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Questões Direito Processual Civil I- PARTE 5

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PROCESSO CIVIL I- ESTUDO DIRIGIDO- PARTE 5
51- O que justifica um procedimento especial? 
O procedimento especial tem como finalidade conferir proteção especial a determinadas relações jurídicas de direito material, que não conseguem ser correta e perfeitamente tuteladas pelos demais procedimentos previstos no Código de Processo Civil de 2015 e simplificar e agilizar os trâmites processuais, por meio de expedientes específicos, com prazos adequados, eliminando assim atos desnecessários para a solução daquele conflito proposto. Podemos citar alguns exemplos de ações com procedimento especial: 1) Ação monitória; 2) Ação de consignação em pagamento; 3) Ação de exigir contas; 4) Ações de família; 5) Ações possessórias.
52- O que você entende por litisconsórcio. Quais são as suas espécies? 
Litisconsórcio é um fenômeno processual civil caracterizado pela reunião de mais de uma parte no polo passivo(réus) e/ou mais de uma parte no polo ativo(autores) na relação processual. Podemos dividir o litisconsórcio em algumas espécies, de acordo com o modo de classificação: 1) quanto ao polo da pluralidade de partes; 2) quanto ao tempo de formação; 3) quanto à obrigatoriedade de sua formação; 4) quanto ao teor de sua decisão de mérito. Em relação ao polo em que ocorre a pluralidade das partes, o litisconsórcio pode ser ativo (quando há mais de um autor na ação), passivo (quando há mais de um réu na ação) ou misto (quando há mais de um autor e mais de um réu na ação). Em relação ao tempo de formação, o litisconsórcio pode ser originário (quando ocorre no início do processo e quem forma são as partes na petição inicial, se o caso envolver ações conexas entre os autores) ou superveniente (quando surge no decorrer do processo através de um incidente). Em relação à obrigatoriedade de sua formação, o litisconsórcio pode ser necessário (quando a validade da sentença depende do litisconsórcio- seja ele ativo, passivo ou misto, para se ter validade e eficácia para formar coisa julgada) ou facultativo (quando a validade da sentença não depende do litisconsórcio- seja ele ativo, passivo ou misto- para formar coisa julgada). Por fim, em relação ao teor de sua decisão de mérito, o litisconsórcio pode ser simples (quando o resultado da ação pode ser diferente para os litisconsortes envolvidos no processo) ou unitário (quando o resultado da ação tem que ser o mesmo para todos os litisconsortes envolvidos no processo).
53- Diferencie assistência simples de assistência litisconsorcial. 
 A assistência simples ocorre quando um terceiro interessado na ação ingressa no processo com a finalidade de resguardar seu direito em função de uma eventual decisão futura no processo, sendo esse interesse de forma indireta, já que o assistente não possui relação jurídica com a outra parte e nem é titular do mesmo direito da parte assistida. Já na assistência litisconsorcial, o assistente atua com a finalidade de preservar seus direitos em relação a uma futura eventual decisão desfavorável ao seu assistido, tendo interesse direto no processo- já que possui relação jurídica com a outra parte e detém os mesmos direitos da parte assistida- e possuindo "status" de litisconsorte, assemelhando-se com um litisconsorte facultativo ulterior(superveniente).
54- Quais são as hipóteses de intervenção de terceiros que você conhece? Explique a função de cada uma delas. 
Podemos citar como exemplos de intervenção de terceiros:1) Assistência simples e litisconsorcial; 2) Denunciação à lide; 3) Chamamento ao processo; 4) Incidente da desconsideração da personalidade jurídica; 5) Amicus curiae. A assistência simples está positivada nos artigos 121 a 123 do CPC/15 e ocorre quando um terceiro interessado adentra no processo com a finalidade de assistir uma das partes e defender os seus direitos em decorrência de uma eventual futura decisão contrária ao seu assistido, já que esse terceiro interessado possui interesse jurídico no processo. Contudo, o terceiro interessado(assistente) tem que demonstrar que a decisão poderá afetar a esfera dos seus direitos, não se tratando de alegação de prejuízo econômico ou de qualquer outra natureza, já que isso seria simplesmente um interesse de fato e este interesse não justifica uma assistência, por força do artigo 119, caput, do CPC/15. Nessa modalidade, o assistente atuará como auxiliar da parte principal, sujeitando-se aos mesmos ônus processuais que o assistido, tal como prevê o artigo 121 do CPC/15. Ele não é parte processual e não pode agir de maneira contrária aos interesses do assistido, não defendendo interesse próprio. Já a assistência litisconsorcial está positivada no artigo 124 do CPC/15 e ocorre quando um terceiro interessado ingressa no processo com a finalidade de preservar e defender os seus próprios direitos de forma direta, já que-além de ser detentor do mesmo direito da parte assistida- possui também um mesmo vínculo jurídico com a outra parte, motivo pelo qual o assistente poderia ter sido desde o início ingressado na ação como litisconsorte e, com o seu ingresso após protocolada a ação, será lhe assegurado um "status" processual de litisconsorte, sendo este caso bem semelhante com um litisconsórcio facultativo ulterior. A denunciação à lide está prevista nos artigos 125 a 129 do CPC/15 e consiste em chamar um terceiro(denunciado), que mantém um vínculo direto com a parte(denunciante), para vir responder pela garantia do negócio jurídico, caso o denunciante seja vencido no processo. O chamamento ao processo está previsto nos artigos 130 a 132 do CPC/15 e consiste em chamar ao processo um corresponsável pela obrigação que, de acordo com o artigo 130, I a III, do CPC/15, podem ser: I) o afiançado, na ação em que o fiador for réu; II) os demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; III) os demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum. É a modalidade de ação condenatória exercida pelo devedor solidário que, acionado sozinho para responder pela totalidade da dívida, pretende acertar, na ação secundária de julgamento, a responsabilidade do devedor principal ou dos demais
codevedores solidários, na proporção de suas cotas. Esse tipo de intervenção de terceiros é muito importante para evitar que o réu que paga a dívida tenha que propor ações regressivas contra os demais codevedores solidários, favorecendo uma economia processual ao poder judiciário. O incidente da desconsideração da personalidade jurídica pode ser instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo, devendo o pedido de desconsideração da personalidade jurídica atender aos pressupostos previstos em lei, podendo ainda haver a desconsideração inversa da personalidade jurídica, tal como está previsto no artigo 133, §§ 1º e 2º, do CPC/15. O incidente de desconsideração pode ser invocar em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial, podendo até ser arguida na petição inicial, como está previsto no artigo 134, caput, do CPC/15. O amicus curiae está positivado no nosso ordenamento jurídico no artigo 138 do CPC/15 e ocorre quando um terceiro, pessoa física ou jurídica, ingressa no processo com a finalidade de melhorar a qualidade da prestação da tutela jurisdicional, considerando a relevância da ação e seus conhecimentos específicos sobre a matéria tratada, não havendo interesse jurídico na solução da demanda, mas sim o auxílio para que seja proferida a melhor decisão no caso concreto. O amicus curiae não pode recorrer da decisão por não ter interesse recursal, salvo embargos de declaração e recurso contra a decisão proferida em sede de IRDR, tal como está previsto no artigo 138, §§1º e 3º, do CPC/15, manifestando-se comumente no processo de forma escrita ou sustentando oralmente.
55- Qual a função da citação na nossa ordem jurídica? Diferencie das intimações. 
O conceito legal da citação está descrito no artigo 239 do CPC/15 e diz que citação é o ato pelo qualsão convocados os réus, o executado ou o interessado para integrar a relação processual, tendo esse ato duas funções básicas: convocar o réu a comparecer em juízo e cientificar-lhe da existência da demanda ajuizada em seu desfavor, dando-lhe uma chance para se defender das acusações imputadas pelo autor. Já as intimações, segundo o artigo 269 do CPC/15, é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo. Podemos perceber a diferença da citação e da intimação quando se diz respeito à função delas na ordem jurídica processual, já que a principal função da citação é convocar o réu a comparecer em juízo e cientificar-lhe da existência de um processo ajuizado em seu desfavor, ao invés da função da intimação, que é apenas dar ciência às partes dos atos processuais envolvidos em curso no processo.
56- Quais são as hipóteses de citação por oficial de justiça?
A citação por meio de oficial de justiça está prevista no nosso Código de Processo Civil de 2015 e é uma modalidade de citação do réu que cabe quando a citação por correio não é permitida, como está descrito no artigo 247, I a V, do CPC/15 para as hipóteses de: I) nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º; II) quando o citando for incapaz; III) quando o citando for pessoa de direito público; IV) quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; V) quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma. Também é cabível a citação por oficial de justiça quando a citação pelo correio é frustrada, tal como prevê o artigo 249 do CPC/15.
57- Diferencie as cartas precatórias, rogatórias, de ordem e carta arbitral. 
A carta precatória é a forma de comunicação realizada entre juízes de comarcas distintas e de mesma hierarquia, sendo uma forma de colaboração entre os juízes visando o cumprimento dos atos processuais que não estejam sob a competência do juiz solicitante, mas que são de suma importância para o desenvolvimento do processo. A carta rogatória é bem similar à carta precatória, mas se diferencia desta por ter caráter internacional, ou seja, é um instrumento jurídico de cooperação de um juiz brasileiro para um juiz de outro país. A carta de ordem é um instrumento processual pelo qual uma autoridade judiciária determina a outra hierarquicamente inferior a prática de determinado ato processual material necessário à continuação do processo que se encontra perante o órgão superior. A carta arbitral é o meio em que o árbitro ou um tribunal arbitral, que são os juízes de fato e de direito acordados pelas partes para a causa em questão, pedem auxílio do juízo para fazer valer as suas decisões e cumprir a decisão proferida no processo, já que- como já estudado- a sentença do árbitro ou tribunal arbitral é um título executivo judicial e por tal não precisa de homologação do parte do poder judiciário, precisando apenas ingressar em juízo para requer a execução da sentença, já que o árbitro ou tribunal não possuem esta prerrogativa exclusiva do poder judiciário, incumbindo ao árbitro apenas conhecer do direito ou não das partes.
58- No geral, como ocorre a contagem dos prazos no processo civil? 
Segundo o artigo 219, caput e parágrafo único, do CPC/15, na contagem dos dias, estabelecidos pela lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis, aplicando-se somente aos prazos processuais. Não sendo considerados dias úteis o sábado, o domingo, feriados e os dias em que não hajam expediente forense, devendo as partes ajuizarem os atos processuais em dias úteis no horário das 6 (seis) às 20 (vinte) horas, por força do artigos 212 e 216 do CPC/15.
59- Qual é o prazo de contestação? 
Em regra geral, segundo o artigo 335, I, do CPC/15, o réu terá o prazo de 15(quinze) dias úteis para propor uma contestação, cujo termo inicial será a data da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição. Lembrando que, por força do artigo 216 do CPC/15, não são considerados dias úteis o sábado, o domingo, feriados e os dias em que não hajam expediente forense, tendo que o horário para ajuizar os atos processuais no estabelecimento forense, nos dias úteis, é das 6 (seis) às 20 (vinte) horas, tal como está previsto no artigo 212 do CPC/15. Contudo, quando a Fazenda Pública for parte no processo, o prazo para a contestação será em dobro em relação a regra geral de 15(quinze) dias úteis para se contestar, como está estabelecido no artigo 183 do CPC/15. Por fim, podemos perceber uma clara distinção entre os Códigos de Processo Civil de 1973 e o Novo Código de Processo Civil de 2015, já que no código anterior o termo inicial para a contagem do prazo para se propor a contestação era o momento da citação do réu, ao invés do momento da audiência de conciliação como ocorre no código atual.
60- Qual é o prazo de recurso de apelação? 
A apelação deve ser interposta no prazo de 15 dias úteis- tal como prevê o art. 1.003, § 5º, CPC/15- contados da ciência oficial da sentença, ressalvados os casos de prazo especial por privilégios da Defensoria Pública e do Ministério Público, que gozam do privilégio de possuir prazos em dobro para recorrer, e da Fazenda Pública, que tem prazo em dobro para contestar e em dobro para recorrer, por força do artigo 219 do CPC/15, como também no litisconsórcio, desde que o polo ativo ou passivo tenha procuradores diferentes, com escritórios distintos, segundo o artigo 229 do CPC/15. Lembrando que o prazo em dobro previsto no artigo 229 não se aplica aos processos eletrônicos.

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