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FEOCROMOCITOMA 1 Feocromocitoma é uma neoplasia das suprarrenais, bem intrigante e que já foi motivo de discussões em congressos, pois é uma neoplasia que não é nem benigna, nem borderline e nem maligna, então não se tem uma clínica específica para feocromocitoma. Só poderemos identificar, quando é maligna, por conta da metástase, mas a priori é benigno. Então para contextualizar, vamos falar das glândulas adrenais, também conhecidas como suprarrenais. São órgãos endócrinos pareados que consistem em córtex e medula. Sobre cada rim existe uma glândula adrenal, por isso são chamadas de suprarrenais, e como os rins são órgão retroperitoneais, logicamente, essas glândulas também vão ser, assim como o pâncreas. Então, praticamente, como são duas zonas e essas duas zonas produzem hormônios, é como se fossem duas glândulas acondicionadas em uma estrutura só. Tanto a porção cortical quanto a medular contém ação hormonal. A camada cortical possui três zonas: glomerulosa, fasciculada e reticular, que sintetizam três tipos diferentes de esteroides. FEOCROMOCITOMA 2 Aqui tem, mais ou menos a posição das glândulas. O rim direito está topograficamente em um nível mais baixo (inferior), devido ao peso do lóbulo hepático direito sobre esse rim. Então, na dúvida, quando você ver uma película de raio x ou um negatoscópio, é para saber qual é cada um dos rins e não ter confusão. Temos também os vasos, em azul, é a veia cava inferior e, em vermelho, é a artéria aórtica. Logicamente, que de cada vaso partem as ramificações, temos as artérias e as veias renais, direitas e esquerdas. A veia renal sai da veia cava inferior e a artéria rena sai da artéria aorta abdominal. A suprarrenal possui duas porções: a cortical e a medular, a porção cortical tem três camadas. A glomerulosa é a mais externa, a fasciculada é a intermediária, e a reticular é a mais interna da porção cortical. A reticular está em contato direto com a porção medular da glândula suprarrenal. Não esqueçamos que, assim como o rim, a suprarrenal tem uma cápsula e mais externamente existe uma gordura junto à glândula, gordura periadrenal, que está colado à cápsula. Após a cápsula, já vem a porção cortical, com as suas três zonas produtoras de hormônios. FEOCROMOCITOMA 3 Histologicamente, a primeira camada cortical é a glomerulosa. Recebe esse nome porque as células, que têm o citoplasma claro e o núcleo bem evidente, formam arranjos, ou “bolas”, semelhantes à glomérulos. Essa (imagem) aqui já tem as células dispondo em fascículos como se fossem em linhas retas, a região é a zona fasciculada, expliquei bem isso na nossa aula anterior quando estivemos na sala de aula. FEOCROMOCITOMA 4 E essa é zona reticular da camada cortical. Então por favor, não confundam fasciculada com reticular, reticular não quer dizer reto, embora aqui na zona fasciculada as células estejam dispostas quase que em linha reta, uma em plano inferior à outra, mas o termo reticular é referente à rede ou malha, então essa distribuição das células formando quase uma malha é a zona reticular. Então de fora para dentro na camada cortical, a mais externa é a zona glomerulosa, a intermediária é a zona fasciculada e a mais interne é a zona reticular, depois já começa a porção medular. FEOCROMOCITOMA 5 Então esse córtex da adrenal produz esses hormônios: glicocorticoides (cortisol), tanto a zona fasciculada quanto reticular sintetizam esses hormônios; mineralocorticoides (principalmente aldosterona) é sintetizada pela zona glomerulosa, que é a zona mais externa; e os esteroides sexuais (estrogênios e androgênios) são sintetizados pela zona reticular, que é a zona mais interna e que está mais em contato com a medula. Vamos falar agra sobre a medula adrenal, é a porção central da suprarrenal, voltando um poucos os slides aqui para vocês localizarem. A medula é constituída por células sustentaculares, por células cromafins, por isso o nome feocromocitoma vem desse termo “cromafins”, tem um aspecto ferruginoso pois quando em contato com o fixador dicromato de potássio (K₂Cr₂O₇) essas células adquirem uma cor mais acastanhada, mais escurecida. Então essa porção central da suprarrenal é a camada medular. Essa camada medular é constituída de células neuroendócrinas que estão amplamente dispersas em um sistema extra-adrenal de nódulos que, com a medula adrenal, formam o sistema paraganglionar. Pensa-se que o feocromocitoma só pode surgir na medula da suprarrenal, mas em outras células paraganglionares que formam o sistema paraganglionar pode surgir feocromocitoma ectópico fora do sítio normal, que seria a medula da suprarrenal. Então podemos dizer que podem surgir feocromocitoma em outros órgãos e outras áreas, tem até um órgão chamado de Zuckerkandl que são gânglios que acompanham a aorta abdominal, tem até um trabalho da doutora Lina dos Santos, uma patologista do Hospital São Marcos, que FEOCROMOCITOMA 6 através de um estudo com uma paciente de 47 anos, que tinha picos hipertensivos, foi feita uma biópsia e descobriu-se que a paciente tinha um feocromocitoma extra- adrenal. Então esses paragânglios estão intimamente ligados ao SNA. Segundo uma distribuição anatômica, estão distribuídos em três grupos: grupo branquimétrico, intravagal e cadeia aórtico-simpático (órgãos de Zuckerkandl). Ou seja, branquimétrico acompanha aqueles vasos dessa mesma região, intravagal acompanha o nervo vago e os órgãos de Zuckerkandl acompanha o gânglios para- aórticos. E nessas três regiões, que é o sistema paraganglionar, podem surgir feocromocitomas, então feocromocitoma não é exclusivo da medula da suprarrenal, podendo existir também feocromocitomas ectópicos. Então essa medula da suprarrenal é composta por células especializadas da crista neural (células neuroendócrinas), chamadas de células cromafins e de células sustentaculares. É a principal fonte de catecolaminas (epinefrina e noraepinefrina) do corpo, porém, aquele sistema paraganglionar também sintetiza noraepinefrina. Neoplasias de células cromafins (feocromocitomas) e neoplasias neuronais (neuroblastomas), sãos as doenças mais importantes da medula da suprarrenal. Ou seja, nessa área é muito difícil alguma inflamação ou alterações degenerativas, as doenças mais importantes são as neoplasias, exceto em alguma situação ocorra uma necrose hemorrágica da suprarrenal, bem como ocorre na Síndrome de Waterhouse- Friderichsen, e o paciente pode desenvolver patologias de coagulação intervascular disseminada devido à situação, mas as doenças típicas e principais das suprarrenais FEOCROMOCITOMA 7 são as neoplasias. Alguma pergunta? (ALUNO) Tenho uma dúvida, as catecolaminas produzidas na medula adrenal são utilizadas como neurotransmissores? (PROFESSOR) Não, inclusive quando se vai operar esses feocromocitomas, o paciente deve ser preparado pois não se pode nem usar adrenalina (epinefrina) conjugada com substâncias anestésicas, para que o paciente não sofra picos hipertensivos, pois o próprio tumor liberando essas substâncias já leva o paciente a desenvolver esses picos de hipertensão. Essa histologia, na parte inferior, é a medula da suprarrenal, e a parte superior é a camada cortical, mais precisamente a zona reticular. FEOCROMOCITOMA 8 Esse feomocrocitoma é o tumor secretor de catecolaminas, causando hipertensão paroxística. O que é isso? São picos hipertensivos, frequentes e persistentes, mas não contínuos, tem um certo intervalo entre um pico e outro. É por essa situação que o feomocrocitoma desenvolve uma síndrome chamada síndrome paraneoplásica, ele sintetiza catecolamina e vai simular outras patologias. Essa síntese de substâncias levando o médico a pensar, no caso de feomocrocitoma, que o pacientetem problemas cardíacos, chamamos de síndrome paraneoplásica, ou seja, a hipertensão arterial que o paciente tem não é devido a problemas cardíacos, é devido ao tumor que está presente, tanto que quando se retira cirurgicamente o tumor, a neoplasia, os picos hipertensivos do paciente desaparecem, ele fica curado. ALUNO: Ai esses picos hipertensivos não trata com medicamento não é? Só com a cirurgia? A pressão não baixa de forma alguma? PROFESSOR: Baixa, mas sempre tendo esses picos, até que uma investigação mais acurada já pode se pensar que hipertensão arterial pode ser causada ou por problema cardíaco ou por problema renal ou então um foco de catecolaminas lá nas adrenais. É feito uma averiguação, uma anamnese bem detalhada dessa situação. O próprio cardiologista, através do eletrocardiograma vai detectar ou aferir a pressão do paciente, e vendo o eletrocardiograma desse paciente não tem lesão nenhuma cardíaca. Como é que tem esses picos hipertensivos? Aí ele já se pensa em alguma lesão na adrenal, na porção medular da adrenal. ALUNO: O melhor exame pra observar esse efeito é o eletrocardiograma? PROFESSOR: É, o paciente tem esses picos hipertensivos, mas também pode ser exame de imagem, uma ressonância magnética, porque esse tumor cresce, ele chega a pesar de 100g, ele pode ser tão pequeno apenas 1g, pesar 100g ou até 4kg. Então ele crescendo ele vai deformar a suprarrenal, ele vai mudar toda a morfologia da suprarrenal, e se vê isso muito bem em exames de imagem. FEOCROMOCITOMA 9 ALUNO: Professor, o senhor falou até no peso do tumor, esse tumor ele é bem delimitado? Na cirurgia ele tira só ele ou precisa tirar toda a parte medular da adrenal? PROFESSOR: Ele é bem localizado na adrenal, não lesiona, não precisa retirar o rim que está ali com ele não. Ele é bem delimitado. Ele tem até uma capsula, bem delimitado, quase circular, redondo, parecido com as neoplasias benignas. Aliás, é um tumor que, aparentemente, é benigno, só podemos falar que é maligno se começar a dar metástases. ALUNO: Certo, mas durante a cirurgia tem que tirar só ele ou tem que tirar a suprarrenal também? PROFESSOR: Só ele, só tira o tumor com a adrenal porque ele está aderido a adrenal. A outra adrenal vai fazer o papel da que foi retirada. Então além da hipertensão arterial, o feocromocitoma pode cursar, ou seja, pode evoluir, pode levar o paciente a ter taquicardia, sudorese, culminando com Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), Edema agudo do Pulmão (EAP), porque a hipertensão arterial ela provoca aumento da pressão hidrostática e pode desenvolver edema agudo de pulmão, pode levar ao Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), a picos de cefaleia, AVC(s), tanto AVC hemorrágico como AVC isquêmico. Esses infartos agudos do miocárdio podem culminar com fibrilação ventricular. Vamos agora ver a parte histológica dele. É uma neoplasia composta por c1élulas cromafins fusiformes e poligonais, parece muito com neurônios, porque as células da suprarrenal, medular da suprarrenal, são originadas lá da crista neural. Então são células sintetizadoras de catecolaminas e hormônios peptídicos. Não há uma característica histológica que a como prever, de forma confiável, o comportamento clínico de um feocromocitoma. Quando a gente fala característica histológica, estamos levando em conta aqueles critérios de benignidade e de malignidade. Critério de benignidade é quando o tumor não invade a cápsula, o tumor FEOCROMOCITOMA 10 não invade vasos, quando as mitoses são típicas, quando não há aumento da relação núcleo-citoplasma, tudo isso é critério de benignidade. O feocromocitoma pode ter todos esses critérios e ser maligno. Como ele pode ter invasão de cápsula, invasão vascular e se comportar como uma neoplasia benigna? Ou seja, só vamos detectar mesmo quando tiver surgindo metástases. É um tumor bem intrigante na medicina. ALUNO: Professor, eu li que o hormônio somatostatina tem algumas funções né, e umas das já descobertas é inibição de insulina, glucagon, e também inibição do GH, no caso que é o hormônio do crescimento, e por isso ele é tratamento de escolha pra vários canceres né? Porque ele tem essa função de inibir o crescimento do tumor. Pode isso? PROFESSOR: A somatostatina pode diminuir o crescimento de feocromocitoma né isso? Existem algumas drogas que provocam um freio no crescimento do tumor, principalmente tumores hormonais, como é o caso do feocromocitoma, como os tumores ovarianos, tumores uterinos, mesmo até o leonioma, que é um tumor benigno, mas ele cresce tanto que fica difícil o procedimento cirúrgico, se faz embolização de vasos, pra que esse tumor vai morrendo aos poucos, vai diminuindo de tamanho pra ter, durante a cirurgia, ter um comportamento melhor, se conseguir ter um acesso melhor a esse tumor e ser retirado. Eu creio que o que você leu aí, a somatostatina pode ser uma droga que se usa pra diminuir o tamanho ou então a ação do tumor, não desaparecimento completo. ALUNO: Isso, não é o desaparecimento mesmo, é realmente pra inibir o crescimento dele, pra de alguma forma controlar, porque como ele inibe o GH. Então aquilo que eu falei anteriormente, sobre os critérios de benignidade, que são: não invasão de cápsulas, não invasão vascular, mitoses típicas, permanência da relação núcleo-citoplasma, ou seja, o núcleo está bem localizado na célula em relação ao citoplasma, tudo são critérios de benignidade. Mas, outros critérios quando há aumento da relação núcleo-citoplasma, quando há invasão de cápsula, invasão vascular, mitoses atípicas, cromatina grosseira, tudo isso é critério histológico de FEOCROMOCITOMA 11 malignidade. O cromossomo pode apresentar e ser benigno, ou então ele pode apresentar critério histológico de benigno e se comportar como maligno. O que é pleomorfismo? São células de várias formas vários tamanhos isso é típico de neoplasia maligna, nas neoplasias benigna, as células são bem diferenciadas parecem muito com as células que lhe deram origem, as neoplasias malignas é que tem pleomorfismo celular. Então o pleomorfismo celular e nuclear, mitose e até mesmo a invasão capsular e vascular são vistos com frequência em formas benignas de feocromocitoma enquanto que monotonia celular ou seja células de praticamente só de uma forma esteja paradoxalmente associada ao comportamento agressivo mas um tumor histologicamente ele é tem uma semelhança tão idêntica com uma neoplasia benigna mas ele está se comportando como uma neoplasia maligna Então não existe critérios para se detectar histologicamente para dizer este tumor, neste feocromocitoma foi retirado então não se observa nenhum critério de malignidade, tudo bem você pode afirmar aqui mas se ele vai se comportar, se quando foi irradiado um tumor se já tinha metástase aí vai ser outra situação é claro que quando se retirou tumor não vai ter mais metastase a partir daquele tumor mas a cirurgia pode se realizar de uma forma posterior a presença de metastase portanto o diagnóstico definitivo de malignidade em feocrocitoma fundamenta-se exclusivamente na presença de metástase, só se da o diagnóstico definitivo de que um feocrocitoma é maligno até porque o nome dele feocromocitoma não tem nenhum som igual carcinoma, sarcoma, o sufixo –oma são todos neoplasias malignas então o feocromocitoma costuma parecer benigno mas o comportamento dele é totalmente adverso ao que é observado na histologia quando ele dá metastase os sítios mais acometidos pelas metástase são os linfonodos regionais aqueles linfonodos próximos a cadeia aótica próximo a cadeia renal, pulmões, fígado e ossos são locais mais frequentes de feocromocitoma FEOCROMOCITOMA 12 Aqui temos uma imagem de feocromocitoma, o restante que você vê em forma de crescente é a suprarrenal. Ele pode pesar de 1g a100g até 4kg e ter diâmetros variáveis então a morfologia e a histologia do feocromocitoma é bem variado mas ele possui o aspecto uma neoplasia benigna por ser bem delimitado Essa peça aqui é do acervo da Unicamp, vocês têm acesso aí no computador de vocês podem ver até agora, mostrando que houve uma hipertrofia cardíaca aqui no coração à esquerda como consequência das catecolaminas sintetizadas pelo feocromocitoma ou seja o paciente desenvolveu um aumento do coração e levou um aumento da área cardíaca, essa situação é visto no nos exames de imagens. O coração fica naquela região precordial entre os 2 pulmões posterior ao externo e anterior a coluna vertebral então aquele espacinho só cabe mesmo no coração ele pode crescer e começar e vai levando o paciente desenvolver problemas devido ao aumento da área cardíaca, a hipertrofia cardíaca. O feocromocitoma como o paciente desenvolve hipertensão arterial consequentemente esse coração vai trabalhar bastante então ele vai se hipertrofiar. FEOCROMOCITOMA 13 Só mostrando novamente o feocromocitoma então ele foi partido aqui para mostrar que é um corte/incisão que se fez para mostrar esse aspecto terrogenosos e escurecido do feocromocitoma Novamente ele, essa área aqui escura da suprarenal deve ter sido algum processo cirúrgico o eletrocautério né, a cauterização e queimou um pouco aí FEOCROMOCITOMA 14 Na microcóscopia do feocromocitoma nos encontramos esse aspecto meio alveolar em que blocos de células estão dentro de vacúolos ou de uma área bem clara e as células na periferia onde são chamados de sustentaculares Alguém chamou, talvez um patologista alemão, chamou essas bolhas de células ou bola de células aqui de Zellballen, isso em alemão significa bolas de células então esse aspecto bem típico do feocromocitoma que não dá para confundir com outra neoplasia há as bolhas de Zellballen e então essas células aqui com o núcleo claro e evidente que sintetizam as catecolaminas, são as células cromafins. Aqui são os septos conjuntivo-vasculares margeiam a bolha de células cromoafins são as sustentaculares ou seja dão sustentação à essa coluna, essa bolha de células formada por células cromoafins. Não tem outro padrão, não dá para confundir a microscopia de feocromocitoma com outra lesão é bem típico esse Zellballen ou bolas de células cromafins FEOCROMOCITOMA 15 Novamente em detalhe, o Zellballen , as células cromoafins, já vamos observando uns aspectos piramidais que parece um pouco com neurônios Aqui em melhor detalhe, da perspectiva da histologia parece com um neurônio com o nucléolo bem evidente. Essas células podem ser células mais piramidais, fusiformes semelhante à axônios de neurônios. Essas células neoplásicas lembram muito neurônios FEOCROMOCITOMA 16 Nucléolo evidente é uma característica microscópica de malignidade quer dizer aparentemente este seria um feocromocitoma maligno mas ele pode ter todos os aspectos de malignidade esse aspecto histológico e não dá metástase Novamente, células com seus núcleos bem evidentes. Há essa célula fusiforme, semelhante às células neuronais. A célula do meio lembra um neurônio, pois tem o prolongamento, que é célula paraganglionar. Como essas paraganglionares são originadas da crista neural, têm semelhança com as células neuronais. FEOCROMOCITOMA 17 Célula com nucléolo bem evidente. FEOCROMOCITOMA 18 - 90% dos tumores são benignos. - Quando ocorre em crianças, deve ser naquele órgão de Zuckerkandl, porque são glândulas/órgãos que, durante a fase adulta, vão atrofiando e desaparecendo. - 10% são nas células paraganglionares, fora da medula da suprarrenal. - O sítio mais frequente dos feocromocitomas são as glândulas adrenais. O feocromocitoma sintetiza catecolaminas, que podem desenvolver uma síndrome paraneoplásica, levando o paciente a desenvolver hipertensão arterial e simulando um problema cardíaco. Muitos tumores sintetizam substâncias que simulam outras doenças, as quais são chamadas síndromes paraneoplásicas. OBSERVAÇÃO: quando vai fazer a remoção cirúrgica do feocromocitoma, é importante que o paciente faça, previamente à cirurgia, o alfa bloqueio e o beta bloqueio dos receptores adrenérgicos para evitar que o paciente tenha um pico. A indicação é fazer o alfa bloqueio 5 dias antes, depois faz o beta bloqueio e então o paciente está liberado para fazer a cirurgia. O alfa bloqueio deve ser antes que o beta bloqueio, porque nós temos muito mais receptores alfa no corpo do que beta e, se fizer o beta bloqueio antes, não vai garantir o alfa bloqueio a tempo e o paciente pode FEOCROMOCITOMA 19 ter uma crise hipertensiva durante a cirurgia, porque às vezes só o tumor faz a liberação de catecolaminas e isso pode gerar intercorrência fatal no paciente
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