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DIREITO DE FAMÍLÍA E DIREITO EMPRESARIAL

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LEGENDA DE CORES 
Caneta Título Subtítulo Intertítulo Legislação Importante Exemplos 
______________________________________________________________________ 
 
CADERNO DE DIREITO DE FAMÍLIA II 
______________________________________________________________________ 
 
DIREITO DE FAMÍLIA E DIREITO EMPRESARIAL 
 
SOCIEDADE LIMITADA 
 
Não existe um conceito legal de “empresa”, mas o Art. 966 do CC conceitua o exercente. Que 
desenvolve atividade econômica + profissionalismo (habitualidade) e organização (são 4 fatores 
de produção: capita, insumos, tecnologia e mão de obra). 
 
São os requisitos para ser empresário (art. 972 a 975 do CC): 
 
a. capacidade (art.3° e 4° do CC). O incapaz não pode iniciar a atividade empresarial, mas pode 
continuar (art. 974 do CC – rol taxativo) caso a receba por herança ou por incapacidade 
superveniente. O incapaz só poderá continuar com autorização judicial. 
 
 
OBS: qual a regra para o início da sociedade limitada? Há possibilidade do menor ser sócio 
desde o início? Art. 974, §3° do CC. É um tipo empresarial que ao registrar na junta comercial 
adquire personalidade jurídica (autonomia patrimonial negocial, processual) e não permite em 
regra, que o patrimônio pessoal do sócio seja atingido pelas dívidas da PJ. E também não 
permite que o patrimônio dos sócios que a formam sejam atingidos pelo patrimônio da PJ. 
Porém, há duas exceções em que o patrimônio dos sócios poderão ser “atacados” na sociedade 
limitada: I. a responsabilidade é limitada mas todos respondem solidariamente (art. 1052 do 
CC); II. Desconsideração da personalidade jurídica (art. 50 do CC). 
Então o incapaz pode ser sócio desde que o capital esteja integralizado e que ele não pratique 
nenhum ato de gestão, ou seja, não conste como administrador no contrato social, conforme art. 
974, §3° do CC. Então é permitido que o incapaz esteja na Holding Familiar desde que 
constituída sob forma de sociedade limitada. 
 
b. ausência de impedimentos: não pode estar impedido de exercer atividade empresarial. Os 
impedimentos decorrem de uma sanção legal, por exemplo, a Lei de Falências, no art. 102 
dispõe que o falido fica impedido até que a extinção de suas obrigações. Ou que guardam 
relação com uma profissão que já é exercida e que é incompatível com a atividade empresarial, 
como ser servidor público dependendo do estatuto de cada profissão. 
Em regra, os casos de impedimento recaem sobre ser empresário individual, podendo serem 
sócios de sociedade empresária e que não participem da administração. Por exemplo, juiz, 
promotor e defensor pode ser sócio, só não pode participar do conselho de administração. Então 
é possível a criação de Holding Familiar, colocando o servidor como sócio e não na 
administração. 
 
É possível a formação de sociedade entre cônjuges? O art. 977 do CC diz que “faculta-se aos 
cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime 
da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória”. 
Não é permitido na comunhão parcial e nem na separação obrigatória porque no primeiro 
praticamente tudo, com exceção de bens essencialmente de uso pessoal (escova de dentes, etc), 
e a princípio a ideia de sociedade é a pluralidade de capital, o que não existe na comunhão 
universal. Já na separação obrigatória (causas do art. 1.641 do CC) não é permitido por conta 
da obrigatoriedade de separação destacada no artigo mencionado. 
 
 
 
Havendo o falecimento de um dos sócios, os herdeiros ingressam na sociedade (sucessão de 
cotas)? 
Depende do que estiver pactuado no contrato social. 
As sociedades previstas no CC, dentre elas a sociedade limitada, devem ser constituídas por 
meio de contrato social, é o documento que cria a sociedade. Somente a sociedade anônima, 
regulada pela Lei n°6.404/76 e não pelo CC é regulada por estatuto social, e não contrato. 
Possui cláusulas mínimas/obrigatórias previstas no art. 997 do CC sem as quais se consegue 
arquivar este contrato na junta comercial. Pode-se adicionar mais cláusulas, não pode se limitar 
somente às cláusulas do CC. Para que fique bem feito é necessárias cláusulas facultativas. O 
que não estiver em contrato, seguirá as disposições/regras do art. 1.028 do CC. No caso do 
ingresso de herdeiros, não é permitido, mas é possível a apuração de cotas para que sejam pagos 
a este herdeiro, ou seu ingresso a não ser que os sócios permitam, mas a garantia somente se 
dispuser. 
Caso a cláusula não conste mas haja o desejo de incluí-la, é possível inserir a cláusula por meio 
de um contrato social. 
 
AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE: art. 599 do CPC. Recomendado 
entrar em último caso. Tentar por via extrajudicial. 
 
No caso de divisão de bens será feito apuração de haveres a depender do regime de bens. No 
caso de morte é feito com a morte, já no divórcio ou da separação de fato, o Resp. 1.537.107/PR 
decidiu que o montante é o da data em que for efetivada a partilha. 
 
 
HOLDING PATRIMONIAL FAMILIAR 
 
CONCEITO 
 
Não há um conceito legal sobre Holding Patrimonial, seja no CC ou lei especial. O conceito 
doutrinário diz que holding patrimonial familiar é uma pessoa jurídica, geralmente constituída 
em forma de sociedade limitada (não há imposição legal sobre a forma, vai depender do patrimônio) cujos sócios serão 
membros da mesma família ou núcleo familiar como objetivo de melhor administrar seu 
patrimônio, fazendo um melhor planejamento tributário e sucessório. 
 
OBJETIVOS DE UMA FORMAÇÃO DE HOLDING FAMILIAR 
 
a. melhorar a administração; 
 
b. melhorar o planejamento tributário; 
 
c. melhorar o planejamento sucessório. 
 
TIPOS DE CONSTITUIÇÃO 
 
Para saber o melhor tipo de constituição de uma holding familiar, vai depender das espécies de 
bens e da composição do patrimônio da família que quer constituir a holding. A princípio o 
melhor tipo empresarial é a sociedade limitada. Por outro lado, se o patrimônio for muito 
extenso, é melhor ser sociedade anônima fechada, onde não há negociação de valores 
imobiliários no mercado de capitais, tendo o núcleo familiar como sócios. 
A maioria é sociedade limitada. E é importante que se insiram cláusulas facultativas além das 
obrigatórias do art. 977 do CC. 
 
OBS: é possível integralizar o capital social com bens conforme o art. 1.055, §2° do CC. 
 
É necessário lavrar escritura pública para transferir a propriedade dos bens imóveis da PF para 
a PJ? O art. 108 do CC dispõe que não havendo lei em contrário, é essencial que se faça a 
escritura pública para a validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, 
modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior 
salário mínimo vigente no país. E de acordo com a lei n°8.934/94, art. 64 (Lei de Registro 
Público das Empresas Mercantis – que regulamenta a Junta Comercial) a certidão dos atos de 
constituição e de alteração de empresários individuais, empresa individual de responsabilidade 
limitada e das sociedades mercantis, fornecida pelas juntas comerciais em que foram 
arquivados, será o documentado hábil para a transferência, por transcrição no registro público 
competente, dos bens em que o subscritor tiver contribuído para a formação ou aumento do 
capital. 
Ou seja, a lei dispõe que apenas o contrato social arquivado na junta, em que conste que o sócio 
está integralizando os bens imóveis devidamente descritos como na matrícula atualizada já 
basta. 
 
 
 
IMPOSTOS NA HOLDING 
 
ITBI: quando se passa um imóvel da PF para PJ, há a transmissão que cria o fato gerador do 
ITBI (lembrando que é imposto municipal e sua alíquota varia em cada município. Em RP é 
2%). Há necessidade do recolhimento do ITBI de cada imóvel que se passa para a PJ. No art. 
156 da CF há a imunidade, que é causa de não incidência, mas há a exceção se a atividade 
preponderante do adquirente for a comprae venda desses bens ou direitos, locação de bens 
imóveis ou arrendamento mercantil, ou seja, o que é a holding familiar, porque vai administrar 
a locação de imóveis, etc. A regra é a não aplicação do 156 da CF. 
 
 
 
 
 
 
 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
 
Numa sociedade limitada, como regra, apenas o patrimônio da pessoa jurídica 
responde pelos débitos. Isso é blindagem patrimonial/separação patrimonial. Dívidas da PJ, em 
regra quem responde é a PJ, não os sócios. Porém, há exceções, em que é feita a desconsideração 
da personalidade jurídica (art. 50 do CC). O brasil adota a teoria maior da desconsideração, em 
que diz que a desconsideração da personalidade jurídica é exceção, não regra. Sempre que os 
sócios agirem com dolo caracterizado pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial, o juiz 
pode, no caso prático, afastar a personalidade jurídica para se atacar o patrimônio pessoal. 
Somente o juiz, a requerimento das partes pode aplicar a desconsideração. Não pode de ofício. 
 
PROCEDIMENTO PARA A DESCONSIDERAÇÃO DA PERS. JURÍDICA 
 
Regulado pelos arts. 133/137 do CPC. Pode-se pleitear a desconsideração em qualquer 
processo (conhecimento ou execução), em qualquer fase processual (inclusive cumprimento de 
sentença), até mesmo na petição inicial. Não há preclusão temporal, desde que se consiga 
comprovar os elementos do art 50 do CC. Cabe recurso de Agravo de Instrumento da decisão. 
Geralmente, os credores de uma sociedade limitada são: consumidores (art. 28 da Lei 
n° 8.078/90 - CDC), trabalhadores/funcionários (art. 855-A da CLT), Fisco (art. 135, III do CTN 
e S. 430 do STJ), e os fornecedores (art. 50 do CC). São estes que ingressarão com as respectivas 
ações contra a SL.

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