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1 Emanuel Antonio Lopes Domingos – Medicina UFES ENXERTOS E RETALHOS – CIRÚRGIA PLASTICA ENXERTOS CUTÂNEOS A pele é o maior órgão do corpo humano, possuindo espessura variada a depender da região. Possui duas camadas. Enxerto: Transferência de pele oriunda de uma área doadora para uma área receptora, sem irrigação direta. Irrigação de um enxerto: provém da área receptora. Indicações dos Enxertos cutâneos: - Feridas traumáticas; - Ressecções oncológicas; - Queimaduras. - Contratura cicatricial; - Reconstrução de Aréola; Na cirurgia plástica, existe a “escada da reconstrução da cirurgia plástica”. Ela significa que se deve tentar fazer sempre o mais simples possível e que tenha a menor sequela estética e funcional. 2 Emanuel Antonio Lopes Domingos – Medicina UFES Classificações dos Enxertos: - Forma de obtenção: - Auto-enxerto: quando a pele doadora é do próprio indivíduo que irá receber. 100% compatível. - Homenxerto ou Aloenxerto: quando a pele doadora não pertence ao mesmo indivíduo receptor. Só é feito em cadáveres. O homoenxerto ele não é usado de forma definitiva, mas sim de forma temporária. Por exemplo, um paciente que sofreu uma queimadura extensa em seu corpo, e tem apenas uma pequena porção de pele disponível para doação. Nesse caso, para evitar uma desidratação e infecção, utiliza-se esse homoenxerto para ganhar tempo e evitar complicações maiores. - Xeno-enxerto: os doadores e receptores são de espécies diferentes. Compatibilidade bem baixa. - Espessura: - Pele parcial: se transplanta a epiderme mais a derme parcial. - Pele total: se transplanta a epiderme mais a derme completa. Quando se remove a pele total, o que fica no local de incisão é o tecido subcutâneo. Este não tem a capacidade de reepitelizar aquela lesão, necessitando de fechá-la. Já quando se remove parcialmente uma pele, ocorrerá reepitelização no local deste evento. 3 Emanuel Antonio Lopes Domingos – Medicina UFES OBS: Contratura primária: Contração que o enxerto sofre quando é retirado da área doadora. Causado pela elastina. Mais comuns em enxertos de pele total. Contratura secundária: Contração que ocorre no seu leito receptor. Devido atividade dos miofribroblastos. Mais comuns em enxertos de pele parcial. Em resumo, locais do corpo com grande movimentação, como pálpebras e articulações, é recomendável um enxerto de pele total, a fim de evitar uma redução de motilidade funcional da estrutura e estético. Já locais com pouca mobilidade como peitoral, dorso e etc, o enxerto parcial é bem útil. 4 Emanuel Antonio Lopes Domingos – Medicina UFES - Forma: - Selo-Estampilha: usa-se vários pedaços de enxerto e coloca-se no local receptor. Fica umas “ilhas sem enxerto”, que vai cicatrizando por segunda intenção. Raramente é usado. - Malha: após a obtenção do enxerto, ele é colocado em uma máquina que o deixa na forma da imagem abaixo. Isso serve para aumentar sua extensão. É muito usado em pacientes que têm pequena cobertura de pele disponível para enxertos, ou quando a área receptora é muito grande. Uma outra vantagem é que suas fenestras permitem a saída de exsudato. Uma desvantagem é o aspecto estético negativo após a cicatrização. 5 Emanuel Antonio Lopes Domingos – Medicina UFES - Laminar: Na imagem abaixo, temos um paciente com uma lesão na região de pescoço. Após a remoção desta lesão, qual procedimento deve ser realizado? Um fechamento primário ou enxerto? Enxerto de pele total. Por se tratar de uma região de pescoço, com alta mobilidade, um fechamento primário poderia prejudicar essa função. 6 Emanuel Antonio Lopes Domingos – Medicina UFES Na imagem abaixo, temos um paciente com uma lesão bem extensa na perna. Qual procedimento deve ser realizado? Enxerto de pele parcial. Por dois motivos, a área receptora é muito extensa para um enxerto de pele total e naquela região da pele uma provável perda de mobilidade, decorrente da contratura secundária, não traria grandes perdas funcionais. 7 Emanuel Antonio Lopes Domingos – Medicina UFES Como deve estar a área receptora? Limpa (sem infecção e necrose), Hemostasia (Sem sangramentos ativos) e granulada (bem vascularizada). Intregração do Enxerto: - Embebição: quando há exsudação. - Inosculação: 3 ao 5° dia, há a presença de fibrina. - Neovascularização: Após os 5 dias. Complicações: 8 Emanuel Antonio Lopes Domingos – Medicina UFES - Não integração do enxerto; - Hipertrofia da área doadora; - Hipercromia; RETALHOS CUTÂNEOS Transferência de um segmento de pele de um local do organismo para outro, mantendo- se um pedículo vascular. Irrigação de um retalho: - Macrocirculação: Utiliza-se grandes vasos → artérias segmentares → artérias perfurantes. São usados para retalhos maiores. - Microcirculação: Utiliza-se plexo subepidérmico e dérmico. Alterações fisiológicas pós elevação do retalho: - Interrupção do fluxo sanguíneo; - Autonomização do retalho; - Neovascularização; Classificações: - Suprimento sanguíneo: - Randomizado: quando não se sabe o nome da artéria que irriga aquela região (?). Irrigação subepidérmica e dérmica. - Axial: quando se sabe o nome da artéria que leva sangue para a região do retalho. - Localização: - Local: - Retalho de avanço. 9 Emanuel Antonio Lopes Domingos – Medicina UFES - Retalho de rotação. - Retalho de Transposição; 10 Emanuel Antonio Lopes Domingos – Medicina UFES - Retalho de interpolação: - Distância: - Distância pediculado. 11 Emanuel Antonio Lopes Domingos – Medicina UFES - Distância livre. - Romboide;
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