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TRANSTORNO BIPOLAR 
Quadros de oscilação de humor crônica e recorrente (manias e depressão). 
 
V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O 
INTRODUÇÃO 
• Humor na sociedade x Humor na medicina: Na 
medicina, humor tem questões sentimentais, de 
afetos, de emoções. 
• “A vida afetiva é a dimensão psíquica que dá cor, 
brilho e calor a todas as vivências humanas” 
- (Dalgalarrondo) 
• Afetividade: Termo genético que engloba o humor 
, emoções, sentimentos, afetos e tem caráter 
universal (todos os animais demonstram). 
HUMOR x AFETO 
• Humor: Tônus afetivo, estado emocional basal e 
difuso. (É como eu tô me sentindo) 
o O nosso humor não é plano: Ele oscila! 
Quando essa ocilação se torna intensa, 
duradoura e traz prejuízo = transtorno! 
• Afeto: Tônus emocional que acompanha uma ideia 
ou representação mental. (É como eu demonstro 
esse sentimento) 
CLASSIFICAÇÃO DO HUMOR 
• Eutímico: Normal. 
• Hipotímico: Triste ou depressivo. 
• Hipertímico: Elado ou exaltado. 
QUAIS SÃO OS TRANSTORNOS DE HUMOR 
• Transtorno Depressivo Maior 
• Transtorno Bipolar 
• Distimia 
• Ciclotimia 
• Transtorno Disfórico Pré-menstrual 
MANIA: Alegria ou raiva patológica, antagônico à 
depressão (que é a tristeza patológica). Humor elevado 
, expansivo (+3) ou irritado (+4). 
• Aumento da atividade ou da energia 
• Duração: 1 semana, com prejuízo funcional, 
hospitalização ou psicose. 
• Características: Autoestima inflada ou grandi-
osidade, redução da necessidade de sono, 
loquacidade ou pressão por fala, fuga das 
ideias ou taquipsiquismo, distraibilidade. 
HIPOMANIA: Igual a mania, a diferença está no tempo! 
Humor elevado , expansivo (+3) ou irritado (+4). 
• Aumento da atividade ou da energia 
• Duração: 4 dias, sem prejuízo acentuado. 
 
• Características: Iguais a da mania! 
 
NEUROANATOMIA DOS EPISÓDIOS MANÍACOS 
 
 
DEPRESSÃO: Contrário à mania, humor deprimido ou 
perda do interesse ou prazer (+5). 
• Duração: 2 semanas, com sofrimento 
significativo ou prejuízo no funcionamento. 
• Características: Perda ou ganho de peso, 
redução do apetite, insônia ou hipersonia, 
agitação ou retardo psicomotor, fadiga ou 
perda de energia, sentimento de inutilidade ou 
de culpa excessiva, ideações suicidas. 
 
V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O 
NEUROANATOMIA DA DEPRESSÃO 
 
 
RESUMO DAS ALTERAÇÕES DE HUMOR 
 
TRANSTORNO BIPOLAR 
DEFINIÇÃO: Quadro de alterações de humor crônicas e 
recorrentes, que cursa com oscilações entre dois polos, 
intercalados por períodos eutímicos: 
• Manias e hipomanias 
• Eutimia 
• Depressões bipolares 
*A ocorrência de episódio maníaco/ hipomaníaco 
é imprescindível para o diagnóstico de TB! 
 
TIPOS DE TRANSTORNO BIPOLAR 
• TBH tipo I: Clássico, presença de ao menos um 
episódio maníaco! Em geral, são casos em que 
ocorre mania, hipomanias e/ou depressões. 
• TBH tipo II: Casos em que ocorre apenas 
hipomanias e depressões. 
• Transtorno ciclotímico: Ao menos dois anos de 
sintomas hipomaníacos e depressivos, sem 
episódios! (uma coisa contínua). 
• TBH sem outra especificação: Encontramos 
alterações de humor, mas que não satisfazem os 
critérios de DSM-5. 
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Prevalência ao longo da vida: TBH tipo I é de 1% e 
TBH tipo II é de, aproximadamente 1,6%. 
• Prevalência do espectro bipolar: 2,5% 
aproximadamente. 
• Início dos sintomas: 50-60% iniciam aos 19-20 
anos! Mas pode iniciar na infância, adolescência e 
idade avançada. 
• Alta herdabilidade: Risco 10x maior em familiares 
de 1º grau. (6ª causa de deficiência no mundo!) 
• Maior risco de suicídio: 20-55% dos pacientes já 
tentaram suicídio pelo menos uma vez. 
• Mortalidade prematura: Pessoas com TB morrem 
em média 9 anos mais cedo que a população geral. 
 
V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O 
 
O TRANSTORNO BIPOLAR É PROGRESSIVO? SIM! A 
pessoa tende a ter episódio misto e disfóricos, depois 
ciclagem bem rápida, veremos no quadro clínico! 
 
QUADRO CLÍNICO 
EPISÓDIOS MANÍACOS 
• Humor: O clássico é a euforia e a alegria patológica. 
Sensação de bem estar intenso, elado, expansivo, 
desinibido e jocoso, alegria excessiva e, às vezes, 
inconveniente e prejudicial. Mas pode apresentar 
um quadro atípico de humor irritado, disfórico, 
mal-humorado, arrogante e amargo. 
• Psicomotricidade: Taquipsiquismo, loquacidade, 
fala sem parar e incoercivelmente (logorreia). 
• Cognição: Diminuição na capacidade de 
concentração, hipervigilante e hipotenaz. Se 
apresentar delírios, são de grandeza. 
 
EPISÓDIOS HIPOMANÍACOS 
• Quadros semelhantes aos episódios maníacos 
• Diferença para os episódios maníacos → Ausência 
de sintomas psicóticos e menor nível de gravidade, 
não causam prejuízo acentuado na função social e 
não exigem hospitalização do paciente. 
• Humor: Elevado, exaltado, excessivamente 
confiante e irritável (algumas vezes). 
• Cognição: Aumento da velocidade do pensamento, 
mas sem incoerências, delírios ou alucinações. 
• Muitas vezes são vistos como períodos de 
melhora na performance social, acadêmica ou 
profissional dos pacientes: Muitos deles não 
entendem que aquilo é uma doença! 
EPISÓDIO MISTO 
• Definição: Presença simultânea de sintomas 
maníacos e depressivos, combinados de múltiplas 
formas diferentes! Kraepelin classificou eles: 
 
 
EPISÓDIOS DEPRESSIVOS 
• Não há grandes diferenças entre a depressão 
bipolar e unipolar: Caso queira um quadro mais 
detalhado, consulte o resumo de depressão maior. 
• Anamnese cuidadosa: Se o paciente está em 
episódio depressivo, o ideal seria procurar a 
presença de um episódio maníaco prévio. 
• Sinais de alerta: Visando tentar ajudar, devemos 
pensar em depressão bipolar em alguns sinais: 
 
V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O 
 
TRANSTORNO CICLOTÍMICO: Paciente apresenta 
sintomas de hipomania e depressão em um nível mais 
leve ao longo de 2 anos, esses sintomas não são 
suficientes para chamar de quadro agudo, então 
CICLAGEM RÁPIDA: Quadro de maior progressão do 
TB, em que a paciente apresenta 4 ou mais episódios 
maníacos ou depressivos em um período de 12 meses. 
• Pior prognóstico: Associado a maiores taxas de 
tentativa de suicídio e uso de drogas. 
• Acomete 26-43% dos portadores de TB 
REVISÃO → QUADRO CLÍNICO E PROGRESSÃO! 
 
ETIOPATOGENIA → MULTIFATORIAL! 
• Causas genéticas: Como tudo na vida! 
• Ambientais: Drogas, medicamentos 
• Neurobiológicas: Endócrinas, pró-inflamatórias 
 
RESUMO DOS FATORES GENÉTICOS PARA TB 
 
NEUROBIOLOGIA E NEUROQUÍMICA 
• Neuroimagem: Alterações mostram principalmen-
te alargamento ventricular, mas também redução 
do volume de substância cinzenta (pré-frontal e 
temporal) e alterações de integridade axonal. 
 
• Alterações de vias moleculares intracelulares: 
Alterações no sistema gabaérgico e glutamatérgico 
• Sistema endócrino: Disfunção progressiva do eixo 
hipotálamo-hipófise-adrenal. 
• Ritmo circadiano: Queda na melatonina e 
aumento do cortisol, o que explica os sintomas de 
sono na doença. 
 
• Alterações inflamatórias: Elevação de citocinas 
pró-inflamatórias e neurotrofinas (cognição). 
MUDANÇA DE PARADIGMA: Antes a maioria dos 
pacientes era dado como transtorno depressivo! 
 
 
V I N I C I U S D A S I L V A S A N T O S - M E D I C I N A - U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E P E R N A M B U C O 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 
COMO AVALIAR → DUAS PERGUNTAS: QUEM É SEU 
PAI? ONDE ESTÁ SUA MÃE? 
• Quem é seu pai? Colher a história do paciente, 
antecedentes pessoais e familiares. 
• Onde estásua mãe? Lembrar de ter a opinião de 
um conhecido/familiar para pensar no diagnóstico. 
ÍNDICE DE TOXICIDADE SISTÊMICA PARA AVALIAR 
MUDANÇAS PERIFÉRICAS EM EPISÓDIOS DE HUMOR 
 
TRATAMENTO 
 
OBJETIVOS DO TRATAMENTO 
1. Retirar da crise 
2. Prevenir novos episódios 
3. Estabalecer bom vínculo 
4. Psicoeducação 
INDICAÇÃO DE INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA 
• Risco de suicídio ou homicídio 
• Risco de auto ou heteroagressividade 
• Falta de crítica e não adesão ao tratamento 
• Comportamento francamente desorganizado 
• Falta de suporte social 
AVALIAÇÃO INICIAL → LABORATÓRIO 
• Hemograma 
• Eletrólitos 
• Uréia e creatinina 
• Função hepática 
• Glicemia de jejum 
• Lipidograma 
• Teste de gravidez: Se necessário. 
• TSH, T4 e anti-TPO: Para fazer lítio. 
TRATAMENTO DA MANIA 
MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS 
• Excluir causas orgânicas 
• Descontinuar imediatamente os antidepressivos 
• Desencorajar o uso de estimulantes: Cafeína, 
álcool, nicotina. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA MANIA 
• Primeira-linha: Lítio, quetiapina e ácido valpróico 
são as principais medicações. (Quetiapina não tem 
no SUS, as outras duas tem). 
• Terapia de combinação: Resposta mais rápida, 
mas efeitos colaterais mais protuberantes. 
o Quetiapina + Lítio 
o Aripiprazol + Lítio 
• Segunda-linha: Olanzapina, Carbamazepina, 
Olanzapina + Lítio. Causam alteração metabólica! 
 
 
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TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA DEPRESSÃO 
• Primeira linha: Quetiapina, lítio e lamotrigina. 
• Segunda linha: Divalproex (ácido valpróico) é o 
principal! 
• Não prescrever antidepressivos em monoterapia! 
 
ÍNDICE DE POLARIDADE + ESCOLHA DA MEDICAÇÃO 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 
• Gestantes: Lítio, carbamazepina e ácido valpróico 
são categoria D para gestantes! 
o Antipsicóticos são menos ruins (categ. C) 
• Risco de agranulocitose com carbamazepina 
• Monoterapia com AD não recomendada 
• Risco de sd. de Steven-Johnson com lamotrigina 
• Monitorar litemia (0,6-1,2 mmol/L): Intoxicação 
por lítio pode ser fatal! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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