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Fisiopatologia da Obesidade O tecido adiposo é um importante órgão imuno-endócrino: além de armazenar energia para organismo por meio do depósito de lipídeos, o tecido adiposo libera diversas proteínas (adiposinas) e fatores inflamatórios. Destaque para a leptina Hormônio produzido pelo tecido adiposo que está muito relacionado à saciedade. A leptina atua como sinalizadora de massa gorda existente no organismo, estando envolvida no balanço dos lipídeos nos tecidos não adiposos, na ingestão alimentar e na termogênese. Ela age como um sinal de retroalimentação negativa entre o tecido adiposo e o encéfalo. Quanto mais os Atividade inflamatória estoques de gordura corporal aumentam, maior é a secreção de leptina e menor é o consumo alimentar. Dessa forma, esse hormônio tem ação direta no SNC (hipotálamo). Uma molécula sinalizadora chave nesse processo é o neuropeptídeo Y (NPY), um neurotransmissor cerebral que parece servir de estímulo para a ingestão alimentar. Em animais com peso normal, a leptina inibe o NPY por uma via de retroalimentação negativa. A atividade inflamatória do tecido adiposo pode gerar resistência à insulina: a expansão dos adipócitos (obesidade) dispara uma resposta inflamatória com infiltração de macrófagos e aumento da produção de citocinas inflamatórias, como TNF-α e IL-6. TNF-α e IL-6 ativam receptores de membrana, que, por sua vez, ativam proteínas quinases, como a JNK e a IKK. Essas proteínas são capazes de fosforilar os substratos dos receptores de insulina (IRS-1 e IRS-2) em resíduos de serina, impedindo a transdução de sinal da insulina. Ocorre também a geração de espécies reativas de oxigênio. Capítulo 71 - Guyton ciclo vicioso @paulapsantos1 = PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA 🍎 - ANDROIDE 🍐 - GINOIDE A deposição de gordura do tipo androide, ou seja, a deposição predominantemente abdominal, é a forma mais perigosa de obesidade. Sob a influência da epinefrina, a gordura das células abdominais é mobilizada facilmente e lançada no sistema circulatório, propiciando maior formação de placas de ateroma. Se os ácidos graxos livres e o glicerol não puderem ser usados como combustível (como para a realização de um exercício), seu excesso é absolutamente desnecessário. Diante disso, os ácidos graxos e o glicerol são dirigidos para o fígado, onde são transformados principalmente em lipoproteínas de baixa densidade (LDL). Os LDL estão associados a aterosclerose e a um maior risco de doença arterial coronariana (DAC). Portanto, os aumentos na gordura central estimulam mais prontamente os processos que causam doença cardíaca. O IMC não é capaz de distinguir gordura central de gordura periférica, nem massa gordurosa de massa magra, podendo superestimar o grau de obesidade em indivíduos com aumento de massa magra e mesmo edemaciados. OUTROS RISCOS DA OBESIDADE O aumento de peso eleva também o risco de câncer de mama, cólon, esôfago, próstata, rim e útero. A manutenção do IMC abaixo de 25 poderia prevenir 1 de cada 6 mortes por câncer. A OBESIDADE E A ADIPOGÊNESE Processo de diferenciação de pré-adipócitos em adipócitos maduros. Células satélite que temos entre os nossos adipócitos. Quando o indivíduo ganha peso, suas células adiposas sofrem hipertrofia. Quando elas alcançam o tamanho máximo, elas começam a liberar substâncias parácrinas que estimulam a diferenciação dos pré adipócitos em adipócitos (hiperplasia). Em média, o indivíduo começa a ter hiperplasia quando ultrapassa 30 kg em relação ao seu peso ideal. Hipertrofia: os adipócitos conseguem modificar seu tamanho em cerca de 10x para armazenar triglicerídios. Aparentemente, esse aumento no tamanho (hipertrofia) é a maneira pela qual poderão ser armazenadas maiores quantidades de gordura. Hiperplasia: após ter se aproximado do limite superior de armazenamento de gordura pela hipertrofia, ocorre o desenvolvimento de novos adipócitos a partir de células precursoras imaturas. Emagrecimento = redução do diâmetro dos adipócitos (o n. de células se mantém). @paulapsantos1 ± OBESIDADE E ATEROSCLEROSE A obesidade influencia a formação de placas de ateroma por meio de 3 fatores: - níveis elevados de LDL; - estresse oxidativo; - processos inflamatórios. OBESIDADE E O SISTEMA RENINA-ANGIOTENSIA - Maiores concentrações de ANG I: maiores concentrações de ANG I resultam em maior formação de ANG II, que tem efeito vasoconstritor, intensificando os riscos de desenvolvimento de hipertensão arterial. - Menores concentrações de ANG-(1-7): a ANG-(1-7) possui efeitos protetores em relação à ANG II. Portanto, os riscos de hipertensão tornam-se ainda maiores. GRELINA - Hormônio liberado principalmente pelo estômago; - Os níveis sanguíneos de grelina se elevam durante o jejum, têm seu pico imediatamente antes da alimentação e, então, caem rapidamente após a refeição, sugerindo possóvel papel na estimulação da ingestão alimentar. @paulapsantos1 =
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