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Saúde da Criança e do adolescente Professora : Kelle Hosana Turma: BI Crescimento físico é aumento no tamanho. Desenvolvimento é crescimento da capacidade funcional. Os dois processos são altamente dependentes de fatores genéticos, nutricionais e ambientais. A medida que as crianças se desenvolve-se física e emocionalmente, é útil definir certos grupos baseados na idade. A terminologia a seguir é utilizada: • Neonatal (recém-nascido): do nascimento ao 1 mês • Bebê: 1 mês a 1 ano • Criança jovem: 1 ano a 4 anos • Criança mais velha: 5 a 10 anos • Adolescente: 11 anos até 17 e 19 anos FATORES E PARÂMETROS DO CRESCIMENTO PÓS – NATAL FATORES ATUANDO NO CRESCIMENTO PÓS – NATAL PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO NORMAL INTRODUÇÃO O acompanhamento do desenvolvimento do indivíduo é de fundamental importância e para isso devemos ter noções de como se dá esse desenvolvimento. O desenvolvimento encontra-se dividido em desenvolvimento físico e psíquico. No físico, há mudanças na estrutura corporal; enquanto no psíquico, há ganho de novas funções ou aprimoramento destas. A principal diferença entre crescimento: • o crescimento pode ser mensurado • o desenvolvimento psíquico é acompanhado. Os médicos deverão saber quais medidas devem ser coletadas para acompanhar tal desenvolvimento, além da interpretação destas medidas, para se avaliar o estado nutricional do indivíduo. Já o desenvolvimento é acompanhado por práticas e através do relato dos pais, que dirão ao médico o que a criança vem aprendendo ou aperfeiçoando. É importante os vários fatores que influenciam neste processo de desenvolvimento, sendo o fator nutricional um dos mais complexos e de maior importância, pois ele determinará diretamente o grau de crescimento e também de desenvolvimento funcional. Cabe aos médicos, enfermeiros e agentes de saúde ensinar aos pais, como elaborar o gráfico de crescimento do próprio filho e interpretá-lo, comparando com outros gráficos e tabelas, fazendo assim um acompanhamento adequado da criança, a fim de evitar transtornos futuros. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 1 - Crescimento (desenvolvimento físico) e desenvolvimento psíquico Fisiologicamente, crescimento e desenvolvimento são fenômenos distintos, porém se avaliarmos que são paralelos no seu trajeto e unificados no seu significado, poderemos afirmar que são dois fenômenos em um só. O crescimento significa divisão celular, portanto culmina em um aumento da massa corporal e poderá ser identificada nas seguintes unidades: g / dia, g / mês, cm / ano entre outras . Concluindo, é o aumento de uma variável de massa em (grama, quilograma) em um certo intervalo de tempo. Desenvolvimento psíquico, em contrapartida, é o ganho de uma função (capacidade) ou seu aprimoramento em um certo período (intervalo de tempo). Como se vê, crescimento e desenvolvimento são analisados com base em determinado intervalo de tempo. O desenvolvimento incluirá crescimento e desenvolvimento psíquico, sendo esse crescimento, biológico e o desenvolvimento, psicossociológico. Como exemplo de crescimento, temos: a) o aumento de peso b) o aumento da estatura; Já, de desenvolvimento psíquico infantil: a) a fala b) o ato de andar. O desenvolvimento não ocorre desordenadamente, de forma aleatória. Ele está sob a influência de alguns determinantes, que podem aumentar, restringir, anular algumas fases desse desenvolvimento (biológico e psicológico). Esses determinantes podem ser sociais, econômicos e culturais. Sendo que a dimensão biológica e psicológica são interligadas a todo instante. Exemplificando: • Existem fatores psicossociais indispensáveis para crescimento estatural normal. Caso esses fatores psicossociais faltem, poderá surgir aí a baixa estatura psicossocial. • O crescimento (massa) do encéfalo e as novas capacidades psicossociologias adquiridas são um exemplo dessa interação . • A desnutrição afetando o desenvolvimento físico (crescimento) e consequentemente o desenvolvimento psíquico (neuropsicomotor) 2 - A avaliação do desenvolvimento (físico e psíquico) Para avaliar o desenvolvimento, é preciso coletar dados e analisá-los. Os dados essenciais são: • Peso e estatura, para avaliar crescimento. • Atividades, para analisar o desenvolvimento psicossociológico. Fatores intrínsecos e extrínsecos As influências sobre o desenvolvimento e crescimento são inúmeras, denominados aqui de fatores. O crescimento e desenvolvimento são a resultante final da interação intensa desses fatores; esses são divididos em: extrínsecos e intrínsecos. FATORES AMBIENTAIS Compreende-se por fatores extrínsecos, aqueles ambientais. Os essenciais são : • Dieta normal • Ambiente a) Dieta normal incluirá ingesta adequada de calorias, proteínas, água, lipídios, sais minerais e vitaminas, definidos como componentes essenciais para um crescimento satisfatório. b) O ambiente englobará, condições geográficas e físicas, condições socioeconômicas, urbanização, interação mãe-filho e atividades físicas. FATORES INTRÍNSECOS Já como fatores intrínsecos, teremos a herança e o sistema neuroendócrino. No genótipo do zigoto encontraremos a determinação do plano para desenvolvimento psíquico e crescimento futuramente. Determinando mais adiante o fenótipo (genótipo mais ambiente). Os sistemas nervoso e endócrino interagem de maneira complexa. O hipotálamo irá regular as secreções hormonais (eixo-hipófise-hipotálamo). Alguns desses hormônios agem diretamente sobre o próprio encéfalo e diencéfalo, alterando sua atividade e obviamente influenciando no crescimento e desenvolvimento (psíquico) do indivíduo. Crescimento A Auxologia é a ciência que estuda o crescimento e vem do grego; auxo = eu cresço e logos = estudo O crescimento é um processo dinâmico e contínuo, sujeito a variações em função do ambiente. Assim, é considerado o indicador mais importante da qualidade de vida de uma criança, sendo portanto, obrigatória sua monitorização durante toda a infância e adolescência. A monitorização do crescimento é definida como a avaliação sequencial de medidas para o diagnóstico de crescimento de indivíduos na comunidade, a fim de promover a saúde, diferindo da vigilância do crescimento, que é a avaliação populacional. O crescimento normal, do ponto de vista biológico, compreende alterações no tamanho, na forma e na função celulares, enfim, significa o aumento físico do corpo, podendo ser mensurado em gramas, quilogramas, centímetros e metros. A monitorização, por incluir uma prática regular, tende a aumentar o vínculo entre o paciente, sua família e a equipe de saúde. Etapas do crescimento • 1ª - Intra-uterina: Embrionária, fetal, precoce e fetal-tardia. • 2ª - Primeira infância: Do nascimento aos 2 anos. Crescimento é rápido, mas desacelerado. • 3ª - Segunda infância: 2 aos 10 anos , crescimento é constante e lento. • 4ª - Adolescência: 10 aos 20 anos, crescimento acelerado até os 15 anos, declinando até os 20 anos Período de crescimento • Período neonatal: De 0 a 28 dias . • Período da infância: 29 dias a 2 anos (Pré-escolar= 2 a 7 anos e Escolar= 7 a 10 anos) • Período da adolescência: • Pré-puberal= 10 a 12-14 anos; • Puberal= 12-14 a 14-16 anos; • Pós-puberal= 14-16 a 18-20 anos Tipos de crescimento • Tipo geral ou somático: Curva em S deitado. • Tipo neural:Crescimento rápido do sistema nervoso, nos dois primeiros anos de vida . • Tipo genital: Latência até o início da puberdade; daí para frente ocorre um crescimento rápido. • Tipo linfóide: Desenvolvimento máximo até 8 a 10 anos, depois ocorre involução. Crescimento na prática O peso (P) e a estatura (E) são os índices fundamentais na avaliação do crescimento. Destes, o mais utilizado é o peso, por ser de fácil obtenção, no entanto a estatura é o indicador mais seguro. Ao contrário do que ocorre com a estatura, o peso sofre influência de muitos fatores, podendo diminuir. Existem várias medidas acessórias importantes. Dentre estas podemos citar: • Segmento inferior (SI) • Segmento superior (SS) • Relação entre segmento superior e inferior(SS/SI) • Perímetro cefálico (PC) • Perímetro torácico (PT) • Perímetro abdominal (PA) • Perímetro braquial (PB) • Prega cutânea tricipital (PCT) Peso O peso é adquirido através da balança pesa-bebês (até 15 kg) ou balança de adulto, quando acima do referido valor. Esta medida é de grande valor como indicadora do estado nutricional. Ao nascimento, a criança pesa em torno de 3,3 Kg, sendo que nos primeiros dias há uma perda de 10% do peso causada pela eliminação de urina e mecônio e também em decorrência do jejum das primeiras horas de vida. Por volta do 10º dia de vida, o peso é recuperado. O peso dos meninos normalmente é maior que o das meninas. • No primeiro trimestre, a criança ganha normalmente 700g/mês (25 a 30 gramas por dia); • No segundo trimestre, ganha 600g/mês (20 gramas por dia); • No terceiro trimestre ganha cerca de 500 g/mês (15 gramas por dia) • No quarto trimestre ganha aproximadamente 400 g/mês (10 gramas por dia). Para a idade de menos 2 anos o grau de desnutrição usa a classificação do GOMEZ: A classificação do Gomes usa percentis de peso/idade A fim de se calcular o peso normal entre crianças de 3 a 12 meses, deve-se usar a seguinte fórmula: P = Idade (em meses) X 0,5 + 4,5. Já para crianças de 2 a 8 anos , deve-se utilizar a fórmula: P = 2 X Idade (em anos) + 8,5. 4.4.b - Estatura Em crianças de 0 a 4 anos de idade, a estatura é medida usando-se réguas especiais, com cursor. Após os 4 anos de idade, usa-se o cursor acoplado às balanças ou uma régua acoplada à parede e um cursor. Esta medida (estatura) é mais fiel do que o peso para se detectar anormalidades, porém é menos prática e sensível. As alterações aparecerão mais tardiamente do que em relação ao peso. No nascimento, as crianças geralmente medem em torno de 50 centímetros, e depois: • no primeiro semestre, crescem 15 centímetros; • no segundo semestre crescem 10 centímetros (no final do primeiro ano, encontram-se com 75 centímetros) • Entre 1 e 3 anos de idade, crescem 10 centímetros por ano, na idade de 4 anos apresentam 1 metro de estatura. • Dos 3 aos 12 anos, geralmente crescem de 6 a 6,5 centímetros por ano. Para se calcular a estatura da criança entre 4 e 12 anos, utiliza-se a seguinte fórmula: E = (n-3) X 6 + 95 sendo que o n = idade em anos; 95 é igual a altura aos 3 anos e os 6 centímetros por ano é igual ao crescimento constante nessa faixa etária. Medidas acessórias • Perímetro cefálico (PC) Perímetro cefálico (PC) pode ser medido passando-se uma fita métrica pela glabela e pelo ponto mais saliente do occipital. Esta medida reflete o crescimento cerebral, principalmente no primeiro ano de vida. • No recém nascido, o PC mede de 34 a 35 centímetros. • Com seis meses, o PC mede de 42 a 43 centímetros. • No primeiro ano, de 45 a 46 cm. Cerca de 80 a 85% do crescimento do PC se faz até 4 a 5 anos de idade e 35% até os 6 anos: Trim. I: • + 2 cm • + 2 cm • + 2 cm Trim II: • + 1 cm • + 1 cm • + 1 cm Trim III e IV: 0,5 cm cada mes • Perímetro torácico (PT) A fim de se medir o PT, uma fita métrica é passada pelos mamilos, com o tórax moderadamente cheio(no meio tempo entre inspiração e expiração). Até os 2 anos de idade, o PT tem valor como índice de estado nutritivo; a seguir sofre influência de exercício. Nessa idade O PT tem a mesma medida do PC e do PA(Perímetro abdominal). Até 6 meses, o PC é maior do que o PT; a seguir o PT é ligeiramente maior que o PC. A partir do 2 anos de idade, há um predomínio nítido do PT. • Perímetro abdominal (PA) É medido passando-se uma fita métrica pela cicatriz umbilical, tem valor relativo e é geralmente correlacionado com o PC e PT. • Perímetro braquial (PB) É medido no ponto médio do braço esquerdo, mantido na posição vertical. • Segmento superior (SS) Equivale ao tronco e cresce de maneira constante e uniforme. Independentemente dos fatores ambientais. • Segmento inferior (SI) É medido da sínfise púbica ao chão, sendo que corresponde ao comprimento dos membros inferiores. • Relação Segmento superior (SS) e Segmento inferior (SI) A relação SS/SI mostra se o crescimento está se fazendo harmoniosamente ou não. No recém-nascido a relação é igual a 1,7 (O ponto médio está na altura do umbigo). Dos 6 meses até a puberdade, as extremidades crescem mais do que o tronco sendo que o ponto médio da altura se desloca para a sínfise púbica. Aos 10 anos a relação é igual a 1. • Prega cutânea tricipital (PCT) É medida no ponto médio do braço esquerdo, mantido verticalmente (em milímetros). Parâmetros do crescimento nas faixas etárias • De 0 a 2 meses de idade O peso aproximado de um recém-nascido é de 3,3kg, podendo este peso cair 10% após o seu nascimento, por perda de líquido extravascular e possível baixa ingestão. Depois de 2 semanas , tendem a recuperar o peso do nascimento , crescendo 30g/dia durante o 1° mês. Os movimentos são amplamente descontrolados, exceto o olhar, movimento da cabeça e sucção. Choro ocorre em resposta a estímulos óbvios. • De 2 a 6 meses de idade A velocidade de crescimento entre o 3° e 4° mês , fica mais lenta, cerca de 20g/dia . Começam a manipular objetos com as mãos, voluntariamente. Já conseguem rolar intencionalmente e o controle da cabeça melhora. • De 6 a 12 meses de idade O crescimento é mais lento. A capacidade de sentar-se sem apoio(cerca de 7 meses) e de girar quando sentado(cerca de 9 a 10 meses) proporciona oportunidades crescentes de manipular vários objetos de cada vez e de experimentar novas combinações de objetos. • Segundo ano de vida (De 12 a 18 meses de idade) A velocidade diminui ainda mais e o apetite diminui. A gordura é queimada por aumento da mobilidade. O crescimento cerebral continua, a maioria das crianças começam a deambular próximo ao seu primeiro aniversário. Algumas não andam até 15 meses. Começam a se equilibrar. • De 18 a 24 meses de idade O desenvolvimento motor está aumentado, com melhoras do equilíbrio e da agilidade. Início da capacidade de correr e subir escadas. A altura e o peso aumentam em velocidade constante. • Anos pré-escolares (De 2 a 5 anos de idade) A criança ganha aproximadamente 2 kg de peso e 7 cm por ano. Abdômen proeminente do lactente achata-se e o corpo emagrece. A acuidade visual melhora. Todos os 20 dentes primários, até os 3 anos , já nasceram. • Anos escolares (De 6 a 12 anos) Crescimento em média de 3 a 3,5kg e 6 cm por ano. A força muscular, a coordenaçãoe a energia aumentam progressivamente, bem como a capacidade de realizar movimentos de padrão complexo. 4.5 - Desenvolvimento somático • Fechamento das fontanelas • Desenvolvimento do subcutâneo • Dentição • Ossificação (idade óssea) • Desenvolvimento da massa magra • Desenvolvimento dos órgãos internos (músculoesquelético, pele, cérebro, fígado, rim). Fontanelas Fontanela anterior – Fecha totalmente entre o 9° e 18° mês . Fontanela posterior – Fecha aos 2 meses. Subcutâneo Aproximadamente 15% do peso de um recém nascido é representado por gordura. Aos 6 meses de vida o tecido subcutâneo (adiposo) pode representar até 25% do peso total. Até os nove meses, desenvolve-se bastante, depois diminui. A partir do primeiro ano de vida até os 7 anos de idade o percentual de gordura vai decrescendo. O subcutâneo volta a aumentar dos 7 aos 14 anos anos e depois sofre nova redução nos rapazes. Dentição • Em torno dos 6 aos 7 meses há o crescimento do 2 incisivos medianos inferiores; a seguir, 2 superiores e depois incisivos laterais superiores. • Ao final do primeiro ano a criança possui 6 ou 8 dentes (há o crescimento dos 2 incisivos laterais inferiores). • No segundo ano de vida se dá o crescimento dos 4 primeiros pré-molares, dos 4 caninos e 4 segundos pré-molares.Totalizando 20 dentes de leites • A dentição completa-se até os 30 meses de idade. • Por volta dos 6 ou 7 anos há a queda dos dentes de leite, e o nascimento dos dentes definitivos. Idade óssea Pode-se observar através da radiografia do punho e mão (esquerdos), através desta estuda-se o aparecimento de núcleos de ossificação. Usa-se o método de Tanner e White – Head que dá a porcentagem de maturação. Desenvolvimento da massa magra A massa magra é constituída por água, minerais, proteínas e substâncias residuais. Visto que a velhice é vista como uma desidratação progressiva, conclui-se que quanto mais jovem o indivíduo, maior a porcentagem de água no seu organismo. No nascimento, o bebê possui cerca de 79% do seu peso corporal , dado pela água e na idade adulta , chega a 56%. Isso se deve a queda da porcentagem de água extracelular, de 44% cai para 17% aos 20 anos. Mas a água intracelular não varia tanto, mantendo-se constante ao longo do crescimento. O Sódio e Cloro (extracelular) diminuem com o crescimento. As concentrações de minerais e proteínas no líquido intracelular são relativamente importantes por influenciarem diretamente na composição corporal Desenvolvimento dos órgãos internos O desenvolvimento músculoesquelético se dá da seguinte forma, o recém-nascido já nasce com um número fixo de fibras musculares (geneticamente), com o crescimento essas fibras vão crescendo tanto no comprimento quanto na largura além de um arranjo em feixe de fibras. O tamanho e largura serão determinados por dois principais fatores: nutrição e atividade física. Aumenta-se nas fibras, concentrações de proteínas, potássio e fosfato. O que diferencia o músculo feminino do masculino são os hormônios sexuais. A pele por ser o segundo maior tecido do corpo, sua composição química é que determina a composição corpórea. O recém-nascido tem: • mais água que o adulto. • mais potássio • menos colágeno, • menos nitrogênio • menos cloro. O cérebro do recém-nascido: Possui 90% de água, contra os 77% do adulto. Possui duas fases de multiplicação rápida de células; • a primeira ocorre nas primeiras 18 semanas de gestação (neuroblastos que serão diferenciados em neurônios); • a segunda corresponde à multiplicação glial, cujo aumento condiciona a elevação celular dos neurônios. O número de células no sistema nervoso não gera diferenças no desenvolvimento mental, no caso de concentrações diferentes de células em indivíduos de uma mesma idade. O fígado ao longo do seu crescimento, a concentração de água diminui e a de proteínas aumenta. Seu peso assim como o tamanho, também aumenta. No rim o número de néfrons é fixo desde o nascimento, concentração de proteínas aumentam ao longo do crescimento assim como o tamanho das células. Interpretação do crescimento (tabelas, gráficos e percentil) A interpretação do crescimento se dá através da análise da curva de crescimento, presente em gráficos. Aqui abordaremos alguns gráficos e o cartão da criança. O percentil é a escala mais utilizada, devido à sua simplicidade. É a percentagem de indivíduos no grupo que atingiram determinada quantidade de medida ou marco do desenvolvimento. Para dados antropométricos, os limites de percentil podem ser calculados a partir da média e do DP (Desvio-padrão). Para os marcos do desenvolvimento, os percentis freqüentemente são exibidos em quadros, derivados de gráficos representando idade (eixo X) contra a percentagem de indivíduos que atingem o determinado marco (eixo Y). Em síntese, situa a posição do indivíduo em relação ao grupo de referência. Por exemplo, pelo gráfico uma criança do sexo masculino, de cinco anos de idade, que mede 110 cm, tem sua estatura no percentil 50. Isto significa que ele é aproximadamente maior que 50% e menor que 50% dos indivíduos (de acordo com a tabela de referências). Se sua estatura fosse 106 cm estaria no percentil 25, sendo, portanto, menor que 75% e maior que 25% das crianças de mesmos sexo e idade da curva de referência.
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