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TEMPERATURA CORPORAL E SUA REGULAÇÃO

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TEMPERATURA CORPORAL E SUA REGULAÇÃO: PAPEL DO HIPOTALAMO E DOS NUTRIENTES 
	O corpo humano, tem uma ótima capacidade regulatória de temperatura, tornando-a quase constante mesmo em extremos de temperatura ambiente (em uma variação de temperatura ambiente de 100 °C, a T ° corpórea varia no máximo 1 °C). Essa capacidade é necessária para a manutenção da homeostase. A regulação da temperatura corporal é importante para manter as taxas metabólicas relativamente constantes, independente das flutuações do meio ambiente.
	Os mamíferos e a aves são os únicos seres que desenvolveram esse mecanismo de controle automático da temperatura, e que a torna quase constante (homeotermia).
	Fazendo uma analogia o nosso sistema regulador, funciona com um condicionador de ar, onde o termostato é o hipotálamo, que detecta uma variação de temperatura ambiente e envia sinais para que haja um aumento ou diminuição da temperatura corporal, até que ele seja ideal para a manutenção da homeostase. Quanto menor for a variação de temperatura em um organismo melhor são os seus mecanismos de controle. 
	O controle está relacionado com modificações na atividade neural tônica (que se mantém no tempo), e estão envolvidos: 
Sistemas de trocas energéticas: tecidos internos e periféricos, do ponto de vista térmico são tratados de maneira diferente, quando há uma diminuição de temperatura ambiente, o organismo diminui a temperatura dos tecidos periféricos e mantém a dos internos.
Processos fisiológicos: 
· Produção de calor (termogênese): tremores musculares, a curto prazo, e movimentação corporal (contração muscular), que produz mais calor (70% a 80%) do que trabalho. A longo prazo a atividade metabólica ajuda bastante na manutenção da temperatura.
· Perda de calor: sudorese (devido a água ter elevada capacidade calorífica e elevado calor evaporação), e vasodilatação periférica (eficiente a curto prazo e ajuda na troca de calor).
· Conservação do calor produzido: vasoconstrição periférica e a piloereção (aprisionamento de uma camada de ar quente sobre a pele).
· Sistemas receptores: hipotalâmico e periférico (pele). No hipotálamo também possui receptores.
· Sistema de integração: hipotálamo e outras regiões do sistema nervoso central.
Ajustes comportamentais: agasalhamento, procura de abrigo, utilização de fontes externas de equilíbrio térmico, etc. 
Evidencias experimentais: comprovam a participação do hipotálamo na regulação da temperatura corporal.
· Na ausência do hipotálamo, o resfriamento ou aquecimento provocam apenas ações reflexas localizadas e ineficazes para a regulação da temperatura.
· Modificações da temperatura do sangue arterial que atinge o cérebro (canulando-se a artéria carótida) levam a reações homeotérmicas adequadas sem qualquer excitação periférica.
· Em pacientes com secção medular, a variação da temperatura dos membros inferiores (abaixo da secção) provoca sinais de regulação térmica acima da lesão (informações térmicas através do sangue dos membros inferiores, para o hipotálamo)
· Animais com lesões experimentais no hipotálamo anterior não apresentam respostas ao aquecimento, e com lesão no hipotálamo posterior não tem respostas ao esfriamento.
· Experiências mais refinadas: variação de temperatura bem localizadas, no hipotálamo (alguns micrometros de diâmetro) levam a variações da atividade elétrica de neurônios dessa região.
Metabolismo basal: energia necessária para manter as funções vitais em condições de repouso. 
· Fatores que influenciam o metabolismo basal:
· Desnutrição: diminui o metabolismo basal de 20 a 30%.
· Clima: em regiões mais quente o metabolismo basal é menor do que em climas frios.
· Ciclo sono vigília: o metabolismo basal cai durante o sono.
Uso de ATP como molécula produtora de energia: 
· Síntese de componentes celulares; 
· Síntese de glicose a partir de ácido lático;
· Síntese de ác. graxos a parir de acetil-CoA;
· Síntese de colesterol, hormônios e fosfolipídios;
· Na contração muscular;
· No transporte ativo pela membrana;
· Na secreção glandular;
· Na condução nervosa, etc.
Ação dinâmica específica (ADE) dos alimentos: é o aumento da produção de energia metabólica, durante o período de absorção dos alimentos. É uma produção extra de energia, que depende do tipo de alimento ingerido (Proteínas tem ADE = 30%, lipídeos = 6% e carboidratos 4%). Essa energia extra que é produzida se perde em forma de calor e por isso não é contabilizada ao final. O mecanismo de produção dessa energia ainda é obscuro.

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