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Oclusão - protese fixa

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Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAMENTOS DA 
OCLUSÃO 
Prótese fixa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fundamentos da prótese fixa. 4ºEd.Shillingburg et al. 
 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
• Relação Cêntrica 
É uma posição que há sustentação ântero-superior ao longo da eminência articular da 
cavidade glenóide, com o disco articular interposto entre o côndilo e a eminência articular. 
Essa posição é referência e é reproduzível na montagem de modelos em articuladores. 
Além disso, o ideal é que essa posição coincida com a máximo intercuspidação dos 
dentes. 
 
Fonte: hs-menezes.com.br/anatomia_3_28.html 
• Movimento mandibular 
O movimento mandibular ocorre em torno de 3 eixos: 
Eixo horizontal: No plano sagital, esse movimento ocorre quando a mandíbula em 
relação Centrica realiza um movimento de abertura e fechamento puramente rotacional 
em torno do eixo horizontal transversal que vai de um côndilo ao outro. 
Eixo vertical: No plano horizontal, esse movimento ocorre quando a mandíbula se move 
em excursão lateral. O centro dessa rotação é um eixo vertical que atravessa o côndilo do 
lado de trabalho. 
Eixo sagital: Quando a mandíbula se move para um dos lados, o côndilo do lado oposto 
ao da direção do movimento desloca-se para a frente. Quando se faz isso, encontra a 
eminencia articular da cavidade glenoide e move-se para baixo simultaneamente. Visto 
no plano frontal, isso produz um arco de direção bem baixo no lado oposto à direção do 
movimento, girando em torno de um eixo ântero-posterior (sagital) que passa através do 
outro côndilo. 
 
• Protusão 
Ocorre quando a mandíbula desliza para a frente de tal modo que 
os dentes anteriores superiores e inferiores fiquem em relação de 
topo. 
 
 fonte: https://sorridents.com.br/blog/protusao/ 
 
https://sorridents.com.br/blog/protusao/
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
• Relação de trabalho ou laterotrusão 
É quando se coloca a mandíbula para um dos lados. O lado no qual a mandíbula se 
deslocara será o lado de trabalho. Por exemplo, se a mandíbula é movida para a direita, o 
lado direito será o lado de trabalho. O côndilo do lado de trabalho se moverá em direção 
lateral e frequentemente um pouco para trás. Esse movimento foi descrito pela primeira 
vez por bennett. 
• Relação de balanceio ou de mediotrusão 
É o lado oposto quando a mandíbula é colocada para um lado. Por exemplo, se a 
mandíbula for colocada para o lado direito, o lado esquerdo será o lado de balanceio. O 
côndilo do lado de balanceio descreve um arco de direção anterior e medial. 
 
Fonte: https://wp.ufpel.edu.br/aditeme/files/2016/03/Dinamica_MM_2014.pdf 
• Ângulo de Bennett 
É o ângulo formado no plano horizontal entre o trajeto do côndilo no lado de balanceio e 
o plano sagital. 
• Determinantes do movimento mandibular 
Posteriormente: Ambas as articulações temporomandibulares. Elas são imutáveis, os 
dentistas não exercem controle, porém elas influenciam os movimentos da mandíbula. 
Anteriormente: os dentes superiores e inferiores. Eles orientam a mandíbula para a 
posição máxima intecuspidação, os dentes posteriores constituem em ponto de parada 
vertical para o fechamento mandibular. Os dentes anteriores guiam a mandíbula nas 
excursões laterais direita e esquerda e nos movimentos de protusão. 
No todo: Sistema neuromuscular. Controla através das terminações nervosas 
proprioceptivas existentes no periodonto, músculos e articulações. 
OBS: Os dentistas têm controle direto sobre o determinante dente através dos movimentos 
ortodônticos, da restauração e etc. quanto mais próximo um dente de um determinante 
mais será influenciado por este, logo um dente que fique próximo da região anterior será 
muito influenciado pela guia anterior e menos pela ATM, já um dente que fique na 
posterior será influenciado em parte pelas articulações e em parte pela guia anterior. 
 
 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
• Interferências oclusais 
São contatos oclusais indesejáveis que podem produzir desvio mandibular durante o 
fechamento da mandíbula até a máxima intercuspidação ou oporá transição suave para a 
posição de intercurpidação. 
→ Tipos de interferências oclusais 
Interferência Cêntrica: contato prematuro que ocorre quando a mandíbula se fecha, com 
seus côndilos na melhor posição nas cavidades glenoides. Provoca o deslizamento da 
mandíbula em direção posterior, anterior e/ou lateral. 
Uma interferência oclusal em cêntrica ocorre durante o 
fechamento mandibular, quando os planos inclinados distrais 
das cúspides dos dentes inferiores deslizam sobre os planos 
inclinados mesiais dos dentes superiores com consequente 
deslizamento mandibular para anterior. 
Interferência no lado de trabalho: ocorre quando há contato entre os dentes posteriores 
superiores e inferiores no mesmo lado da direção do movimento da mandíbula. Se esse 
contato for suficientemente forte para causar a desoclusao dos dentes anteriores, será 
considerado uma interferência. 
Uma interferência no lado de trabalho ocorre entre os planos 
inclinados linguais das cúspides palatinas dos dentes 
superiores e os planos inclinados vestibulares das cúspides 
linguais dos dentes inferiores. 
 
Interferência no lado de balanceio: é um contato oclusal entre os dentes superiores e 
inferiores no lado oposto ao da direção em que a mandi bula se move na excursão lateral. 
Trata-se de uma interferência de natureza particularmente destrutiva. Esse potencial para 
lesar o aparelho mastigatório é atribuído às alterações que ocorrem no braço de alavanca 
mandibular, no qual as forças incidem fora dos eixos longitudinais dos dentes e há ruptura 
das funções musculares normais. 
Uma interferência no lado de balanceio ocorre quando há contato 
entre os planos inclinados vestibulares das cúspides dos dentes 
superiores e os planos inclinados linguais das cúspides 
vestibulares dos dentes inferiores. 
 
Interferência na protrusão: é um contato prematuro que ocorre entre as faces mesiais 
dos dentes posteriores inferiores e as faces distais dos posteriores superiores. A 
proximidade dos dentes em relação aos músculos e o vetor oblíquo de forças, além de 
tomarem potencialmente destrutivos os contatos entre dentes posteriores durante a 
protrusão, também interferem no uso adequado dos incisivos. 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
Uma interferência na protusão ocorre quando há contato entre 
os planos inclinados distais dos dentes superiores e os planos 
inclinados mesiais dos dentes inferiores. 
 
 
• Oclusões normal e patológica 
Em cerca de 10% da população, há harmonia completa entre os dentes e as ATM’s. Esse 
resultado baseia-se num conceito de relação em que a mandíbula fica na posição de 
retrusão máxima. Segundo o conceito atual em que os côndilos ficam na posição mais 
superior e anterior com o disco interposto, os resultados poderiam ser diferentes. Porém, 
na maioria da população, a posição de máxima intercuspidação provoca deslizamento da 
mandíbula, que afasta de sua melhor posição. Na ausência de sintomas, isso pode ser 
considerado nomral ou fisiológico. Logo, na oclusão normal haverá função reflexa do 
sistema neuromuscular, produzindo-se um movimento mandibular que evitar contatos 
prematuros. Isso orienta a mandíbula para uma máxima intercuspidação na qual seus 
côndilos ficam numa posição que não pode ser considerada ótima. O resultado será 
alguma hipertonicidade dos músculos próximos ou trauma da ATM, mas em geral isso se 
enquadra na capacidade fisiológica de adaptação da maioria das pessoas e não há 
conforto. 
Porem, a capacidade de adaptação do paciente pode ser influenciada pelos efeitos de 
tensões psíquicas e emocionais sobre o sistema nevoso central. Com a redução do seu 
limiar, é comum observar atividade mandibular parafuncional, como apertamento dos 
dentes ou bruxismoe uma oclusão normal pode transformar-se em patológica. A simples 
hirpertonicidade muscular pode abrir caminho para a fadiga e o espasmo muscular, com 
cefaléias crônicas e sensibilidade muscular localizada ou disfunção da ATM. A oclusão 
patológica também pode manifestar-se como sinais físicos de trauma e destruição. 
Frequentemente os resultados da desarmonia oclusal são observados na forma de facetas 
de desgaste severas nas superfícies oclusais, fratura de cúspides e mobilidade do dente. 
Não há provas que o trauma produz lesões periodontais primárias, mas sempre que houver 
trauma oclusal, a degeneração periodontal em resposta a fatores locais será mais grave do 
que seria se apenas os fatores locais estivesse, presentes. O bruxismo e o apertamento de 
dentes aumentam diante de mais destruição dos dentes e a disfunção muscular. 
Depois de aliviar os sintomas agudos de um paciente com oclusão patológica, devem ser 
realizadas mudanças no esquema oclusal que previnam a recidiva dos sintomas. 
 
A oclusal ótima é aquela em que exige o mínimo de adaptação por parte do paciente. Os 
critérios para atingi-lo foram descritos por Okeson: 
1. Fechamento mandibular, os côndilos ficam na posição mais anterior e superior, 
contra os discos, e sobre a parte posterior das eminências articulares das cavidades 
glenóides. Os dentes posteriores ficam em contato bilateral simultâneo firme e 
uniforme, e os dentes anteriores mantem um contato ligeiramente mais leve. 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
2. As forças oclusais incidem sobre os eixos longitudinais dos dentes. 
3. Nas excursões laterais da mandíbula, os contatos no lado de trabalho (preferência 
sobre os caninos) provocam desoclusão ou separam imediatamente os dentes do 
lado de balanceio. 
4. Nas execuções protusivas, os contatos entre os dentes anteriores provocam 
desoclusão dos dentes posteriores. 
5. Na posição ortostática, os dentes posteriores têm contato mais efetivo que os 
anteriores. 
 
• Organização da oclusão 
São três as teorias aceitas para descrever o modo como os dentes devem ou não entrar em 
contato nas várias posições funcionais e excursivas da mandíbula. São elas: Oclusão 
balanceada, unilateral balanceada e com proteção mútua. 
→ Oclusão bilateral balanceada 
Basear-se na obra de von spee e monson, trata-se de uma teoria que atualmente não tanto 
uso. É, de certa forma, uma visão protética em que o número máximo de dentes deve 
entrar em contato em todas as posições excursivas da mandíbula, isso é útil na construção 
da prótese total em que o contato no lado de balanceio é importante para evitar o seu 
deslocamento. Esse conceito posteriormente foi aplicado aos dentes naturais na 
reabilitação oclusal completa, tentava-se reduzir a carga suportada por cada dente 
dividindo-a entre o maior número de dentes possível, porem logo descobriu que isso é 
difícil de ser organizado por conta dos contatos múltiplos que ocorriam entre os dentes a 
medida que a mandíbula se movia em suas várias exvursões, observava-se desgaste 
excessivo por atrição. 
→ Oclusão unilateral balanceada 
Também é conhecida como função de grupo, é um método amplamente aceito e utilizado 
de organização dos dentes nos procedimentos de restauração dentária hoje em dia. Eles 
concluíram que não havendo necessidade de equilíbrio simétrico entre os arcos em dentes 
naturais, seria melhor eliminar todos os contatos entre os dentes do lado de balanceio. 
Logo, para que haja oclusão unilateral balanceada é necessário que todos os dentes do 
lado de trabalho fiquem em contato durante a excursão lateral, enquanto que os do lado 
de balanceio fiquem isentos de qualquer contato. A função de grupo dos dentes do lado 
de trabalho distribui a carga oclusal. A ausência de contato no lado de balanceio evita que 
seus dentes sejam submetidos a forças destrutivas de direção obliqua observadas nas 
interferências do lado de balanceio. Também poupa as cúspides de contenção cêntrica (ou 
seja, as cúspides vestibulares dos dentes inferiores e as palatinas dos superiores) de 
desgaste excessivo. A vantagem óbvia é a manutenção da oclusão. 
A técnica dos trajetos que tem origem funcional e foi descrita pela primeira vez por 
Meyer" é usada para produzir restaurações em oclusão uni lateral balanceada. Foi 
adaptada por Mann e Pankey para o uso em reconstruções oclusais completas. 
→ Oclusão com proteção mútua 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
Também pode ser denominada de oclusão protegida pelo canino ou oclusão orgânica. 
Estudiosos peceberam que muitas bocas com periodonto sadio e desgaste mínimo, os 
dentes organizavam-se de tal forma que a sobreposição dos anteriores impedia que os 
posteriores entrassem em contato tanto no lado de trabalho, quanto no de balanceio. Essa 
separação da oclusão recebeu o nome de desoclusão. Segundo esse conceito, os dentes 
anteriores suportam toda a carga e os posteriores ficam em desoclusão em qualquer 
posição excursiva da mandíbula. O resultado desejado é a ausência de atrição. 
A posição de máxima intercuspidação coincide com a posição ótima dos côndilos nas 
cavidades glenóides. Todos os dentes posteriores ficam em contato com as forças 
direcionadas ao longo de seus eixos longitudi nais. Os dentes anteriores entram em 
contato leve ou ficam sem contato (cerca de 25 microns), o que alivia as forças de direção 
obliqua que resulta riam do contato. Como conseqüência da proteção que os dentes 
anteriores dão aos posteriores em todas as excursões mandibulares e da proteção que os 
dentes posteriores dão aos anteriores na intercuspidação, esse tipo de oclusão passou a 
ser conhecido como oclusão mutuamente protegida. Essa organização da oclusão é 
provavelmente a que tem maior aceitação por ser a mais fácil de ser construída e a mais 
tolerada pelos pacientes. 
 
No entanto, para se reconstruir uma boca usando-se a oclusão com pro teção mútua é 
necessário que haja dentes anteriores sadios do ponto de vista periodontal. Se houver 
degeneração óssea anterior ou ausência dos caninos, provavelmente haverá a necessidade 
de restabelecer a função de grupo (equilibrio unilateral). O acréscimo da sustentação 
oferecida pelos dentes posteriores no lado do trabalho distribuirá a carga que os anteriores 
não forem capazes de suportar. O uso da oclusão com proteção mútua tam bém depende 
da relação ortodôntica dos arcos opostos. Tanto na maloclusão Classe Il quanto na III 
(Angle), a mandibula não pode ser guiada pelos dentes anteriores. Não se pode utilizar a 
oclusão com proteção mútua nas situações de oclusão invertida, ou de mordida cruzada, 
na qual as cúspides vestibulares dos dentes superiores e inferiores interferem mutuamente 
na excursão para o lado de trabalho. 
• Desoclusão dos molares 
Quando um indivíduo com oclusão normal repete movimentos mandibula res em 
lateralidade, o trajeto observado com aparelhos eletrônicos não é sempre igual, 
provavelmente devido à grande flexibilidade do disco articular. O desvio observado é em 
média de 0,2mm em relação cêntrica, de 0,3mm no movimento para o lado de trabalho e 
de 0,8mm nos movimentos protrusivo e para o lado de balanceio." Para evitar 
interferências oclusais e forças de direção não-axial sobre os molares durante os 
movimentos mandibulares excêntricos, a desoclusão dos molares deve ser igual ou 
superior aos desvios observados durante o movimento mandibular. As oclusões naturais 
sadias apresentam separações que se acomodam a essas anomalias. Na mensuração de 
desoclusões das cúspides mesiovestibulares dos primeiros molares inferiores de 
indivíduos assintomáticos com boa oclusão, observaram-se separações que variavam em 
torno de 0,5mm nos movimentos para o lado de trabalho. 
 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
→ Guia Condilar 
Entre os aspectos do guia condilar que mais impacto exercem sobre a face oclusal dos 
dentes posteriores os mais importantes são a inclinação da trajetória doscôndilos na 
protrusão e a translação lateral. 
A inclinação da trajetória dos côndilos durante o movimento de protrusão pode variar 
muito nos diferentes pacientes. Forma em média um ângulo de 30,4 graus com o plano 
horizontal de referência (43 mm acima da margem incisal do incisivo central superior). 
1617 Se a inclinação protrusiva for grande, a altura da cúspide poderá ser maior. Se, no 
entanto, a inclinação for pequena, a altura da cúspide deverá ser menor. 
Translação mandibular (ou saída) lateral imediata é o deslocamento lateral que ocorre no 
início do movimento em lateralidade. Se a translação lateral imediata for grande, a altura 
da cúspide deverá ser menor. Com uma saída imediata mínima, a altura da cúspide poderá 
ser maior. 
A direção das cristas e dos sulcos é afetada pela trajetória dos côndilos, sobretudo na 
translação lateral. Os efeitos são observados na face oclusal de um molar e de um pré-
molar inferior, e a trajetória é traçada pelas cúspides palatinas dos respectivos dentes 
oponentes superiores. O trajeto de trabalho é traçado sobre o dente inferior em direção 
lingual, e o trajeto de balanceio tem direção distovestibular. Quanto mais próximo intero-
posteriormente o dente estiver do côndilo do lado de trabalho, menor será o ângulo entre 
os trajetos de trabalho e de balanceio. Quanto mais distante o dente estiver do côndilo do 
lado de trabalho, maior será o ângulo entre os trajetos de trabalho e de balanceio. Quando 
aumenta a translação lateral imediata, o Angulo também torna-se mais obliquo. 
→ Guia anterior 
Durante o movimento de protrusão da mandíbula, as bordas incisais dos dentes anteriores 
inferiores movem-se para a frente e para baixo, ao longo das concavidades palatinas dos 
dentes anteriores superiores. A trajetória das bordas incisais desde a máxima 
intercuspidação até a oclusão de topo é chamada de trajetória protrusiva. O ângulo 
formado por essa trajetória e o plano horizontal de referência é a inclinação da trajetória 
protrusiva, que varia de 50 a 70 graus. Embora costumem ser vistos como fatores 
independentes, tudo indica que a inclinação da trajetória dos côndilos e o guia anterior 
sejam fatores vinculados ou dependentes. Na oclusão sadia, o guia anterior tem uma 
inclinação em torno de 5 a 10 graus superior à da trajetória dos côndilos no plano sagital. 
Portanto, quando a mandíbula se move para a protrusão, os dentes anteriores a orientam 
para baixo, a fim de se criar a desoclusão, ou separação, entre os dentes posteriores 
inferiores e superiores. Fenômeno semelhante deve ocorrer durante as excursões laterais 
da mandíbula. 
A face palatina de um dente anterior superior tem uma concavidade e uma convexidade, 
ou cíngulo. Na posição de relação cêntrica, as bordas incisais dos dentes inferiores devem 
entrar em contato com as faces palatinas dos dentes superiores na transição da 
concavidade para a convexidade. A concavidade tem configuração uniforme em todos os 
indivíduos." 
Tatyane Ferreira 
Odontologia 
 
O guia anterior que está ligado à combinação de trespasse vertical e horizontal dos dentes 
anteriores pode afetar a morfologia da face oclusal dos dentes posteriores. Quanto maior 
o trespasse vertical dos dentes anteri ores, maior poderá ser a altura da cúspide posterior. 
Quando o trespasse vertical for menor, a altura da cúspide posterior deverá ser menor. 
Quanto maior o trespasse horizontal dos dentes anteriores, mais curta deverá ser a 
cúspide. Com a diminuição do trespasse horizontal, a altura da cúspide posterior poderá 
ser maior. 
Aumentando-se o guia anterior para compensar a insuficiência do guia condilar, é 
possível aumentar a altura das cúspides. Se a inclinação da trajetória dos côndilos na 
protrusão for pequena, exigindo cúspides posteriores curtas, estas poderão ser aumentadas 
aumentando-se a inclinação do guia anterior. Desse modo, aumentando-se o guia anterior 
será possível aumentar a altura das cúspides que, caso contrário, deveriam ser mais curtas 
na presença de translação lateral imediata pronunciada.

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