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Tiradentes – Wikipédia a enciclopédia livre

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Joaquim José da Silva Xavier
(Tiradentes)
Martírio de Tiradentes, óleo sobre tela de Francisco Aurélio
de Figueiredo e Melo (1854 — 1916).
Nome
completo
Joaquim José da Silva Xavier
Nascimento 12 de novembro de 1746
Fazenda do Pombal, Minas Gerais,
Brasil
Morte 21 de abril de 1792 (45 anos)
Rio de Janeiro, Brasil
Nacionalidade brasileiro(a)
Ocupação Dentista, militar e ativista político
Ideias
notáveis
Mártir da Inconfidência Mineira
Ruínas da sede da Fazenda do
Pombal, atualmente no município de
Ritápolis. Neste local nasceu
Tiradentes, onde está prevista a
construção de um memorial.
Tiradentes
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (Fazenda do Pombal , batizado em 12 de novembro
de 1746 — Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792) foi um dentista, tropeiro, minerador, comerciante,
militar e ativista político que atuou no Brasil colonial (1530-1815), mais especificamente nas capitanias
de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira,
patrono cívico do Brasil, patrono também das Polícias Militares dos Estados e herói nacional.
O dia de sua execução, 21 de abril, é feriado nacional. A cidade mineira de Tiradentes, antiga Vila de
São José do Rio das Mortes, foi renomeada em sua homenagem.
Índice
1 Biografia
2 A Inconfidência mineira
2.1 Julgamento e sentença
3 Legado de Tiradentes perante a história do Brasil
4 Descendência
5 Carnaval
6 Cinema, televisão e livros
7 Ver também
8 Notas e referências
9 Bibliografia
10 Ligações externas
Biografia
Nascido em uma fazenda no distrito de Pombal, próximo ao
arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época território
disputado entre as vilas de São João del-Rei e São José do
Rio das Mortes, na Minas Gerais.
Joaquim José da Silva Xavier era filho do português
Domingos da Silva Xavier, proprietário rural, e da brasileira
Maria Paula da Encarnação Xavier (prima em segundo grau de Antônio Joaquim Pereira de Magalhães), tendo
sido o quarto dos nove filhos.
Em 1755 , após o falecimento de sua mãe, segue junto a seu pai e irmãos para a sede da Vila de São Antônio;
dois anos depois, já com onze anos, morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família perde as
propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de um primo, que era cirurgião dentista.
Trabalhou como mascate e minerador, tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do
Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o
que lhe valeu o apelido (alcunha) de Tiradentes.
Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração, tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos.
Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão sudestino. Em 1780, alistou-se na tropa da Capitania de Minas Gerais;
em 1781 foi nomeado comandante do destacamento dos Dragões na patrulha do "Caminho Novo", estrada que servia como rota de escoamento da
produção mineradora da capitania mineira ao porto Rio de Janeiro. Foi a partir desse período que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que
criticavam a exploração do Brasil pela metrópole, o que ficava evidente quando se confrontava o volume de riquezas tomadas pelos corruptos e a pobreza
em que o povo permanecia. Insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, tendo alcançando apenas o posto de alferes, patente inicial do
oficialato à época, e por ter perdido a função de marechal da patrulha do Caminho Novo, pediu licença da cavalaria em 1787.
Morou por volta de um ano na cidade carioca, período em que idealizou projetos de vulto, como a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para a
melhoria do abastecimento de água no Rio de Janeiro; porém, não obteve aprovação para a execução das obras. Esse desprezo fez com que aumentasse
seu desejo de liberdade para a colônia. De volta às Minas Gerais, começou a pregar em Vila Rica e arredores, a favor da independência daquela província.
Fez parte de um movimento aliado a integrantes do clero e da elite mineira, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás Antônio
Gonzaga, ex-ouvidor da comarca, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das
colônias estadunidenses e a formação dos Estados Unidos. Ressalta-se que, à época, oito de cada dez alunos brasileiros em Coimbra eram oriundos das
Minas Gerais, o que permitiu à elite regional acesso aos ideais liberais que circulavam na Europa.
A Inconfidência mineira
[1]
[2]
Prisão de Tiradentes, por Antônio Diogo da Silva
Parreiras.
A leitura da sentença de Tiradentes (óleo sobre tela
de Leopoldino Faria).
Bandeira dos
inconfidentes (1789)
 
Variação da bandeira
inconfidente (1789).
 
Bandeira dos
inconfidentes (atual
Bandeira de Minas
Gerais)
Além das influências externas, fatores mundiais e religiosos contribuíram também para a articulação da conspiração nas Minas Gerais. Com a constante
queda na receita institucional, devido ao declínio da atividade da cana de açúcar, a reforma econômica a metrópole portuguesa de D.João V instituiu
medidas que garantissem o Quinto, imposto que obrigava os residentes das Minas Gerais a pagar, semestralmente, cem arrobas de prata, destinadas à Real
Fazenda. A partir da nomeação de Antônio Oliveira Meneses como governador da província, em 1782, ocorreu a marginalização de parte da elite local em
detrimento de seu grupo de amigos. O sentimento de revolta atingiu o máximo com a decretação da derrama, uma medida administrativa que permitia a
cobrança forçada de impostos , mesmo que preciso fosse prender o cobrado, a ser executada pelo novo governador das Minas Gerais, Luís Antônio
Furtado de Mendonça, 6.º Visconde de Barbacena (futuro Conde de Barbacena), o que afetou especialmente as elites mineiras. Isso se fez necessário para
se saldar a dívida mineira acumulada, desde 1762, do quinto, que à altura somava 768 arrobas de ouro em impostos atrasados.
O movimento se iniciaria na noite da insurreição: os líderes da "confidência" sairiam às ruas de Vila Maria dando vivas à República, com o que ganhariam a
imediata adesão da população. Porém, antes que a conspiração se transformasse em revolução, em 15 de março de 1789 foi delatada aos portugueses por
Joaquim Silvério dos Reis, coronel, Basílio de Brito Malheiro do Lago, tenente-coronel, e Inácio Correia de Pamplona, luso-açoriano, em troca do perdão
de suas dívidas com a Real Fazenda. Anos depois, por ordem do novo oficial de de milícia Ernesto Gonçalves, planejou o assassinato de Joaquim Silvério
dos Reis.
Entrementes, em 14 de março, o Visconde de Barbacena já havia suspendido a derrama o que de esvaziara por completo o movimento. Ao tomar
conhecimento da conspiração, Barbacena enviou Silvério dos Reis ao Rio para apresentar-se ao vice-rei, que imediatamente (em 7 de maio) abriu uma
investigação (devassa). Avisado, o alferes Tiradentes, que estava em viagem licenciada ao Rio de Janeiro escondeu-se na casa de um amigo, mas foi
descoberto ao tentar fazer contato com Silvério dos Reis e foi preso em 10 de maio. Dez dias depois o Visconde de Barbacena iniciava as prisões dos
inconfidentes em Minas.
Dentre os inconfidentes, destacaram-se os padres Carlos Correia de Toledo e Melo, José da Silva e
Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues da Costa, o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de
Andrade, comandante dos Dragões, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Joaquim José dos Reis
(um dos delatores do movimento), os poetas Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga
Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor.
Os principais planos dos inconfidentes eram: estabelecer um governo republicano independente de
Portugal, criar industrias no país que surgiria, uma universidade em Vila Rica e fazer de São João del-
Rei a capital. Seu primeiro presidente seria, durante três anos, Tomás António Gonzaga, após o qual
haveria eleições.Nessa república não haveria exército – em vez disso, toda a população deveria usar
armas, e formar uma milícia quando necessária. Há que se ressaltar que os inconfidentes visavam a
autonomia somente da província das Minas Gerais, e em seus planos não estava prevista o direito de
autonomia da população feminina.
Julgamento e sentença
Negando a princípio sua participação, Tiradentes foi o único a, posteriormente, assumir toda a
responsabilidade pela "inconfidência", inocentando seus companheiros. Presos, todos os
inconfidentes aguardaram durante três anos pela finalização do processo. Alguns foram condenados
à morte e outros ao degredo; algumas horas depois, por carta de clemência de D. Maria I, todas as
sentenças foram alteradas para degredo, à exceção apenas para Tiradentes, que continuou
condenado à pena capital, porém não por morte cruel como previam as Ordenações do Reino:
Tiradentes foi enforcado.
Os réus foram sentenciados pelo crime de "lesa-majestade", definida, pelas ordenações afonsinas e
as Ordenações Filipinas, como traição contra o rei. Crime este comparado à hanseníase pelas
Ordenações Filipinas:
-“Lesa-majestade quer dizer traição cometida contra a pessoa do Rei, ou seu Real Estado, que
é tão grave e abominável crime, e que os antigos Sabedores tanto estranharam, que o
comparavam à lepra; porque assim como esta enfermidade enche todo o corpo, sem nunca
mais se poder curar, e empece ainda aos descendentes de quem a tem, e aos que ele conversam, pelo que é apartado da comunicação da gente:
assim o erro de traição condena o que a comete, e empece e infama os que de sua linha descendem, posto que não tenham culpa.”
Por igual crime de lesa-majestade, em 1759, no reinado de D. José I de Portugal, a família Távora, no processo dos Távora, havia padecido de morte cruel:
tiveram os membros quebrados e foram queimados vivos, mesmo sendo os nobres mais importantes de Portugal. A Rainha Dona Maria I sofria pesadelos
devido à cruel execução dos Távoras ordenado por seu pai D. José I e terminou por enlouquecer.
[3]
Óleo sobre tela de Leopoldino de Faria (1836-1911)
retratando a Resposta de Tiradentes à comutação da
pena de morte dos Inconfidentes.
Estátua mostrando Tiradentes a ser
enforcado, na Praça Tiradentes, em
Belo Horizonte.
Tiradentes Esquartejado, em tela de
Pedro Américo (1893)- Acervo:
Museu Mariano Procópio.
Em parte por ter sido o único a assumir a responsabilidade,
em parte, provavelmente, por ser o inconfidente de
posição social mais baixa, haja vista que todos os outros
ou eram mais ricos, ou detinham patente militar superior.
Por esse mesmo motivo é que se cogita que Tiradentes
seria um dos poucos inconfidentes que não era tido como
maçom.
E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792,
Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da
cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública
e onde fora armado o patíbulo. O governo geral tratou de
transformar aquela numa demonstração de força da coroa
portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da
sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve
discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de
verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local.
Bóris Fausto aponta essa como uma das possíveis causas para a preservação da memória de Tiradentes,
argumentando que todo esse espetáculo acabou por despertar a ira da população que presenciou o evento,
quando a intenção era, ao contrário, intimidar a população para que não houvesse novas revoltas.
Executado e esquartejado, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus
descendentes. Sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica, tendo sido rapidamente cooptada e nunca mais localizada; os demais restos mortais foram
distribuídos ao longo do Caminho Novo: Santana de Cebolas (atual Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul), Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz
(antiga Carijós, atual Conselheiro Lafaiete), lugares onde fizera seus discursos revolucionários. Arrasaram a casa em que morava, jogando-se sal ao terreno
para que nada lá germinasse.
JUSTIÇA que a Rainha Nossa Senhora manda fazer a este infame Réu Joaquim José da Silva Xavier pelo horroroso crime de rebelião
e alta traição de que se constituiu chefe, e cabeça na Capitania de Minas Gerais, com a mais escandalosa temeridade contra a Real
Soberana e Suprema Autoridade da mesma Senhora, que Deus guarde.
MANDA que com baraço e pregão seja levado pelas ruas públicas desta Cidade ao lugar da forca e nela morra morte natural para
sempre e que separada a cabeça do corpo seja levada a Vila Rica, donde será conservada em poste alto junto ao lugar da sua
habitação, até que o tempo a consuma; que seu corpo seja dividido em quartos e pregados em iguais postes pela estrada de Minas
nos lugares mais públicos, principalmente no da Varginha e Sebollas; que a casa da sua habitação seja arrasada, e salgada e no meio
de suas ruínas levantado um padrão em que se conserve para a posteridade a memória de tão abominável Réu, e delito e que ficando
infame para seus filhos, e netos lhe sejam confiscados seus bens para a Coroa e Câmara Real. Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792,
Eu, o desembargador Francisco Luiz Álvares da Rocha, Escrivão da Comissão que o escrevi. Sebão. Xer. de Vaslos. Cout.º
—
Sentença
proferida
contra o
réu
Joaquim
José da
Silva
Xavier
Legado de Tiradentes perante a história do Brasil
Tiradentes permaneceu, após a Independência do Brasil, uma personalidade histórica relativamente obscura, dado o
fato de que o Brasil continuou sendo uma monarquia após a independência do Brasil, e, durante o Império, os dois
monarcas, D. Pedro I e D. Pedro II, pertenciam à casa de Bragança, sendo, respectivamente, neto e bisneto de D.
Maria I, contra a qual Tiradentes conspirara, e, que havia emitido a sentença de morte de Tiradentes e comutado as
penas dos demais inconfidentes. Durante a fase imperial do Brasil, Tiradentes também não era aceito pelo fato de
ele ser republicano. O "Código Criminal do Império do Brasil", sancionado em 16 de dezembro de 1830,
também previa penas graves para quem conspirasse contra o imperador e contra a monarquia:
Art. 87. Tentar diretamente, e por fatos, destronizar o Imperador; privá-lo em todo, ou
em parte da sua autoridade constitucional; ou alterar a ordem legítima da sucessão.
Penas de prisão com trabalho por cinco a quinze anos. Se o crime se consumar: Penas
de prisão perpétua com trabalho no grau máximo; prisão com trabalho por vinte anos
no médio; e por dez anos no mínimo.
—
Código
Criminal
de 1830
Foi a República – ou, mais precisamente, os ideólogos positivistas que presidiram sua fundação – que buscaram na
figura de Tiradentes uma personificação da identidade republicana do Brasil, mitificando a sua biografia. Daí a sua
iconografia tradicional, de barba e camisolão, à beira do cadafalso, vagamente assemelhada a Jesus Cristo e,
obviamente, desprovida de verossimilhança. Como militar, o máximo que Tiradentes poder-se-ia permitir era um
discreto bigode. Na prisão, onde passou os últimos três anos de sua vida, os detentos eram obrigados a raspar
barba e cabelo a fim de evitar piolhos. Também, o nome do movimento, "Inconfidência Mineira", e de seus
participantes, os "inconfidentes", foi cunhado posteriormente, denotando o caráter negativo da sublevação –
inconfidente é aquele que trai a confiança. Outra versão diz que por inconfidência era termo usado na legislação
portuguesa na época colonial e que "entendia-se por inconfidência a quebra da fidelidade devida ao rei, envolvendo, principalmente, os crimes de traição e
conspiração contra a Coroa", e, que para julgar estes crimes eram criadas "juntas de inconfidência".
Historiadores como Francisco de Assis Cintra e o brasilianista Kenneth Maxwell procuram diminuir a importância de Tiradentes, enquanto autores mineiros
como Oilian José e Waldemar de Almeida Barbosa procuram ressaltar sua importância históricae seus feitos, baseando-se, especialmente, em documentos
sobre ele existente no Arquivo Público Mineiro.
[4][5]
[6]
Atualmente, onde se encontrava sua prisão, funcionou a Câmara dos Deputados na chamada "Cadeia Velha", que foi demolida e no local foi erguido o
Palácio Tiradentes que funcionava como Câmara dos Deputados até a transferência da capital federal para Brasília. No local onde foi enforcado ora se
encontra a Praça Tiradentes e onde sua cabeça foi exposta fundou-se outra Praça Tiradentes. Em Ouro Preto, na antiga cadeia, hoje há o Museu da
Inconfidência. Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no
Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade, sendo considerado Herói Nacional.
Descendência
A questão da descendência de Tiradentes é controversa. Há poucas provas documentais sobre os mesmos.
Tiradentes nunca se casou. Teve um caso com Antónia Maria do Espírito Santo, a quem prometeu casamento e teve uma filha, Joaquina da Silva Xavier (31
de agosto de 1786 . Constam autos do processo de Antónia Maria descobertos no Arquivo Público Mineiro que a mesma pediu a posse de
um escravo que Tiradentes lhe havia dado e havia sido confiscado após sua morte. Ali é citada sua filha (cujo padrinho foi o também inconfidente
Domingos de Abreu Vieira, rico comerciante) e faz dela a única descendente direta comprovada por documentação. Tiradentes também teria querido
casar-se com uma moça de nome Maria, oriunda de São João del-Rei, filha de abastados portugueses que se opuseram à união.
Sem registros comprovados por documentação, Tiradentes teria tido com Eugênia Joaquina da Silva dois filhos, uma Joaquina que logo morreu
 e João de Almeida Beltrão, que teve oito filhos.
Para escapar das perseguições da coroa e da população, um destes netos trocou seu sobrenome para Zica, dos quais alguns descendentes recebem
pensões.
Viveu em Uberaba, uma neta de Tiradentes, nascida em março de 1819, Carolina Augusta Cesarina, falecida, com 86 anos de idade, em 30 de setembro
de 1905, em Uberaba.
A lei 7.705, de 21 de dezembro de 1988, concedeu pensão especial a Jacira Braga de Oliveira, Rosa Braga e Belchior Beltrão Zica, trinetos de
Tiradentes.
Além destes, também foi concedida à sua tetraneta Lúcia de Oliveira Menezes, por meio da Lei federal 9.255/96, uma pensão especial do INSS no valor
de R$ 200,00, o que causou polêmica sobre a natureza jurídica deste subsídio, mas solucionado pelo STF no agravo de instrumento 623.655.
Carnaval
Tiradentes recebeu grande homenagem popular do G.R.E.S. Império Serrano, que desfilou em 1949 entoando o samba Exaltação a Tiradentes, cujos
autores são Mano Décio, Estanislau Silva e Penteado.
Em 2008, no desfile da Viradouro, RJ, o destaque principal do carro n.º 5 "execução da liberdade" estava fantasiado de Tiradentes. (desfile "É de
Arrepiar!", de Paulo Barros - campeão em 2010)
Cinema, televisão e livros
1948 – Inconfidência Mineira, de Cármen Santos (ator: Rodolfo Mayer).
1953 - Romanceiro da Inconfidência, livro de Cecília Meireles
1966 – Cristo de Lama, de Wilson Silva (ator: Waldir Maia)
1969 – Dez Vidas, de Ivani Ribeiro, TV Excelsior (ator: Carlos Zara)
1972 – Tiradentes, o Mártir da Independência, de Geraldo Vietri (ator: Adriano Reys).
1972 – Os Inconfidentes, de Joaquim Pedro de Andrade (ator: José Wilker).
1976 – Saramandaia, de Dias Gomes, Rede Globo (ator: Francisco Cuoco — aparição especial).
1999 – Tiradentes, de Oswaldo Caldeira (ator: Humberto Martins).
2007 – O Processo de Tiradentes, de Ricardo Tosto e Paulo Guilherme M. Lopes
Ver também
Inconfidência Mineira
Museu da Inconfidência
Panteão da Pátria
Alberto Delpino, autor do retrato oficial de Tiradentes
Notas e referências
1. ↑ A Fazenda do Pombal está localizada em terras pertencentes hoje ao município de Ritápolis e que na época eram disputadas por São João del-Rei
e São José do Rio das Mortes. Esta disputa foi resolvida somente em 1755 em favor da Vila de São José. Há ainda hoje, todavia, uma disputa por
esses três municípios (Ritápolis, São João del-Rei e Tiradentes) sobre qual seria considerada a cidade natal de Tiradentes.
2. ↑ Joaquim José da Silva Xavier - Tiradentes (http://www.sjdr.com.br/historia/celebridades/tiradentes.html) no São Josão del Rei On-Line
3. ↑ Ordenações filipinas - Crime de Lesa-majestade (http://books.google.com.br/books?
id=KH9ilwvHp9AC&pg=PA69&lpg=PA69&dq=lesa+majestade+ordena%C3%A7%C3%B5es+filipinas&source=bl&ots=scvE_HLCDa&sig=53-
WLXaYzlz5TXGcX8rkL0vskeA&hl=pt-BR&ei=TtCLS5-
yO4aHuAeOpInwCw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&ved=0CBcQ6AEwAw#v=onepage&q=&f=false)
4. ↑ Souza, p. 405
[carece de fontes?]
[7]
[7]
[7]
[carece de
fontes?] [carece de fontes?]
[8]
[9]
[10]
[11]
5. ↑ (18 de abril de 2008) "Sentença de Tiradentes (http://solatelie.com/cfap/html/senten%C3%A7a_de_tiradentes.html) " (em português). Boletim da
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro n. 53: 3.
6. ↑ http://www.tj.ba.gov.br/publicacoes/mem_just/volume2/cap8.htm
7. ↑ Costa e Silva, Paulo (1 de abril de 2007). A outra face do alferes (http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=527)
. Revista de História da Biblioteca Nacional. Página visitada em 7 de abril de 2010.
8. ↑ LEI Nº 7.705, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1988. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/1980-1988/L7705.htm) . Presidência da
República- Subchefia para Assuntos Jurídicos. Página visitada em 7 de abril de 2010.
9. ↑ http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/fotografico_docs/photo.php?lid=31227#
10. ↑ http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=132637&tipoDocumento=LEI&tipoTexto=PUB
11. ↑ http://conjur.estadao.com.br/static/text/59397,1
Bibliografia
________,Autos da Devassa da Inconfidência Mineira, Ministério da Educação, Biblioteca Nacional, Ministério da Educação, Rio de Janeiro,
1976.
________,Tiradentes - A sentença, Rio de Janeiro, ALERJ, 1992, 54p.
________,Tiradentes - Os caminhos do ouro, Brasília, Imprensa Nacional, 1992, 26p.
AQUINO, Rubim Santos Leão de; BELLO, Marco Antônio Bueno; DOMINGUES, Gilson Magalhães. Um sonho de liberdade: a conjuração de
Minas. São Paulo: Editora Moderna, 1998. 176p. il. ISBN 8516021009
BARBOSA, Waldemar de Almeida, A Verdade sobre Tiradentes, Instituto de História, Letras e Artes, Belo Horizonte, s/d.
CHIAVENATO, Júlio José. As várias faces da Inconfidência Mineira. São Paulo: Contexto, 1989. 88p. il. ISBN 8585134429
JARDIM, Márcio. A Inconfidência Mineira: uma síntese factual. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1989. 416p. ISBN 857011141X
MAXWELL, Kenneth. A devassa da devassa: a Inconfidência Mineira: Brasil-Portugal - 1750-1808. São Paulo: Paz e Terra, 1985. 318p.
mapas, tabelas. ISBN 8521903979
MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
SILVA, Joaquim Norberto de Sousa e. História da Conjuração Mineira, Rio de Janeiro, 1860.
Ligações externas
Tetraneta de Tiradentes tem pensões mantidas pelo STF (http://www.direito2.com.br/stf/2007/set/11/tetraneta-de-tiradentes-tem-pensoes-mantidas-
pelo-stf)
Tiradentes e seus juízes (http://www.tj.ba.gov.br/publicacoes/mem_just/volume2/cap8.htm)
Ordenações filipinas - Crime de Lesa-majestade (http://books.google.com.br/books?
id=KH9ilwvHp9AC&pg=PA69&lpg=PA69&dq=lesa+majestade+ordena%C3%A7%C3%B5es+filipinas&source=bl&ots=scvE_HLCDa&sig=53-
WLXaYzlz5TXGcX8rkL0vskeA&hl=pt-BR&ei=TtCLS5-
yO4aHuAeOpInwCw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&ved=0CBcQ6AEwAw#v=onepage&q=&f=false)
Genealogia de Joaquina da Silva Xavier (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=598813)
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tiradentes&oldid=32963734"
Categorias: Nascidos em 1746 Mortos em 1792 Luso-brasileiros Mineiros Revolucionários do Brasil Dentistas do Brasil Mártires
Militares do Brasil Inconfidência Mineira Heróis nacionais do Brasil Pessoas executadas por enforcamento Pessoas do Brasil Colonial
Esta páginafoi modificada pela última vez à(s) 00h14min de 17 de novembro de 2012.
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