que algo dentro dela precisa ser dividido: pode ser coisas boas ou não. Por vezes, trata-se de um pedido de ajuda, para que se acolha o que ela traz. 
De certa forma, tentamos ajudar os professores nesse contexto, para que possam, na medida do possível, fazer uma leitura do que as crianças e adolescentes estão lhe trazendo. O educador é depositário transferencial mente de situações vivenciadas pelas crianças com seus pais. Muitas vezes, é no professor que as crianças depositam amor, raivas e angústias que estão vivendo no seio familiar e os professores e gestores acabam sendo receptores de algo que, à primeira vista, nada tem que ver com eles. 
Por isso, a cada dia que passa as escolas também pedem ajuda, pois além do saber, há várias outras questões que lhes são demandadas, sejam por familiares, alunos e até mesmo pela sociedade.
As escolas pedem “socorro”, pois não estão deixando em suas portas só crianças em busca de conhecimentos. Sem que se faça um juízo de valor dessa situação, constata-se, atualmente, que alguns pais delegam à escola muitas outras funções: a de educar, transmitir valores, autoridade, respeito, limites e a mais difícil: exercer funções de lanternagem e paternagem, pois, a bem da verdade e sem generalizações, pode-se dizer que alguns pais se esquivam de responsabilidades que originalmente seriam deles.
Não dá para falar de educação sem que haja comprometimento entre todas essas esferas: pais, crianças, escola e sociedade. 
Precisamos nos unir nesta empreitada, para que possamos mostrar a estas crianças que a escola é algo “sagrado”, pois é nela que podemos edificar o conhecimento e novas perspectivas de vidas, buscando algo que nos falta. Se não mantivermos uma parceria, todos perderão com isso.
As crianças veem inicialmente o mundo através dos olhos de um adulto e, até que possam ter autonomia, precisamos mostrar-lhes uma visão de mútuo respeito, valorização, admiração e gratidão. 
Na Escola Maria de Lourdes Albergaria, local em que desenvolvemos parte de nosso trabalho, há muita pulsão de vida, há profissionais engajados querendo dar o melhor de si para as suas crianças. Lá, as portas sempre estão abertas para os pais e aos plantadores de semente esperançosos na difícil missão de educar. 
É lá que acompanho o lançar de sementes novas a cada dia para que floresça um amanhã melhor. Estas sementes simbolizam a educação na sua forma mais genuína: esperança na construção de novos cidadãos. Este objetivo só nos será possível com a valorização dos pais, da escola, dos educadores, gestores, todos fazendo sua parte com o objetivo em comum: o de um futuro melhor e digno para nossas crianças.
A escola é um espaço que proporciona ao aluno condições propício para a apreender e aprender os conhecimentos. Segundo Ivan Ilyich (1973), através da sua obra, exige a descolorização da sociedade e mais claramente para o professor crítico educacional John Halter (1973), através da sua obra exige igualmente uma sociedade sem escola. Quanto a esta questão é um assunto que carece de uma reflexão ou analise profunda uma vez que como já se referenciou, a escola é um espaço que proporciona ao aluno oportunidade para a prender de forma segura, confortável, saudável e desenvolver um processo de educação cultural tendo em conta a sua participação ativa no processo histórico, social político, económico e científico.
Atualmente observamos que ação da escola se tornou, mas intensa, apoderando-se das funções antes exercida por família ação de exercer uma influência considerável na formação das crianças e dos jovens.
Se é que ela funciona mal, o que tem de se fazer é procurar melhorar ou seja muita coisa pode ser feita para melhorar a escola, não a descolorização da sociedade ou da sociedade sem escola. Havendo como será feito o processo da educação?
Peter Dueker em 1975 opõe-se contra Ivan Ilyich e John Halt, aquando das suas exigências sobre a descolorização da sociedade ou sociedade sem escola, segundo ele as escolas realmente precisam de mudanças drásticas a todos os níveis, não da descolorização da sociedade mais sim de uma instituição de ensino que funciona, em que seja administrada adequadamente.
CONCLUSÕES FINAIS
Analisar a escola como espaço sociocultural significa compreendê-la na ótica da cultura, sob um olhar mais denso, que leva em contaa dimensão do dinamismo, do fazer-se cotidiano, levado a efeito por homens e mulheres, trabalhadores e trabalhadoras, negros e brancos, adultos e adolescentes, enfim, alunos e professores, seres humanos concretos, sujeitos sociais e históricos, presentes na história, atores na história. Falar da escola como espaço sociocultural implica, assim, resgatar o papel dos sujeitos na trama social que a constitui, enquanto instituição. Este ponto de vista expressa um eixo de análise que surge na década de 80. Até então, a instituição escolar era pensada nos marcos das análises macroestruturais, englobadas, de um lado, nas teorias funcionalistas e de outro, nas "teorias da reprodução entre outros). Essas abordagens, umas mais deterministas, outras evidenciando as necessárias mediações, expõem a força das macroestruturas na determinação da instituição escolar. Em outras palavras, analisam os efeitos produzidos na escola, pelas principais estruturas de relações sociais, que caracterizam a sociedade capitalista, definindo a estrutura escolar e exercendo influências sobre o comportamento dos sujeitos sociais que ali atuam.
Visando chegar a uma compreensão sobre o que é currículo, analisou-se várias definições sobre este termo, o que possibilitou que se desenvolvesse uma ideia sobre o mesmo. Conforme a literatura, o termo currículo é derivado de o verbo latino correr que quer dizer percurso a ser seguido ou carreira PACHECO (2007). No contexto educacional o currículo divide-se em três segmentos: o formal, o real e o oculto, conceitos importantes esses que serão discutidos no decorrer do trabalho. Pensando o currículo no âmbito escolar, Roldão (1999) diz que currículo é o núcleo que define a existência da escola. Nesta perspectiva, o mesmo não se refere a um simples rol de listagens de conteúdo a serem ministrados nos diferentes níveis de ensino. Dadas essas reflexões, o presente trabalho buscou responder a seguinte questão: Qual é a função do currículo dentro do ambiente escolar? Deste questionamento refletiremos se o quanto se discute sobre o tema “currículo”, está em conformidade sobre o quanto os profissionais da educação sabem acerca de sua constituição e de sua função dentro da escola, objetivando nesse estudo o exame da configuração do currículo na realidade educacional brasileira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS
HTTPs://Brasil.escola.uol..com.br//.../A-importânciadaescola.htm.
HTTPs://Pedagogiapedaletra.com/abordagem-humanista.com.htm
HTTPs.Unesp:br/gpforma/2senaf/pdf/008e2.pdf
Freire, Madalena(coord.) observação registro e reflexão. São Paulo. Editora Espaço pedagógico, 1994
Freitas, Luiz Carlos. Ciclos, seriação e avalição. São Paulo: Editora Moderna, 2003.
www.UfPb.br/arquivos.br/arquivo/contentes/...022/LucianadeFatimadaSilvaSoaresCantalice.pdf. 
 
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