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ENSINO A DISTÂNCIA – EAD PEDAGOGIA CINTIA ARAUJO SACRAMENTO O PAPEL DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA PARA A DEMOCRATIZAÇÃO SOCIAL. Cuiabá-MT 2020. CINTIA ARAUJO SACRAMENTO O PAPEL DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA PARA A DEMOCRATIZAÇÃO SOCIAL. Trabalho apresentado ao Curso de pedagogia da UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, como requisito para obtenção de nota parcial das disciplinas do 2º semestre. Orientador: Prof. Cinthia Gomçalves Maziero Cuiabá-MT 2020. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 2. A CULTURA……………………………………………………………………………….4 2.1. A IMPORTÂNCIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NA CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA ……………………………………………………………………… ……………………….. 6 3. PROPOSTA DA POSTAGEM A SER DIVULGADA NAS REDES SOCIAIS……..6 4.CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................. ………………8 5.REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 9 3 1 INTRODUÇÃO O Brasil é um país mundialmente conhecido pelo seu leque de diversidade cultural, esse multiculturalismo é resultante da junção de costumes e crenças trazidos pelos colonizadores europeus, pelos escravos africanos e pelos índios nativos que já habitavam o Brasil. È possível observar claramente em várias regiões do país, onde cada uma delas possuem hábitos e costumes distintos, em razão da herança dos povos que habitaram esses locais. Se observarmos as regiões do Brasil podemos ver que na região centro-oeste há grande influências dos indígenas, da Argentina e Paraguai e também de alguns estados da região sudeste. Já na região sul predomina a influência dos europeus, em sua grande maioria povos italianos e alemães, no Norte predomina a influência indígena na culinária. Já nas regiões nordeste e sudeste a influência africana é a predominante no local. A produção textual aqui presente terá o objetivo de debater sobre a importância da cultura afro-brasileira e indígena na construção da democratização social, destacando a importância dos povos africanos e indígenas na formação do Brasil e consequentemente fazendo com que os alunos entendam essa importância . O ensino da história da cultura afro-brasileira e indígena é assegurado pela lei de nº9.394, de 20 de dezembro de 1996. Essa lei possibilita que se compreenda a formação da nossa sociedade brasileira, resgatando e evidenciando a contribuição desses povos para a nossa sociedade. Essa produção textual está dividida em seções sendo elas: 1.introdução, onde é apresentado de forma breve o assunto a ser abordado no trabalho e quais são seus objetivos, 2.cultura, onde é retratado o conceito de cultura na visão de diferentes autores, 2.1. A importância da cultura afro-brasileira e indígena na construção de uma escola democrática. 3. Proposta da postagem a ser divulgada nas redes sociais. 4 2. A CULTURA Cultura vai muito além da característica de uma sociedade, ela é o que diferencia uma sociedade de outra. A cultura possui uma diversidade ampla de conceitos, ela está presente em nossas vidas, seja na crença, nos costumes, hábitos, na forma como se veste, ou até mesmo em outros aspectos a cultura sempre se faz presente. Quando falamos sobre identidade cultural, estamos fazendo menção ao sentimento de pertencimento que temos em relação a uma cultura, ou seja, a cultura a qual pertencemos, acreditamos e participamos ao longo da nossa vida. De acordo com Claval (2007, p.89), “A cultura só existe através dos indivíduos aos quais é transmitida e que, por sua vez, a utilizam, a enriquecem, a transformam e a difundem. Sem elas, estariam desamparados: o intuito não é suficiente para guiá-los”. A identidade cultural é um conceito muito discutido nas ciências sociais, isso porque ela é um processo que vai sendo construído, é o resultado das experiências e vivências de um determinado grupo social. Atualmente a cultura desempenha diversos papeis, durante muitos anos quando falado em cultura, normalmente se referia ao patrimônio ou arte, porém com o passar do tempo o conceito de cultura foi se ampliando. As políticas culturais são um conjunto de objetivos e estratégias que tem como principal função desenvolver o setor cultural. Elas são iniciativas ou propostas que são desenvolvidas pela administração pública, empresas privadas, ou ainda por organizações sem fins lucrativos, com objetivo de garantir a sociedade o direito à prática, produção e acesso à cultura pois, seu ponto principal está pautado na concepção de cultura e em sua importância. Segundo Coelho (1997, p.291): A política cultural é entendida habitualmente como programa de intervenções realizadas pelo Estado, instituições civis, entidades privadas ou grupos comunitários com o objetivo de satisfazer as necessidades culturais da população e promover o desenvolvimento de suas representações simbólicas. Sob este entendimento imediato, a política cultural apresenta-se assim como o conjunto de iniciativas, tomadas por esses agentes, visando promover a produção, a distribuição e o uso da cultura, a preservação e divulgação do patrimônio histórico e o ordenamento do aparelho burocrático por elas responsável. 5 As políticas culturais exercem um papel importante, pois são elas que irá fazer com que se cumpra o dever de garantir a todos o direito a cultura. Um dos aspectos que classifica o ser humano como um animal diferente dos outros, é a habilidade que ele tem de promover mudanças em seu espaço, ou seja, produzir cultura e fazer história. A transmissão da cultura é um processo complexo, pois para que possa ser transmitida é importante que o indivíduo tenha uma grande capacidade de memorizar e também de reproduzir os conhecimentos. Segundo Wagner e W.Miresell ( 2000 p.114 ) : A cultura resulta da capacidade de os seres humanos se comunicarem entre si por meio de símbolos. Quando as pessoas parecem pensar e agir similarmente, elas o fazem porque vivem, trabalham e conversam juntas, aprendem com os mesmos companheiros e, mestres, tagarelam sobre os mesmos acontecimentos, questões e personalidades, observam ao seu redor, atribuem o mesmo significado aos objetos feitos pelo homem, participam dos mesmos rituais e recordam o passado. Pode-se entender então que a cultura não leva em consideração indivíduos isolados, mas sim comunidade de pessoas que integram um mesmo espaço e a partir do momento em que integrantes de uma determinada comunidade passam a se deslocar a sua cultura começa a se difundir. De acordo com Claval (2007, p.63): A cultura é a soma de comportamento, saberes, técnicas, conhecimentos e valores acumulados pelos indivíduos durante suas vidas e, em outra escala, pelo conjunto dos grupos de que fazem parte. A cultura é uma herança transmitida de uma geração a outra. Ela tem suas raízes num passado longínquo, que mergulha no território onde seus mortos são enterrados e onde seus deuses se manifestam. Não é, portanto, um conjunto fechado e imutável de técnicas e comportamentos. Os contatos entre povos de diferentes culturas são algumas vezes conflitantes, mas constituem uma fonte de enriquecimento mútuo. A cultura transforma-se, também, sob o efeito das iniciativas ou inovações que florescem em seu seio. A cultura pode ser vista de várias maneiras e através de vários olhares diferentes. Ela está inserida em diversos aspectos de uma sociedade, assim como a cultura preserva as tradições ela também integraliza outros costumes e tradições de outras sociedades. 6 2.1. A IMPORTÂNCIADA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NA CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA. Conhecer, estudar e valorizar a cultura nacional é algo muito importante, pois nos traz o sentimento de pertencimento. Estudar a cultura Afro- brasileira e indígena é um papel fundamental na construção de uma escola democrática. Na nossa atual sociedade a democracia é um tema que tem sido discutido socialmente, e no ambiente escolar esse tema está presente levantando vários questionamentos sobre a democracia e também sobre a gestão democrática. Uma escola democrática deve enfatizar a importância de se ensinar sobre as etnias e as culturas, tendo em vista que o Brasil é um país que resultou de uma miscigenação e por isso é muito importante que a escola ensine sobre os povos que fizeram parte na formação do nosso país, onde alguns deles são os povos africanos e os indígenas nativos. A escola democrática de acordo com: Araújo 2009,p.20. [...] forma de possibilitar que todos os seres envolvidos na instituição possam exercer com maior assertividade sua cidadania, se relacionar melhor e alcançar a liberdade de expressão, por que cada um dos envolvidos carrega em si um conhecimento, que é único e que pode ser somado ao do seu colega e, no caso, por se tratar de escola, aos alunos. Essa troca faz com que a cada dia os envolvidos incorporem mais conhecimentos, sejam eles formais ou informais, tornando-os mais responsáveis, autônomos e criativos. A escola democrática deve sempre priorizar a participação do coletivo, ela faz da escola um local aberto a dialogo, como isso o local passa ser mais atraente para os estudantes. 3. PROPOSTA DA POSTAGEM A SER DIVULGADA NAS REDES SOCIAIS. Fonte : google imagens. 7 Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Quando o Brasil foi descoberto em 1500 os índios já habitavam no território, os portugueses que no Brasil chegaram se achavam seres superiores e com isso tentaram modificar a cultura dos nativos, porém os índios eram resistentes e não aceitavam serem subordinados o que resultou em uma batalha com grande derramamento de sangue e com isso grande parte dos indígenas foram dizimados. Em decorrência desses acontecimentos os africanos acabaram se tornando a principal força de trabalho escravo Os africanos quando chegaram no Brasil, passaram a conviver com diversos povos e com isso por onde foram passando deixavam um pouco de suas raízes, essas heranças deixadas pelos africanos estão presente na música, culinária, vocabulário, religião e em muitas outras áreas. É evidente a grande influência e contribuição dos povos africanos e indígenas na formação do Brasil, incluir o estudo da história africana e indígena é importante para que haja um desmonte no preconceito racial e étnico. O estudo da história da cultura afro-brasileira e indígena passou a ser garantido em 1996 pela lei de Diretrizes e Bases da educação. Segundo: BORGES ( 2015, p.12 ) A atual política curricular atribui ao ensino o papel de formar um novo cidadão, capaz de compreender a história do país e do mundo como resultante de múltiplas memórias originárias da diversidade de experiências humanas em oposição ao entendimento, até então dominante, de uma memória unívoca das elites ou de um passado homogêneo. Foram muitos anos de luta para que pouco a pouco o estudo da história afro-brasileira e indígena fosse ganhando espaço em meios aos outros conteúdos estudados. E foi através da implantação da Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996 que passou a ter a obrigatoriedade do estudo da história da cultura afro-brasileira e indígena nas escolas . 8 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A sociedade brasileira é resultante de várias etnias, entre elas estão os africanos e os indígenas, dois povos distintos mas que contribuirão muito para formação da nossa sociedade. Para que se possa entender a sociedade brasileira se faz necessário estudar todo o contexto histórico do Brasil, e a escola tem um papel fundamenta nesse processo, pois a escola é um agente formador de opiniões. E foi pensando nisso que essa produção textual foi desenvolvida, com o objetivo de conscientizar os alunos sobre a importância que os africanos e índios tiveram na formação do Brasil. Fazendo com que os alunos percebam a grande diversidade que há em nosso país ,possibilitando que eles se tornem cidadães que sabem respeitar as diversidades, sejam elas étnicas, raciais ou eté mesmo em outros aspectos. 9 5. REFERÊNCIAS ARAÚJO, Maria Cristina Munhoz. Gestão escolar. Curitiba: IESDE, 2009. BARROS, José D’Assunção: A construção social da cor: diferença e desigual- dade na formação da sociedade Brasileira / José D’Assunção Barros. 3.- ed.— Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. BORGES, Elizabeth Maria de Fátima. A inclusão da história e da cultura afrobra- sileira e indígena nos currículos da educação básica. Vassouras. v. 12. n. 1. p. 71-84. 2010. Disponível em: https://www2.olimpiadadehistoria.com.br/vw/1IN8l5YjrMDY_MDA_606d5_/05A_Incl usaodahistoriaculturaafro.pdf Acesso em: 22/09/2020 BORGES, Elisabeth Maria de Fátima. Inclusão Da História E Da Cultura Afro- brasileira e Indígena Nos Currículos Da Educação Básica E Superior: momento histórico ímpar. 2015. 14 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de História, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2015. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF. 2018. Disponível em:http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/BNCC_EnsinoMedio_em bai xa_site_110518.pdf Acesso em: 01/10/2020. CLAVAL, Paul. A geografia cultural. Tradução de Luiz F. Pimenta e Margareth C. A. Pimenta. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2007. LDBE -Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” Dis- ponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm. Acesso em : 10/10/2020 . LDBE-Lei nº 11.645 de 10 de março de 2008. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatorie- dade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Diário Oficial da União, DF. 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2008/Lei/L11645.htm Acesso em: 22/09/2020 WAGNER, Philip L.; MIKESELL, Marvin W. Temas da Geografia cultural. In: COR- RÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z. (Orgs.) Geografia cultural: um século (1). Rio de Janei- ro: EDUERJ, 2000. p. 111- 167.
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