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Definido como uma ereção peniana prolongada e persistente, podendo ou não desencadeada por estímulos sexuais. São caracterizadas como dolorosas. Descrita como às ereções como mais de 4 horas de duração. Também é considerada uma situação clínica de emergência, implicando em diagnósticos rápidos. O diagnostico é realizada atrás de um histórico clinico e exame físico, sendo necessário definir seu tipo, podendo ser priapismo isquêmico ou não isquêmico, para determinar uma conduta apropriada. O priapismo isquêmico também denominado como veno- oclusivo ou de baixo fluxo é caracterizado pela diminuição do retorno venoso, com estase e congestão dos corpos venosos. É mais frequente, de múltiplas. A ereção é dolorosa e a gasometria dos corpos cavernosos demostra acidose metabólica, com baixa concentração de oxigênio. O sangue dos corpos cavernosos, quando aspirados, tem coloração vermelha escura. Encontrado em indivíduos com: - Anemia Falciforme; - Discrasia sanguínea; - Certas drogas e medicamentos (disfunção erétil e doenças hematológicas MA). O priapismo não-isquêmico, arterial ou de alto fluxo é caracterizado por uma entrada de sangue descontrolada nos corpos cavernosos do pênis, com elevação da pressão parcial de oxigênio. É menos comum. É comum o relato de antecedentes de trauma perineal ou peniano como fístula arterial venosa. A ereção é indolor e o sangue dos corpos venosos, quando aspirado, tem coloração vermelho-clara. A gasometria dos corpos cavernosos é do tipo arterial, sem acidose ou hipoxemia. Resolução espontânea; Mais de 4 horas: DEVE INTERVIR; Mais e 12 horas: encontramos danos irreversíveis nas estruturas vasculares do pênis e disfunção erétil a longo prazo. Isquêmica - História clinica detalhada; - Exame físico; - Fatores de risco; - Gasometria sanguínea do corpo cavernoso; - Hemograma com contagem de plaquetas, para rastreamento de leucemias e plaquetocitose; - US Doppler dos corpos cavernosos. Não Isquêmico - Mesma avaliação; - Difere no resultado da gasometria sanguínea que Aula 12 24.09.2021 Cirurgia Geral Priapismo Isquêmico Não-Isquêmico Priapismo Iatrogênico Evolução Injeções intracavernosas - Trimix (papaverina/ fentolamin/ alprostadil) de 5 a 35%; - Alprostadil isolado somente 1% Inibidores de PDE tipo 5 Com fatores de risco: anemia falciforme, lesão medular, uso regular da medicação em combinação com injeções intracavernosas, psicotrópicos, narcóticos e com histórico de trauma peniano. Avaliação apresentará características arteriais. Priapismo Isquêmico Aspiração dos corpos cavernosos com agulha e irrigação com solução salina - Sem resposta: - Repete aspiração com agulha e injeção de substância alfa adrenérgica (fenilefrina diluída) Continua sem resposta: - Criação de shunts corpo cavernoso com outra estrutura vascular (corpo esponjoso)- diminui fluxo Anemia falciforme: tratamento da crise falcêmica - Hidratação, oxigenação, manejo de dor e abordagem Hb e transfusão. Deve-se iniciar com o esvaziamento por punção, seguido ou não de lavagem dos copor cavernosos com soro fisiológico. Caso o Priapismo não seja resolvido, segue-se com o tratamento medicamentoso intracavernoso. O objetivo do tratamento cirúrgico é estabelecer fístulas entre os corpos cavernosos e o esponjoso. Preferencialmente, são utilizados fistulas de localização distal, e caso não se tenha obtido sucesso, podem ser realizadas fístulas próximas. Em caso de falha no tratamento, o implante imediato de prótese peniana pode ser considerado. Priapismo Não Isquêmico Compressão do períneo ou outro local (manobra inicial); Falha: angioembolização superseletiva com agentes reversíveis (coágulos autólogos ou gelfoam). Abordagem Não requer tratamento imediato, e pode ocorrer a resolução espontânea. O tratamento de escolha ;e a embolização seletiva da artéria lesada, usando material não permanente *coágulo autólogo ou gel absorvível).