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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE
CAMPUS DE FRANCISCO BELTRÃO
FERNANDA SARTORI FORMAIO, FRANCIELE QUEVEDO DOS SANTOS, GABRIELI MATANA, MICHAELLI MARIA PIRES.
ESCOLA E DEMOCRACIA
DERMEVAL SAVIANI
Francisco Beltrão
2017
FERNANDA SARTORI FORMAIO, FRANCIELE QUEVEDO DOS SANTOS, GABRIELI MATANA, MICHAELLI MARIA PIRES.
ESCOLA E DEMOCRACIA
DERMEVAL SAVIANI
Trabalho apresentado como requisito parcial para avaliação na disciplina de História da Educação II do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE, Campus de Francisco Beltrão.
Professor(a): André Paulo Castanha.
Francisco Beltrão
2017
INTRODUÇÃO
O texto analisado tem como objetivo reverter a tendência que domina a cabeça dos professores, o ideário escolanovista, para isso Saviani apresenta três teses que desmistificam a escola nova como portadora de todas as virtudes e a tradicional como portadora de todos os vícios. Demonstra o caráter revolucionário da pedagogia tradicional e o reacionário da Escola Nova (1ª tese), posteriormente o caráter científico da tradicional e o caráter reacionário da Escola Nova (2ª tese). E do caráter democrático, onde quanto mais se falou em democracia menos ela esteve presente, e quanto menos se falou mais ela esteve articulada à uma ordem democrática na escola (3º tese). 
Por meio da teoria da curvatura da vara, apresenta uma pedagogia revolucionária, que busca a junção do saber científico ao histórico-cultural dos alunos, para um aprendizado real dos mesmos.
É desse modo de extrema importância a análise do capítulo 3 do livro ‘Escola e Democracia’, de Dermeval Saviani, pois é nele que se encontram os ideias do autor a respeito das pedagogias nova e tradicional, colocando sua teoria (histórico-crítica) e explicitando-a frente as já citadas, por meio da historicização de ambas.
O texto está organizado na explicitação das três teses que abalam o pensamento dominante; Na explicação da Pedagogia Nova, seus benefícios e falhas; Na definição da pedagogia histórico-crítica, por meio de comparação como os pontos principais das outras duas; a explicitação dos cinco passos para a mudança da prática social do aluno de sincrética a sintética, e do professor de sintética básica para sintética superior, isso se dá no processo de ensino-aprendizagem; demonstra a importância das relações democráticas em sala de aula e como elas acontecem ou não na ação pedagógica; E por fim a contribuição do professor nesse contexto. 
CONTEXTO 
Saviani vivencia o período de Ditadura Militar e posteriormente redemocratização do país, é nesse cenário que lança a obra ‘Escola e Democracia’ (1983), onde explana os limites da educação vigente, e busca a superação das teorias existentes. Dando início a luta por temas como a democracia na escola e a questão da marginalidade. No período da conquista de anistia, eleições diretas para governador de estado e as vésperas das campanhas por diretas já, encaminhando-se para o fim formal da ditadura. Escola e Democracia se insere nesse contexto também desvelando as mazelas educacionais, novas perspectivas e melhor compreensão de quesitos pedagógicos. Com o passar do tempo há a difusão de suas obras que ganham força popular, já que “o povo não está interessado na desescolarização, ao contrário, ele reivindica o acesso às escolas” (Dermeval, 2003, p. 55).
Dermeval Saviani, nasceu em 25 de Dezembro de 1943 na cidade de Santo Antonio de Posse-SP. Graduou-se em Filosofia (em 1966) e fez seu doutorado em Filosofia da Educação na PUC-SP. Foi livre docente em História da Educação na UNICAMP em 1986.
Escreveu diversos livros de extrema relevância para a educação. Dentre suas obras destacam-se: 
· Educação - Do Senso Comum a Consciência Filosófica (1980);
· Ensino Público e Algumas Falas sobre a Universidade (1985);
· Escola e Democracia (1986);
· Política e Educação no Brasil- O Papel do Congresso Nacional do Ensino (1987);
· Sobre a Concepção de Politécnica (1989);
· A Questão Pedagógica na Formação de Professores (1996);
· Da Nova LDB ao Novo Plano Nacional da Educação- Por uma outra Política Educacional (1998);
· A nova Lei da Educação – Trajetória, Limites e Perspectivas (1999);
· Pedagogia Histórico-Crítica, Primeiras Aproximações (2000);
· Pós Graduação em Educação no Brasil (2002).
No livro “Escola e Democracia”, o autor investiga e analisa a educação e sua relação com a sociedade, englobando as diferentes teorias pedagógicas (pedagogia tradicional, nova e tecnicista) incluindo o quesito da marginalidade.
ANÁLISE DO DOCUMENTO
· Para além da Teoria da Curvatura da Vara
Saviani vivenciou um período de transformações no Brasil, exemplificando a transição que a educação sofreu durante o período de consolidação democrática que vivemos hoje. Além das transformações sociais e da história da educação nacional, pontuando os aspectos positivos e negativos em que essas modificações refletem no processo educacional.
Por esse motivo, Saviani realiza um processo de ajustes da educação, utilizando da metáfora da teoria da curvatura da vara. Onde “quando a vara está torta, ela fica curva de um lado e se você quiser endireita-la, não basta colocar na posição correta. É preciso curva-la para o lado oposto”. Lênin (Althusser, 1977, p. 136-138). Neste sentido ele afirma que a vara deve ser puxada para o lado contrário e posteriormente vir para o centro, que não é nem a escola tradicional nem a escola nova, mas sim uma valorização dos conteúdos, focando em uma pedagogia revolucionária, (histórico crítica) satisfatória para as classes populares.
Saviani dispõe de três teses. Estas têm por objetivo reverter à tendência que domina a cabeça dos educadores, onde o reformismo prevalece sobre o tradicionalismo, considerando a pedagogia nova como portadoras de todas as virtudes e nenhum vício e a pedagogia tradicional portadoras de todos os vícios e nenhuma virtude.
Na primeira tese (Filosófico-Histórica) vemos o caráter revolucionário da pedagogia tradicional e o caráter reacionário da pedagogia nova;
Na segunda tese (Pedagógico-metodológica) é possível identificar um caráter científico e um caráter pseudocientífico dos métodos novos;
Já na terceira tese (Especificamente política), o autor coloca que quanto menos se falou em democracia no interior da escola, mais ela se fez presente na construção de uma ordem democrática. E, quanto mais se falou em democracia no interior das escolas menos ela foi democrática. 
A teoria histórico-crítica surge no contexto do fim da ditadura militar e abertura democrática do Brasil, ganha força comunitária em 1979. Essa corrente pedagógica visa compreender os limites colocados pela educação vigente, e, além disso, superar as teorias existentes até então.
· Pedagogia Nova e Pedagogia da Existência
A pedagogia Nova e a pedagogia da Existência não são paralelas uma a outra, ambas se equivalem, pois destacam uma Concepção Humanista Moderna de Filosofia da Educação. 
Essa concepção busca centralizar-se na vida, na existência, na atividade, sendo contrária à concepção tradicional que se centrava no intelecto, na essência, no conhecimento.
Nestas concepções abrangem correntes, tais como: Pragmatismo, Vitalismo, Historicismo, Existencialismo e a Fenomenologia.
· Para além das Pedagogias da Essência e da Existência
	Na pedagogia da essência e na pedagogia da existência, a consciência das condições histórico-sociais da educação é ausente, ou seja, não há um ponto de vista histórico. São bucólicas e não críticas, pois acreditam ser superiores aos fatos, não se dizem condicionada, sendo capazes de mudar os fatos por si mesmas. Assim é possível identificar que a pedagogia tradicional e a pedagogia nova veem a escola como redentora da humanidade, pois dizem que a escola é capaz de mudar a sociedade, sendo, assim, ingênuas e idealistas. Evidenciando isso, temos a pedagogia da essência e a pedagogia da existência.
A pedagogia da essência é voltada para o que é essencial aos homens. Os homens são iguais por natureza e é atravésdo ensino que irão se sobrepor uns aos outros, ocupando seus lugares num corpo social. Esta centra-se na concepção humanista tradicional de filosofia da educação.
 	A pedagogia da existência é a pedagogia das diferenças, ou seja, vê os homens com diferenças entre si (forte, fraco; corajoso, covarde). É subordinada e secundarizada, possui métodos e processos abrangendo os interesses da sociedade, contemplando suas aspirações, capacidades e possibilidades. Centra-se na concepção humanista moderna de filosofia da educação. “Ela defende que o indivíduo não deve ser preparado para ser algo específico, mas que a educação possa criar as bases morais, éticas, intelectuais para que cada pessoa possa seguir seu ritmo.” (Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/essencia-e-existencia-na-educacao-brasileira/89672/#ixzz4ot21WJpj )
 	Para mudar esse conceito surge a pedagogia revolucionária. Esta não nega a essência para admitir o caráter dinâmico da realidade, nem nega o movimento para captar a essência do processo histórico. É crítica e condicionada porque reconhece a educação como elemento secundário e determinado, porém não deixa de influenciar o elemento determinante e é, na maioria das vezes, um elemento decisivo na transformação da sociedade.
 	Portanto, essa pedagogia supera as pedagogias da existência e da essência, propondo uma visão radicalmente nova. O Centro dessa nova visão é a superação de crença e a o olhar para o aluno como ser histórico, levando em conta essas características.
· Para além dos métodos novos e tradicionais
Saviani questiona o principal argumento da crítica escola novista ao método tradicional de ensino. A crítica escola novista atingiu não tanto o método tradicional mas a forma como esse método se cristalizou na prática pedagógica, tornando-se mecânico, repetitivo, desvinculado das razões e finalidades que o justificavam. As críticas da Escola Nova atingiram o método tradicional não em si mesmo mas em sua aplicação mecânica cristalizada na rotina burocrática do funcionamento das escolas. A procedência das críticas decorre do fato de que uma teoria, um método, uma proposta devem ser avaliados não em si mesmos, mas nas consequências que produziram historicamente. Essa regra, porém deve ser aplicada também á própria Escola Nova.
Nesse sentido cumpre constatar que as críticas propostas pela escola nova à escola tradicional tiveram o efeito de aprimorar a educação das elites e esvaziar ainda mais a educação das massas. A Escola Nova contribuiu, pelo afrouxamento da disciplina e pela secundarização da transmissão de conhecimentos, para desorganizar o ensino nas referidas escolas. É nessa direção que surgem tentativas de constituição de uma espécie de “Escola Nova Popular” que parte da crítica à pedagogia tradicional caracterizada pela passividade, transmissão de conteúdos, memorização, verbalismo, etc. e advoga-se uma pedagogia ativa, centrada na iniciativa dos alunos, na relação dialógica e na troca de conhecimentos. Esse fenômeno do surgimento do que Saviani chamou de “Escola Nova Popular” põe em evidência que a questão escolar na sociedade capitalista, dada a sua divisão em classes com interesses opostos, é objeto de disputa. Assim como a escola tradicional, volta-se contra seus interesses obrigando a uma recomposição de hegemonia através da Escola Nova, está também não fica imune à luta que se trava no seio da sociedade. 
Uma pedagogia articulada com os interesses populares valorizará, pois, a escola; não será indiferente ao que ocorre em seu interior, estará empenhada em que a escola funcione bem, portanto, estará interessada em métodos de ensino eficazes. Esses métodos se situarão para além dos métodos tradicionais e novos, superando por incorporação as contribuições de uns e de outros. Contudo, serão métodos que estimularão a atividade e iniciativa dos alunos sem abrir mão, porém, da iniciativa do professor, favorecerão o diálogo dos alunos entre si e com o professor, mas sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura acumulada historicamente. Não se deve pensar, porém, que os métodos citados terão um caráter eclético, ou seja, constituirão uma somatória dos métodos tradicionais e novos. Os métodos tradicionais assim também como os novos, implicam uma autonomização da pedagogia em relação à sociedade. Os métodos que Saviani preconiza mantém presente a vinculação entre educação e sociedade. Se fosse possível traduzir os métodos que Saviani propunha, o ponto de partida do ensino seria a prática social inicial no primeiro passo que é comum a professor e alunos. Em relação a essa prática comum, o professor assim como os alunos podem se posicionar diferentemente enquanto agentes sociais diferenciados. Há uma diferença no ponto de vista pedagógico: o professor de um lado, e os alunos, de outro, encontram-se em níveis diferentes de compreensão da prática social. 
O segundo passo caberia neste momento a identificação dos principais problemas postos pela prática social, chamando esse segundo passo de problematização. Trata-se de detectar que questões precisam ser resolvidas na prática social e que conhecimento é necessário dominar. 
No terceiro passo trata-se de se apropriar dos instrumentos teóricos e práticos necessários ao ponderar os problemas detectados na prática social. A apropriação desses instrumentos pelos alunos se dá por sua transmissão direta ou indireta por parte do professor. Este terceiro passo seria então a instrumentalização, refere-se a apropriação pelas camadas populares das ferramentas culturais necessárias à luta social que travam diuturnamente para se libertar das condições de exploração em que vivem. 
O quarto passo após ter adquirido os instrumentos básicos, é chegado o momento da expressão elaborada da nova forma de entendimento da prática social. Esse quarto passo chama-se catarse que entendida na concepção de Gramsi seria “elaboração superior da estrutura em superestrutura na consciência dos homens” (Gramsi, 1978 p.53). Trata-se da efetiva incorporação dos instrumentos culturais, transformados agora em elementos ativos de transformação social. 
No quinto passo, o ponto de chegada é a própria prática social final, compreendida agora não mais em termos sincréticos pelos alunos. Neste ponto, ao mesmo tempo em que os alunos ascendem ao nível sintético em que já se encontrava o professor no ponto de partida, reduz-se a precariedade da síntese do professor, cuja compreensão se torna mais orgânica. 
A compreensão da prática social passa por uma alteração qualitativa. A prática social referida no ponto de partida que seria o primeiro passo, e no ponto de chegada que é o quinto passo, é e não é a mesma coisa. É a mesma, uma vez que é ela a própria que constitui ao mesmo tempo o suporte e o contexto, o fundamento e a finalidade da prática pedagógica. E não é a mesma, considerando que o modo de nos situarmos em seu interior se alterou qualitativamente pela mediação da ação pedagógica. É preciso ressaltar que a alteração objetiva da prática só pode se dar a partir da nossa condição de agentes sociais ativos, reais. A educação portanto, não transforma de modo direto e imediato e sim de modo indireto e mediato, ou seja, agindo sobre os sujeitos da prática. O movimento que vai da síncrese à síntese é por meio da mediação, da análise que constitui uma orientação segura tanto para o processo de descoberta de novos conhecimentos como para o processo de transmissão-assimilação de conhecimentos.
O método que Saviani preconiza deriva de uma concepção que articula educação e sociedade e parte da consideração de que a sociedade em que vivemos é dividida em classes com interesses opostos. A pedagogia proposta uma vez que se pretende a serviço dos interesses populares, terá contra si os interesses até agora dominantes. Trata-se portanto, de lutar também no campo pedagógico para fazer prevalecer os interesses até agora não dominantes. E esta luta não parte do consenso mas do dissenso. A pedagogia por Saviani denominada ao longo do texto, teve como expressão de “pedagogia revolucionária”,não é outra senão aquela pedagogia empenhada decididamente em colocar a educação a serviço da referida transformação das relações de produção.
	
· Para além da relação autoritária e democrática na sala de aula
Saviani contesta as ideias que tomaram conta da cabeça dos educadores por meio de três teses, nesse momento será explicitada a terceira, onde por meio das duas teses anunciadas anteriormente, a terceira fica evidente. Saviani denuncia os efeitos socialmente antidemocráticos da Escola Nova, mas nem por isso defende o caráter autoritário na escola. Assim, afirma que o estabelecimento das relações democráticas em sala de aula vai além da prática pedagógica existente. A educação como mediação não se justifica em si mesma, mas possui uma razão de ser que vai além dela e persiste depois do término da ação pedagógica. Desse modo a democratização deve ser buscada na prática social (mediação como prática social global).
A democracia não se ensina por meio de práticas antidemocráticas, da mesma maneira não pode-se dizer que as relações internas à escola são capazes por si só de democratizar a sociedade. A democracia supõe condições de igualdade entre os indivíduos, desse modo, como a prática pedagógica pode ser democrática desde o início? Aí se encontra o paradoxo da Escola Nova, ela endeusa o processo a tal ponto que valoriza-o por si mesmo e transforma-o em algo mítico, uma abstração. Nesse sentido tem-se a ideia errônea de que o processo pode ser justificado por si mesmo. Mas, na realidade é sempre uma passagem de um ponto à outro, é a transformação de algo em outra coisa (catarse).
Saviani acredita que o processo educativo é passagem da desigualdade à igualdade. Assim vê-se a democracia como uma possibilidade no ponto de partida e uma realidade na chegada. 
O professor deve organizar e implementar procedimentos dentro da ação pedagógica para que seja possível a transformação de possibilidade em realidade (essa é a especificidade da ação educativa).
Então, não se trata de escolher entre práticas autoritárias ou democráticas na sala de aula, mas articular o trabalho que o professor desenvolve com o processo de democratização social. 
Em consequência da implicação da prática pedagógica como desigualdade real e igualdade possível pode-se ver que uma relação pedagógica autoritária no seu ponto de partida, pode ser ao contrário, democrática, em análise ao seu ponto de chegada, pelos efeitos que causa na prática social global. De modo inverso, uma relação pedagógica que é vista como democrática no seu ponto de partida, tende a produzir efeitos antidemocráticos, devido à natureza do fenômeno educativo em nossa sociedade capitalista.
· Conclusão: A contribuição do professor
	Saviani propõe uma ideia de que é necessário influenciar e estimular os educadores a reverem suas práticas pedagógicas, baseados ou ao menos auxiliados por seus conceitos.
 	A teoria pedagógica foi elaborada para ser aplicada nas condições da sociedade atual, ou seja, deveria se adaptar ao meio social (situação vivida no momento), pois o professor dá sua contribuição específica (disciplinas) em relação à sociedade.
 	A prática ocorre a partir da instrumentalização (ferramentas) e é dever do professor garantir aos alunos uma determinada apropriação referente à sua contribuição específica. Essa instrumentalização provém da problematização da prática social, atingindo o modo catártico (liberação, libertação, evacuação), alterando qualitativamente a ação dos alunos como agentes sociais. Assim, quanto mais o professor compreende os vínculos da sua prática com a prática social da sociedade, mais eficaz será o efeito da sua contribuição.
 	Tem-se, então, a tendência de desvincular os conteúdos específicos das finalidades sociais, surgindo duas posições distintas. Na primeira, os conteúdos tem seu valor, sem ligação com a prática social. Já na segunda tendência, os conteúdos não tem importância em relação a questões sociais, depositando-se o peso disso na luta política.
 	Portanto, a especificidade da contribuição pedagógica é diluída e, com isso, acaba abolindo a sua importância política.
Desse modo, na obra ‘Escola e Democracia’ Saviani trava uma luta de ideais políticos que persiste até hoje, e prossegue por meio da pedagogia histórico-crítica, que a cada período são enriquecidas com contribuições teóricas e tomam força no âmbito político, social e educacional, pois movimentam as classes, o sistema educacional e desse modo a forma geral de quem e para quem se governa o país.
REFERÊNCIAS
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 32ª edição – Campinas-SP, Autores Associados, 2003.
DUARTE, Marcelo Laranjeira, Essência e Existência na Educação Brasileira.<http://www.webartigos.com/artigos/essencia-e-existencia-na-educacao-brasileira/89672/#ixzz4osxbqhVA>. Acesso em: 24/07/2017.
Concepções de escola, ensino e aprendizagem <http://letrasunifacsead.blogspot.com.br/p/dermeval-saviani-biografia.html> Acesso em: 15/05/2017.
Concepções de escola, ensino e aprendizagem<http://letrasunifacsead.blogspot.com.br/2011/11/obras-de-dermeval-saviani.html> Acesso em: 15/05/2017.
Vamos falar de educação!<http://blogletrasepedagogia.blogspot.com.br/p/derneval-saviani.html> Acesso em: 15/05/2017.

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