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TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE DENTES COM RIZOGÊNESE INCOMPLETA

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TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE DENTES
COM RIZOGÊNESE INCOMPLETA
Resum�: Kayan� Lariss� | endodônti�
→ Dentes com rizogênese incompleta, o
objetivo, nesses casos, é mais complexo,
porque são buscados o completo
desenvolvimento radicular nos casos de
polpa viva e o fechamento do forame
apical por tecido duro calcificado, nos
casos de necrose pulpar.
Quando um dente com rizogênese
incompleta é afetado por cárie ou
traumatismo, a polpa requer um manejo
adequado, de acordo com o seu grau de
inflamação e infecção.
Traumatismo ou fratura coronária com
envolvimento pulpar, assim como a cárie,
restauração inadequada e anomalias
dentárias como dens in dente,
constituem-se, geralmente, nos fatores
etiológicos que podem causar patologia
pulpar em dentes com ápice aberto.
Rizogênese incompleta é um grande
desafio na endodontia: quanto ao elemento
dentário e quanto à técnica endodôntica.
Quanto ao elemento dentário .
❖ Apresentam canais muito amplos
❖ Canais divergentes
❖ Paredes dentinárias muito
delgadas;
❖ Maior propensão à fratura
Quanto à técnica endodôntica .
❖ Dificuldade em determinação de
comprimento de trabalho.
(quando é realizada a odontometria, o instrumental deve
estar preso no ápice, e nesses casos não é possível)
❖ Dificuldade de controle de irrigante
utilizados.
(o irrigante pode extravasar por estar muito aberto,
podendo causar mais dor pós-operatória).
❖ Tem a necessidade de formação de
barreira apical.
(para a guta percha não extravasar)
❖ Desinfecção por ação química e
medicação.
(pois não é indicado instrumentar, pois as paredes estão
muito finas)
❖ Dificuldade na técnica obturadora
❖ Manejo e controle dos pacientes
(porque normalmente são crianças)
Como tratar os dentes permanentes imaturos
Existem 2 formas:
1- Apicigênese (pulpotomia):
Indicados em polpa vivas.
2- Apicificação e endodontia
regenerativa:
Indicado em casos de necrose pulpar
Dentes portadores de tecido pulpar vivo .
Apicigênes�
❖ Indicado em dentes que
apresentam tecido pulpar ainda
vital.
❖ Realiza-se a pulpotomia
PULPOTOMIA: Remoção da porção coronária
da polpa e manutenção do remanescente
radicular, recoberto por material
biologicamente compatível, capaz de formar
uma barreira de tecido duto.
Objetivo pulpotomia :
❖ Manter a polpa radicular vital
❖ Permitir a complementação
radicular.
Características clínicas favoráveis à
pulpotomia:
❖ O dente deve apresentar uma
hemorragia abundante quando da
remoção da porção coronária
pulpar.
❖ Sangue com uma coloração
vermelho-rutilante
❖ Tecido pulpar (remanescente
pulpar) com consistência firme e
coloração róseo-avermelhada.
Medicamentos utilizado na pulpotomia:
Diversos materiais podem ser empregados
como revestimentos biológicos pulpares.
❖ Hidróxido de cálcio (a pasta ou
pó).
❖ Ou MTA
O MTA em contato com o tecido vivo, promove uma
mineralização do tecido. Existe nas cores branca e cinza.
O cinza promove o Escurecimento da coroa.
Técnica pulpotomia:
1- Anestesia + isolamento absoluto.
2-Abertura coronária, com remoção
completa do teto da câmara pulpar.
3-Remoção da polpa coronária com
curetas de intermediário longo e bem
afiadas.
Imagem: Após a remoção da polpa coronária.
4-Abundante irrigação-aspiração da
câmara pulpar com solução fisiológica.
5- Deixe o dente aberto 5 minutos, para
causar uma descompressão pulpar.
6- Secagem com bolinha de algodão
esterilizada.
7- Aplicação de uma bolinha de algodão
embebida com corticosteróide-antibiótico
(otosporin) por 10 minutos. (para
promover a hemostasia do tecido)
Quando o tratamento for realizado em 2 sessões pode
deixar o otosporin por 2 a 7 dias e realizar o
selamento com CIV.
Somente é feito em 2 sessões quando não consegue
parar o sangramento.
Imagem mostra depois de aplicado otosporin
8- Colocar uma fina camada de pasta de
hidróxido de cálcio com soro, adaptada por
uma bolinha de algodão esterilizada.
(calcar o Hidróxido de cálcio com a bolinha de algodão,
até ficar retinha)
9-Coloca-se, sobre a pasta, uma fina
camada de cimento de hidróxido de cálcio
com a finalidade de protegê-lo. (ou pode
colocar o MTA)
Exemplo da aplicação com MTA.
10-Selamento com ionômero de vidro
como base protetora e/ou restauração
coronária definitiva com resina.
O objetivo da pulpotomia é manter a polpa
radicular, para ocorrer o completo
fechamento da raiz.
Dentes portadores de tecido pulpar
vivo no segmento apical do canal
radicular.
Como já vimos, o dano começa
pela uma fratura coronária ou uma
cárie antiga e inicia a necrose da
polpa coronária e média do canal
radicular, e irá progredindo ao ápice.
Nesse caso, já houve a necrose do terço
cervical e médio, mas na porção apical
continua vivo.
❖ Porção apical inflamada (vital)
❖ Preservação do tecido apical, pela
bainha epitelial de Hertwig,
causando o desenvolvimento
radicular.
Técnic� mediat�
1- Isolamento absoluto + abertura
coronária
2- Exploração do canal
(hipoclorito de sódio 1% e limas
hedstrom) até as proximidades
do tecido vivo.( 3mm aquém do
comprimento aparente (CAD))
3-Determinar , clínica e
radiograficamente, o limite
coronário do tecido pulpar vivo
existente no segmento apical.
4-Anestesia adequada aos casos
clínicos.
(não anestesia antes, para poder sentir o terço apical vivo,
e ir explorando progressivamente até o paciente sentir.
Realiza a radiografia para determinar o comprimento que
irá ser instrumentado.)
5- PQP cuidado até atingir tecido pulpar
vivo (2 a 3mm aquém do ápice
radiográfico) + irrigação / aspiração.
6-Irrigação com soro fisiológico +
secagem do canal com pontas absorventes
estéreis no comprimento de trabalho CT
7- Aplicação de medicamento
intracanal → inserção de pasta de
hidróxido de cálcio + iodofórmio
{ proporção de 3:1 → 3 de hidróxido de
cálcio e 1 de iodofórmio} +
propilenoglicol ou glicerina.
O iodofórmio é um radiopacificador para
verificar até onde o medicamento foi.
O hidróxido de cálcio quando
entra em contato com o tecido vivo, irá
causar uma zona de desnaturação proteica
superficial no tecido, causando uma
necrose de coagulação, induzindo o reparo
por deposição de tecido calcificado.
Nessa técnica desejamos deixar o segmento apical vital,
para induzir a formação radicular completa. E o HC irá
induzir a deposição de tecido calcificado nesta região.
● O preenchimento deste
medicamento é acompanhado com
exame radiogŕafico (o iodofórmio
proporciona essa visualização)
● Se usar a lentulo , deve ser 3mm
aquém do comprimento de trabalho
CT. (no caso será 3mm aquém do
ápice + 3 mm aquém do CT = 6mm
aquém)
Para evitar um trauma nessa região.
8- Compactação da pasta com uma
bolinha de algodão estéril.
Remoção da pasta de hidróxido de cálcio após 7 dias.
(dependendo do tipo de veículo).
9-Selamento com ionômero de vidro
(provisório) ou resina composta).
Controle clínico e
radiográfico:
1, 3 e 6 meses após a
execução da técnica.
Deve-se observar a complementação e o
selamento apical.
É realizado o controle, pois quando o
dente está formado é necessário o
fechamento com guta percha.
-A renovação periódica da pasta está
relacionada a diversos fatores:
● Composição química da pasta
● Natureza química do veículo
● Selamento coronário
● Diâmetro da abertura do forame
apical.
Quando a completa a formação radicular
deve realizar a obturação.
Inicialmente (imagem 1); após o acompanhamento
(imagem 2) ; completa formação da raiz (imagem 3
Técnic� Imediat�
1-Mesma técnica inicial da mediata
2-Após uso de curativo intracanal
Seleção do cone de guta-percha principal (2mm aquém
do comprimento de trabalho).
3-Obturação do canal radicular pela
manobra do tampão apical.
Essa técnica é indicada quando o ápice se
encontra mais fechado.
Tampão apical :
Realizada com pasta de hidróxido de
cálcio e MTA. (fazendo uma barreira de 3mm de
mta) E realizar a obturação no restante do
canal.
VANTAGENS:
-Menor número de consultas;
-Maior previsibilidade quanto à formação da
barreira apical.
Mineral Trioxide Aggregate (MTA)
● Biocompatibilidade
● Dureza
● Maior adaptação marginal
● Estimula a neoformaçãodentinária
● Atividade antibacteriana.
Quando o dente está necrosado, o que fazer?
❖ Apicificação
❖ Revascularização pulpar.
Apicificaçã�:
Permite que o dente seja
desinfetado e selado, não
havendo desenvolvimento
continuado da dentina e
cemento.
A apicificação depende da
formação de uma barreira em nível apical
que controla os materiais obturadores
● Inserção e acomodação de
biomateriais.
● Troca de medicação à base de
hidróxido de cálcio (trat. longo)
estimulando fisiologicamente a
formação da barreira.
Apicificação por troca de medicações:
Irá trocar a medicação por longo período de tempo,
promovendo a mineralização, regredindo da lesão e
formando o completo ápice.
DESVANTAGENS:
-Tratamento longo (até 2 anos)
-Múltiplas sessões
-Aumento do risco de reinfecção
-Aumento do risco de fratura pela fragilidade do
dente
-Formação de barreiras que, na maioria das
vezes, não são totalmente impermeáveis.
Apicificação por uso de barreira
artificiais:
● Material inserido na região apical
● Formam um anteparo consistente
● Realizados em 1 ou 2 sessões
● Facilita a aceitação pelo paciente
(por ser mais rápido)
Como escolher o tipo de apicificação ? Irá
depender do grau de rizogênese.
Nesse caso, não é indicado realizar a barreira artificial
com MTA, pois o ápice ainda está muito aberto. Isso iria
causar um extravasamento do material e/ ou uma fratura
pois iria comprimir o terço apical que está muito fino.
Apicificaçã� po� troc� d� medicaçã�:
Técnica:
1. Anestesia + Isolamento absoluto +
abertura coronária
2. Exploração do canal (hipoclorito de
sódio 2,5% e limas hedstrom) até o CAD.
Utilizada a limas hedstrom porque será realizada uma
leve raspagem nas paredes.
3. Odontometria PQM
4. Medicação intracanal: hidróxido de
cálcio e iodofórmio (proporção de 3:1 em
volume), tendo como líquido 1 gota de
Paramonoclorofenol canforado (PMCC) e
1 de glicerina.
5. Selamento coronário como descrito
Controle clínico radiográfico:
→ 1, 3 e 6 meses após a execução da
técnica;
• Observar a complementação e o selamento apical.
- A renovação periódica da pasta está
relacionada a diversos fatores como
descrito anteriormente.
Após fechamento do ápice: (formação da
barreira)
❖ Remoção da pasta de hidróxido de
cálcio.
Comprovação da barreira com uso de instrumento
endodôntico (pode utilizar também a ponta do papel
absorvente ou uma lima fina).
❖ Obturação: (escolha de uma dessas
técnicas).
-Cone de guta-percha moldado
-Cone invertido ou cone pré-fabricado
-Guta-percha termoplastificada e
-Compactação lateral.
Apicificaçã� po� us� d� barreira�
a�tificiai�:
Técnica:
1-Primeira sessão como
descrito anteriormente
2-Medicação pelo menos 3
dias, livre de sinais e
sintomas clínicos;
{não pode ter fístula, dor,
abscesso..}
3-Tampão apical com MTA.
Tampão apical com MTA:
1-barreira apical de hidróxido ou sulfato
de cálcio junto aos téc.
perirradiculares.
(o HC deve ser calcado com o
calcador de paiva e colocado para fora,
para formar uma barreira externa.
2-Inserção do MTA (até
3mm) com seringas ou
compactadores.
3-Sobre o MTA, é colocada
uma bolinha de algodão estéril umedecida
em água.
(para provocar uma presa inicial do MTA)
4-Obturação do canal com guta-percha.
VANTAGENS:
-Menor número de consultas
- Maior previsibilidade quanto à formação da
barreira apical;
- Favorece a não contaminação do canal
radicular e
- Permite prontamente o restabelecimento da
função mastigatória e estética
Outras possibilidades:
Terapias empregadas nos casos com polpa
viva poderiam ser adaptadas aos dentes
com polpa morta, ou seja, porque não
tentar desinfetar o canal e a seguir
estimular o desenvolvimento tecidual e dá
continuidade à maturação radicular.
Devido aos avanços da regeneração
tecidual, foi levado para endodontia e foi
estudando a revascularização pulpar.
Revascularizaçã� pulpa�:
“A Revascularização é um procedimento
que visa restabelecer a vitalidade de um
tecido que ocupa o espaço do canal
radicular de um dente com polpa morta,
permitindo assim a regeneração de outros
tecidos.”
Proposta clínica:
❖ Criar um tecido que substitua a
polpa radicular (funções formativa
e defensiva)
❖ Diminuir o tempo de tratamento
comparado a apicificação por troca
de medicação.
❖ Reduzir a fragilidade da raiz
(crescer tanto em comprimento como de
espessura)
❖ Restabelecimento da vitalidade
pulpar
❖ Região do periodonto apical
saudável
❖ Formação contínua das paredes
dentinárias
❖ Desenvolvimento do comprimento
da raiz
❖ Fechamento apical
Dente inicialmente com o canal divergente e após a
revitalização dente com fechamento do ápice, formação
de dentina lateral …
Base biológica :
Requer a formação de arcabouço (matriz),
que normalmente é feita pelo coágulo
sanguíneo, mas pode ser feita pelo PRF ou
própria matriz de hidrogéis. Necessitam
também de células troncos que está
presente principalmente na papila apical e
dos fatores de crescimento que estão
presentes tanto nas plaquetas e na dentina.
Tríade da regeneração pulpar:
Irá depender dos fatores de crescimento,
células tronco, matriz, biomateriais e
controle de infecção.
Controle da infecção:
❖ Tratamento em duas sessões:
O controle será através da
descontaminação passiva do canal com
solução irrigante associado a medicação
intracanal
Esses medicamentos tão associações na dentina , faz com
que exponhas as moléculas bioativas , que irão estimular
a quimiotaxia, angiogênese, ação mineralizadora,
diferenciação , neurogênese . Através da quimiotaxia
essas serão irão se aderindo a dentina, que terá os fatores
de crescimento que irão promover a diferenciação
celular, se transformando por exemplo em uma células
odontoblastas.
Soluções irrigadoras:
❖ Hipoclorito de sódio
❖ Clorexidina
❖ EDTA 17%
HIPOCLORITO DE SÓDIO :
-Concentrações maiores que 3°, são citotóxicas
para células troncos e desnatura os fatores de
crescimento.
-Concentração mais baixa são recomendadas.
CLOREXIDINA:
-Tem boa atividade antimicrobiana
-Concentração a 2% efeito citotóxicos nas
células troncos
* A concentração de 2% é a que é utilizada na endo.
EDTA 17%
-Promove a sobrevivência das células-tronco
-Pode expor um reservatório de fatores de
crescimento da dentina
-Protocolo de irrigação final
Medicação intracanal:
❖ Hidróxido de cálcio
-Casos de sucesso
❖ Tripla pasta antibiótica (TAP)
-Ciprofloxacina + metronidazol +
doxiciclina
-80% dos casos
→ A American association of endodontics,
recomenda o uso do Hidróxido de cálcio
(pois promove a proliferação de células
mesenquimais no periápice) e baixa
concentração do TAP (pois pode promover
efeitos prejudiciais)
Associação hidróxido de cálcio +
clorexidina 2%
-Ação residual (substantividade)
-Propriedades antimicrobianas
-Baixa toxicidade
Triplas pastas antibiótica (TAP) {tipos de
associação}
❖ Ciprofloxacina + Metronidazol +
Minociclina
A mais utilizada era em associação com a
minociclina, porém a mesma causa
escurecimento da coroa. (ela está sendo
substituída pelo HC, cefaclor ou doxiciclina)
❖ Ciprofloxacina + Metronidazol +
Hidróxido de cálcio
❖ Ciprofloxacina + Metronidazol +
Cefaclor
❖ Ciprofloxacina + Metronidazol +
Doxiciclina
❖ Outras substâncias (Própolis)
Biomaterial:
1-. Deve ser biocompatível: contato direto
com o sistema nervoso regenerado da
polpa;
2-. O material deve ser suficientemente
resistente para a pressão mastigatória;
3- Deve fornecer uma excelente vedação
contra a parede dentinária para prevenir
infiltração de microorganismos orais no
espaço pulpar.
Materiais utilizados:
Células-tronco:
Células estaminais mesenquimais (MSCs)
Essas células são encontradas:
-Na polpa humana
-Polpa dentária dentes decíduos
-Ligamento periodontal
-Papilas apicais de dentes imaturos.
-E em outros lugares na cavidade oral.
Fatores de crescimento:
Fatores de crescimento são proteínas que
se ligam a receptores na célula alvo e
modulam o comportamento celular,
induzindo a proliferação e / ou
diferenciação celular, quimiotaxia,
angiogênese e crescimento neuronal.
Dentina pode ser considerada um
reservatóriode fatores de crescimento e
outras moléculas bioativas.
As células indiferenciadas na papila apical
irão sofrer diferenciação, através de
estímulos ambientais, fatores de
crescimento, matriz extracelular etc. e
pode se diferenciar em qualquer célula
(muscular, sanguínea, nervosa, coração,
fígado…).
Wei et al. (2007) Demonstra que a
exposição da mesma população de células
da polpa a três combinações diferentes de
fatores de crescimento resultam em células
que expressam: - Fenótipo mineralizante ,
- Fenótipo adipócito (célula gorda)-
Fenótipo tipo cartilagem .
Matriz:
- É uma estrutura tridimensional de matriz
extracelular com propriedades biológicas e
mecânicas para suporte de células-tronco.
- Serve de suporte para a migração,
proliferação e diferenciação celular.
A matriz pode ser pelo coágulo sanguíneo,
plasma rico em plaquetas (PRP) e
hidrogéis de metacrilato de gelatina
(GeIMA).
Plasma rico em plaquetas (PRP).
-É um volume de plasma autólogo com
maior concentração de plaquetas;
-É rico em fatores de crescimento (FC);
-Forma uma matriz de fibrina
tridimensional que fixam os fatores de
crescimento
-É biocompatível e bioativo;
É tirado o sangue, colocado em uma centrifugadora e é
separado o plasma que é injetado dentro do dente.
Hidrogéis de metacrilato de gelatina
(GELMA)
• Aumentam a ligação celular e a
degradação da matriz mediada por células,
• Promove viabilização e proliferação
celular,
• É relativamente barato
Conclusão de um estudo sobre hidrogéis:
-Os hidrogéis GelMA podem apoiar a
formação de células altamente
celularizadas e vasculares.
-Hidrogéis GelMA + hDPC/HUVEC
facilitam a ligação de células a superfície
dentinária interna da raiz do dente e
promove a formação de extensões
celulares nos túbulos dentinários e
formação de matriz de dentina reparadora.
-Terapia promissora para revascularização
pulpar.
O dente é tratado normalmente , é colocado uma fibra
artificial no interior e depois é injetado o hidrogel líquido
ao redor dessa fibra. Realizada a fotopolimerização,
retira a fibra formando um microcanal, que será injetado
sangue no mesmo, dessa forma o sangue irá se
disseminando e liberando as células troncos e fatores de
crescimento.
Quanto maior a porcentagem do hidrogel
maior a diferenciação em células
odontoblastos.
Portanto, o hidrogel é ótimo para
diferenciação celular.
❖ Independente do protocolo
utilizado (pasta de HC x med.
antibiotic) ; (PRP x coágulo
sanguíneo); (concentrações
diferentes de irrigantes), a taxa de
sucesso será quase de 100%
Que tipo de tecido irá se formar no
interior dos canais radiculares?
O que se espera, é que forme um tecido
ideal, uma criação de um novo tecido
pulpar (regeneração).
❖ Reprodução de respostas pulpares
❖ Produção de dentina reacional
❖ Tecido com células odontogênicas
capazes de responder aos estímulos
❖ Tecido com células nervosas.
Mas o que acontece de verdade…
-Até o momento não foi relatado formação
de tecido semelhante ao complexo
dentino-pulpar.
Wang et al. (2010)– relatou aposição de
cemento, formação óssea e tecido fibroso
nos canais radiculares revascularizados em
cães sem organização do complexo
dentino-pulpar.
Sugere que não ocorre regeneração
tecidual, mas induz a reparação resultando
na resolução da periodontite apical.
PROTOCOLO CLÍNICO PARA
REVASCULARIZAÇÃO PULPAR:
-Dente permanente com necrose pulpar e
ápice radicular aberto.
-Dente que não necessite de retentor
intrarradicular.
-Paciente sem alergia a medicamentos.
-Paciente/responsável colaboradores
Esclarecimento e consentimento:
-Revascularização X Apicificação (prós e
contras)
-Número mínimo de 3 sessões
-Podem ocorrer efeitos adversos:
descoloração coronária, ausência de
resposta ao tratamento e dor/infecção.
-Necessidade de uso de antibióticos
-Custos são dependentes do andamento da
terapia
Etapas Clínicas:
1. Anestesia + isolamento absoluto +
descontaminação.
2. Acesso coronário + Irrigação com
Hipoclorito de sódio 2,5%
3-Tratamento desinfetante
(descontaminação e neutralização do
conteúdo necrótico do canal).
➢ Hipoclorito de sódio 2,5% ou clorexidina gel
2%
➢ Protocolo da USP: hipoclorito de sódio 2,5 %
(20ml), agitação: lima K ou PUI com pontas
tipo irrisonic.
➢ Protocolo UNICAMP: clorexidina gel 2% (20
ml) sem desgaste.
4-Tratamento medicamentoso:
➢ Protocolo USP: Ciprofloxacina 40%;
metronidazol 40%; hidróxido de cálcio 20%.
Veículo : anestésico
➢ Protocolo UNICAMP: Hidróxido de cálcio
PA.veículo : clorexidina gel 2%
Esse medicamento é inserido com a
lêntulo, é colocado uma bolinha de
algodão, e realiza um selamento
provisório.
5-Selamento de 2-3 mm de cimento
provisório
6-Restauração: Resina ou RIV
7-Aguardar de 2 a 4 semanas
Nesse período deve ter atenção:
❖ por dor espontânea ou provocada
por mastigação.
❖ Formação de edema e exsudato
purulento via fístula,
❖ Preservação da restauração
No caso de acontecer qualquer uma dessas coisas, deve
comunicar o dentista e repetir todo o protocolo.
2°SESSÃO: após 2 a 4 semanas:
→ Avaliação clínica detalhada
→ Anestesia sem vasoconstritor
para não atrapalhar na formação do coágulo
→ Isolamento absoluto
→ Remoção da pasta antimicrobiana.
→ Realiza o protocolo de irrigação:
➢ Protocolo USP: Hipoclorito de sódio 2,5%
(20mL) Agitação: Lima K ou PUI com pontas
tipo irrisonic
➢ Protocolo UNICAMP: Clorexidina gel 2%
(20ml) sem desgaste.
→Irrigação final com EDTA 17%
(30ml/canal por 10 min) e aspiração com
cânulas finas e secagem do canal.
→ Depois da secagem, indução do
coágulo:
➢ Debridamento apical (via forame) com lima
manual (#25)
➢ Ultrapassar de 2-3 mm até 3 tentativas
➢ Após 15 min forma-se o coágulo { estimular o
sangramento para o interior do canal (coágulo
sanguíneo)}
O coágulo servirá como uma matriz para o
desenvolvimento tecidual (Scaffold) pela
presença celular. Dessa forma, facilitará a
regeneração e a reparação dos tecidos
dentro do canal radicular.
-Realizar o tamponamento por 3 a 5 min
com uma bolinha de algodão.
→ Sobre o coágulo pode-se colocar uma
membrana colágena absorvível.
Ex.:CollaTape, lumina coat e GenDerm
→ Inserção do biomaterial
(MTA)
Com espessura de 3 mm
2mm abaixo do colo clínico da coroa.
para não causar escurecimento
→ Limpeza da cavidade e
selamento
Selamento com Cimento de Ionômero de
vidro + resina
→ Ajuste oclusal
O resultado da revascularização pulpar, irá
depender dos resultados do paciente ,
quanto da clínica e da base científica.
Paciente: Deve ter a ausência de edema, o dente deve
estar funcional
Clínica: É observado na radiografia que está ocorrendo
desenvolvimento radicular e tem uma resposta de
vitalidade positiva.
Base científica: base histológica de completa regeneração
Considerações finais :
-O tratamento de revascularização já é
reconhecido como uma excelente
alternativa à apicificação;
-Tecido formado: tecido conjuntivo +
cemento e osso
É impossível esse tecido formado apresentar
características tão peculiares como o da polpa (comp.
neurais).
-Avanços da bioengenharia tecidual →
tecido com função vascular
- Principal dificuldade: combate ao
potencial microbiano (patogenicidade e
virulência)
- Utilização de diversos tipos de
protocolos
- Casos de insucesso → repetição do
protocolo ou apicificação ou tratamento
endodôntico.

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