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Raiana Zacarias de Macêdo | 4 INSUFICIÊNCIA CORONARIANA DAC -> Doença aterosclerótica coronária. Placa de aterosclerose nas artérias coronárias. ICO -> Insuficiência coronariana. É uma desproporção entre a oferta e o consumo de O2 pelo musculo cardíaco. CLASSIFICAÇÃO DA ANGINA 1. Primária: Desencadeada por uma redução da oferta de O2, ou seja, por uma obstrução ao fluxo coronário. 2. Secundária: Desencadeada pelo aumento do consumo de O2. Como na taquiarritmia. CARACTERÍSTICAS DA DOR ANGINOSA · Localização: retroesternal (mas pode vir desde a mandíbula até um umbigo). · Irradiação: epigástrio, mandíbula, braço esquerdo · Duração: dor em crescendo, com duração um pouco mais prolongada, diferente da dissecção de aorta que é uma dor súbita · Fator desencadeante: esforço físico · Fator de alívio: repouso e uso de nitrato sublingual (no IAM pode não aliviar). O paciente que tem uma insuficiência coronária dita estável, vai ser acompanhado ambulatorialmente. Pode ser classificado de acordo com a Classificação Canadense. - CCS 1: não tem angina, sem sintomas no momento - CCS 2: limitação moderada para atividades habituais - CCS 3: limitação importante para atividades habituais - CCS 4: angina ocorre em qualquer atividade física ou repouso FORMAS DE APRESENTAÇÃO · ANGINA ESTÁVEL (Doença coronária crônica) · ANGINA INSTÁVEL · INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO SEM SUPRA ST · INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM SUPRA ST Síndromes isquêmicas miocárdicas instáveis são as 3 ultimas. As doenças coronárias agudas são causadas pela formação de um coágulo na placa de ateroma. FORMAS DE APRESENTAÇÃO DA ANGINA · Típica · Atípica (dores que fogem as características da típica, mas paciente tem fatores de risco) · Equivalente sistêmico (conjunto de sintomas que podem mimetizar a angina) – dispneia, síncope ou pré-síncope, arritmias graves, descompensaçao da doença de base. · Angina silenciosa (isquemia silenciosa – aparece no ECO, teste de esforço, Holter) - Tipo A: definitivamente angionsa - Tipo B: provavelmente anginosa - Tipo C: provavelmente não anginosa - Tipo D: dor definitivamente não anginosa AFECÇÕES NÃO CORONARIANAS QUE PODEM CAUSAR ANGINA · Cardiomiopatia Hipertrófica · Estenose aórtica · Prolápso de valva mitral · Hipertensão pulmonar · Insuficiência cardíaca INSUFICIÊNCIA CORONÁRIA CRÔNICA Investigação clínica: 1. Anamnese + Exame físico 2. Caracterizar sexo e idade. 3. Presença de antecedentes familiares 4. Presença de fatores de risco cardiovasculares 5. Destrinchar queixa de dor precordial Escore de Framinham (risco de DAC em 10 anos): 1. Idade 2. Colesterol total 3. HDL-c 4. PAS 5. Tabagismo Baixo risco: <10% de chances de ter DAC em 10 anos. Médio risco: 10-20% de chance de DAC em 10 anos. Alto risco: > 20% de chance de DAC em 10 anos. Investigação laboratorial: 1. Bioquímica, hemograma, TSH, T4 livre 2. Eletrocardiograma 3. Radiografia de tórax 4. Ecocardiograma 5. Provas isquêmicas: Teste ergométrico, cintilografia perfusão miocárdica, ecocardiograma com estresse O teste ergométrico é utilizado para avaliar a probabilidade de ter doença coronariana, avaliar o prognóstico de um paciente que já tem a doença, efeito do tratamento e capacidade funcional. 6. Cintilografia (pacientes com marca-passo) 7. Cineangiocoronariorafia (cateterismo) TRATAMENTO MEDICAMENTOSO · AAS (prevenção de IAM, doença isquêmica ou morte)/Clopidogrel (usado em caso de contraindicação do AAS) · Beta-bloqueadores (pacientes com angina típica, redução de sintomas e prevenção de arritmias) · Bloqueadores do canal de cálcio (em caso de contraindicação de betabloq ou fazer em associação) · Estatinas · Nitrato · IECA/BRA · 3-KAT inibidores TRATAMENTO PERCUTÂNEO · Angioplastia coronariana Balão; Stent convencional; Stent farmacológico. TRATAMENTO CIRÚRGICO Lesão em tronco de coronária esquerda, lesão triarterial com FEFE < 50% SÍNDROMES ISQUÉMICAS MIOCARDICAS INSTÁVEIS · ANGINA INSTÁVEL · INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO SEM SUPRA ST · INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM SUPRA ST Dor torácica = 10% atendimentos no PS. Sempre descartar diagnósticos diferenciais: TEP, dissecção de aorta. Quadro clínico + ECG (em até 10 minutos) + Marcadores de lesão de necrose miocárdica. Infarto do miocárdio x Angina instável A diferença entre os dois é que no infarto há necrose muscular. O IAM vai ter uma curva de marcadores de lesão: · AMP – 2 a 3 dias · Troponina – pode ficar aumentada até 7 – 10 dias. INFARTO DO MIOCARDIO · Oclusivo · Oclusão permanente · Não há circulação colateral importante ANGINA INSTÁVEL · Não oclusivo · Oclusão transitória (como no infarto sem supra ST) · Circulação colateral importante INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO COM SUPRA ST Dor típica, prolongada, em crescendo > 30min. Não alivia mais com nitrato nem com repouso. No eletrocardiograma vai haver um supradesnivelamento ST em derivações concordantes. Marcadores de lesão miocárdica: CKMB e Troponina elevadas. OBS: é interessante que faça averiguação de derivações direitas (V3R e V4R) para ver se houve comprometimento de VD. INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO SEM SUPRA ST Dor típica prolongada (>30 min). No eletro não há supradesnivelamento de ST. Pode haver um infradesnivel ou inversão de onda T. Os marcadores são positivos. ANGINA INSTÁVEL Dor típica e menos prolongada ( 10-20 min). Eletro pode ser normal, pode ter inversão de onda T ou infra ST. Marcadores CKMB e troponina normais. OBS: Troponina é bom também para diagnostico tardio. Tratamento angina instável · AAS/CLOPIDOGREL · ESTATINA · BETABLOQUEADOR · NITRATO · IECA Tratamento IAM sem supra ST · MOV · Morfina + O2 + Nitrato + AAS · Betabloqueador · Anti-coagulantes Quando for mandar paciente para cateterismo faz o anti-agregante Tirofiban e inibidor IIbIIIa. E os anticoagulantes: Heparina de baixo peso molecular e heparina não-fracionada. Tratamento IAM com supra ST · MOV · Morfina + O2 + Nitrato + AAS · Betabloqueador · Anti-coagulantes · IECA/estatina... · Terapia de reperfusão: Fibrinolítico (Trombólise) ou angioplastia ou revascularização. Tem até 3 horas para resolver. Quando escolher o fibrinolítico? · Tempo de dor < 12hrs · 0 – 3hrs beneficio igual o cateterismo · 3 – 6 hrs bom nebefício · 6 – 12 horas menor benefício · > 12 horas sem benefício · Usar quando não houver contraindicações Contraindicações do fibrinolítico: · Sangramento interno ativo · Suspeita de dissecção de aorta · Neoplasia intracraniana · AVCH em qualquer época · AVCi ou AIT há 1 ano · Cirurgia de grande porte em menos de 48 horas Quando escolher a angioplastia primária (cateterismo)? · Superior ao fibrinolítico após 3hrs · Porta-balão <90 min em centro capacitado · Se considerar transporte < 2hrs · Se houver contraindicação ao trombolítico · IAM de parede anterior extenso + choque cardiogênico
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