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Farmacologia - Resumo da prova 2

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1 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Resumo da prova 
Sumário: Efeito de primeira passagem; Farmacologia da 
dislipidemia; Farmacologia da obesidade; 
Efeito de primeira passagem 
Efeito de primeira passagem = Passagem da droga pelo 
fígado para que ela seja ativada. 
 Fígado: ativação, metabolização e eliminação. 
O fígado é um órgão cheio de enzimas hepáticas e cheio 
de finalidades. Os medicamentos precisam passar pelo 
fígado para serem ativados na sua maioria, e até 
metabolizados e eliminados. O fígado separa o que presta 
do que não presta – metabólitos ativos dos inativos. 
 Pró-droga (Ex. prednisona – metabolizada no fígado e 
convertida em prednisolona). Não tem a forma ativa 
na versão oferecida, sendo necessária a 
metabolização na forma adequada. 
 Metabólitos: Ativos e Inativos. 
 
Farmacologia da dislipidemia 
Inibidores competitivos da 
HMG CoA redutase- Inibidores da Redutase 
Tratam os pacientes com dislipidemia associada a 
síndrome metabólica e outras comorbidades com grande 
quantidade de gordura e lipoproteínas no sangue. 
 Estatinas → São drogas muito utilizadas, com preço não 
elevado, uso corriqueiro pela população, ampla 
utilização na cardiologia, prescrição frequente. 
 
 Mecanismo de Ação: 
Causam inibição parcial 
da enzima HMG-Coa 
redutase. 
 
O acetil CoA é o precursor do 
colesterol. Se a pessoa tem 
hipercolesterolemia, esse 
colesterol tem que ser 
eliminado ou diminuído. As 
estatinas agem fazendo com 
que o colesterol não seja 
produzido - Agem no início da produção de colesterol, não 
esperando ele ser formado. 
Desenho: Hepatócito. Vários pontos onde os 
medicamentos usados para dislipidemia podem agir. 
Mostra a estatina, a niacina, os ácidos biliares e a 
Ezetimiba. 
Farmacodinâmica 
 Os inibidores da redutase (Estatina) induzem um 
aumento dos receptores de LDL de alta afinidade; 
 Esse efeito: 
• Aumenta tanto o catabolismo fracional das LDL como 
a extração hepática dos precursores das LDL 
(remanescentes de VLDL) do sangue, reduzindo assim 
os níveis de LDL; 
• Redução modesta dos níveis plasmáticos de 
triglicerídeos. 
• Pequena elevação das HDL. 
Seguir o consenso para cada doença. 
Principais representantes 
Lovastatina, Atorvastatina, Fluvastatina, Pravastatina, 
Sinvastatina, Rosuvastatina e Pitavastatina; 
➢ Lovastatina e sinvastatina: Tem praticamente os 
mesmos efeitos. São pró- fármacos (precisam de uma 
metabolização para serem ativos) da lactona inativos, 
que são hidrolisados no trato gastrintestinal aos 
derivados β-hidroxila ativos; Tem características 
químicas muito fortes. 
 
O uso de estatinas está relacionado a redução de mortes 
por doenças coronarianas. Prevenção de pacientes com 
risco de reinfarto, AVC (fazem uso regular para 
manutenção de proteção), pacientes com risco 
cardiovascular, risco de angina. 
 
➢ Pravastatina: possui um anel de lactona aberto e ativo; 
Ampla utilização. Molécula estável. Prevenção de 
DAC, por conta da ação hipolipemiante. Usada para 
hipercolesterolemia e dislipidemia. Muito utilizadas pós 
transplante de coração, rim, para aumentar sobrevida 
e diminuir a rejeição do órgão. 
 
Dislipidemia → aumento de todas as gorduras. 
Hiperlipidemia → Aumento do colesterol e os triglicerídeos. 
 
➢ Atorvastatina – Fluvastatina – Rosuvastatina: são 
congêneres (praticamente apresentam a mesma 
ação) que contêm flúor e são ativas quando 
administradas (assim que chegam na corrente 
sanguínea já tem a sua metabolização); 
Atorvastatina → Prevenção de complicações 
cardiovasculares. Indicadas para redução de LDL e 
apoproteína B em pacientes entre 10-17 anos. Ação mais 
específica, levando a uma boa resposta. 
 
Esses medicamentos tem uma característica química muito 
forte, pois necessitam de uma metabolização. Precisam de 
um anel bem estruturado para que não sofram reações que 
desestabilizem a molécula. 
Ter cuidado com paciente que tem lesões hepáticas ou 
renais. Prestar muita atenção nas contraindicações. 
 
 
Farmacologia básica das Dislipidemias 
 
2 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Resumo da prova 
Farmacocinética 
• Absorção: 40 a 75%. A fluvastatina* é uma exceção, 
tendo 100% de absorção. 
• Efeito de Primeira passagem pelo fígado (necessidade 
do medicamento em ser ativado. O medicamento é 
ingerido na forma inativa e necessita ser metabolizado 
pelo fígado para que se torne ativo); 
• A maior parte da dose absorvida é excretada na bile; 
A droga é metabolizada no fígado e a bile vai excretar 
alguma coisa. 
• Excreção: 5 a 20% na urina; 
• Meia-vida plasmática: 1 a 3 horas; 
• Excreção da atorvastatina (14 horas), da pitavastatina 
(12 horas) e da rosuvastatina (19 horas); 
Derivados do Ácido Fíbrico 
 Fibratos; 
Mecanismo de Ação: 
▪ Inibição da esterificação dos ácidos Graxos livres no 
fígado. 
▪ Inibição da síntese de triglicerídeos. 
Imagem: Músculo 
esquelético, endotélio, 
vasos sanguíneos, fígado. 
O fibrato age no fígado. 
Oxida ácido graxo e 
diminui a síntese de 
triglicerídeos. Ação 
muito boa na redução 
da gordura do 
organismo do paciente. 
Tem que ter cuidado 
com pacientes com 
doença hepática, 
insuficiência renal e 
crianças. 
Principais representantes 
Genfibrozila e Fenofibrato; 
Uso terapêutico 
 A dose habitual de Genfibrozila é de 600 mg por via 
oral, 1 ou 2 vezes ao dia 
- A absorção da genfibrozila melhora quando o 
fármaco é tomado com alimento; 
 
 A dose de Fenofibrato é de 1 a 3 comprimidos de 48 mg 
(ou um único comprimido de 145 mg) ao dia. 
 
Contraindicações relacionadas a questão hepática; 
paciente renal crônico, hemodiálise; crianças. Não se dá 
medicamento que tem forte ação hepática para uma 
criança! 
Farmacodinâmica - fibratos 
 Diminuição dos níveis de VLDL; 
 Reduções apenas moderadas das LDL; 
 Os níveis de HDL- colesterol aumentam de forma 
moderada (devido a troca de triglicerídeos em lugar 
de colesterol) 
Farmacocinética 
 Absorção: Trato gastrointestinal; 
 Distribuição: pico plasmático de 1 a 2h, meia-vida 
plasmática de 1,5h; Não tem uma meia-vida longa. 
 Metabolismo: Hepático; 
 Excreção: Renal. 
 
Ácido nicotínico 
 
 Niacina; age diretamente 
na produção do VLDL. É 
convertido em 
nicotinamida? Pode ser 
usado em associação 
com as estatinas. Grupo 
das vitaminas B. 
 
Mecanismo de Ação: 
Inibe a secreção de VLDL, 
diminuindo a produção de 
LDL. 
 
As vitaminas do complexo B são do mesmo grupo das 
niacinas. As vitaminas B são anti-hiperlipidêmicas, 
impedindo que se tenha um excesso de gorduras no 
sangue. 
Principais representantes 
Ácido Nicotínico ou Niacina (METRI®) 
É especificamente a vitamina B3. 
 
Inibidores da absorção 
intestinal de esteróis 
Mecanismo de Ação: 
• Inibe seletivamente a absorção intestinal de colesterol 
e de fitoesteróis (NPC1L1); 
Basicamente, impede a captação do colesterol no 
intestino. É uma droga de ação local (trato gastrointestinal). 
Tem a finalidade de reduzir o LDL. 
• Eficaz na ausência de colesterol dietético, visto que ela 
também inibe a reabsorção do colesterol excretado na 
bile; Quanto tipo de colesterol que passar por ali, a 
Ezetimiba vai fazer a retirada/captação dessa gordura. 
 
Principal representante 
Ezetimiba. É encontrada em associação com sinvastatina. 
 
 
3 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Resumo da prova 
Farmacocinética 
Absorção: com rapidez e conjugada no intestino a um 
glicuronídeo ativo (melhora a afinidade pela gordura); 
Distribuição: alcançando níveis sanguíneos máximos em 12 
a 14 horas, meia-vida é de 22 horas; 
Metabolização: Hepática; 
Excreção: Cerca de 80% do fármaco é excretado nas fezes. 
É óbvio, tendo em vista que é uma droga de ação 
intestinal. A fração absorvida vai ser eliminada por outras 
vias, mas na grande maioria é excretada pelas fezes. 
 
Uso terapêutico 
O efeito daezetimiba na absorção do colesterol é 
constante em uma faixa posológica de 5 a 20 mg/dia. 
Dose de manutenção: Dose diária de 10 mg. 
 
Ácido graxo - omega 3 
 Recomendado para tratamento das dislipidemias; 
 Doses entre 4 a 10g/dia; 
 O consumo de ômega 3 proveniente de fontes animais 
fornece o ácido graxos EPA e DHA estão associados a 
proteção cardiovascular; 
 Pode ser associado a outros Hipolipemiantes, que não 
atingiram níveis desejáveis no uso individual; 
 Ação antioxidante. 
 Ajuda no emagrecimento. 
 Melhora o tipo de colesterol que você vai ter. 
 Estimula as citocinas inflamatórias. 
 Combustível melhor para a célula – fonte natural. 
 
Ex: dieta do Mediterrâneo (a base de nozes, a base de 
peixe) 
Tratamentos associados 
▪ Niacina (ácido nicotínico)+ Inibidores da Redutase 
▪ Inibidores da Redutase + Ezetimiba 
▪ Inibidores da Redutase + Fenofibrato 
 
Ezetimiba + sinvastatina (associação no mercado) 
5-6 drogas que vão começar a ser liberadas, mas não tem 
dados válidos e protocolo ainda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Resumo da prova 
 
Resumo – fármacos usados na dislipidemia 
 
 
 
5 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Resumo da prova 
• As drogas anorexígenas afetam os sistemas 
monoaminérgicos – catecolaminas (noradrenalinas, 
serotonina e dopamina) no hipotálamo; 
• Aumentar a sensação de saciedade; 
Agentes farmacológicos usados: 
Supressores do apetite 
 Adrenérgico que atua no SNC; 
 Agentes Serotoninérgicos; 
 Agentes Adrenérgicos e Serotoninérgicos. 
Agentes termogênicos 
 Cafeína; 
 Efedrina; 
Inibidores da ingestão 
 Inibidores da Lipase; 
Manipulação hormonal 
 Análogos da Leptina; 
 
Sibutramina 
 É um inibidor da recaptação de serotonina e norepinefrina; 
Não é inibidor de uma enzima (não sei o nome – AMAL?) 
que fica lá no cérebro que alguns antipsicóticos atuam lá. 
A Sibutramina tem afinidade pelas catecolaminas. 
Efeito sobre a serotonina, norepinefrina e dopamina. 55% de 
inibição da serotonina. 74% de inibição da noraepinefrina. 
16% de inibição da dopamina. 
Atenção!!! 
Pequeno aumento de eventos cardiovasculares, inclusive 
acidentes vasculares encefálicos em pacientes com 
história de doença cardiovascular forma os motivos da 
retirada da droga de alguns países. 
Farmacodinâmica 
É ingerida na sua forma ativa, só que também é uma pró-
droga. Quando chega no estômago ela é dissociada e no 
fígado é uma pró-droga que se transforma em 2 
metabólitos ativos – M1 (97% de biodisponibilidade e M2 
(94% de biodisponibilidade) - (especificidades diferentes). 
Os metabólitos não são necessariamente iguais. 
• Aumento da saciedade; 
• Aumento da taxa metabólica (em menor grau); 
 
Farmacocinética 
Absorção: Gástrica; 
Distribuição: meia-vida de 14 a 16h; 
Metabolização: Hepática; 
Excreção: Renal. 
Contraindicações: paciente que já teve isquemia; AVC; 
paciente idoso (mais de 65 anos); paciente com 
hipertensão grave; paciente que já usa inibidor da AMAL 
Orlistate 
Medicamento novo. Não requer prescrição médica. É uma 
droga de venda livre. 
Mecanismo de Ação: 
Liga-se às lipases no trato gastrointestinal, bloqueando 
digestão dos triglicerídeos da dieta; Droga de ação local, 
fazendo com tenha uma ação mais específica. 
Inibição da lipase → Inibição da absorção de gordura → 
Inibição da absorção de ácidos graxos de cadeia longa de 
colesterol → inibe a absorção de vitaminas lipossolúveis 
(A,D,E e K???) 
Farmacodinâmica 
• Aumento da saciedade; 
• Aumento da taxa metabólica (em menor grau); 
Farmacocinética 
Absorção: 1% da droga total ingerida; cerca de 1% vai pra 
corrente sanguínea. 
Distribuição: 24 a 48h 
Excreção: Fezes. 
 
Orlistate → Após alimentação. 3X ao dia. 
 
 
 
Farmacologia básica da Obesidade 
 
6 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Resumo da prova 
Interações medicamentosas 
Tipos de interação medicamentosa 
INTERAÇÃO FÍSICO -QU ÍMICA: 
Interação de incompatibilidade química. 
Ex.: Anfotericina B + soro fisiológico: não pode ocorrer essa 
diluição porque inativa o medicamento. Tetraciclina + 
ringer lactato ou bicarbonato de sódio: esses dois também 
precipitam e inativam a tetraciclina. 
INTERAÇÃO A NÍVEL DE AB SORÇÃO: 
Medicamentos que alteram sua absorção ou na sua 
própria ação. 
Ex.: bicarbonato de sódio alterando o pH reduz absorção 
de alguns medicamentos (tetraciclinas). A mudança do pH 
inativa o medicamento ou faz com que sejam absorvidos 
de outra forma (mais rápida ou mais lenta). 
INTERAÇÕES EM NÍVEL DE DISTRIBUIÇÃO/METAB OLIS MO: 
A mais importante. 
Ex,: interação droga-droga (albumina). A albumina é a 
proteína mais abundante, os medicamentos se ligam a ela 
e ficam presos. Então, se tiverem dois medicamentos para 
se ligarem à albumina, eles irão competir entre si e aquele 
que tiver maior afinidade vai deslocar o medicamento de 
menor afinidade da albumina. Então o medicamento que 
for deslocado vai ficar me maior quantidade no sangue, vai 
ter maior fração livre, vai ter mais efeito e vai diminuir o 
tempo de meia vida. Acontece muito a nível de citocromo, 
drogas que são metabolizadas no fígado no mesmo 
citocromo. Então acontece muito de uma draga de maior 
afinidade fazer com que outra não se metabolize. 
Diabetes Mellitus 
É uma doença caracterizada pela elevação da glicose no 
sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na 
secreção ou na ação do hormônio insulina, que é 
produzido no pâncreas pelas células beta. É uma doença 
metabólica crônica. 
• Diabetes mellitus tipo 1: Insulino dependente 
• Diabetes mellitus tipo 2: antidiabéticos orais 
Tratamento farmacológico: super importante! Cada 
paciente deve ser tratado de forma individual, levando-se 
em conta a particularidade de cada caso. Existem vários 
tipos de insulina e medicamentos, cada um se adequa as 
necessidades de cada paciente. 
 
Liberação da insulina é feita em duas fases no organismo 
fisiologicamente: 
• Fase 1: liberação rápida, quando há ingesta de alimento, 
a insulina é liberada rapidamente para captar a glicose do 
sangue. 
• Fase 2: liberação lenta, à medida que a glicose vai sendo 
captada, a liberação da insulina fica lenta. 
Insulinoterapia 
Base de tratamento para diabetes tipo 1. 
Uso: EV (endovenosa), IM (Intramuscular), SC (Subcutânea). 
Terapêutica insulínica: 
• Diferem no início e duração da ação. 
• Varia de acordo com a origem. 
• Varia de acordo com a pureza 
• Concentração de uso 100U (100U/ML): única coisa que 
não vai variar é a concentração. Vai ser 100U 
independente da insulina, é uma dose padrão. 
Diferenças entre as insulinas 
A insulina tem uma especificidade relacionada a sua 
estrutura. São três espécies: humana, suína e bovina. O que 
as diferencia é a cadeia de AA. A posição em que o AA 
está é o que dá estabilidade à molécula e diz se ela será 
ultrarrápida ou se vai ser mais lenta, se vai ter um efeito 
maior ou menor... 
 Posição do aminoácido 
Espécie Cadeia A Cadeia B 
Humana Treonina (8) Isoleucina (10) Treonina (30) 
Suína Treonina (8) Isoleucina (10) Alanina (30) 
Bovina Alanina (8) Valina (10) Alanina (30) 
 Humana: é composta por treonina com 8 AA, 
isoleucina com 10 AA e a treonina com 30 AA. T8I10T30. 
 Suína: tem a treonina e a isoleucina assim como a 
humana. Quem a diferencia da humana é a última 
cadeia, com a alanina. T8I10A30. 
 Bovina: composta por alanina com 8 AA, valina com 10 
AA e alanina com 30 AA. A8V10A30 
Ações e efeitos da insulina 
Os efeitos da insulina (endógena e exógena) podem ser 
catabólicos ou anabólicos. Todos os efeitos abaixo são 
replicados nas insulinas artificiais 
Tecidos Catabólicos Anabólicos 
Hepático Diminuição: glicogenólise, 
gliconeogênese, cetogênese 
Aumento: Síntese de glicogênio e 
ácidos graxos.Adiposo Diminuição: lipólise. Aumento: síntese de glicerol e 
ácidos graxos. 
Muscular Diminuição: catabolismo 
proteico e fluxo de AA. 
Aumento: captação de AA, 
síntese de proteínas e síntese de 
glicogênio. 
Antidiabéticos e Insulinoterapia 
 
7 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Resumo da prova 
Perfil de ação das principais insulinas 
Alguns autores não separam ultralenta e detemir/glargina 
por serem parecidas, terem a mesma duração. 
Tipo Ação Início Pico de 
efeito 
Duração 
máxima 
Lispro/Aspart Ultrarrápida 5-15 
min 
1-2 h 4-6 h 
Regular Rápida 30-60 
min 
2-4 h 6-10 h 
NPH/lenta Intermediária 1-2 h 4-8 h 14-18 h 
Ultralenta Prolongada 2-4 h Não 
possui 
20-24 h 
Detemir/Glargina Prolongada 4-6 h 8-12 h 20-24 h 
 
O pico de efeito é o momento em que ela atinge sua 
potência máxima. 
Essa tabela junto com a anterior é muito importante, é o que 
vai nortear a prescrição para os pacientes. 
• A ultrarrápida (lispro/aspart) e a rápida (regular) são 
mais ou menos parecidas, com diferença apenas de 30 
minutos. 
• NPH/Lenta (intermediátia) é bom para quando vai 
dormir, devido ao tempo de pico e sua duração. 
• A ultralenta (prolongada) não tem pico porque ela se 
mantém constante do início da ação até o final. 
• A detemir/glargina (prolongada) é a Levemir e a 
Lantus, respectivamente, que tem no mercado. É uma 
caneta. 
INSUL INA LISPRO: 
• Início de ação ultrarrápida; 
• Duração curta; 
• Uso: após refeições, já que o início é de 5 min, pra 
manter a glicemia nos níveis ideais. Em casos de 
emergência também é ela que é usada por seu início 
rápido. 
INSUL INA REGULAR: 
• Ação rápida; 
• Igual a insulina humana; 
• Deve ser utilizada acompanhada por refeição ou 
lanche (30 min antes). Nunca em jejum; 
• É indicada nos casos de diabetes descompensada, 
choque e infecções. 
INSUL INA NPH: 
• Ação intermediária; 
• Complexada com a protamina (6 moléculas de insulina 
+ 1 protamina). A protamina faz com que o tempo de 
degradação da insulina seja maior. Então, quando ela 
é administrada, primeiro o organismo elimina a 
protamina, para depois começar a usar a insulina. Por 
isso que ela é intermediária, podendo ficar no 
organismo por até 18hrs.* 
• Uso: após café da manhã ou em anoitecer; 
• Não indicada em situações de cetoacidose ou 
emergência. 
• *A indústria farmacêutica conseguiu estabilizar 
moléculas de insulina fazendo com que ela ganhe 
mais tempo dentro do organismo, não sendo 
degradada rapidamente. 
INSUL INA GLARGINA: 
• Ação lenta; 
• Início de ação mais lenta que a NPH; 
• Microprecipitações: é como um monte de esferas bem 
pequenas aglomeradas. Quando administra, ela fica 
presa ao tecido adiposo e vai se soltando aos poucos 
e caindo na corrente sanguínea. Essa 
microprecipitação vai fazendo com que a insulina 
fique agindo por até 24hrs. 
Esquemas de reposição 
Não é usado o mesmo esquema para todos os pacientes. 
Vai ser usada a reposição de acordo com a necessidade 
(estilo de vida, condição social...) do paciente. 
A: Usar logo pela manhã(D) uma insulina 
regular (pico de ação de 4-6hrs), após o 
almoço (A) usa outra dose da regular, 
após o jantar (J) usa mais uma dose da 
regular e por último, ao deitar ele usa uma 
NPH (pico de ação de até 8hrs). 
B: Pode ser usada a insulina Listro, que é 
ultrarrápida, tem um tempo menor. Pela 
manhã usa tanto a NPH quanto uma de 
Lispro. Quando a NPH começa a agir, 
pega todos os intervalos da Lispro que é 
administra ainda após almoço e jantar. E 
ao deitar outra dose de NPH. 
C: Essa é mais cômoda que as outras. Isso 
porque o paciente vai usar uma da 
Glargina ou Detemir pela manhã e só vai 
voltar a usar depois de 22-24hrs. As doses 
de Lispro após as refeições continuam 
como na B. 
Nomes Comerciais: 
• Asparte: Novorapid, Novomix, Fiasp 
• Listro: Humalog 
• NPH: Insunorm N, Insunorm R, Novolin, Humulin 
• Ultralenta: Glulisina (Apidra - carissíma) 
Hipoglicemiantes orais 
• Sulfoniuréias 
• Biguanidas: Metformina, Fenformina e Buformina 
• Derivados do ácido benzóico: Meglitinida, 
Repaglitinida, Nateglinida 
• Tiazolidionas: Rosiglitazona, Pioglitazona 
• Inibidor da alfa glicosidase: Acarbose 
• Inibidores de DPP-4 
 
8 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Resumo da prova 
• Antagonistas de GLP-1 
• Inibidores da SGLT-2 (Glifozinas) 
Sulfoniuréias 
 Primeira geração: Clorpropamina (mais importante), 
Tolbutamida, Tolazamida, Aceto-Examida. 
 Segunda geração: Glibenclamida, Gliburida, Glipizida, 
Gliclazida, Glimepirida (alguns autores a colocam 
como de terceira geração), todas importantes. 
Mecanismo de ação 
 
No organismo, normalmente, a glicose entra pelo Glut, 
aumenta a quantidade de ATP, que vai e bloqueia o canal 
de potássio. Toda vez que ela bloqueia o canal, despolariza 
a membrana, fazendo com que os canais de cálcio se 
abram. Quando o cálcio entra, a insulina sai. 
A sulfoniúreia faz a mesma coisa que a glicose. 
Desencadeia o processo de fechamento/bloqueio do 
canal de potássio para a abertura do canal de cálcio, 
estimulando a liberação de insulina. Para isso o paciente 
precisa ter insulina em suas células, por isso é usada no 
paciente DM tipo 2. 
• Primeira geração: Tolbutamina (1x)*, Tolazamida (3x), 
Clorpropamina (6x); 
• Segunda geração: Glipizida (75x), Glipizida XR (150x), 
Gliburida (150x); 
• Terceira geração: Glimepirida (350x). 
Obs.: A Tolbutamida foi a primeira a ser descoberta, a partir 
dela foram criadas as outras. *Os números nos parênteses 
significam o quanto cada droga é mais potente em relação 
a Tolbutamida. 
Farmacocinética 
 
Efeitos adversos e toxicidade 
Por serem as mais antigas, são as que causam mais efeitos 
adversos. 
 
Sulfoniuréias de primeira geração: 
➢ Hipoglicemia com doses altas: dose alta de 
hipoglicemiante mata paciente. Paciente em jejum 
tomar 2-3 comprimidos, ele morre. 
➢ Hepatotoxicidade e icterícia colestática com 
Clorpropamida: devido ao fato de a eliminação dessas 
drogas ser hepática. 
➢ Reação do tipo dissulfiram com álcool: ou seja, se o 
paciente bebe e está usando sulfoniuréia, o risco de ele 
ter uma intoxicação hepática é muito grande. 
➢ Reações hematológicas. 
➢ Reações alérgicas. 
Sulfoniuréias de segunda geração: 
➢ As de segunda e terceira não têm tantas reações 
adversas; 
➢ Hipoglicemia. 
Interações medicamentosas 
• Podem aumentar a biotransformação da Digoxina: isso 
acontece porque eles agem sobre o mesmo 
citocromo, enzima que metaboliza essas drogas. 
• Beta-bloqueadores diminuem a liberação da insulina: 
causa um antagonismo/competição para ver que tem 
maior ação, já que está usando uma droga para liberar 
insulina e outra que diminui a liberação. 
• AINES, Cimetidina, Clofibratos, I.M.A.O (antipsicótico), 
Sulfonamidas, aumentam a hipoglicemia. 
• Cetoconazol e Miconazol diminuem a 
biotransformação das Sulfoniuréias. 
• Fenobarbital aumenta a biotransformação das 
sulfoniuréias. 
Biguanidas 
Mecanismo de ação 
• Reduz a glicogênese hepática. 
• Aumentam a utilização de glicose. 
• Reduz absorção da glicose. 
• Principal: Metformina. 
 
Metformina age ativando a enzima AMPK, que quando 
ativada diminui a síntese de lipídios, reduz a 
gliconeogênese... Cada seta da figura representa uma 
ação da metformina. A AMPK dentro da célula é 
importantíssima. 
 
 
9 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Resumo da prova 
Metformina: contraindicações 
• Insuficiência renal; 
• Gravidez; 
• Doença hepática; 
• Alcoolismo; 
• Doença hipóxica pulmonar crônica (produzem 
acidose metabólica). 
Interações medicamentosas 
Agentes hiperglicemiantes (corticoides, diuréticos 
tiazídicos, contraceptivos orais). 
Inibidores da absorção de carboidratos 
Inibidores da alfa-glicosidade 
• Acarbose – semelhante a um polissacarídeo 
• Voglibose 
• Miglitol 
Mecanismo de ação: inibição da quebra dos 
polissacarídeos.Droga super segura pois não precisa da 
ação sistêmica. Age na parte final do intestino delgado. 
Todo polissacarídeo que aí chega, não é quebrado e 
consequentemente não vai para corrente sanguínea. Mas 
essa droga não consegue agir em todos os polissacarídeos, 
apenas retarda a absorção e diminui a quantidade de 
glicose no sangue. Esse inibidor é usado em associação. 
Efeitos adversos: Acarbose 
➢ Gastrointestinais; 
➢ Desconforto abdominal, flatulência e diarreia (30% dos 
pacientes); 
➢ Sem efeitos sistêmicos indesejáveis; 
➢ Opção terapêutica para idosos. É uma droga segura. 
Derivados do ácido benzóico 
• Repaglinidina e nateglinidina. 
• Mecanismo de ação: estimular as células beta do 
pâncreas a produzirem insulina através da regulação 
da sensibilidade dos canais de potássio em locais 
diferentes das sulfoniuréias; tem o mesmo mecanismo 
que a sulfoniuréia, porém se ligam em locais diferentes. 
• Meia-vida é diferente entre a sulfo e os derivados. Os 
derivados agem muito mais rápidos. Assim que caem 
na corrente sanguínea já começam a fazer efeito. 
 
Efeitos da Repaglinidas: 
➢ Redução das HbA1C; 
➢ Associação com a Metformina; 
➢ Efeitos colaterais semelhantes a sulfoniuréia. 
Glitazonas (tiazolidinedionas) 
• Fator de transcrição – Pipargama. São o tipo de 
molécula que age dentro do gene. 
• Ativa genes em resposta a insulina. Drogas com ação 
bem específica (relato de casos de pacientes que se 
curaram com o uso dessa droga). 
• Principais representantes: Rosiglitazona e Pioglitazona. 
Principais ações 
• Reduz gliconeogênese, oferta de glicose e produção 
hepática de triglicérides; 
• Aumenta utilização e captação de glicose pelo 
músculo esquelético; 
• Aumenta captação da glicose e reduz a oferta de 
ácidos graxos no tecido adiposo; 
• Pode ser associado a: Metformina ou Sulfoniureia. 
Efeitos e interações 
➢ Retenção hídrica; 
➢ Ganho de peso dose dependente, ao contrário da 
metformina que reduz o peso por aumentar a lipólise; 
➢ Não produz acidose láctica em paciente com 
insuficiência renal; 
➢ Pioglitazona: 
➢ Reduz níveis do Etinil-estradiol e Norentidrona. 
Interação muito forte com esses anticoncepcionais. 
➢ Metabolizada no CYP3A4, citocromo que metaboliza 
várias drogas, por isso a interação é muito grande. 
Novas terapêuticas 
Curiosidade: Insulina inalatória que tem uma absorção 
pulmonar. Ainda em pesquisa, mas a partir do ano que vem 
é provável que já esteja disponível. 
Agonistas da GLP-1 e GIP 
 
As incretinas, GIP e GLP-1, só são liberadas no organismo 
quando se utiliza a glicose via oral. Toda vez que o indivíduo 
sadio ingere glicose via oral, essas incretinas são liberadas 
e vão para o pâncreas aumentar a liberação de insulina 
para o músculo e diminui a quantidade de glucagon, com 
isso ela controla a glicemia. 
 
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Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Resumo da prova 
Sabendo disso criaram drogas que simulam a ação das 
incretinas. Representantes: Exenatida e Liraglutida. 
 
Inibidores da DPP-4 (gliptinas) 
Depois de um tempo na corrente sanguínea as incretinas 
são inativadas pela enzima DPP-4. Sabendo disso, criaram 
os inibidores dessa enzima, que acabam deixando as 
incretinas mais tempo no sangue. 
• Representantes: Sitagliptinas (Januvia) e Vidagliptinas 
(Galvus); 
• Efeitos colaterais semelhantes a sulfoniuréias. 
 
Inibidores do SGLT-2 (GLIFOZINAS) 
 
• Na imagem, os pontos azuis é onde se encontram no 
néfron os inibidores da SGLT-2. 
• Inibidores competitivos reversíveis do cotransportador 
de sódio e glicose; 
• Impede a reabsorção da glicose: a insulina não deu 
conta de retirar a glicose do sangue, ela vai ser filtrada 
no rim e ao bloquear a SGLT-2, impede que nos túbulos 
a glicose seja reabsorvida para a corrente sanguínea. 
O problema é que o excesso de glicose na urina pode 
predispor infecções urinárias. 
• Principais representantes: Empaglifazina, 
Canaglifozina, Dapaglifozina.

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