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Trato gastrointestinal - a motilidade, controle nervoso e circulação sanguínea

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A motilidade, controle nervoso e circulação 
sanguínea do TGI 
fisiologia 
 
❖ Anatomia da parede do trato 
- Tem quatro camadas: serosa - muscular lisa 
(longitudinal e circular) - submucosa - muscular da 
mucosa* - mucosa. 
- As camadas musculares agem como um sincício: 
junções comunicantes entre os feixes, vazamento 
de íons. Conexões entre as camadas musculares. 
Obs​: O sinal se difunde longitudinalmente>radial 
- Entre os feixes: TC frouxo 
 
❖ Atividade elétrica do músculo liso 
 intrínseca, contínua e lenta 
- Ondas lentas - são variações lentas e ondulantes 
do potencial de repouso, frequência varia entre os 
órgãos. 
● Interações entre as células musculares e 
células especializadas - intersticiais de Cajal* - que 
devem atuar como marca-passos elétrico, com 
mudanças cíclicas no potencial de repouso (canais 
abrem), não provocam contração muscular. 
 
- Potenciais em espícula - é o PA, surge a partir de 
um pico de onda lenta maior que -40mV. 
- Quanto maior o potencial de repouso, maior 
a frequência do potencial em espícula. 
- Canais cálcio>sódio lentos se abrem, são 
responsáveis pela longa duração do PA. 
- Estiramento do músculo, ACh ou hormônios 
GI específicos -> ​PA. ​(norepinefrina/epinefrina -> 
hiperpolarizam a membrana). 
 
Contração tônica ​- lentas, rítmicas, não há PA*. 
(1) Por potenciais em espículas (+F +grau de 
contração). (2) Por hormônios. (3) Pela entrada 
contínua de íons cálcio. 
 
❖ Sistema nervoso entérico (SNE) 
Composto por dois plexos: 
- Externo-​Mioentérico ​ou de Auerbach: entre 
as camadas musculares. 
- Forma cadeia linear de neurônios em todo o TGI 
- Controla atividade muscular, pode aumentar: o 
tônus, o ritmo de contração, velocidade de 
condução das ondas (peristálticas). 
- Maioria excitatório, mas alguns neurônios são 
inibitórios e liberam peptídeos inibitórios, para 
esfíncteres, por exemplo, liberando esvaziamento. 
 
- Interno - ​Submucoso ​ou de Meissner: na 
submucosa. 
- Controla a secreção gastrointestinal e o fluxo 
sanguíneo daquela região 
- Sinais sensoriais do epitélio -> integrados no 
plexo -> controle da secreção e absorção intestinal 
e contração do m. submucoso ​local. 
 
Influenciados pelas ​fibras extrínsecas​: S ou PS 
Inervações parassimpáticas (PS) 
- Divisões cranianas -NX-> esôfago, 
estômago e pâncreas > intestinos até início 
do grosso. 
- Divisões sacrais -n. pélvicos-> ½ distal do 
intestino grosso até o ânus (maior 
inervação na região sigmóide, reto e ânus). 
Inervações simpáticas (S) 
- Medula (T5-L2) - cadeias simpáticas - 
gânglios-fibras pós-g.->TGI (norepinefrina ​-​) 
 
- Fibras nervosas aferentes 
+ -​ irritação, distensão excessiva, subs. químicas 
Nas paredes do TGI -sinais-> (1) plexos entéricos, 
(2) NX - tronco cerebral, (3) medula espinal, (4) 
gânglios pré-vertebrais do SNA simpático. 
*Provocam ​reflexos locais - como peristaltismo - 
ou vindos dos ​gânglios ​- para outras áreas do TGI 
- ou regiões basais do ​cérebro - controlam 
atividade motora/secretora gástrica, reflexos da 
defecação e de dor (inibe geral). 
 
❖ Os movimentos no TGI 
- Movimentos propulsivos 
- Distensão da parede por acúmulo de 
alimento-+-> SNE - peristaltismo - anel contrátil 
*ou por irritação da mucosa ou SNAps 
- Plexo mioentérico - fundamental (atropina*) 
- Lei do intestino: boca->ânus 
- Movimentos de mistura 
- Contrações intermitentes locais 
- Peristaltismo + esfíncter contraído 
 
❖ Circulação esplâncnica 
- Fluxo sanguíneo no intestino, baço e pâncreas 
que flui para o fígado, pela ​veia porta. 
Luana Gonçalves Ferreira de Araujo - 09 
- No ​fígado ​o sangue passa pelos ​sinusóides 
hepáticos ​que são revestidos pelas ​células 
reticuloendoteliais​, que removem bactérias e 
partículas inertes. Saindo do fígado pelas ​veias 
hepáticas ​e entram na ​veia cava. 
- Células reticuloendoteliais e hepáticas absorvem 
e armazenam temporariamente ½ a ¾ dos 
nutrientes: processamento químicos 
intermediários. 
 
- Irrigação Gastrointestinal 
- ​Tronco celíaco​ - paredes do estômago 
- A. mesentéricas superior e inferior ​- irrigam as 
paredes dos intestinos delgado e grosso (sistema 
arterial arqueado). 
Ramificam-se em artérias perimetrais (menores) 
que penetram nas paredes e espalham-se pelos 
feixes musculares, vilosidades intestinais e vasos 
submucosos. 
- O aumento do fluxo sanguíneo - (1) por 
substâncias vasodilatadoras liberadas pela mucosa 
do TGI, como a colecistocinina, peptídeo vasoativo 
intestinal, gastrina e secretina; (2) glândulas GI -> 
calidina e bradicinina - potentes vasodilatadores; 
(3) redução da [O2], aumenta o fluxo e intensidade 
metabólica (pode x4 adenosina - importante 
vasodilatador) 
- Fluxo nos vilos - entra arterial, sai venoso. Pode 
ocorrer um atalho: o sangue arterial entrar 
diretamente nas veias sem passar nas 
extremidades dos vilos 
*Em condições patológicas* esse desvio pode 
tornar-se lesivo, como no choque circulatório: 
déficit de oxigênio e morte isquêmica dos vilos. 
- Controle nervoso 
° Estímulo simpático -> estômago e cólon distal -> 
aumenta o fluxo local e a secreção glandular. 
° Estímulo parassimpático -> TGI -> vasoconstrição 
-> escape autorregulatório 
 
Propulsão e mistura de alimentos no TGI 
 
❖ Ingestão de alimentos 
➢ Mastigação 
- Corta e tritura os alimentos: dentes incisivos e 
molares + músculos da mastigação (mandíbula) 
- Aumenta a superfície de contato para a digestão, 
além de facilitar o transporte, prevenindo 
escoriações. 
- Essencial na digestão de frutas e vegetais crus: 
rompe membrana de celulose 
 
Reflexo da mastigação 
Bolo alimentar comprime a parede ---> músculos 
da mastigação: mandíbula abaixa -> estiramento 
muscular: contração reflexa ​-> mandíbula sobe 
-> cerramento dos dentes -> nova compressão na 
parede. 
 
 
➢ Deglutição 
❏ Estágio voluntário 
O bolo é comprimido e empurrado pela língua 
sobre o palato mole (tensionado) em direção à 
faringe. 
❏ Estágio faríngeo involuntário 
Receptores epiteliais da deglutição ​(pilares 
tonsilares) presentes na parte posterior da 
cavidade oral e faringe -​NV/NIX​-> bulbo (trato 
solitário) -​NV/ NIX/ NX/ NXII/ N.cervicais​-> 
faringe/esôfago: contração muscular. 
1.​ Palato mole se eleva: fecha a cavidade nasal 
2. ​Aproximação das pregas palatofaríngeas: só 
passa alimento devidamente mastigado e pastoso. 
3. ​A laringe se move supero-anteriormente e a 
epiglote para trás, fecha a abertura da laringe, 
ainda assim, as pregas vocais também se 
aproximam. 
4. ​Eleva a glote, abre o espaço do fluxo alimentar e 
dilata a abertura do esôfago e relaxa o esfíncter 
faringoesofágico ​(superior). 
Peristaltismo na faringe, empurra o alimento para o 
esôfago, em relaxamento receptivo. 
Obs: Esse conjunto de efeitos impede que o 
alimento vá para o trato respiratório, se falhar: 
engasgo. 
Obs’: Nesse estágio, o centro respiratório do Bulbo 
é inibido. 
❏ Estágio esofágico da deglutição 
- Peristaltismo primário - continuação da onda da 
faringe, se não empurrar todo o alimento: 
- Peristaltismo secundário - ativado pela distensão 
da parede pelo alimento retido -> até o 
esvaziamento completo. 
*Relaxamento receptivo do estômago* 
Com a aproximação da onda peristáltica, ocorre 
esse relaxamento receptivo pela ação dos 
neurônios inibidores mioentérico, que precede o 
peristaltismo gástrico. 
 
- Relaxamento do ​esfíncter gastroesofágico 
(inferior), que tem contração tônica e evita refluxo,junto à válvula, permitindo a propulsão. 
 
❖ Funções motoras do estômago 
 
Reflexo vasovagal 
Alimento distende o estômago -> tronco encefálico 
-> diminui o tônus da parede para acomodar os 
alimentos 
 
 
➢ Mistura e propulsão 
- O suco gástrico, liberado pela parede do corpo, 
age no alimento mais antigo armazenado 
- O ritmo elétrico básico produz ondas de mistura 
na parte superior e média -> antro: ondas mais 
intensas: potencial de ação peristáltica (contrações 
da fome) 
- Esses anéis constritivos -pressão-> piloro: 
retropulsão, sem esvaziamento: mistura = quimo 
➢ O esvaziamento - Bomba Pilórica 
- Com as contrações cada vez mais fortes na parte 
média e caudal: constrições peristálticas fortes -> 
força a passagem do quimo líquido pelo esfíncter 
pilórico - tonicamente contraído <-sinais nervosos 
e hormonais- estômago e duodeno. 
- Dilatação da parede gástrica-+-> células G -> 
gastrina: +secreção de suco gástrico, intensifica a 
bomba pilórica e relaxa o esfíncter . 
- Reflexos enterogástricos - em distensão da 
parede, irritação, acidez, osmolalidade ou produtos 
da digestão de proteínas e gorduras* no duodeno: 
(1) -NX-> tronco encefálico ---> sinais excitatorios 
do NX eferente. (2) -nervos extrínsecos-> gânglios 
simpáticos -fibras simpáticas--> estômago. (3) 
reflexos -SNentérico--> estômago. 
*Estimula a liberação de (1) CCK (2) secretina (3) 
peptídeo inibidor gástrico (GIP) 
 
❖ Funções motoras do intestino 
 
➢ Contrações de mistura 
Ondas elétricas lentas do SNentérico promove a 
segmentação <--atropina 
➢ Propulsivos 
Ondas peristálticas em direção ao ânus, 
velocidade da parte proximal é maior e é 
intensificada após a refeição 
 
Reflexos gastroentéricos - distensão da parede 
gástrica -> plexo mioentérico -+-> motilidade 
intestinal, além de sinais hormonais. 
Esses movimentos, além de propelir o quimo até a 
válvula ileocecal, ​distribui o quimo pela mucosa, o 
que intensifica a sua entrada no duodeno. 
Obs: ​Irritação na mucosa -reflexos do 
SNC/SNA/SNE-> *Surto peristáltico* 
Prevenção do refluxo ceco-> íleo + retenção do 
quimo: (1) válvula ileocecal (2) esfíncter ileocecal 
(contração tônica). *irritação no ceco* 
Reflexo gastroileal - a próxima refeição inicia o 
peristaltismo no íleo> força a válvula -quimo-> 
ceco. 
❖ Movimentos do cólon 
Proximal - absorção H2O e eletrólitos 
Distal - armazena e expele 
➢ Mistura - haustrações 
Músculo circular - constringe lúmen 
Músculo longitudinal - tênias cólicas 
Geram movimentos lentos (+cólon ascendente e 
ceco) 
➢ Propulsivos - de massa 
Quando as fezes passa de semilíquida para semi 
sólida 
Permanecem por 10-30 minutos e só acontecem 
de ½ dia em ½ dia. 
Reflexos gastrocólicos e duodenocólicos 
 
➢ Reflexos da defecação 
- Intrínseco: SNE na parede retal 
Distensão da parede -> sinal pelo plexo 
mioentérico -> ondas peristálticas nos cólons 
descendente e sigmoide e no reto -> ânus: 
relaxamento do ​esfíncter anal interno ​- a 
defecação ocorre quando há o movimento 
voluntário do ​esfíncter anal externo. 
- Extrínseco: SNA ps (sacro) 
Nervos pélvicos parassimpáticos -> (1) cólon 
descendente/sigmoide/reto/ânus: + ondas - tônus 
esfíncter (2) inspiração profunda, fecha glote, 
contrai músculos abdominais.

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