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PATOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR INTRODUÇÃO - CORAÇÃO Função: Mover volume de sangue suficiente para os órgãos corporais; Localizado na cavidade torácica, no interior do mediastino, e envolto pelo saco pericárdico (Membrana serosa que contém alguns ml de fluido seroso (lubrificante). Peso cardíaco (variável): ● Espécie; ● Idade; ● Sexo; ● Estado nutricional; ● Recém-nascidos - 1% do peso corporal. ● Jovens e adultos - 0,3 a 0,8 % do peso corporal. ● Suprimento sanguíneo – coronárias. Tamanho Cardíaco ● Espessura da parede: - VE deve ser 2-4 vezes mais espesso que o VD. ● Aumento na massa miocárdica: - Hipertrofia. ● Aumento no volume das câmaras cardíacas: - Dilatação. ● Aumento do tamanho cardíaco como um todo: - Cardiomegalia 1. Coração está normal 2. Hipertrofia do ventrículos esquerdo - note a espessura da parede como aumentou 3. Ventrículo esquerdo dilatado - note que agora em vez de aumentar a parede aumentou o espaço dentro do ventrículo pois ele teve que dilatar A espessura do ventrículo esquerdo deve ser de 2-4 vezes maior que a do ventrículo direito devido a força de contração maior que o lado esquerdo precisa executar para bombear o sangue para todo o corpo. O aumento da massa cardíaca é chamado de HIPERTROFIA (do volume das células), do volume das câmaras é DILATAÇÃO, e do coração inteiro é CARDIOMEGALIA. Paredes Cardíacas ● Três camadas ou porções: 1. Epicárdio ou pericárdio visceral: - Camada mais externa; - Contínuo ao pericárdio parietal – saco pericárdico. 2. Miocárdio: - Camada muscular espessa e intermediária; - Cardiomiócitos – contração – bombeamento sanguíneo. 3. Endocárdio: - Camada mais interna; - Contínua aos grandes vasos que saem e chegam ao coração; - Valvas e revestido por endotélio. ALTERAÇÕES POST-MORTEM 1. EMBEBIÇÃO POR HEMOGLOBINA: ● Hemólise post-mortem; - 12-24 horas. ● Observada nos átrios, ventrículos, valvas e íntimas dos grandes vasos; - Congelamento Ocorre devido a hemólise pós morte que libera hemoglobina pigmentando os tecidos moles, principalmente átrios, ventrículos, valvas e grandes vasos. Ocorre mais intensamente quando há congelamento. 2. COÁGULOS NAS CÂMARAS CARDÍACAS: ● Cruórico (vermelho-escuro); ● Lardáceo (amarelado); ● Maior (cruórico) ou menor (lardáceo) sedimentação de hemácias. Coágulos nas câmaras cardíacas são normais no pós morte, já que a circulação para, eles podem ser amarelados (lardáceos) ou vermelhos (cruóricos). ● Trombo X Coágulo: - Trombo: Mais aderido, mais pálido/opaco, mais firme/friável, deixa a superfície irregular onde se instala e ocorre em vida (sendo sempre patológico - Coágulo: Não é aderido e de fácil remoção, brilhante elástico e ocorre em morte (post-mortem) Lembrar: Tríade de Virchow ● Lesão no endotélio ● Alterações no fluxo sanguíneo ● Hipercoagulação 3. PALIDEZ MIOCÁRDICA ● Distribuição irregular do sangue; ● Filhotes; ● Equinos; ● Cuidado - Pode ser indicativo de necrose (avaliar cada caso); - Lesões associadas. ● Distribuição irregular do sangue ● Cuidar pois pode ser necrose ● Equinos e filhotes normal precisa cuidar por é mais claro 4. CRISTAIS DE EUTANÁSIA ● Quando ocorre eutanásia intradérmica ● O endocárdio fica com cristais por todo lugar ● Se formam em casos de eutanásia intracardíaca ocorrendo pela precipitação dos fármacos, principalmente com o uso de propofol INSUFICIÊNCIA CARDÍACA PADRÕES MORFOLÓGICOS DA DOENÇA CARDÍACA 1. Alterações no Endocárdio Mural e Valvular e nas Valvas Cardíacas: ● Endocardite; ● Estenose valvar. 2. Alterações miocárdicas: ● Miocardite (primária ou sistêmica); ● Cardiomiopatias (hipertrófica ou dilatada) 3. Alterações pericárdicas: ● Tamponamento cardíaco – hemopericárdio (sangue no saco pericárdio); ● Hidropericárdio (líquido no saco pericárdio) – hipoproteinemia – Ex: hemoncose. O padrões morfológicos da doença dependem da origem da alteração que levou a IC. Podem ser alterações no endocárdio, como endocardites e estenose valvar, no miocárdio, como miocardite e cardiomiopatias (dilatada ou hipertrófica) ou no pericárdio, como tamponamento. PADRÕES PATOFISIOLÓGICOS DA DOENÇA CARDÍACA 1. Distúrbios na Formação ou Condução do Impulso: ● Ritmo e frequência cardíaca (bradiarritmias ou taquiarritmias); ● Ex: Lesões em cardiomiócitos: ● Miocardites infeciosas (virais, bacterianas, parasitárias): - Língua azul em ovinos (Orbivírus) - Infecção sistêmica por Escherichia coli; - Doença de chagas – Trypanossoma cruzi. ● Cardiomiopatias nutricionais e tóxicas: ● Deficiência de vitamina E e selênio; - Doença dos músculos brancos. - Doença do coração de amora – suínos. ● Tromboembolismo arterial: ● Coronárias – infarto miocárdio. 2. Diminuição da força de contração miocárdica: ● Necrose cardíaca massiva; ● Cardiomiopatias dilatadas. 3. Impedimento do fluxo sanguíneo: ● Estose valvar. 4. Refluxo sanguíneo (sopro): ● Alterações nas valvas; ● Endocardiose (lesão degenerativa). 5. Padrão anormal do fluxo sanguíneo: ● Malformações cardiovasculares; ● Principalmente congênitas; - Ducto arterioso persistente; - Defeito de septo interventricular. 6. Restrição do enchimento atrial e/ou ventricular: ● Diástole prejudicada; ● Doenças pericárdicas (agudas ou crônicas); - Pericardites; - Hemopericárdio. ● Cardiomiopatias hipertróficas. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ● É a incapacidade do coração em manter a circulação sanguínea adequada ● A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica caracterizada pela incapacidade do coração de atuar adequadamente como bomba, quer seja por déficit de contração e/ou de relaxamento, comprometendo o funcionamento do organismo, e quando não tratada adequadamente, reduzindo a qualidade de vida e a sobrevida. ● Causas: - Anomalias congênitas; - Cardiopatias; - Miocardites infecciosas; - Valvulopatias (adquiridas ou congênitas); - Deficiências nutricionais; - Agentes tóxicos/venenos; - Distúrbios de condução; - Pericardites; - Arritmias; - Moléstias pulmonares (cor pulmonale). MECANISMOS COMPENSATÓRIOS Quando ocorrem falhas na manutenção do fluxo correto o organismo faz uso de vários fatores a fim de normalizar esse fluxo. Eles podem ser intrínsecos do coração pelo aumento da frequência cardíaca, pela hipertrofia e/ou dilatação. também podem ser respostas sistêmicas como o aumento da volemia (sistema renina angiotensina aldosterona e adh), aumento da resistência periférica (vasoconstrição), redistribuição do fluxo para órgãos vitais. INTRÍNSECOS DO CORAÇÃO: ● Dilatação cardíaca ● Hipertrofia cardíaca; ● Aumento da frequência cardíaca (taquicardia). 1. DILATAÇÃO CARDÍACA ● Aumento de volume das câmaras cardíacas devido a sobrecarga de volume sanguíneo; ● Exemplo de causas: - Shunts arteriovenosos - Ducto arterioso persistente. - Insuficiência das valvas atrioventriculares ou semilunares. ● Sobrecarga aguda do volume sanguíneo; - Dilatação da câmara (lúmen aumentado) ● Sobrecargacrônica do volume sanguíneo; - Hipertrofia cardíaca (aumento do coração - na hipertrofia a musculatura aumenta muito). Sobrecarga aguda VS Dilatação da câmara. Sobrecarga crônica VS Hipertrofia. É o aumento do volume das câmaras devido a sobrecarga de sangue, mais volume chegando à câmara. ela geralmente é associada à hipertrofia cardíaca uma vez que com o maior volume se tem que fazer uma maior força de contração para expulsar o sangue. pode ser causada por sopro (defeitos nas valvas atrioventriculares ou semilunares), ou ducto arterioso persistente. Geralmente causa o estreitamento da parede, deixando-a mais flácida. 2. HIPERTROFIA CARDÍACA ● Aumento da massa e/ou tamanho cardíaco; ● Pode ser fisiológico: - Exercício ou gestação; - Isso gera o aumento de até 10 a 20% do tamanho cardíaco. ● Dois padrões morfológicos de hipertrofia: - Hipertrofia cardíaca concêntrica; - Hipertrofia cardíaca excêntrica Foto 1: Coração tamanho normal Foto 2: Coração dilatado, com aumento do volume das câmaras cardíacas Foto 3: Coração com hipertrofia - aumento da massa muscular É o AUMENTO DA MASSA CARDÍACA, pelo aumento do volume celular. Pode ser fisiológico como em equinos com altas cargas de exercício ou em gestantes, ou de fato pode ser patológico. A hipertrofia pode ser concêntrica ou excêntrica HIPERTROFIA CONCÊNTRICA ● Concêntrica - crescimento para dentro do coração - o tamanho do coração fica normal por crescem para dentro ● Mas a câmara cardíaca diminui, o espaço da câmara para receber o sangue diminui, justamente porque a massa muscular cresce tanto que retira muito espaço da câmara que seria para receber o sangue ● Aumento da parede do ventrículo; ● Diminuição do volume diastólico final (diminuição da câmara cardíaca) - ou seja, vai bombear menos sangue ● Aumento da carga sistólica (precisa contrair mais para expulsar o sangue) - é necessário bombear mais para conseguir expulsar o sangue ↓ Volume diastólico ↑ Volume sistólico ● Há alguma resistência para frente do ventrículo, que faz ele bombear mais ● Causas: ● Estenose da valva aórtica (artéria aórtica - hipertrofia do ventrículo esquerdo por estenose da valva arterial) ● Estenose da valva pulmonar (artéria pulmonar - hipertrofia do ventrículo direito por estenose da valva pulmonar) ● Hipertensão pulmonar (o aumento da pressão do pulmão faz com que se necessite de mais força para bombear do lado direito para ele) - Pneumonias (pois vai mais sangue aos pulmões) - Ducto arterioso persistente (VD). A HIPERTROFIA CONCÊNTRICA ocorre com aumento da parede para dentro com diminuição do volume da câmara, SEM O AUMENTO DO CORAÇÃO, geralmente ocorre por AUMENTO DA FORÇA DE CONTRAÇÃO NECESSÁRIA por algum IMPEDIMENTO EXTERNO como estenose da valva aórtica (hipertrofia do ventrículo esquerdo por estenose da valva arterial ou hipertrofia do ventrículo direito por estenose da valva pulmonar ou por hipertensão pulmonar - o aumento da pressão do pulmão faz com que se necessite de mais força para bombear do lado direito para ele). Na concêntrica mesmo que haja mais força de contração o débito cardíaco se torna cada vez menor na medida em que a parede se espessa e o lúmen diminui. HIPERTROFIA EXCÊNTRICA ● Crescimento para fora do coração ● Aumento na massa miocárdica e das câmaras cardíacas (dilatação); ● Coração aumentado e globoso. ● Parede ventricular levemente espessada, normal ou fina (dilatação); ● Aumento do volume diastólico final; - Refluxo sanguíneo (aumenta a câmara pois o sangue volta) ● Tem aumento da massa cardíaca mas também há aumento das câmaras (aaumento massa para bombear, mas ta chegando muito sangue) ● Menor aporte sanguíneo na camada cardíaca ● Ele tem que aumentar em massa para bombear muito sangue que esta chegando, logo mais sangue, mais força para bombear ● Causas: ● Defeitos nas valvas atrioventriculares e semilunares (endocardiose); ● Shunts arteriovenosos – ducto arterioso persistente (AE e VE) Pode ser por conta de um sopro que faz o sangue ter refluxo, voltar. Nota-se que o coração fica grande, globoso, ocupando grande espaço da cavidade torácica A hipertrofia excêntrica é o aumento da parede cardíaca para fora com aumento do volume da câmara, aumentando também o tamanho do coração, geralmente é uma fase mais crônica da dilatação visto que também ocorre pelo maior aporte sanguíneo que faz com que precise de ter uma maior força de contração além de uma câmara maior para suportar o volume que chega, como o que ocorre nos defeitos nas valvas atrioventriculares e semilunares (refluxo, endocardiose - o sangue que seria mandado para fora do coração retorna e se soma ao que estaria entrando no coração, tem que aumentar a força para mandar tudo fora assim como tem que ter maior capacidade de volume para aguentar). Na hipertrofia excêntrica pode-se ter aumento da espessura da parede, manutenção da espessura ou torná-la mais fina já que o aumento da célula é compensado pelo aumento da câmara. Já na hipertrofia concêntrica ocorre o espessamento da parede, desrespeitando a proporção do lado direito para o esquerdo 3. AUMENTO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA ● Ocorre taquicardia (aumento da frequência cardíaca) no intuito de compensar a insuficiência ● Por isso também ocorre a dilatação de hipertrofia RESPOSTAS SISTÊMICAS ● Aumento da volemia; - Renina-angiotensina-aldosterona – reabsorção de sódio; - Hormônio antidiurético – aumenta a retenção de água - Renina-angiotensina-aldosterona > reabsorção de sódio e hormônio antidiurético > aumenta a retenção de água aumentando a volemia. ● Aumento da resistência periférica (vasoconstrição); ● Redistribuição do fluxo sanguíneo para órgãos com prioridade metabólica. - Encéfalo, coração, fígado e rins. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA É CRÔNICA ocorre quando os mecanismos compensatórios intrínsecos e extrínsecos não são o suficiente para manter o fluxo. Mecanismos compensatórios não estão mais dando conta de controlar o fluxo. Caracterizada por: Congestão vascular, edemas no interstício de tecidos e efusões cavitárias (ex: ascite). ● Caracterizada por: - Congestão vascular; - Edemas no interstício de tecidos (lembrar que edema possui 4 mecanismos - aumento da pressão hidrostática, diminuição da oncótica, lesão vascular, vasos linfáticos) - Efusões cavitárias (ex: ascite). ● Formas: - ICC esquerda; - ICC direita; - Cor pulmonale - ICC esquerda e direita secundária a doença pulmonar; - Insuficiência biventricular.1. ICC ESQUERDA ● Dilatação do átrio e ventrículo esquerdos; ● Congestão e edema pulmonar; ● A ICCE apresenta : - Dilatação e hipertrofia excêntrica do AE e VE - Mais força pois há mais sangue - Ao invés do sangue fluir, ele congesta o tráfego sanguíneo que não flui normalmente ● Ocorre uma falha do ventrículo esquerdo, que o torna incapaz de bombear todo o seu conteúdo para a rede periférica, acaba diminuindo o fluxo de sangue dos vasos pulmonares, aumentando a pressão na circulação pulmonar - ocorre extravasamento do líquido para dentro dos tecidos pulmonares e alvéolos - comprometimento das trocas gasosas ● “Células da falha cardíaca”: - Macrófagos com hemossiderina (ferro) intracitoplasmática; - Fagocitam hemácias livres no interior de alvéolos - Hemossiderina é um pigmento derivado do metabolismo do ferro Causa congestão pulmonar (sangue vindo do pulmão para o lado esquerdo não consegue entrar devido ao que já estava lá e não foi ejetado e congestiona) e edemas pulmonares pelo aumento da pressão hidrostática no pulmão. Devido a esse aumento na pressão hidrostática há hemorragia por diapedese (passagem de células sanguíneas pela parede dos capilares) e consequentemente fagocitose destas hemácias por macrófagos alveolares, a degradação das hemácias em seu interior forma depósitos de ferro = hemossiderina, formando as chamadas células da falha cardíaca. Na ICCE o VE tem potência diminuída e há retenção de sangue na circulação pulmonar, causando congestão e hipertensão dos capilares alveolares, obrigando as hemácias a passarem através das células do endotélio vascular para a luz dos alvéolos, mecanismo chamado de diapedese. Na luz alveolar, as hemácias são fagocitadas por macrófagos, e hemoglobina é digerida separando o grupo “heme” que contém o ferro, da “globina”. Esse ferro é captado por uma proteína dentro do citoplasma dos macrófagos quando excedem um certo tamanho, podem ser vistos no microscópio Hemossiderina -> ferro dentro dos macrófagos -> células da falha cardíaca -> indicativa de ICCE Características: ● Pressão excessiva no átrio esquerdo. Macroscopia: ● Congestão e edema pulmonar - Pulmão não colaba fica armado, coloração vermelho brilhante e nota-se muitas vezes presença de espuma na traquéia ● Hipertrofia excêntrica do coração Microscopia: ● Tem células da falha cardíaca, dá para observar com coloração azul da Prússia, que são macrófagos com hemossiderina (ferro) intracitoplasmática (Fagocitam hemácias livres no interior de alvéolos, ocorre hemorragia por diapedese). 2. ICC DIREITA ● Pressão excessiva no átrio direito; ● Ocorre uma falha do VD que não consegue ejetar o sangue para a circulação pulmonar - Aumenta pressão no VD - Aumenta fluxo de sangue do AD - Diminui o fluxo de sangue dos vasos venosos (veias cavas) - Aumenta pressão na circulação venosa - Congestão nas vísceras e nos tecidos periféricos ● Congestão venosa sistêmica (aumento da pressão hidrostática) - no cão também deposição de fibrina, - Fígado aumentado e congesto; - Fígado de noz moscada - é fígado de noz moscada que temos o padrão lobular evidenciado ou acentuação de padrão lobular onde ele esta repleto de sangue - Ascite; - Hidrotórax; - Edema de peito (bovídeos e equinos) - Se faz o teste de Godet que nesse caso dará positivo - Esplenomegalia; - Distensão da jugular. Se o fígado já está ultrapassando a última costela, já está aumentado (hepatomegalia), e os bordos do fígado são finos quando normal, mas quando ele ta congesto ficam arredondados Ele fica com acentuação do padrão lobular pois o sangue represa na tríade podendo sofrer hipóxia e na periferia fica com coloração normal justamente porque o sangue represa no centro lobular Jugular distendida pelo ingurgitamento da jugular - pulso venoso positivo, quando faz pulso venoso, quando faz garrote na jugular e o sangue ingurgita nos dois sentidos. O edema inclusive pode se estender ao subcutâneo e gerar o edema de peito Causa congestão sistêmica já que o sangue não consegue chegar com fluxo total ao coração. Causa aumento da pressão hidrostática das cavas e vasos anteriores a elas levando edemas de pescoço, peito (barbela em bovinos), e subcutâneos, efusões cavitárias como hidrotórax e hidroperitôneo (ascite), a congestão do sangue na cava caudal causa o fígado de noz moscada, devido ao acúmulo do sangue venoso nos centros lobulares tornando o padrão lobular evidenciado com uma coloração vermelha escura, causa também hepato e esplenomegalia. a congestão da cava cranial causa distensão da jugular que pode ser evidenciada no garrote que permanece sangue antes e depois dele já que não está descendo para o coração, por vezes é possível ver a jugular pulsar. a ICCD apresenta dilatação e hipertrofia excêntrica dos átrio e ventrículo direito Sinais clínicos e Característica: - Ingurgitamento da jugular - Hepatomegalia congestiva - Edema de membros inferiores - Pressão excessiva no átrio direito. - Congestão venosa sistêmica (conseq. aumento da pressão hidrostática) Macroscopia: - Hipertrofia excêntrica do coração. - Fígado aumentado (Hepatomegalia) e congesto (De noz moscada), - Ascite - Hidrotórax - Edema de peito (Subcutâneo) - Esplenomegalia - Distensão da jugular 3. COR PULMONALE ● Insuficiência cardíaca esquerda e direita secundária a doença pulmonar. ● ICC esquerda e direita secundária a doença pulmonar (Insuficiência biventricular). INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA ● Alteração súbita na frequência e ritmo cardíaco; ● Morte súbita com lesões mínimas ou ausentes -óbito em horas; ● Causas (etiologias): - Tamponamento cardíaco (hemopericárdio); - Miocardites agudas; - Intoxicações (Palicourea spp., Amorimia exotropica); - Oclusão de artéria pulmonar; - Cardiomiopatias; - Desiquilíbrio eletrolítico (falta de Ca interfere na contração muscular) Macroscopia: Morte súbita com lesões mínimas ou ausentes. A insuficiência cardíaca aguda ocorre quando o coração de repente não consegue bombear sangue eficazmente para todo o corpo. Injúria que ocorre no coração e que faz com que se instale de forma bruta um quadro de IC, ocorre devido a qualquer situação que torne o coração incapaz de uma ação eficaz ANORMALIDADES CONGÊNITAS DO CORAÇÃO E GRANDES VASOS MALFORMAÇÕES QUE CAUSAM DESVIO SISTÊMICO-PULMONAR (ESQUERDA PARA A DIREITA): ● Mais frequente em animais domésticos ● Ducto arterioso persistente; ● Defeito de septo ventricular; ● Defeito de septo atrial ou persistência do forameoval. 1. DUCTO ARTERIOSO PERSISTENTE ● Defeito mais comum em animais domésticos – Cães; ● Feto: Desvio da maior parte do sangue da artéria pulmonar para a aorta ● Neonato: Ducto deve fechar nas primeiras horas após o nascimento No feto, o ducto arterioso faz o desvio da artéria pulmonar para a aorta uma vez que o sangue vem oxigenado da mãe e não há necessidade de passar nos pulmões afuncionais do feto. com o nascimento esse ducto deve se fechar formando o ligamento arterioso e permitindo a correta oxigenação do sangue O que acontece Quando esse ducto permanece aberto há refluxo da aorta para a artéria pulmonar uma vez que a pressão na aorta é maior, assim para compensar há uma hipertrofia concêntrica do ventrículo direito que precisa de maior força para mandar tudo para o pulmão e hipertrofia excêntrica dos átrio e ventrículo esquerdos pelo maior volume que vem do pulmão (volume normal mais o que foi remandado pelo ducto). ● Fluxo de sangue da aorta para a pulmonar (maior pressão); ● Se esse ducto não fechar, como o fluxo e a pressão é maior do lado esquerdo, o sangue vai da aorta para a artéria pulmonar ● Hipertrofia concêntrica do VD; - Maior força para empurrar o sangue aos pulmões. - Hipertensão pulmonar - Algo está dificultando o sangue fluir, que é essa quantidade de sangue em maior pressão vindo da aorta ● Hipertrofia excêntrica do AE e VE; - Aumento de volume de sangue que vem do pulmão - Já que estamos mandando mais sangue para artéria pulmonar - isso vai ao pulmão e volta ao lado esquerdo do coração, onde está tendo esse problema - Também tem mais força de trabalho, pois tem que fazer mais força, maior dilatação para receber todo sangue que chega do pulmão - ICC e trombose (fluxo turbulento) - Trombose (lesão vascular, estase sanguínea e problema de coagulação) Essa anomalia predispõe à ICC uma vez que essas hipertrofias se tornam insuficientes, e também predispõe a tromboses pelo turbilhonamento do sangue que volta. 2. DEFEITO DE SEPTO VENTRICULAR ● Abertura entre o VD e VE; ● Mais comum em bovinos - malformação mais comum em bovinos ● Não fechamento do forame interventricular ● Fechamento - vida fetal; ● Sem efeitos deletérios ao feto; - Pois a pressão entre os ventrículos é semelhante. ● Efeitos após o nascimento vão depender do tamanho do defeito Ocorre pelo não fechamento do forame interventricular que ocorre ainda na vida fetal. esse forame assim como o ducto arterioso permite a passagem de sangue do lado direito para o lado esquerdo do coração sem passar pelo pulmão O que acontece ● Quando permanece aberto após o nascimento permite a volta de sangue do VE (maior pressão) para o VD ● Fluxo de sangue do VE para o VD - pois ele tem maior pressão, não tem tanto problema; ● Hipertrofia concêntrica do VD; - Maior força para empurrar o sangue aos pulmões. - Maior resistência pulmonar - Novamente o pulmão está recebendo muito sangue, e há pouco sangue indo para o resto do corpo no sentido sistêmico ● Hipertrofia excêntrica do AE e VE; - Aumento de volume de sangue que vem do pulmão - Já que está indo para sangue para o pulmão, retorna mais ao lado esquerdo - Vai aumentar massa e dilatar ● Diminuição da resistência e hipertensão pulmonar: - Desvio reverso – VD para VE – Cianose e morte - Porém, pode chegar o momento que as pressões se igualam (hipertensão pulmonar) e o sangue começa a ir do VD para o VE levando sangue não oxigenado para o corpo podendo levar o animal a óbito. O que faz com que haja hipertrofia concêntrica do VD e hipertrofia excêntrica dos AE e VEs pelo maior volume vindo do pulmão. com o tempo e a dificuldade de o lado esquerdo em expulsar todo o volume que chega para o corpo pode haver hipertensão pulmonar, igualando as pressões do lado direito e esquerdo do coração e posteriormente tornando a do lado direito maior, assim o sangue passa a ir direto pelo forame do ventrículo direito para o ventrículo esquerdo sem ser oxigenado podendo levar o animal a morte por cianose. 3. DEFEITO DE SEPTO ATRIAL ou PERSISTÊNCIA DO FORAME OVAL ● Pode ser - Defeito no septo atrial no feto - Persistência do forame oval no neonato ● Não fechamento do forame oval após o nascimento - que comunica os átrios, permitindo na vida fetal a passagem do sangue do lado direito do coração para o lado esquerdo (isso em vida fetal) ● Bovinos ● Forame oval (feto): - Desvio do sangue do AD para o AE. ● Forame oval no neonato: - Fecha nos primeiros dias de vida. ● Se ele persistir: Faz o sangue ir do AE para AD (o inverso pela pressão) - Na vida fetal era para ir no AD para o AE, mas se ele não fecha ao nascimento, pela maior pressão do lado esquerdo, ocorre o inverso, vai do AE para o AD O que acontece ● Sangue vai do AE para o AD e do AD para o VD; ● Hipertrofia concêntrica de AD e VD - Pela maior força que devem fazer para compensar a pressão que vem do lado esquerdo ● Hipertrofia excêntrica de AE e VE - Pelo maior volume que vem dos pulmões ● Ambos sofrem hipertrofia excêntrica; - Maior força de contração para expulsar o maior volume de sangue - Os dois tem grande volume de sangue, o que vem do pulmão vai para o AD e vai ao pulmão novamente, então ambos estão recebendo esse sangue ● Hipertensão pulmonar; - Fluxo reverso (AD para AE); - Cianose e morte. - Assim como o anterior pode inverter as pressões fazendo com que não haja mais a oxigenação do sangue. MALFORMAÇÕES VASCULARES ● Mais frequente em animais domésticos ● Estenose pulmonar; ● Estenose aórtica ou subaórtica; ● Tetralogia de Fallot. 1. ESTENOSE PULMONAR ● Estreitamento na região da valva pulmonar; ● Bandas de tecido fibroso. ● Comum em cães, mas incomum em outras espécies; - Bulldog Inglês - Raça predisposta Patogenia: ● Dificulta a saída de sangue do VD para o pulmão. ● Estenose é o termo usado quando há estreitamento de uma vaso ou órgão tubular. No caso da estenose pulmonar há o estreitamento da artéria pulmonar, que torna mais difícil a saída do ventrículo direito para o pulmão O que acontece ● Hipertrofia concêntrica do VD; - Maior força para expulsar o sangue. ● Dilatação da artéria pulmonar; Dilatação após o estreitamento da artéria fazendo com que haja um fluxo turbulento podendo levar a lesões no vaso (LESÃO DE FLUXO) que com o tempo são substituídas por tecido fibroso causando afinamento e flacidez da parede do vaso com possível rompimento futuramente. - Logo após o local de estenose; - Fluxo turbulento; - Maior força de contração exercida pelo VD 2. ESTENOSEAÓRTICA OU SUBAÓRTICA ● Estreitamento na região da valva aórtica; - Placas fibrosas. ● Incomum em animais domésticos; ● Estenose subaórtica; - Comum em suínos. ● É o estreitamento da artéria aorta o que dificulta a saída do ventrículo esquerdo para o corpo O que acontece ● Hipertrofia concêntrica do VE; - Maior força para expulsar o sangue. ● Dilatação da aorta; Pode ter as mesmas consequências da pulmonar, lesão de fluxo, possível ruptura. - Logo após o local de estenose; - Fluxo turbulento; - Maior força de contração exercida pelo VE 3. TETRALOGIA DE FALLOT ● Quatro alterações: - Estenose pulmonar; - Defeito de septo ventricular; - Dextroposição da aorta - Fora da posição normal, fica a direita - Hipertrofia concêntrica do VD - Secundária a estenose pulmonar. O que acontece ● Gravidade da estenose pulmonar; ● O fluxo de sangue do VD para a aorta (pois, a estenose dificulta o fluxo para o pulmão, aumenta a pressão do lado direito) pelo defeito de septo ventricular, sangue vai para o corpo sem ser oxigenado. ● Fadiga e cianose. Resumindo - a estenose dificulta a passagem do VD para o pulmão aumentado a pressão do lado direito e o defeito no septo permite a passagem do sangue para o lado esquerdo que é mandado para corpo sem ser oxigenado. ANOMALIAS VASCULARES ● Persistência do quarto arco aórtico direito 1. PERSISTÊNCIA DO ARCO AÓRTICO DIREITO OU QUARTO ARCO AÓRTICO ● Normal é permanecer o quarto arco aórtico esquerdo; ● Ligamento arterioso; - Comunica a aorta a artéria pulmonar; - Comprime dorsalmente o esôfago contra a traqueia; - Dilatação do esôfago cranial ao local de compressão; - Megaesôfago; - Disfagia e regurgitação de alimento Sinais Clínicos ● Disfagia e cães filhote com regurgitação de alimento Resumindo: Na embriogênese são formados dois arcos aórticos, o direito e o esquerdo, porém apenas o esquerdo permanece. Quando o direito permanece, seu posicionamento faz com haja compressão do esôgafo contra a traqueia pelo ligamento arterioso o que impede a passagem de alimento e causa megaesôfago e regurgitação, observado em filhotes que passaram a alimentação sólida que se acumula enquanto o leite conseguia passar mesmo com o espaço pequeno. LESÕES PERICÁRDICAS ● Doenças primárias do pericárdio são raras; ● Proximidade anatômica com o epicárdio, pleura e pulmões; - Geralmente ocorrem por extensão de outra enfermidade - Raras as primárias 1. Não inflamatórias: ● Hidropericárdio; ● Hemopericárdio; ● Atrofia serosa da gordura. 2. Inflamatórias: ● Pericardites. 3. Hemorragias pericárdicas. NÃO INFLAMATÓRIAS 1. HIDROPERITÔNIO Acúmulo excessivo de transudato no interior do saco pericárdico; ● Líquido translúcido e levemente amarelado ● Líquido com pouco teor proteico, é um ultrafiltrado do plasma sanguíneo resultante de Pressão Hidrostática elevada ou Força Osmótica diminuída no plasma. Causas principais: ● Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) - Que aumenta a pressão hidrostática dentro das cavas podendo extravasar líquidos também para dentro do saco pericárdico ● Hipoproteinemia (hipoalbuminemia) - Baixa pressão oncótica que deixa extravasar líquidos dos vasos nas cavidades inclusive na bolsa pericárdica - Diminuição da pressão oncótica: aumento da pressão hidrostático - Ex: Hemoncose. Insuficiência hepática e renal (pois se houver problema hepático não produz proteína, e se tem problema renal pode perder muita proteína Geralmente não causa tamponamento cardíaco: ● Acúmulo lento do líquido adaptação cardíaca. 2. HEMOPERICÁRDIO ● Acúmulo de sangue no interior do saco pericárdico; ● Morte súbita - por conta do Tamponamento cardíaco; Causas: ● Trauma; ● Ruptura da aorta em sua porção intrapericárdica – equinos (exercício); ● Ruptura de hemangiossarcoma atrial – cães; ● Ruptura de AE por lesões de refluxo; - Encardiose de mitral – “lesão de jato”. - Cães idosos. Na ruptura da aorta intrapericárdica , como no vídeo do cavalo, faz com que entre sangue no saco pericárdio pelo rompimento da aorta, ocorrendo morte súbita Na ruptura de AE por lesões de refluxo na endocardiose de mitral por um espessamento das extremidades das valvas, quando ocorre insuficiência da mitral, parte do sangue reflui ao AE, ocorrendo lesões de jato e consequentemente ruptura do AE 3. ATROFIA SEROSA DA GORDURA ● Aspecto gelatinoso da gordura que recobre o pericárdio; Causas: ● Caquexia e desnutrição; ● Animais em balanço energético negativo; ● Ocorrendo assim uma Mobilização das reservas de gordura para produção de energia. INFLAMATÓRIAS 1. PERICARDITE ● Processo inflamatório do pericárdio; ● Geralmente resulta da infecção microbiana hematógena; - Bactérias. ● Padrões de pericardite: - Fibrinosa (fibrina), Supurativa (pús) e Fibrinossupurativa (mistura) - Processos agudos ou subagudos - Pericardite crônica; - Reparação de um processo agudo ou subagudo – aderências ao saco pericárdico. - Pericardite crônico-ativa; - Reticulopericardite traumática – Bovinos. Pericardites Bacterianas (fibrinosas e/ou fibrinossupurativas) ● Processos agudos e subagudos ● Pasteurelose (Pasteurella multocida) - Pleuropneumonia; - Ruminantes e suínos. ● Mannheimia haemolytica - Pleuropneumonia; - Ruminantes. ● Carbúnculo sintomático (Clostridium chauvoei) - Miocardite; - Bovinos. ● Streptococcussuis e Doença de Glässer (Glaserella [Haemophilus] parasuis); - Suínos , Polisserosite (inflamação de articulações) ● Streptococcus equi; - Equinos. Pericardites Crônica ● Reparação de um processo agudo ou subagudo ● Tem aderências ao saco pericárdico ● Quando cronifica gera muitas doenças Pericardites Crônico - Ativa Reticulopericardite traumática (Bovinos). ● Pode ser chamada de crônico-ativa, uma vez que mesmo passando bastante tempo da lesão ainda a injúria pelo corpo estranho ● Ocorre pela proximidade anatômica do retículo, diafragma e coração - dessa maneira qualquer material perfurante que vai para o retículo pode perfurar ele, o diafragma e o pericárdio causando a inflamação ● Pois são ingeridos corpos estranhos, materiais metálicos pontiagudos na alimentação ● Aspecto de ovos mexidos. ● Tem aderências também (crônico), como comentado, por ser crônica possui características de formar aderências Consequências - Pode induzir ICC - Restrição do enchimento ventricular - Diminuição do débito cardíaco. HEMORRAGIAS PERICÁRDICAS ● Intoxicações: - Intoxicação aguda por samambaia em bovinos; - Pteridium arachnoideum - Aplasia de medula > trombocitopenia > hemorragia (diátese hemorrágica) - Intoxicação por cumarínicos; - Raticidas. ● Uremia – lesão vascular (amônia); - Pericardite fibrinosa e hemorrágica – cães. ● Achado extremamente comum em bovinos e menos comum de equinos e outros ruminantes;- Achado inespecífico e de pouco significado. LESÕES ENDOCÁRDICAS ● Lesões que envolvem o endocárdio mural e as valvas; - Lesões que envolvem o endocárdio mural e as valvas. Lesões valvulares mais frequentes. ● Lesões Valvulares são bem mais frequentes; - Insuficiência valvular; - Refluxo sanguíneo; - Ausculta – murmúrios – sopro; - Mecanismos cardíacos compensatórios; - Maior gravidade – Insuficiência cardíaca. ● Podem ser murais (nas paredes do endocárdio) ou valvares (nas valvas), sendo as valvares são mais comuns. 1. ENDOCARDIOSE ● Lesão degenerativa das valvas; - Degeneração valvular mixomatosa – micro. ● Lesão cardiovascular em cães – idosos; ● Pode causar insuficiência cardíaca (IC); - Achado de necropsia. ● Valvas atrioventriculares são mais acometidas; - Mitral - ICC esquerda. Patogenia: ● Ocorre mais frequentemente na atrioventricular esquerda (mitral), sendo chamada em cães idosos de Doença Degenerativa da Valva Mitral. ● Alterações degenerativas das valvas atrioventriculares ● Mais comum as mitrais ● Cães idosos, carac. de sopro. Consequências: ● Pode causar ICC, ● Se acomete a mitral ICCE ● Causa refluxo - como as valvas ficam opacas, firmes e espessas, fica difícil de fechar a válvula mitral, ocorrendo refluxo de sangue Macroscopia: ● Valvas opacas a brancacentas ● Firmes ● Irregulares ● Espessadas; Lesões Compensatórias: ● Hipertrofia excêntrica ventricular - por tem que fazer mais força para mandar o sangue, pois ele com refluxo retorna ● Dilatação atrial. “Lesões de jato”: ● Átrio esquerdo; ● Placas levemente elevadas, recobertas por fibrina; ● Fibrose subendocardial – adelgaçamento da parede atrial – podendo levar a ruptura Resumindo: As válvulas que deveriam ser translúcidas, finas e lisas se tornam brancacentas, firmes e irregulares, promovendo um refluxo de sangue do ventrículo para o átrio, esse refluxo lesiona a parede do átrio (por turbilhamento) a chamada de “lesão de jato” ocorrendo a deposição de tecido fibroso e mais fina podendo romper, o que leva o nome de lesão de jato. 2. ENDOCARDITE Processo inflamatório do endocárdio; ● Principalmente das valvas cardíacas. - Endocardite valvular vegetante. ● Ordem decrescente de acometimento (maioria das espécies): - Mitral, aórtica, tricúspide e pulmonar. - Bovinos – Tricúspide. ● É causada por bactérias que se aderem as lesões causadas as válvulas devido ao constante atrito a que estão submetidas. Lesão primária (porta de entrada): ● Bacteremia: Precisa de uma porta de entrada como uma lesão primária para a bactéria entrar. Essa porta de entrada é necessária para as bactérias irem para a corrente sanguínea, e quando chegarem ao sangue irão ao coração. A origem pode ser qualquer “ite”. ● Principais portas de entrada/lesões primárias - Doenças periodontais (cães) - Endometrite/piometra (vacas e cadelas) - Abcessos hepáticos bovinos (que acontece secundário a acidose ruminal em bovinos pois a acidose aguda altera o pH ruminal, assim fragilizando a parede intestinal e com isso permitindo a entrada de bactérias, vai proliferar mais bactérias patogênicas e vão ao fígado pela circulação) - Caudofagia (suínos) - Onfaloflebite - Podedermatites - Miíase Macroscopia: ● Massas vegetantes e friáveis aderidas à superfície valvar (couve flor) - por isso leva o nome de “endocardite valvular vegetante” ● Amareladas; ● Podem se estender ao endocárdio mural. Microscopia: ● Deposição de fibrina; ● Infiltrado de leucócitos (neutrófilos); ● Numerosas colônias bacterianas. Consequências: ● Geralmente fatal pode levar a ICC ● Septicemia ● Tromboembolismo - Pequenos fragmentos das massas desprende caindo na circulação sanguínea e obstruindo vasos, em órgãos com circulação terminal como rins, baço, encéfalo e coração tem infarto) - os órgãos mais afetados são os rins e baço - Trombose pulmonar e pneumonia tromboembólica (pulmão tem vasos menores, fácil trancar) mais comum em bovinos. - Tromboflebite da veia cava caudal (bovinos) Infarto Renal : Indicativo de endocardite, manchas vermelhas na cortical e medular que aprofundam ao corte (necrose e isquemia) infarto em cunha Infarto Esplênico: Acomete um lado do baço, acaba suprimento de sangue por conta do trombo, órgão cianótico, irá necrosar gerando infarto
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